sexta-feira, 24 de maio de 2019

O MICKEY RUBRO-NEGRO - Por Rodrigo Curty

Foto: Flahoje.com
E mais uma vez o Flamengo mostrou a sua deficiência, no que diz respeito a comunicação. O clube segue mantendo pessoas em cargos que não deveriam estar, afinal, muitos destes se acham maior do que o clube.
A bola da vez é o diretor de relações externas Cacau Cotta, antigo conhecido da torcida e conselheiros. Um profissional que já causou alguns transtornos em anos anteriores e que não vem ao caso.
O fato é que o rubro-negro necessita urgentemente voltar a ser um time vencedor de torneios grandes. Dinheiro não falta, gestão financeira, mesmo com certas loucuras, principalmente nesse ano, estrutura e força tarefa para responder positivamente a torcida.
O problema é que os resultados não aparecem e a torcida não aguenta mais a falta de regularidade. Vencer o torneio da Flórida e o Carioca não é o mais importante na temporada.
Como se não bastasse, a derrota para o Atlético MG por 2x1, com um homem a menos foi a gota d'água para acabar com a paciência da Nação.
Muros da Gávea foram pichados de "Copa Mickey é o caralho" e "Fora Abel". E depois de apagadas, pichadas novamente, por causa da declaração absurda de Cotta " Da forma que foi escrita, né, ‘Mickey’ todo certinho, não foi a torcida. Aquilo foi político”, afirmou.
A torcida se enfureceu e escreveu "Copa Miquei" e "Fora Abeu" em resposta, além de um "Fora Caucau Cocotta" e "Muito dinheiro e pouco proficionalismo. Vergona".
Penso que ao invés de ficar quieto, o dirigente insistiu em se explicar: “Minha declaração foi mal interpretada. O torcedor tem todo o direito de protestar. O que não pode é um ato político atingir um patrimônio do clube. Usar a palavra Mickey, um termo em inglês, não é natural de um torcedor. A letra está muito arredondada, muito certinha, profissional mesmo, parece ter sido feita em word”.
Acredito que o pedido de desculpa foi ignorado. O que deveria ser feito era prender aqueles torcedores ou não, político ou não que sempre depredam o patrimônio Flamengo.
Internamente o Mais-Querido também precisa aprender a lidar com a pressão. A cada rodada, coletiva e entrevistas, o técnico Abel, no mínimo erra pela falta de bom senso. Na derrota em Minas declarar que foi "normal", mesmo com um jogador a mais, leva a crer que nas partidas fora de casa contra gaúchos e paulistas, por exemplo, no qual o time dificilmente triunfa, além da possibilidade de vacilar nos clássicos, será então para esquecer a possibilidade de título.  
A verdade é que Abel não tem identidade com o clube. Não o conhece a ponto de saber lidar melhor com essa pressão. Não é um período para brincadeiras e sim de treinos, esquemas e definição de um time que jogue o fino da bola para conseguir o resultado esperado aonde quer que jogue, seja no nacional, Libertadores ou Copa do Brasil.
A sequência no Brasileirão pode ser o divisor de águas, afinal serão três jogos seguidos no Maracanã contra Athetico PR, Fortaleza e Fluminense. Antes da Copa América o último jogo contra o CSA, em Brasília. Com um pouco de qualidade técnica, sorte e competência, o time conquista os 12 pontos. Resta saber se mesmo assim, na surdina, se Abel se mantém à frente ou não. Se a cúpula seguirá fazendo da Gávea um parque de diversões sem o glamour da Disney e seus personagens. Se terão mais profissionalismo, acompanhamento e respeito ao torcedor que joga junto e que sabe como ninguém desestruturar o ambiente.
É aguardar a Copa América, os resultados do Grêmio já que Renato Gaúcho é um alvo preferido e quem chega e sai. Até lá é vida que segue com os Mickeys rubro-negros.
Até a próxima!     

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