terça-feira, 14 de março de 2017

A HOMENAGEM DO BOTAFOGO A JAIR - Por Rodrigo Curty

E o Botafogo entrou de vez na Libertadores da América. O Glorioso que passou por equipes tradicionais como Colo-Colo (Chi) e Olímpia(Par) na fase de pré, caiu no grupo 1, considerado o da "morte", afinal conta além do Estudiantes (arg) com Barcelona (Equ) e o atual campeão Atlético Nacional(Col).
E a vida em General Severiano não é fácil. O time de investimento baixo é considerado pela maioria o mais "fraco" entre os participantes brasileiros na competição. Ora, o torneio já provou que nem sempre o mais forte ou favorito leva o troféu no final.
A humildade, trabalho no dia a dia, planejamento e união do grupo vem dando conta do recado. O treinador, Jair Ventura que comemorou nessa noite mais um ano de vida, segue provando que tem o grupo na mão e o respeito de dirigentes e torcedores.  
A homenagem recebida antes da partida não atrapalhou em nada o rendimento da equipe, na que pode ser considerada a partida mais dura até agora na temporada. Mesmo com o problema enfrentando no início de temporada, as equipes argentinas merecem respeito e atenção. O adversário de hoje é tradicional e tetracampeão da Libertadores. 
O jogo foi bastante equilibrado, ora com domínio do Fogão, ora domínio da "Academia". O estádio Nilton Santos mais uma vez foi um diferencial. Após três chances de gol para os argentinos, quem saiu comemorando foi o atacante Roger, em um voleio, mesmo que digam bicicleta. Um belo gol que trouxe mais calma para equipe e vibração de todos botafoguenses. No segundo tempo, o jogo seguiu equilibrado e, após uma falta boba do bom zagueiro Marcelo, Otero mandou a bola na casa da coruja, sem chance para Gatito Fernandez. 
A partir daí parecia que o time carioca sofreria a virada, parecia, porque aos 33', mais uma vez brilhou a estrela do atacante Rodrigo Pimpão. O atacante marcou o seu terceiro gol no torneio e enlouqueceu o estádio, o treinador Jair que comemorou com a torcida, depois com os jogadores e se emocionou no final, ganhando até bolo do furacão da Copa de 70 e familiares. Ele merece, afinal prova que tem competência e segurança para administrar a equipe, mesmo tendo agora apenas 38 anos.
A vitória provou que o Botafogo, diferente do que pensam está mais vivo do que nunca. O time foi forte fisicamente e bem emocionalmente. Soube jogar com inteligência e sem preocupações em encantar. Soube fazer o resultado. Em relação ao coração, concordo com o treinador, que em sua coletiva, afirmou que o torcedor terá que ser muito bem examinado antes dos próximos duelos. E olha que a segunda partida será uma pedreira - Atlético Nacional, em Bogotá. Depois eu conto.
Parabéns a Jair Ventura, sucesso e boa sorte ao Botafogo na jornada Libertadores. 
Até a próxima!

