quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A ESTRELA DE UM CERTO BENEDETTO - Por Rodrigo Curty

A segunda semifinal da Copa Libertadores entre Boca Juniors e Palmeiras ficou devendo. É bem verdade que a partida foi bem disputada, principalmente na parte física e, porque o bom árbitro chileno Roberto Tobar, deixou o jogo seguir, de forma mais dinâmica.
A atmosfera do tradicional estádio de La Bombonera também foi algo a ser admirado. Os 50 mil Xeneizes fizeram uma festa a parte.
Bem, de volta ao duelo. Infelizmente foram poucas as emoções de oportunidades de gol. Primeiro tempo sem emoções e com um Boca tentando algo e o Palmeiras aguardando uma oportunidade de armar um contra-ataque e satisfeito com o empate. 
Já na segunda parte, foi uma partida mais veloz, porém com as mesmas estratégias. Cruzamentos sem sucesso do lado argentino e do lado brasileiro, uma expectativa de entender que o toque de bola no chão era a melhor alternativa. Foi assim que conseguiu criar duas boas chances com Dudu e depois Willian. E foi só e pouco pelo que o plantel pode oferecer.
É bem verdade que o time da casa também não levava perigo real de gol. Isso até que o técnico Guilhermo Schelotto resolveu mudar o homem da área. Saiu o nervoso e pesado Ábila e entrou Darío Benedetto. O atacante que não marcava um gol há quase um ano, fez dois em menos de 6' e definitivamente mudou a história da partida.
Aos 35', Felipe Melo, que para mim foi o melhor em campo, junto com Gustavo Gómez fez uma falta desnecessária próximo da entrada da área - Olaza bateu para bela defesa de Wéverton.
Na sequência, no escanteio, o cruzamento passou pela cabeça de Felipe Melo e Benedetto venceu o arqueiro palmeirense. Estádio abaixo e vantagem importante para o jogo de volta.
Antes do término, porém, ainda deu tempo de Felipão continuar com o esquema covarde -  preferiu se fechar mais ao tirar Bruno Henrique para entrada de Antônio Carlos e pagou caro. Novamente Benedetto deu o ar da graça. Aos 42', o atacante fez uma linda jogada sobre o assustado Luan e de fora da área chutou forte sem chance para Weverton.
O resultado de empate até seria justo, só que quis o destino, que a alegria do futebol surgisse para quem de verdade procurou mais a vitória.
O castigo teve lógica - Se o Palmeiras tivesse uma postura mais ofensiva e vontade de vencer, ao invés de ser cautelosa ao extremo, poderia sair vitorioso, e ainda conseguiria a proeza de derrotar os argentinos pela segunda vez fora de casa, algo jamais conseguido por uma equipe, em uma mesma edição e Libertadores.
Agora é aguardar para ver o que vai dar no Allianz Parque. Certo mesmo é afirmar que a postura deverá ser outra e o apoio de sua fanática torcida poderá fazer a diferença.
Nada está perdido e é possível sonhar com pelo menos um 2x0 e decisão nos pênaltis, isso desde que o time jogue e prove que não é à toa que foi a melhor equipe da competição até aqui e também por que segue líder do Brasileirão. 
E claro, se o Felipão entender que deverá ser mais ofensivo e menos pragmático. 
É aguardar para ver. Até a próxima!!

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