segunda-feira, 19 de agosto de 2019

DE QUEM É A CULPA NO FLUMINENSE - Por Rodrigo Curty



E infelizmente não é uma exclusividade do Fluminense. Os considerados grandes do Rio de Janeiro, exceção do Flamengo, apesar da falta ainda daquele título tão esperado e que pode finalmente vir nesse ano, todos passam por problemas financeiros e estruturais.
o Botafogo ainda vê uma luz no fim do túnel, após o acerto com a família dos irmãos Moreira Salles, o que convenhamos tem tudo para dar certo e fazer o time honrar o apelido de Glorioso, só que não será imediato, mesmo porque o enorme buraco precisa ser fechado. 
O clube empresa há tempos é visto como a solução dos clubes, e atualmente está na pauta de Rodrigo Maia na Câmara. E é sabido que no Brasil a questão é o imediatismo. Planejamento dá certo com paciência e por isso quase nunca vemos. Ver um trabalho ser interrompido porque os resultados não agradam é uma coisa muito séria no futebol. Acabar com filosofias de uma hora para outra nem sempre é a melhor solução. Ou você acha válido trocar os pneus com o carro andando? Na Maioria das vezes acaba sendo um tiro no pé e mesmo assim, muitos insistem em manter.
O tricolor carioca é a bola da vez. Fernando Diniz foi demitido, após a derrota para o CSA, em pleno Maracanã. Coisas do futebol? Sim. Culpa dos atacantes? Também podemos afirmar que sim. Só que é fato que ter apenas um futebol considerado bonito não resolve a questão, como quem, por exemplo, é feio de olhos verdes. Precisa é de solução. Diniz já provou ser um cara que não muda o que pensa ser o melhor e  oque acredita. Talvez aí o grande erro, a falta de flexibilidade e um time menos previsível, apesar das peças, perdas e situação do clube.
No futebol os resultados é que contam. Infelizmente, muitas das vezes as que vencem são aquelas equipes que jogam de maneira pragmática, sem brilho e com certa violência. Só que para a torcida e a diretoria o que vale é ser campeão a qualquer custo.  Dane-se o espetáculo e viva a soma de pontos, o saber jogar pela chamada "uma bola" ou simplesmente ver funcionar o que foi treinado exaustivamente como a bola parada, que no fim vira a "arma" contra as limitações reconhecidas.  
O caso de Diniz é assim, um treinador que tenta implantar por onde passa um futebol bonito, de toques, alto na marcação e ao mesmo tempo, que acaba se tornando exposto. Foi assim no Grêmio Osasco e no Athletico PR. 
Ora, no futebol o que vale é o gol. E nesse quesito o treinador demitido sofreu a seu favor no Brasileirão. O Fluminense levou 25 gols nas 15 primeiras rodadas do campeonato e marcou apenas 19. Atualmente soma apenas 12 pontos, uma média de 0,8 por jogo. Os números não mentem, teoricamente para se salvar são necessários 45 pontos, ou seja, o tricolor terá que somar mais 33 pontos em 23 jogos, uma média de 1,44 pontos ou 80% de melhora.
No total a frente da equipe das Laranjeiras foram 44 jogos com 18V / 11D / 15E. Foram 71 gols a favor e 48 contra. 
Deixou o time classificado para as quartas de final da Copa Sul-Americana para medir forças contra o embalado Corinthians. O interino Marcão terá a complicada missão de seguir adiante até que seja lá quem for assuma a dura missão de comandar o Flu.
Hoje, me perdoe os tricolores, mas é certo afirmar que o time das três cores que traduzem tradição lutará para não voltar a série B. E que descubram os culpados!
Até a próxima!!

Um comentário:

  1. Acho que ele é técnico para um bom elenco. Esse time do flu precisa é de um bom retranqueiro. Eu indicaria Jair Ventura ou tiraria Alberto Valentim do Avaí.

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