segunda-feira, 13 de março de 2017

A RODADA DO FINAL DE SEMANA - Por Rodrigo Curty

E os estaduais pelo país seguem à toda. Enquanto em algumas regiões as partidas servem apenas para cumprir tabela, em outras a rivalidade fala mais alto.
Em São Paulo, por exemplo, o sábado marcou mais uma vitória expressiva do Palmeiras sobre o São Paulo. O tricolor que estava invicto com Rogério Ceni, marcando muitos gols, recebendo elogios do meio para frente, mais uma vez sofreu com sua parte defensiva. O Verdão que não tem nada a ver com isso, tratou de mais uma vez vencer sem sofrer. E não é que está virando moda fazer gols de cobertura no rival? Desta vez, a pintura foi de Dudu. Dênis que ao meu ver falhou nos três gols da derrota de 3x0 está procurando a bola até agora. O placar não mudará em nada o dia a dia do clube e dos comandados de Eduardo Baptista dá moral para a sequência na Libertadores.
O Santos com reservas venceu por 4x1 e sim, levou muitos sustos contra o São Bernardo e três bolas na trave. Dorival Jr "poupou" os titulares por causa da sequência de jogos e desgaste em viagens, será? O Corinthians não saiu de um empate em 1x1 contra a Ponte Preta. A partida foi bem morna.
No Rio de Janeiro, o Flamengo segue avassalador no quesito gols. A vítima desta vez foi a fraca equipe da Portuguesa. Vitória de 5x1 com os considerados reservas. Leandro Damião deixou a sua marca três vezes. O Vasco, na estreia de Luis Fabiano não saiu de um empate contra o Macaé. O placar de 2x2 culminou em mais protestos da torcida vascaína contra Eurico Miranda e o técnico Cristóvão Borges. Aguardar os próximos capítulos. Já o Fluminense com os reservas em campo passou pelo Boavista por 2x0 sem sofrer riscos.
No Rio Grande do Sul, o destaque foi a derrota do Internacional para o Juventude, em mais um erro grotesco de arbitragem contra o time Colorado. O Juventude venceu por 1x0, graças a uma penalidade inexistente. Esse ano farão de tudo para derrubar ainda mais o tradicional time gaúcho. Vencer contra tudo e contra todos não é uma tarefa fácil. 
Na Copa do Nordeste o Náutico venceu mais um clássico. Vitória de 1x0 sobre o Santa Cruz. O Bahia goleou o Moto Clube por 4x0. O rival Vitória venceu o Botafogo- PB por 1x0.
Pelo Catarinense, o clássico entre Avaí e Criciúma foi eletrizante. No fim, o Tigre venceu de virada pelo placar de 3x2.
Essa semana será quente para as competições da Libertadores, Copa do Brasil e depois eu conto aqui.
Até a próxima!

quinta-feira, 9 de março de 2017

FLAMENGO DE RAÇA, AMOR E PAIXÃO- Por Rodrigo Curty

O dia oito de março não será esquecido tão sendo pelos torcedores do Flamengo. E olha que não é apenas pela bela e justa campanha criada pelo dia internacional da mulher e, sim pela atuação de gala em apenas 45' contra o San Lorenzo(Arg) na estreia das equipes na Libertadores.
O cenário, a atmosfera eram favoráveis para que tudo terminasse como terminou. Estádio lotado, mosaico maravilhoso e muita festa. É verdade também que o fantasma das últimas participações do rubro-negro na competição vieram à tona no fim do primeiro tempo, no qual os comandados de Zé Ricardo se apresentaram muito aquém do esperado e, com apenas uma grande chance de gol de Everton que parou na trave.
Por sorte dos deuses do futebol, o melhor estava por vir na etapa final. O placar de 0x0 precisava mudar o quanto antes e todos voltaram embalados pelo 12º jogador que cantou, cantou, cantou. Não demorou muito para o grito de gol ensurdecer os presentes no Templo do futebol. E ele veio na melhor forma possível - Aos 3', em uma bela cobrança de falta do agora camisa 10, Diego que ainda participou dos outros três gols da goleada de 4x0. Chamou a responsabilidade com autoridade. 
O Flamengo diferentemente do costume das equipes que saem na frente do marcador, continuou pressionando o perdido time do Papa, e chegou ao segundo gol aos 16', em um belo chute de fora da área do lateral esquerdo Trauco. Aos 25' foi a vez do volante Romulo ampliar de cabeça. O estádio parecia que iria abaixo.
O melhor estava por vir. Aos 40', uma penalidade máxima foi desperdiçada pelo "matador" da equipe no ano, Guerrero, que imediatamente teve seu grito de "acabou o Câo" cantado da arquibancada. Só que Gabriel, assim como Berrío na primeira etapa, entrou colocando fogo no jogo. A correria de ambos os lados deixou o time argentino desconcertado, logo o fechamento das cortinas do espetáculo teve o que poucos poderiam imaginar, um gol daqueles dignos de Maracanã -  a bola do garoto beijou o ninho da coruja defendido por Torrico.
Ainda falta muita coisa. O objetivo e a mentalidade deve seguir sendo o jogo após jogo, de qualquer maneira, doa a quem doer, não seria pretensioso afirmar que o mosaico e a alusão de título em 2017 como o conquistado de 1981 mexeu e muito com o elenco.
A vitória deixa o Flamengo na liderança do grupo 4 com três pontos. Atlético PR e Universidad Católica com um ponto e o San Lorenzo na lanterna.
Na próxima quarta o time carioca visita a equipe chilena, enquanto os argentinos recebem o rubro-negro paranaense. É aguardar para ver.
Até a próxima!

