domingo, 22 de outubro de 2017

RUEDA E SEU ESTILO PARREIRA DE SER - Por Rodrigo Curty

Foto: Reprodução SporTV
E mais uma vez o Flamengo ficou a desejar. Longe de menosprezar a vitória do São Paulo por 2x0, mesmo tendo a certeza que esse nem precisou se esforçar muito, pois no duelo de dois tempos distintos, teve apenas mais competência, vontade e situação à seu favor.
O fato aqui não é falar do tricolor que repito não caíra à segundona. A tabela favorece o time do Morumbi e se bobear ainda consegue, de forma inesperada alguma coisa inesperada, uma vez que o Brasileirão é péssimo tecnicamente.
O que discuto é o tal planejamento rubro-negro. Uma equipe repleta de jogadores renomados, caros e com um mínimo de objetividade, vontade, identidade e determinação. Se analisarmos friamente, o mesmo serve para outros dois - Palmeiras e Atlético MG, o primeiro precisou tirar o mal pela raiz. Sim, bastou Cuca ser limado, principalmente pela sua postura histórica de ter três ou quatro jogadores para formar uma panela no elenco para o time ser um time. O sonho do Bi segue vivo porque Valentim não inventa, apenas fala a mesma língua dos que julgam serem donos do clube. Já o Galo pode alcançar a vaga na Libertadores, mesmo errando no decorrer do ano e com problemas internos, por mais que digam o contrário.
Bem, mas de volta ao Flamengo. O culpado pela eliminação na Libertadores, pela má campanha no Brasileirão até então e certeza que tropeçaria na Copa do Brasil foi embora - Zé Ricardo. Hoje na direção do rival Vasco, ironicamente pode ultrapassar o ex-clube no final do certame.
Ok, no momento de sua saída tudo era euforia - Chegou Rueda depois que a queda de braço foi vencida pela torcida contra a diretoria, que diga-se de passagem é mestre em orçamentos e péssimo no quesito futebol, mesmo com um nome respeitado como o de Rodrigo Caetano. O problema aqui foi ceder sem nenhum fundamento. Tapar buraco na era de pontos corridos e calendário apertado não é solução.  
O colombiano teve sim seus méritos no trabalho à frente do Atlético Nacional e sim, poderia até ter assumido o cargo da forma que foi, mas friamente pensando, acredito que a história poderia ter sido outra se pegasse um trabalho desde o início. Os resultados atuais e a possível eliminação da Sul-Americana, fatalmente culminarão com sua saída no fim da temporada.
Os mais novos e estudiosos entenderão. Rueda lembra muito o ex-treinador Carlos Alberto Parreira. O cara é educado, culto, estudioso e tem um medo terrível de perder uma partida. Entra em campo com a vontade de empatar e se possível achar a bola que dará a vitória. Parreira tem um histórico vencedor, desde os tempos que era apenas um preparador físico. Levantou campeonatos brasileiros, Copa do Brasil e uma Copa do Mundo, só que tem na lembrança jogos em que seus comandados jogavam feio e apenas pelo resultado. Foi um dos culpados do fim do futebol arte do Brasil. A partir de sua "era" os treinadores atuais, sobretudo os gaúchos, assumiram que o mais importante é reter a bola do que atacar com toques de bola envolventes e de pressão ofensiva. 
Rueda inventa sem necessidade, talvez e se pudesse afirmar, diria que por imposição dos seus superiores é obrigado a colocar jogadores na equipe titular ou durante a partida para irritação da apaixonada e "diferente de outrora" torcida rubro-negra. Rueda muda um esquema de um jogo para outro sem nenhum fundamento. É nítido que é o homem do presidente - não fala, não briga, se omite em seu terno preto na beira do campo. 
O Flamengo é maior que isso, é um time que historicamente joga com menos qualidade técnica e com muita raça, amor, dedicação e sangue nos olhos. 
É aguardar para ver o que será de Rueda no fim da temporada. Torço verdadeiramente por ele, só que infelizmente não vejo sintonia com o clube, jogadores e torcida. Faça a sua aposta de quem será o próximo homem no comando.
Até a próxima!

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