quarta-feira, 29 de novembro de 2017

GRÊMIO GRANDE DO SUL - Por Rodrigo

foto: EL País
E mais uma vez o Rio Grande do Sul está colorido em sua maioria de azul, preto e branco. O tricolor gaúcho levantou mais uma taça Libertadores. A geração gremista deu conta do recado ao lado de jogadores considerados "refugos" em outros clubes. Isso sem falar que o comandante Renato Gaúcho, era visto apenas como um ídolo que tentaria a sorte de levantar títulos. 
Ora, o treinador provou que quem sabe realmente sabe e não precisa reinventar-se. Campeão da mesma competição em 83, no qual foi protagonista, inclusive na final do Mundial contra o Hamburgo-Ale, o ex-jogador mereceu e muito a conquista.
Renato bancou jovens como Maicon, Ramiro, Arthur, Luan, entre outros que jogaram a temporada com destaques que também vieram da base como o goleiro Marcelo Grohe e o meia-atacante Everton. E olha que devemos nos lembrar que Pedro Rocha também fez parte desse grupo e infelizmente teve que sair antes para o mundo internacional. Coisas do nosso futebol, que deve levar pelo menos dois dessa lista acima embora, se tudo correr bem, apenas no final do Mundial de clubes. Seria uma pena.
A noite foi eletrizante para o torcedor gremista. O Lanús buscava sua primeira taça na competição, estava com o apoio de seu torcedor e confiante, principalmente depois de eliminar o River Plate de maneira excepcional. 
O problema para os argentinos foi encarar um time copeiro e a fim de jogo. O primeiro tempo foi impecável, talvez um dos melhores de um time brasileiro no torneio. O tricolor foi soberano, calmo, estudioso e competente. Abriu 2x0 sem muito esforço e com erros dos zagueiros adversários, sim, em final, a atenção e a luta pela bola deve ser intensa. Melhor para o tricolor, que no primeiro gol, teve Fernandinho, quem diria, que saiu do meio-campo em velocidade até soltar a bomba da entrada da área e fuzilar Andrada. Depois o craque da Libertadores, o melhor jogador brasileiro em atividade no país, Luan fez uma pintura. Driblou os marcadores e com um toque embaixo da bola enlouqueceu sua fanática torcida presente no La Fortaleza. Era festa dos pampas na Argentina. 
Na segunda etapa como já era de se esperar, os comandados de Renato se defenderam, chamaram o Lanús e mesmo assim suportaram uma leve pressão, mesmo depois do pênalti infantil de Jailson, convertido pelo ídolo deles, o experiente José Sand.
O gol não passou de um susto, ainda teve tempo de Arthur sair machucado, Ramiro ser expulso e Luan perder o que seria o terceiro gol, após belo passe de Fernandinho.
Hoje o maior do sul é tri e no pôster estará os nomes de Bressan, Cortez, Jael, Cícero, Léo Moura e tantos outros questionados e capitaneados pelo não só cara de estrela, mas de grande conhecimento, competência e ainda mais ídolo Renato Gaúcho.
Parabéns Grêmio. E que as outras equipes entendam de uma vez por todas que um campeão se faz com respeito aos garotos, aos profissionais questionados e com um time e não apenas com nome no elenco. Que tudo é possível quando se honra a camisa que se veste, com raça, vontade e sem medo de ser feliz. Um título Tri-Legal. 


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