quarta-feira, 8 de março de 2017

O FLAMENGO E A LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E hoje mais uma vez o Flamengo estreia em uma Copa Libertadores. O clube tão tradicional, apaixonante, vibrante e que dificilmente deixará de estar entre o céu e o inferno é destaque quando vence e principalmente quando perde. Esse é o custo por ser um gigante, algo que não é exclusividade, porém tão pouco parecido quando se tem uma legião, uma nação de 40 milhões de pessoas.
O fato é que a mística do clube que sempre afirma fazer craque em casa, curiosamente estreará hoje às 22h, no Maracanã lotado contra o San Lorenzo sem os tais "meninos" da Gávea.
Ora, o Flamengo há alguns anos, desde o primeiro mandato de Eduardo Bandeira de Melo, provou que é possível ter uma administração séria e comprometida. Queira ou não, é bem verdade que o clube colocou no cenário nacional e até mundial, jogadores criados na Gávea. A mística sempre existirá. O rubro-negro sempre será um celeiro de bons jogadores e mesmo que raramente de joias para se chamar de craque.  
O torcedor que entende e elogia o trabalho realizado nos bastidores do clube é o mesmo que ansiosamente espera e cobra por resultados dentro do campo. Os clubes vivem de títulos e não é diferente no importante clube carioca. 
Eu e muitos outros rubro-negros pensam que se o time atual tivesse apenas os jogadores formados no clube poderia ter mais resultado que o atual repleto de jogadores experientes, rodados e com vivência internacional. Será mesmo? Bem, o treinador Zé Ricardo conhece bem a "molecada" e deve saber a hora de utilizá-los, liberando de pressões e queima de etapas. Respeito e espero que esteja fazendo o certo.
O problema é que os últimos bons momentos do clube ocorreu com jogadores que saíram do berço da Gávea. Todo time campeão contava com alguém da base, mesmo que medianos. Se falarmos de competições fora Brasil, como não lembrar de Lê, responsável pela Conmebol de 99. Hoje dificilmente estaria no banco de reservas. É para refletir.
A realidade é que hoje se inicia mais uma história do Flamengo no torneio internacional. Foram longos três anos de espera quando o time acabou eliminado na primeira fase da competição. Essa aliás é uma triste realidade quando se trata de torneios internacionais. Foi assim nas últimas aparições. 
Agora está mais do que na hora do rubro-negro voltar a incomodar e resgatar o respeito dos sul-americanos. Mudar o péssimo retrospecto de um aproveitamento pífio de apenas 52% nas últimas 46 partidas disputadas em seis edições que esteve presente.
O clube não mediu esforços para concretizar o sonho. A equipe como já mencionei é experiente, vai muito além dos talentos estrangeiros. Conta com peças interessantes ao esquema atual como Revér, Pará, William Arão, Diego e Everton. Conta também com promessas da Gávea no banco de reservas. É importante apoiar nomes como o de Leo Duarte, Ronaldo, Lucas Paquetá, Felipe Vizeu e Matheus Sávio. 
Por mais que não haja um favorito na traiçoeira Libertadores, e respeitando a todos os adversários, entendo que um dos principais desafios do Mengão será acabar com o fantasma de tentar ser o Flamengo dos tempos áureos de Zico e Cia, isso não acontecerá, assim como as glórias fantásticas de outros grandes clubes brasileiros. 
Fora isso, o Maracanã precisa urgentemente voltar a ser um grande aliado ao invés de um lugar de tropeços e resultados inesperados como na reta final do brasileirão, que ajudou a culminar com a perda do título. Os adversários precisam sentir que o estádio é mais um empecilho, somado com a massa que canta, empurra e apoia do início ao fim.   
Vamos ver o que o Flamengo tem para mostrar. O que de fato planejou para brilhar na Libertadores que ocorrerá até novembro. Aguardar se provará contar com um time unido, que se respeita e acima de tudo não deseja passar a impressão de ser de "aluguel" e sim que de fato se orgulha em vestir essa camisa de peso para no fim fazer história. 
Essa nova página deve ser escrita sem pressões e no trabalho feito no dia a dia. Trabalho esse que é sério, de pessoas sérias, comprometidas e que acreditam como eu que terá os frutos colhidos na hora certa e discernimento para não voltar para a "crise" no fim de sua gestão.  
Boa sorte para os comandados de Zé Ricardo na busca do sonhado bicampeonato.
Até a próxima!

