E lá se foi mais um campeonato regional no eixo Rio - São Paulo. Vou comentar mais sobre a final do Rio, pois tive oportunidade de viver a experiência ao vivo.
Em Itaquera, o Corinthians levou a melhor sobre o São Paulo quase no apito final, quando Vagner Love, pegou de primeira e ainda contou com a batida na trave para enlouquecer o bando de loucos. Tricampeonato que deve ser valorizado pela remontagem do elenco que joga um futebol pragmático, muita das vezes com característica covarde(se se expor), porém cirúrgico e objetivo. Para o tricolor, valeu pela recuperação de um futebol mais vistoso, competitivo e valorização da base, que ao lado das contratações para Brasileirão pode surpreender. É aguardar para ver.
Já na cidade maravilhosa deu a lógica do que se esperava antes do início do certame - O milionário Flamengo conquistou seu 35ºtítulo contra o Vasco.
É bem verdade que alguns consideram há um bom tempo os títulos estaduais como irrelevante, sem graça e que no fundo vale apenas quando se tira algo para o restante da temporada, afinal, é quando se disputará os títulos grandes.
Pois bem, aparentemente parece que finalmente Abel Braga encontrou a melhor fórmula para o Mais-Querido. Ao meu ver, o elenco é forte e o que precisa é apenas saber "girar" e "usar" bem o que se tem em mãos.
O Flamengo valorizou o título porque foi com força máxima, exceção de Bruno Henrique, suspenso. Talvez fosse melhor deixar de utilizar uns cinco jogadores titulares pensando no objetivo principal que é buscar a classificação na Libertadores, na próxima quarta-feira contra a LDU, no Equador.
Enfim, a obrigação da conquista deve ter sido um dos fatores par evitar riscos, mesmo sabendo da qualidade do elenco. A final contra o Vasco teve placares iguais nas duas partidas 2x0. A diferença técnica dos clubes é enorme.
O Flamengo teve a qualidade do passe e alternâncias táticas no meio - De Arrascaeta, Diego e Everton Ribeiro enlouquece qualquer marcador. Gabigol na frente não é diferente. O time mesmo ofensivo e se expondo nas subidas de seus laterais e com apenas um volante de ofício Cuèllar precisa entender que mais vale tentar fazer os gols do que levar. Isso sem falar que quando pressionado, conta com a segurança do ótimo goleiro Diego Alves. Veja os melhores momentos e tir suas conclusões.
O título foi justo e importante para dar tranquilidade, só que é sabido que a Nação quer algo maior. Está carente de uma conquista maiúscula. A expectativa é que o time renda cada vez mais e saiba se planejar. Será que a direção, comissão e homens do futebol pensam assim? Será que entendem que a solução é sim usar o que entendem ter de melhor em todos os jogos? Sinceramente, penso que isso será um erro já feito no passado - jogador sofre de cansaço físico e mental.
Abel Braga precisa definir quem joga o que e porque. Precisa saber lidar com as vaidades e não inventar. Você torcedor concorda que essa opção que mostro agora possa ser um bom caminho, pensando ofensivamente para Brasileirão (jogos grandes e Libertadores em casa)?
Time base: Diego Alves, Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê, Cuèllar, Diego, De Arrascaeta, Everton Ribeiro e Bruno Henrique, Gabriel. Ok, três meias é loucura e precisa de proteção, sendo então necessário entrar Arão ou Piris da Motta nesse time. Daí teria que sair Diego, Everton Ribeiro ou De Arrascaeta. O futebol é bola na rede e pensar em se defender antes de liquidar a partida pode ser um grave problema em pontos corridos.
Time para jogos com equipes mais "fracas" tecnicamente e Copa do Brasil, desde que siga na Libertadores:
César, Rodnei, Thuller, Rhodolfo e Trauco. Piris da Motta, Ronaldo, Diego ou De Arrascaeta, Vitinho, Berrío e Uribe ou Lincoln.
Esse time é melhor do que muitos principais do Brasil. Se Abel souber usar elenco, acredito que faça história em 2019.
A semana será importante para o Flamengo. Libertadores, estreia no Nacional contra o campeão mineiro, Cruzeiro e antes da bola rolar, o fantasma do "Brasileiro é obrigação". Vamos ver o que vai dar. Boa sorte Flamengo e até a próxima!
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