quinta-feira, 18 de abril de 2013

O CLUBE DA FÉ - Por Rodrigo Curty

A noite de quarta-feira, dia 17/04 de 2013 entrou para a história do São Paulo Futebol Clube.
A vitória de 2x0 sobre o Atlético MG resgatou a esperança, antes morta até para os mais fanáticos tricolores, que não imaginavam uma superação, principalmente pela pressão, diferença técnica das equipes, e por não dependerem apenas de suas forças.
O que se viu foi uma partida pegada, feia, estudada, como é uma Libertadores. Se de um lado estava a melhor equipe da primeira fase, invicta e sem pressão, do outro estava um que tinha a obrigação de provar que não estava morto e que quando a corda aperta mostra o seu valor e identidade com a competição.
Vários são os pontos importantes a serem comentados desta partida. O time mineiro entrou completamente desconcentrado, desmotivado e desinteresado. O presidente Alexandre Kalil que para muitos faz ótima administração, ao mesmo tempo se intromete em setores ou áreas que não deveria. Não há dúvidas que Ronaldinho Gaúcho recuperou o seu bom futebol, mas para quem o viu em outros tempos, sabe que ainda falta muito para ser tão valorizado. Ontem ele sumiu, não criou, e pior, afirmou que o Galo encarou a partida como um jogo treino. Declaração infeliz, pois alimentou ainda mais a fome do adversário. 
Sim, o adversário do Atlético MG nas oitavas-de-final será o mesmo São Paulo, ou melhor um novo São Paulo. O tricolor, tricampeão do torneio avançou aos trancos e de quebra resgatou uma confiança perdida em Ney Franco, alguns jogadores e no presidente Juvenal Juvêncio, quem diria? Nada como um dia após o outro. Se na última partida antes da decisão pela vaga, a cabeça do treinador foi pedida pela torcida em uma bandeja, o maior ídolo Rogério Ceni foi criticado pelas falhas do gol do The Strongest, e por isso sugerido por várias pessoas para se aposentar, hoje os mesmos comemoram e apostam de vez na decolagem do clube na temporada.
Sempre digo que este torneio tem uma particularidade de ter campeões que ninguém imagina, afinal nem sempre o melhor é o que levanta a taça no final. Vale mais um planejamento, união, reconhecimento das limitações, e claro sorte nos cruzamentos nas fases de mata-mata, do que um que forma elenco milionário, premia fora de hora e se gaba de entender que vence qualquer um a qualquer hora.
Agora é outra partida, mas também são outras ambições e momentos. O Galo vai precisar provar que não é um cavalo paraguaio e que não chegou à toa na melhor campanha do torneio. Cuca, de que é de uma vez por todas um técnico vencedor e não mais azarado. Veteranos terão que assumir os riscos, chamar o jogo em uma adversidade. Elenco por elenco, penso que os mineiros levem vantagem sobre os paulistas, mas este usa de sua bagagem, de sua fé para mover montanhas quando se menos espera, e de quebra, hoje com um elenco que vai jogar até a última gota pelo seu capitão de 40 anos. Fora isso, resgatou o PH Ganso que não só o tricolor, mas que o Brasil espera em ação da mesma forma que atuou ontem.
Promessa de dois grandes jogos, e expectativa de quem passar seguir pelo menos até às semifinais. É aguardar para ver.
Até a próxima

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