O VACILO DO FURACÃO E A NOVA CHAPE - Por Rodrigo Curty

E a noite da Libertadores não foi exatamente perfeita para os times brasileiros. Atlético PR e Chapecoense entraram em campo contra o Universid Católica(Chi) e Zulia (Ven), respectivamente e apenas o time de Santa Catarina conseguiu vencer.
Antes de entrar nos detalhes das partidas, vale o registro da vitória maiúscula do Jorge Wilstermann sobre o tradicional Peñarol por 6x2. Ambos estão no grupo 5, o mesmo do Palmeiras, que hoje encara o estreante Atlético Tucumán(Arg). O jogo promete ser bem interessante e independente do resultado, arrisco em dizer que o time brasileiro avança adiante na competição.
Agora sobre ontem a noite. Pois é, a Arena da Baixada estava em festa, vestida lindamente de rubro-negro e infelizmente como em um conto de fadas, se deixou perder o encanto de estrear com vitória na estreia, justamente no apagar das luzes.
O gol de Lucho Gonzáles aos 4' dava a impressão de uma vitória sem problemas. Mas aí a velha chatice e erro de quem saí na frente do marcador. Ao invés de acelerar a partida o time brasileiro preferiu esperar o adversário e jogar no seu erro. Na primeira etapa isso raramente aconteceu. 
Na volta do intervalo, o time de Paulo Autuori continuou com a mesma tática e mesmo com uma certa pressão dos chilenos chegou ao seu segundo gol, aliás um golaço de Nikão, após belo passe de calcanhar de Rosseto e que fez o seu comandante afirmar "Aqui não". Benditas últimas palavras.
Sim, engana-se que um 2x0 com 30' em casa é vitória garantida. O time de Mario Salas provou ser equilibrado e de bom toque de bola. Com calma conseguiu pressionar o Furacão e poderia ter aberto o placar antes mesmo dos 40', se não fosse a intervenção de Weverton. O gol calou a torcida que não via a hora do apito final. Só que a pressão continuou e em menos de 2' veio mais uma chance de gol e na sequência o empate com sabor de derrota. 
O resultado foi ruim considerando que o time atleticano agora saíra para dois jogos fora contra San Lorenzo e Flamengo. Que o tropeço sirva de exemplo para as próximas partidas. Força Furacão.
Já em Maracaibo, a nova Chapecoense foi muito bem. O time de Vagner Mancini se postou muito bem durante toda a partida. Renovada, empenhada e com um espírito de uma equipe gigante e que parecia ter longa rodagem internacional. 
O primeiro gol veio do experiente lateral esquerdo Reinaldo, em cobrança de falta na lateral. Outros gols poderiam ter saído na primeira etapa, só que quis o destino que o belo gol de Luiz Antônio viesse na segunda etapa. O jogo estava controlado até o gol de Arango que resultou em pressão nos minutos finais e defesas de Artur Moraes. 
Parabéns a Chape que se fizer a lição de casa estará mais vivo do que nunca nas fases seguintes. Que venha o Lanús.
Até a próxima!

