quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

SÃO PAULO TROPEÇA NA ESTREIA DA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E muitos são-paulinos aguardavam a estreia do São Paulo na fase que antecede os confrontos de grupo na Libertadores. A ansiedade era grande em ver o tricampeão da competição, finalmente voltar a brilhar.
O duelo não poderia ser melhor, uma equipe argentina, no caso o fraco tecnicamente e apenas 12º colocado em seu país, Talleres. Só que não foi bem assim.
Ora, não é de hoje que sabemos que à Libertadores é um outro tipo de torneio e que essa de time pior ou melhor tecnicamente não diz nada, após o apito do árbitro. E isso sem falar que é um equipe argentina, o que mexe ainda mais com o emocional.
O São Paulo, mesmo que ainda, ao meu ver, desorganizado e sem um modelo certo de jogo nas mãos do promissor André Jardine, pela camisa e tradição que tem, deveria ter feito bem mais do que demonstrado.
O estádio Mário Kempes, em Córdoba não teve um segundo sequer de silêncio da torcida local, aliás, comum na cultura desse país. E olha que o primeiro tempo o tricolor foi mais ousado em campo e teve certa facilidade para se impor. Poderia ter saído para o intervalo na frente.
Bem, como na máxima do futebol, quem não faz leva, prevaleceu a competência da equipe que busca uma oportunidade de entrar na fase de grupos, após longos 17 anos. 
O São Paulo simplesmente não retornou. Um time sem tesão, vibração, ritmo e acertos. Parecia se conformar com um empate, mesmo correndo riscos. E quando se corre riscos com uma marcação ruim, dá no que dá. 
O time escancarou de vez suas limitações, principalmente defensivamente.É verdade que Pablo poderia ter marcado, se tivesse um pouco mais de sorte ao chutar a bola na trave. Seria o empate e seria injusto. A coisa piorou após a expulsão de Hudson.
Assim, os dois gols de fora da área (Juan Ramírez  e Poccetino) decretaram a vitória por 2x0 e de quebra pode causar problemas na equipe paulista nesse início de temporada, caso não consiga reverter o placar, na próxima quarta-feira, no Morumbi, que estará abarrotado e confiante, apesar dos pesares.
Em caso de eliminação, provavelmente haverá cabeças rolando. E sinceramente, o ano poderia ter começado diferente, tanto na gestão como no planejamento. O São Paulo é muito maior do que os que o comandam ou deveriam comandar. 
Jogadores da base poderiam ser a melhor alternativa ao invés de manutenção de jogadores "problemáticos" e sem ambiente. 
Muitos no grupo parecem desinteressados e sem vontade de seguir a política de trabalho pensada por Jardine, que tem a "molecada" na mão.
Raí e companhia precisam levantar a moral da equipe. Verdadeiramente, acredito que a equipe avance a próxima fase e consequentemente, entre na fase de grupos do torneio que sempre foi e será a ambição da torcida tricolor. Faça a sua aposta.
É aguardar para ver. Até a próxima!!

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