E o futebol argentino mais uma vez volta a reinar no continente
Sul-Americano. O River Plate garantiu para o país a 24ª taça, das 55 disputadas.
É com folga o maior vencedor da Copa Libertadores, seguido pelo Brasil com 17
conquistas.
Essa edição foi bastante equilibrada e repleta de surpresas. Por pouco não
tivemos uma final inédita entre Tigres e o Guaraní, do Paraguai. Que me perdoe
os paraguaios e mexicanos, mas o River Plate tinha realmente que ser o campeão.
A equipe comandada por Marcelo Gallardo, ídolo do clube, passou por poucas
e boas na competição. Foi a pior equipe na fase de classificação, passando em
16º, graças a ajuda do próprio Tigres. Mas daí para frente mostrou que se não
tem um time como o de outros tempos, em que era temido pelos adversários, conta
no momento com uma equipe de enorme perseverança, honra e união.
O time argentino foi completamente outro nas fases de mata-mata. Passou
com propriedade sobre o Boca Jrs, mesmo que muitos insistam afirmar que eles só
se classificaram, por causa dos lamentáveis incidentes em La Bombonera. Besteira,
pois foi melhor no confronto em casa e estava melhor até a interrupção da
partida.
Na fase seguinte atropelou o Cruzeiro, em pleno Mineirão e, por fim sobrou
nas duas partidas contra o bem montado e surpreendente Guaraní para encarar o forte
time do Tigres.
Esse, aliás, deve ter se arrependido de ter dado sobrevida ao tradicional adversário
e também ter lamentado o fato, de no México não ter saído de um empate sem gols.
Culminava ali uma festa anunciada, em Buenos Aires. Coisas do futebol.
A expectativa tomou conta dos fanáticos torcedores presentes no
tradicional estádio de Monumental de Núñez, afinal como se não bastasse, foram cinco
anos de espera para voltar a disputar a competição e a chance de apagar a
lembrança de 1966, ano em que receberam o apelido de “galinhas”, após serem
derrotados pelo Peñarol, do Uruguai, nos minutos finais.
Os últimos anos foram de reconstrução, tristeza e a certeza de que o River
Plate é maior do que qualquer circunstância. A passagem pela Série B em 2012, e
de lá para cá, a conquista de um título nacional, dois vices e o título da Copa
Sul-Americana no ano passado, provou que o time não passa mais vergonha. Valeu muito
a pena a sua torcida esperar os longos 19 anos. O River Plate, que
anteriormente comemorou as conquistas de 1986 e 1996, se junta agora ao Nacional(URU),
Olímpia(PAR) e aos brasileiros São Paulo e Santos como o novo tricampeão da
Libertadores.
Mas engana-se quem pensa que foi uma tarefa fácil. Melhor tecnicamente, o
Tigres desperdiçou muitas chances e não conseguiu o feito inédito, antes
tentado por Cruz Azul (em 2001) e
Chivas Guadalajara (em 2010) derrotados para o Boca Juniors e Internacional,
respectivamente. O México segue no “quase”, enquanto o torcedor Millonario
jamais esquecerá o dia 05/08/2015, data em que a competência fez a diferença na
vitória maiúscula por 3x0, com os gols de Lucas Alario, Sánchez, de pênalti, e do
zagueiro Funes Mori.
Que venha à Ásia e o
sonho do bicampeonato mundial de clubes, aguardado há 25 anos. Será? Eu aposto
no Barcelona, mas vamos aguardar.
Até a próxima!
Verdade, o River arrasou nas etapas finais, soube fazer seu papel e saiu merecedor - sem desculpas - deste título tão importante que é ser Campeão da Libertadores ( no caso dele, Tricampeão ).
ResponderExcluirArgentina tem 7 títulos a mais que o Brasil e seus times passam de tri, coisa que não conseguimos até hoje.
Bela exposição, valeu.