terça-feira, 7 de março de 2017

LIBERTADORES COM BRASILEIROS EM CAMPO - Por Rodrigo Curty

E é hoje que a bola rola para a fase de grupos da Libertadores da América. O torneio mais cobiçado das Américas deve ser muito equilibrado e para variar com surpresas até o seu capítulo final, em novembro.
O Brasil, terá oito representantes: Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético MG, Grêmio, Chapecoense, Atlético PR e Botafogo. 
A competição já provou que nem sempre o favorito avança ou vence e os que menos investem, desde que unidos podem surpreender. 
Hoje, serão realizadas quatro partidas, sendo duas delas com times brasileiros que esperam escrever um belo capítulo na competição. 
A Arena da Baixada promete ferver para receber o Atlético PR que veio de duas fases na pré-Libertadores para chegar ao grupo 4. O Furacão recebe às 21h a tradicional equipe chilena do Universidad Católica do Chile. Paulo Autuori sabe das dificuldades e também os caminhos necessários para seguir adiante no torneio.
A equipe deve ser a mesma que vem atuando, com exceção de Grafite que recebeu o tereciro cartão amarelo contra o Capiatá. Já Felipe Gedoz pode começar entre os titulares, diferentemente de Eduardo da Silva, recém contratado e sem ritmo de jogo.
O outro brasileiro que deseja começar com o pé direito é a queridinha do Brasil e renovada Chapecoense. O time dirigido por Vágner Mancini visitará o Zulia, da Venezuela às 21h30 pelo Grupo 7. O estádio Pachencho Romero, em Maracaibo, ao meu ver será o maior adversário dos catarinenses. A lembrança daqueles que colocaram o time na competição será um ponto forte na partida. Força Chape.
Até a próxima!



