A noite do dia 20/08/2015 não será esquecida tão cedo pelos torcedores de
São Paulo e Ceará. As duas equipes se enfrentaram em partida válida pelas
oitavas de final da Copa do Brasil e quem vibrou foi um certo Rafael Costa.
Na época do sorteio, as equipes do São Paulo, Atlético MG, Fluminense e
Internacional saíram em vantagem, afinal conheceram os adversários que
enfrentariam nessa fase do torneio e convenhamos, bem inferiores tecnicamente.
A questão é que faz um bom tempo que no futebol, o favoritismo não entra
em campo. Antes de falar da zebra no Morumbi, vale o registro do empate em 1x1 do
Galo mineiro, no Independência contra o Figueirense e da injusta vitória do
Fluminense por 2x1 contra o Paysandu, no Maracanã. Apenas o Colorado honrou as
expectativas. Venceu o Ituano por 2x0 e só não fez mais porque a pontaria estava
ruim.
Em São Paulo, o tricolor mais uma vez foi irreconhecível. Pelo visto, o
baile que levou no último sábado contra o Goiás e as lamentáveis cenas de
violência pós-jogo não surtiram o efeito no grupo. É verdade que os poucos
torcedores que foram ao estádio, de certa forma incentivaram a equipe contra o
Vozão, mas a paciência tem limite.
Longe de querer defender Juan Carlos Osório, mas apesar do treinador ter
inventado uma escalação, ficou claro que alguns jogadores estão aquém das
expectativas e parecem desejar a queda do colombiano. O tricolor teve maior
posse de bola e excesso de finalizações, mas os erros de
posicionamento, falta de jogadas ensaiadas e criatividade para sair das
adversidades culminariam para mais um tropeço contra o efetivo e competente ataque alvinegro.
Mas por que o time não consegue ir bem? As invenções a cada partida e a falta de atitude em querer colaborar com o que o treinador pede são uma das razões. Só não enxerga quem não quer. O time está longe de estar unido e motivado.
Já passou da hora de uma reciclagem. Paulo Henrique Ganso, Michel Bastos,
Reinaldo, Toloi(que nem jogou), entre outros, não tem mais clima para seguir na equipe. O time
fora de campo também não vai bem. É muita vaidade, prepotência e falta de
conhecimento de gestão no corpo diretivo. Estão envergonhando cada vez mais a história do vitorioso São Paulo.
A derrota faz parte do jogo, mas da forma como foram as duas
últimas partidas, no local onde havia perdido apenas uma vez no ano vai dar o
que falar. Ontem o Ceará, que é o último colocado da série B, e que precisará
vencer pelo menos 11 dos seus próximos 19 jogos para se salvar da queda à C jogou com nove jogadores reservas e suportou a pressão desorganizada do adversário. A
vantagem é boa para a partida de volta, mas o São Paulo tem equipe para vencer
e bem. Mas não adiantará nada conseguir a classificação e seguir sem a
renovação para o restante da temporada. E a renovação nada tem a ver com contratações
motivadas pela torcida como Diego Lugano, por exemplo. É aguardar para ver como
o elenco se comportará com a forte pressão e se terá desejo de virar a página de
forma positiva.
Domingo a parada será pelo Brasileirão contra o Flamengo, que conta com um
novo treinador, e que também precisa afastar a crise que ronda no clube. Promessa
de mais um jogo tenso. Faça a sua aposta.
Até a próxima!
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