quarta-feira, 27 de junho de 2018

BRASIL JOGA PARA O GASTO E AVANÇA AS OITAVAS - Por Rodrigo Curty

E a Seleção Brasileira conseguiu avançar às oitavas de final da Copa do Mundo na Rússia.
A partida contra a Sérvia não foi como se esperava, no que diz respeito ao espetáculo e sim, valeu para ver um Brasil mais equilibrado e objetivo. É bem verdade, que os comandados de Tite poderiam ter sofrido menos sustos, como também, se forçassem um pouco mais a pressão e arriscassem mais os chutes, poderiam vencer com maior facilidade.
É comum vermos a seleção estudando e aguardando seus adversários. Seria incomum se fosse diferente. Tite prefere o jogo mais burocrático, calmo, de posse de bola, do que propriamente usar suas principais armas para resolver logo as partidas.
E olha que o começo foi assustador com a contusão estranha de Marcelo. O lateral saiu com dores lombares e deu sua vaga à Filipe Luís que não comprometeu e até que foi melhor que o titular defensivamente.
O meio-campo buscou tocar mais rapidamente a bola, o que resultou em um Neymar mais produtivo e coletivo, o que convenhamos, o que não pode mudar. A zaga esteve menos afoita, Casemiro jogou muito na marcação e armação. O questionado Paulinho teve maturidade, foi bem na parte defensiva e como elemento surpresa fez o que todos já esperavam desde o início da Copa -  foi dele o gol, após belo passe de Philippe Coutinho.
Daí para frente quem esperava uma tranquilidade brasileira, se surpreendeu com a coragem e o jogo de igual para igual dos sérvios. O segundo tempo poderia até ter uma virada, se não fosse a "sorte" e a falta de competência dos atacantes em empurrar a bola para as redes. 
Como no futebol, quem não faz, leva, e o que vale é a competência e nem sempre o merecimento, o Brasil fez a sua camisa pesar. Thiago Silva, que pouco antes havia salvado de joelho o empate sérvio, marcou de cabeça, após escanteio, subindo mais alto que a "alta" zaga adversária. Era o que precisava, um gol para dar tranquilidade e administração da partida.
A partir daí, de maneira mais leve, Neymar apareceu mais, arriscou jogadas, Coutinho cadenciou e mesmo assim, Willian e Gabriel Jesus deveram o que se esperam deles. Aliás, mesmo que Tite entenda que o time precisa ter uma sequência, penso que está mais do que na hora de usufruir do banco com as entradas de pelo menos dois jogadores - Fernandinho e Firmino, por exemplo. 
A confiança aumenta a cada rodada e agora qualquer erro poderá ser crucial. O mata-mata nem sempre avança a melhor equipe e sim, aquela que se aproveita das chances que têm e que conta com um esquema, no qual o time adversário é estudado. E esse o problema. Apesar de mais fraco tecnicamente, o México de Osório sabe como jogar contra qualquer seleção. É um time sem medo e que joga "descompromissado". Aparentemente será um jogo equilibrado e com jogadas rápidas e de grande emoção.
É aguardar para ver e torcer para passarmos adiante, rumo ao Hexa.
Até a próxima"

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