segunda-feira, 6 de março de 2017

A GUANABARA FOI SÓ UM DETALHE - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez o torcedor carioca pode acompanhar um belo clássico de futebol. O tradicional Fla x Flu foi eletrizante. Lembrou e muito os velhos tempos desse que é o duelo mais romântico do futebol mundial. A mística cor rubro-negra misturada com as tricolores que traduzem tradição se fez presente da maneira que jamais deverá deixar de ser.
Os rumores, preocupações com violência, discussões de jogo com torcida única e tal felizmente teve um final positivo. Ambos os torcedores entenderam que o futebol e a paixão é maior que qualquer que seja a ignorância dos que fazem de seu clube de coração uma facção de guerra. Está mais do que na hora de respeitar a liberdade de cada cidadão. É possível e necessário torcer em paz. Torcer pelo seu clube e não contra o do outro, esse é o caminho para relembrarmos os tempos áureos, em que havia apenas as gozações saudáveis. Viver intensamente um clássico no qual vence o que fez por onde e teve competência é um sonho ainda distante e sim, se tiver a boa vontade de todos voltará a ser constante.
O Flu x Fla foi maravilhoso e com todo respeito ao "Niltão", pena não ter sido no Maracanã. O maior palco carioca merecia ver essa final de Guanabara. O jogo foi limpo, jogado, sem violência, provocações e respeitoso dentro e fora das quatro linhas. O GEPE fez bem o seu papel, e pena que teve que ser assim. Garantia de segurança por uma equipe especializada que abriu mão da tranquilidade da população em setores mais importantes que um estádio de futebol é no mínimo lastimável. 
De qualquer maneira, no campo os quase 30 mil torcedores divididos entre mais flamenguistas que tricolores viram um duelo de seis gols com direito a dois vira-vira e no final uma disputa de pênaltis vencida pelo Fluminense por 4x2.
O Fluminense de Abel Braga merece os parabéns, assim como o time de Zé Ricardo. Qualquer um que levantasse a taça seria justo, mas o certo mesmo é que resultado pouco importou na tarde de futebol do Rio de Janeiro, afinal a apreensão foi trocada pela diversão, união e identidade carioca. Viva o futebol, viva a paz e que seja sempre assim. Que venha o segundo turno e as finais.
Até a próxima!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O PERIGO DOS ESTADUAIS - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez eu volto a afirmar que os clubes considerados grandes tomem cuidado com os regionais. É claro que o torcedor quer ver a sua equipe levantar todos os troféus possíveis na temporada, só que também deve ter a consciência que essa cobrança inicial pode "atrapalhar" mais do que ajudar.
Bem, resumidamente hoje com todo o respeito as agremiações que eu não cito abaixo, vejo Palmeiras, Santos, São Paulo, Flamengo, Atlético MG e Cruzeiro a frente dos demais. Claro que equipes como Corinthians, Botafogo, Vasco, Fluminense e Grêmio podem surpreender. 
O motivo é simples - Dinheiro em caixa, equipes mantidas em quase 100% dos últimos anos e o planejamento de contratações pontuais, além da análise de quem deve jogar cada competição. 
Das agremiações citadas acima, eu também questiono se o atual campeão brasileiro precisava contratar tanto ao invés de valorizar mais aqueles que levantaram a taça. As contratações sempre são bem vindas, o problema é ter no elenco vários "rodados" em cada posição. Vejo como um grande risco pela briga de "egos". Enfim, posso estar enganado, mesmo com o histórico de quem foi pelo mesmo caminho, o de ter trocado os pés pelas mãos. Vamos aguardar!
De certa maneira, entendo que o maior erro de uma equipe é colocar sempre o elenco considerado titular para jogar o estadual. O torneio é perigoso na vida dos atletas renomados e que estão à frente da equipe para os torneios que realmente valem a pena serem disputados. Queira ou não, o ano começou ruim no quesito contusões no Verdão. Curiosamente os seus dois volantes que nem deveriam, ao meu ver ter que disputar posição com os atuais reforços se contundiram - Tchê Tchê e Moisés - o segundo uma grande perda. Serão pelo menos seis meses de molho.
Por outro lado, o estadual também pode ser positivo nas equipes em desenvolvimento.Esse é o caso, por exemplo de Cruzeiro e Fluminense voando neste início. Os dois times aparentemente estão no caminho certo tecnicamente falando. O primeiro tem Mano Menezes, enquanto o segundo Abel Braga. Ambos conhecem bem a base e sabem lidar com as adversidades. A questão é saber até quando se manterão, principalmente Mano, apenas fazendo os seus papéis, ao invés de buscar mais os holofotes. 
Eu não tenho dúvidas de que vencer é sempre bom, afinal dá moral se o clube souber administrar. O problema é que normalmente o histórico mostra cada vez mais que o campeão do regional se deslumbra por acreditar que realmente tem "bala" na agulha para suportar longas competições. Esse ano será repleto de torneios longos, desgastantes e com saídas de jogadores às suas seleções. É importante que as comissões técnicas entendam essa leitura e que pouco se importem com quedas inesperadas nos estaduais. 
É importante usar o torneio como laboratório e para entrosar o que é considerado o time principal. Agora chega o momento mais esperado. Aos poucos as decisões afunilam. É aquela hora que ninguém deseja perder e que vale muito mais a certeza que se vacilar é porque tem algo melhor na frente, caso contrário, todo o planejamento poderá ir por água abaixo. 
Até a próxima!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

FLAMENGO "B" VENCE NA PRIMEIRA LIGA - Por Rodrigo Curty

E o Flamengo mais uma vez venceu na Primeira Liga. O time de Zé Ricardo contou apenas com dois dos considerados titulares na temporada - Alex Muralha e Everton. O adversário foi o renovado América MG.
A partida foi muito aquém das expectativas do torcedor rubro-negro, que no regional está acostumado a ver o time ganhar com muitos gols e ser mais equilibrado taticamente. Bem, é claro que um time precisa de "rodagem" para chegar perto da perfeição e, tudo indica que o treinador do Flamengo repetirá a formação dessa noite em outras partidas.
Independente da vitória magra de 1x0, gol de Gabriel e, que valeu a liderança do seu grupo e passagem antecipada às quartas de final, o Flamengo apresenta um planejamento interessante para suportar muito em breve mais uma competição, a mais importante do ano ano para o clube - A Libertadores da América. 
O elenco é bem promissor e experiente, fora isso, os jogadores são bastante homogêneos. As laterais, volantes, meias e até mesmo o ataque é bem parecido. O importante, porém é manter o que vem sendo feito até aqui -  o respeito pelas opções do treinador e aproveitamento da oportunidade quando essa é dada. 
Qual clube do Brasil conta hoje com reservas como por exemplo Juan, Donati, Renê, Cuéllar, Berrío e Leandro Damião?  São jogadores que poderiam estar na equipe titular. Um time que disputa muitas competições importantes precisa ter foco e acima de tudo a certeza que tem no banco a possível solução em uma adversidade. O Flamengo está no caminho certo e pode finalmente sair do "quase" para a realidade de levantar títulos no ano, será? É aguardar para ver.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

