domingo, 5 de novembro de 2017

CORINTHIANS PARAGUAIO - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão deu uma bela esquentada em sua reta final. A 32ª rodada começou com o Santos se aproximando do Timão, após vencer bem o Atlético MG por 3x1 e com o Palmeiras almejando uma vitória sobre o alvinegro para diminuir a vantagem para apenas dois pontos.
A pressão sobre o Corinthians era enorme antes do Derby. No sábado a torcida compareceu em massa - mais de 32 mil pessoas fizeram uma festa incrível no treinamento. A ideia era dar um apoio, atenção e melhorar o ambiente. E olha que a atmosfera ajudou.
Nesse domingo, o estádio estava lotado, pena que apenas de corintianos, uma vez que em São Paulo, os clássicos permitem a presença apenas da torcida mandante, lamentável. 
Os presentes viram um primeiro tempo de muita intensidade e com ambas as equipes buscando o gol a qualquer custo. O Corinthians exigiu bela defesa de Fernando Prass, enquanto o ataque palmeirense forçava a saída de bola e arriscava pelos lados do campo sem muita eficiência.
Foi aí que entrou em cena o futebol paraguaio, ou melhor de Romero, o jogador que durante todo o campeonato se colocou como peça fundamental para a liderança de sua equipe. O atacante corre na frente, atrás, marca, chuta e defende. É o chamado jogador "chato". Foi dele o primeiro gol da partida, de forma irregular, afinal estava 90 cm à frente do último homem alviverde.
Ora, isso são erros comuns e todos já tiveram ou terão o mesmo a favor. O problema meu amigo é a situação das equipes no certame. É o tipo de erro que não poderia acontecer nessa altura do torneio. Mal deu tempo de comemorar e Balbuena aumentou a vantagem. Era um barulho ensurdecedor no Itaquerão e quis o destino que o Palmeiras com o zagueiro Mina marcasse e colocasse ainda mais tempero na partida já apimentada. 
Pois é, em um contra-ataque o atacante Jô ganhou de Edu Dracena, e na minha opinião sofreu a falta no início da jogada e cavou a penalidade na continuidade, o que tornou a situação discutível e não equivocada da arbitragem. O artilheiro do torneio com 16 gols bateu bem e fez 3x1.
Veio o segundo tempo e o jogo obviamente diminuiu a intensidade. O Corinthians fazendo o que mais sabe que é se defender e o Palmeiras tentando as bolas alçadas. O Verdão no fim, pelo esforço até merecia uma sorte maior e conseguiu diminuir com um belo gol de Moisés - Poderia ter empatado se o volante Gabriel tivesse sido expulso ao retornar ao gramado sem autorização do árbitro Anderson Daronco. Sim, o jogador entrou em campo por conta própria, o que é um absurdo, afinal não se cumpriu a regra. 
No fim, ainda deu tempo de Deyverson ser expulso, Cássio fazer bela defesa e Roger Guedes errar ao servir errado o que seria o gol de empate. No balanço, independente das polêmicas o placar foi justo porque o Corinthians jogou como se joga quem deseja ser campeão - foi focado, calmo, malandro e ousado.
Ainda restam seis rodadas para o final da competição e segue a dúvida se algum time conseguirá tirar a liderança do Timão ou se o poder "paraguaio" fará novamente a diferença. Faça a sua aposta.
Até a próxima!   

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