E o Flamengo não perdeu tempo para contratar o seu novo comandante no
futebol. Após a demissão de Cristóvão Borges, a expectativa para a chegada de Oswaldo
de Oliveira era enorme. E foi o que o que aconteceu. O desejo em ter o carioca
de 65 anos à frente da equipe rubro-negra era antigo. Ele só não foi chamado
quando Vanderlei Luxemburgo caiu, pois ainda estava no Palmeiras. Assim teve
que esperar pela queda de Borges para ser inserido no planejamento atual.
O novo treinador é um rubro-negro confesso e espera ter sucesso nessa
segunda passagem pelo clube. Anteriormente dirigiu o time de 2003 com um
retrospecto ruim, coincidentemente igual aos números do antecessor. Em 18
partidas foram sete vitórias, oito derrotas e três empates. Outra
curiosidade é ele também saiu depois de um confronto contra o Vasco, mas na
ocasião vencendo por 2x1. Na época o Flamengo atravessava um sério problema de
gestão. O clube atrasava salários e tinha uma péssima estrutura e condições de
trabalho. No presente o cenário é completamente outro e tem tudo para dar certo,
ou seja, para o casamento não dar certo, a única desculpa será a falta de
empatia ou relacionamento com os comandados, o que sinceramente não acredito
que ocorra.
A experiência não vai faltar nem fora e nem dentro de campo.
São 16 anos de carreira e no currículo o trabalho em todos os grandes do eixo
RJ-SP. O treinador tem muita vivência no mundo da bola. Se tiver tempo para
trabalhar, se souber dividir opiniões e principalmente se não inventar fórmulas
e esquemas como fez no Palmeiras, as chances serão grandes para voltar a ser um
vitorioso.
O primeiro desafio será o de recuperar a autoestima dos
atletas e juntar o grupo. Acabar com as vaidades e tirar de cada jogador o seu
melhor. Precisa fazer com que o Flamengo, de fato, seja um time e não um bando.
Será preciso trazer de volta o respeito dos adversários quando o time joga em
casa com o apoio de seu torcedor.
Isso sem falar da necessidade de trabalhar sério os
fundamentos, posicionamento, a bola parada e o encurtamento dos espaços. Para
isso será preciso dedicação física e mental de todos. Não que Cristóvão não tenha
feito isso, mas o comprometimento de alguns culminaram para a sua saída.
Desta forma, Oswaldo pode dar certo, mas também terá que ter
plenos poderes de colocar em campo quem
bem entender e não quem está lá somente por nome, afinal, às vezes um banco faz
bem para os que se consideram intocáveis. A torcida pode esperar por novidades na equipe
e nas alterações durante os jogos. Boa sorte ao novo treinador.
Até a próxima!
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