FOGÃO VENCE E FURACÃO TROPEÇA NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

A noite da Libertadores da América poderia ter sido bem melhor para as equipe brasileiras. Botafogo e Atlético PR que sonham em entrar na fase de grupos da competição jogaram em seus domínios e esperam concretizar o objetivo na semana que vem.
O Glorioso teve uma grande festa no estádio Nílton Santos, antes do duelo contra o tradicional Olímpia do Paraguai. A entrada de Montillo trouxe esperança de que a partida seria vencida sem grandes problemas. O problema é que a grande contratação do ano sentiu a lesão na panturrilha direita logo no início e teve que dar lugar a João Paulo.
Jair Ventura é um treinador curioso. Faz coisas que muitos questionam como sendo equivocadas. Equipes titulares com jogadores fora de posição de origem, esquemas táticos com funções diferenciadas de cada jogador e quando substitui sempre mantém um time ofensivo e pelo incrível que pareça sem que surjam chances reais de gols. Ora, tudo bem para o torcedor alvinegro, afinal se atrás e no meio o time recompõe bem e mantém a bola, o gol é uma questão de tempo. E foi assim, que Rodrigo Pimpão, o mesmo herói da classificação a terceira fase deixou a sua marca. Um belo gol de voleio e alívio de todos.
A segunda etapa o time carioca poderia ter ampliado e também foi ameaçado, principalmente na sua maior deficiência -  a bola aérea. Desta vez, a dupla de zaga formada pelo excelente Marcelo e Emerson Silva deram conta do recado. O jogo de volta deve ser tenso e merece cuidados. O time paraguaio costuma ir bem e convenhamos que um gol não é nada do outro mundo. Que o Fogão faça bem a sua lição de casa e continue jogando melhor fora.
Já na Arena da Baixada, o Atlético PR recebeu o também paraguaio Deportivo Capiatá. A partida foi bem movimentada, nervosa e típica de Libertadores.
O grande destaque do Furacão foi o meia Felipe Gedoz. O camisa 10 abriu o placar com uma bela cobrança de falta. Depois disso, os comandados de Paulo Autuori aceitaram a pressão paraguaia que acertou uma bola no travessão e depois empatou com González, após erro infantil de marcação.
Na segunda etapa o que se viu era o time brasileiro disposto a matar o jogo. Só que o feitiço foi contra o feiticeiro. Em mais um erro defensivo Néstor González virou a partida. A torcida se calou e imediatamente o time respondeu em campo. Pouco depois Gedoz chutou a bola no braço de Carlos Bonet, pênalti convertido pelo camisa 10 e jogo incendiado. Ao meu ver, Autuori escalou novamente errado e mexeu ainda pior. Tirou o camisa 10, mesmo com um jogador a mais, pouco antes dos 20' e mesmo assim viu Pablo aos 40' soltar a bomba e virar a partida. 
O Capiatá que esperava por uma bola, pelo incrível que pareça empatou novamente. No apagar das luzes, em um escanteio que foi cobrado fora do lugar demarcado, e que nem arbitragem e nem o jogadores brasileiros viram, Néstor González de cabeça, em mais uma falha defensiva decretou o 3x3.
Na semana que vem, o Furacão precisará vencer pelo placar mínimo para avançar a fase de grupos. Um empate em 0x0; 1x1 ou 2x2 classificará os paraguaios. Acredito na vitória, mesmo sabendo que o retrospecto do Atlético PR fora ser ruim. É importante que se diga que os paraguaios são melhores fora do que dentro. É aguardar para ver. Boa sorte Furacão.
Até a próxima! 

