quinta-feira, 19 de setembro de 2019

ATHLETICO, ATHLETICO, CONHECEMOS O SEU VALOR - Por Rodrigo Curty

E não é que deu Athlético PR na Copa do Brasil? E não é que para alguns isso ainda é considerado zebra? E por que isso? 
Sim, penso que já passou da hora da mídia, outras agremiações e torcedores respeitarem a história desse clube que coloca o estado do Paraná em evidência há alguns anos.
Se não conhece a história do maior time do Paraná, vale conhecer. Joaquim Américo Guimarães, um apaixonado pelo futebol, quando lançou o Internacional Foot-Ball Club em 1912 e realizava competições amadoras, talvez não imaginava que o então Athletico viraria essa potência e modelo a ser seguido pelos outros. 
O clube que nasceu em 1924, após junção do Internacional e do América já passou por diversas coisas em sua vida de 95 anos. Títulos expressivos, rebaixamentos, retornos triunfantes, ídolos históricos, jogadores da base fazendo história, e nomes que também brilharam em outros clubes, exemplo, a dupla Washington e Assis no Fluminense.
O rubro-negro ou simplesmente CAP ou Furacão segue surpreendendo a todos. O trabalho a longo prazo, planejamento, dono do único estádio coberto do país e a ousadia fez e faz a diferença. Sem entrar no passado de glórias e lmbanças de gestão, o presente faz a torcida acreditar cada vez mais em "coisas grandes".
O time que teve um ano brilhante em 2001 quando levou o estadual e o Brasileirão desenvolveu o clube para o sucesso futuro. Demorou mais chegou a hora de poder ser soberbo e tirar onda.
Hoje o CAP conta com um Centro de treinamento que é um absurdo de bom. Padrão europeu que faz com que o time jogue o estadual com um time B sem perder a força e para loucura dos adversários, ainda conquiste a taça. 
Só que o clube quer cada vez mais. 2018 chegou a sua maior conquista, o título da Copa Sul-Americana. Na libertadores o time ainda não fez aquela campanha esperada, só que aos poucos criando a "casca", tem tudo para surpreender ainda mais os incrédulos. 
E foi assim que levou a taça da Copa Suruga (apenas o Internacional em 2009 venceu entre os brasileiros) e foi passo a passo até levantar a 12ª taça de um clube diferente na Copa do Brasil, contra um estádio lotado e um Internacional ferido e cobrado por melhores dias. 
Se em 2013 a taça não veio porque ficou de maneira justa na mão do Flamengo, seis anos depois, com nervosismo e tudo chegou para abrilhantar a campanha competente. Sim, pode não ter dado show, só que foi frio, calculista e competente quando exigido. Um time muito bem armado pelo seu treinador Tiago Nunes. 
A partir das oitavas foi drama atrás de drama e lágrimas de confiança. Um gol salvador do argentino Marco Ruben contra o Fortaleza quase no apagar das luzes, a capacidade de segurar o Flamengo dentro do Maracanã, arrancando um empate em 1x1, graças a Rony e vencendo nos pênaltis, depois uma semifinal, no qual foi derrotado pelo Grêmio, em plena Curitiba por 2x0 e conseguiu a proeza de devolver o mesmo placar no estádio do Grêmio e nos pênaltis mostrar novamente a sua capacidade técnica e emocional, carimbou a vaga à decisão.
Na primeira partida o simples 1x0 contra o Colorado serviu em casa. No Beira-Rio a expectativa virou realidade. O Athletico PR começou tenso, errando muito, rifando a bola e mesmo assim, quando teve a bola no chão, chegou ao belo gol de Léo Cittadini. Levou um empate na base da pressão e supremacia gaúcha.
Veio a segunda etapa e um antigo prata-da-casa fez a diferença. Marcelo Cirino entrou pouco antes dos 20' e chamou o jogo. O Inter enfrentou a catimba paranaense e mesmo assim faltou algo a mais para fazer pelo menos um gol para levar para a marca da cal a decisão do título e sim, poderia até ter levado o segundo gol antes mesmo do que conto a seguir, se não fosse a ansiedade athleticana. 
Quem bom que quis os deuses do futebol que Marcelo Cirino aos 51' desse um drible desconcertante em Rodrigo Lindoso e Edenílson para encontrar Rony que só teve o trabalho de estufar as redes de Marcelo Lomba e esperar o apito final para gritar é campeão.
A campanha que teve início nas oitavas por estar disputando à Libertadores contou com quatro vitórias, três empates e uma derrota. Foram oito gols marcados e cinco gols sofridos.  
Parabéns ao Furacão e que de agora em diante, os mais resistentes também possam conhecer o seu valor. 
Até a próxima!!


  

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