segunda-feira, 15 de julho de 2019

VENCER, VENCER, VENCER E O AI JESUS - Por Rodrigo Curty


Foto: Jornal de Luxemburgo
E o Flamengo deu uma sonora goleada no Goiás. A maior goleada do Brasileirão desse ano. O placar de 6x1 foi um reflexo de como o novo treinador rubro-negro espera ver sua equipe jogar. 
Jorge Jesus ou se preferir, o "Mister" montou um Flamengo solto, rápido e muito ofensivo. A equipe foi envolvente e sem medo de ser surpreendido. Jesus fez o que muitos já pediam desde os tempos de Abel Braga, um esquema em que os meias Diego, Arrascaeta e Everton Ribeiro jogassem juntos para abastecer o ataque com Bruno Henrique e Gabriel. Desde que chegou ele avisou ao elenco que com ele era vencer ou vencer.
É bem verdade que o esquema com apenas um volante, no caso Willian Arão e não o até então intocável Cuéllar deixou o time mais exposto. 
Se analisar a partida é fácil perceber que após o empate o time Esmeraldino quase virou em duas oportunidades. Ao não ser competente, teve que se contentar com o uruguaio jogando a sua melhor partida, desde que chegou à Gávea, inclusive conseguindo fazer um hat-trick pela primeira vez na carreira e o restante do esquadrão bombardeando o gol de Tadeu, que evitou um placar ainda mais elástico como um 9x1. 
Por isso, sinceramente, e daí ficar exposto? Será que não vale usar sempre o que se tem de melhor e buscar o máximo de gols possíveis, mesmo correndo o risco de levar tantos outros? Futebol deve sempre ser jogado para frente, sem medo e muito menos freado quando se está "faminto".
O fato é que nem sempre será possível repetir esse placar e tão pouco o esquema "suicida". Cada adversário é um adversário e se Jesus cometer o erro de seu antecessor Abel Braga em insistir em não rodiziar o elenco, provavelmente sofrerá as consequências.
O torcedor do Flamengo está carente de um título grande. O clube está com os cofres recheados, gastando a cada semana que passa mais e mais, em busca dos objetivos no ano. 
Pablo Marí e Gerson foram as bolas da vez. Ainda há um desejo por um lateral esquerdo e um atacante. Nomes especulados é o que não falta, assim como de quem sai. Cuéllar é um sério candidato ao adeus, será?
O mês de julho será determinante para o time carimbar as vagas às semifinais da Copa do Brasil e às quartas da Libertadores, além de se manter firme e forte na cola do Palmeiras. O planejamento será essencial, assim como a guerra de vaidades. 
É esperar para ver se o elenco recheado de bons jogadores apoiarão as decisões de Mister para seguir na busca do que exige uma parte de seu lindo hino que é "vencer, vencer, vencer" ou se terminará mais uma vez com um "Ai Jesus", independente de ser ou não o Fluminense.
Faça a sua aposta. A minha é que se tiver competência chegará as tão sonhadas conquistas.
Até a próxima!! 

4 comentários:

  1. O Santos do Pelé era assim. Nossa importava de tomar 2, 3, 4 gols, porque sabia que podia marcar mais. Oxalá esse técnico mantenha essa filosofia pro bem do futebol vistoso e bem jogado.

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    1. o futebol deve sempre ser encarado com coragem e menos o jogo por "uma bola". Futebol é bola na rede. Vamos aguardar para ver se essa cultura muda pelo menos na Gávea.

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  2. Disse tudo o que tinha que ser dito a respeito do novo Flamengo..... os elogios e,principalmente, as dúvidas. Vamos ver o que vai acontecer visto que o elenco está sendo montado e um novo trabalho muito diferente está começando em meio a várias decisões simultâneas. A tendência é haver oscilações. Se Jesus vencer tudo é porque sangue de Jesus tem poder.

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  3. Boa Rodrigo. Dificilmente conseguirá manter essa filosofia por todos os jogos, principalmente pela ausência de jogadores do esquema pensado. Trabalho árduo pela frente. Que a torcida tenha paciência e apoie a filosofia. Abs

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