sexta-feira, 9 de março de 2018

O PROBLEMA DO TRICOLOR VAI ALÉM DE TREINADOR - Por Rodrigo Curty

São Paulo Blog
E a corda mais uma vez estourou do lado mais fraco no São Paulo. Dorival Junior foi demitido do comando, após a derrota para o Palmeiras por 2x0. E olha que não é exclusividade do tricolor, sempre tomar esse tipo de atitude.
O problema é que nem sempre esse é o maior dos problemas. Trocar de comando, muita das vezes, apenas abafa situações bem mais complexas que deveriam ser vistas e tratadas de outras formas. A torcida do time da fé sofre a cada ano com os resultados, a falta de vitórias brilhantes, soberania em clássicos e vexames atrás de vexames. 
Dorival foi a bola da vez e sinceramente já era mais do que esperado e é um dos menos culpados, enfim. O fato é que acabou a relação, uma vez que o time já oscilava e jogava sem muita convicção. Era muito na base do seja o que der e vier. O treinador ao meu ver somente ficou no comando por mais tempo do que o previsto, talvez por gratidão ao feito na reta final do ano passado, no qual o clube sofreu quase até as últimas rodadas do Brasileirão para não jogar a segundona.
O torcedor esperava mais da direção são-paulina, que é sim deficiente, amadora e que pensa em outras coisas que não fazer o clube voltar a ser respeitado. E olha que a direção tem gente de respeito e nome dentro do clube. Então como explicar Raí, Ricardo Rocha e Lugano sem dar resultados? O principal problema é o presidente Leco, que assim como os últimos presidentes fizeram um planejamento terrível e problemático.
O caminho é árduo para esse time que definitivamente não rende o esperado, seja porque as peças não são bem encaixadas, seja pelo erros primários. O ambiente não ajuda. Podem até provar o contrário, só que é difícil achar que o elenco é unido e que jogadores como Diego Souza e Nenê para não falar outros se contentem com a reserva. Isso sem falar em Cueva que parece desgastado, desanimado e pensando apenas em se despedir após a Copa do Mundo.
Uma mudança de comando até pode colaborar no início, motivar, ajustar posicionamento e encantar. A questão é quem seria esse nome? Querem alguém de pulso forte porque julgavam Dorival Junior fraco nesse quesito. Ficou muito claro que o campeonato paulista foi usado como laboratório e agora com a equipe classificada, a sequência, Copa do Brasil e o início do Brasileirão, o objetivo será não trocar pneu com carro em movimentado. 
Raí já afirmou que André Jardine, que estava no sub-20 estará à frente do time, mesmo que interinamente e depois assumirá o cargo de auxiliar na comissão técnica. 
Um dos nomes cogitados é o de Diego Aguirre. O treinador é pavio curto e sério, logo não aceitará boicotes e falta de profissionalismo. Pode ser uma boa aposta se souber mesclar a base de garotos que precisam de blindagem para não serem queimados precocemente.
Essa deveria ser para mim a principal missão só que pela situação atual, o que vejo é um discurso do "se está com medo por que veio". 
O novo comandante precisará de muita sorte e paciência para dar certo. E para isso, deverá torcer para a diretoria "amadora" não se envolver no planejamento. 
É aguardar para ver.
Até a próxima!

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