A ESTRATÉGIA DE ROGERIO CENI - Por Rodrigo Curty

E o São Paulo venceu mais uma. Não é que o técnico do tricolor, o eterno ídolo da equipe, Rogério Ceni está surpreendendo?É lógico que os trabalhos apenas começaram e ainda será necessário passar por testes de verdade para saber se tudo não passa de um fogo de palha.
O fato é que o treinador aos poucos ganha o respeito e atenção dos adversários, atletas e da grande mídia, que em sua maioria, por mais que não declarem, torcem contra o sucesso do ex-goleiro artilheiro.
O jogo contra o Santos deixou claro, pelo menos para mim que o M1to gosta do futebol ofensivo e erra nas suas escalações. Erra? Bem, por que não acreditar que na verdade o que Rogério faz é dar oportunidade para todos que estão à sua disposição? Acredito que o papo de vestiário é de que não existe no elenco os 11 titulares e sim um grupo que deve respeitar as decisões e estratégias pensadas pelo treinador para cada partida que o São Paulo irá enfrentar.
Nesta noite contra o Santos isso me pareceu claro. Neilton que foi muito bem na temporada passada com a camisa do Botafogo, definitivamente não se encaixou na equipe. Parece um aspirante ao lado de veteranos. Na parte defensiva, e olha que isso não é de hoje, ainda há muito o que ser arrumado. Os laterais não passam confiança, e o miolo é confuso quando pressionado. Na parte de criação, entendo que antes há uma preocupação em recuperar a bola para depois abastecer o ataque. João Schmidt, Cícero, Thiago Mendes, e ainda com as possíveis entradas futuras de Jucilei e Wesley no decorrer dos jogos, os esquemas serão alternados entre um 3-4-3 e um 4-1-4-1. O ataque a princípio não preocupa. Chavez, Cueva, Gilberto e Pratto que estreia contra o Mirassol, dificilmente não darão conta do recado.
É bem verdade que ajustes devem ser feitos o quanto antes. Essa foi a terceira partida que o São Paulo saiu atrás no placar e conseguiu a virada, porém nem sempre será assim, e contra uma equipe que enxergue isso, é certo até dizer que o tricolor poderá ficar vulnerável.
E olha que contra o Santos isso era até certo ponto esperado. Sim, nem o mais otimista acreditava na proeza da virada e na quebra de um tabu que já durava quase sete anos(considerando todas as competições). O olhar do treinador e a composição tática fez toda a diferença. Rogério tem a capacidade de ler a partida e acertar o que antes era considerado um erro. Tem os seus méritos e se não deixar subir na cabeça pode ter uma equipe bem competitiva na temporada e chegar ao estrelato, antes do esperado. O risco de aceitar se expor "precocemente" está dando resultado porque entende a linguagem e sabe passar a sua liderança.
A prova disso foi a entrada de Luiz Araújo no lugar de Neilton - Fez a diferença ofensiva. O jovem jogador marcou dois gols e ao lado de Cueva foi um dos destaques da vitória de virada por 3x1. Apesar dos gols, é certo afirmar que a vaga no ataque ainda é uma incógnita e sim, deve ser preenchida por Wellington Nem, assim que esse se recuperar de sua lesão. 
Vamos aguardar os próximos capítulos e as partidas mais graúdas para termos a certeza de até onde vai a glória de Rogério Ceni. Se de fato é uma grande descoberta ou um sortudo temporário. Desejo sorte e parabéns ao treinador são-paulino.
Até a próxima!

REAL E BAYERN ESPANTAM A ZEBRA - Por Rodrigo Curty

E a bola voltou a rolar pelas oitavas de final da Copa dos Campeões. Os favoritos Real Madrid e Bayern de Munique não deram chance para Napoli e Arsenal, respectivamente.
Calma lá, antes que me xinguem ou critiquem pelo fato de considerar o time espanhol e alemão como sendo os melhores do duelo, convenhamos que a tradição ajuda na análise.
Pois bem, no Santiago Bernabèu, por pouco não acontece o inesperado. O time italiano saiu na frente e até por alguns instantes esteve melhor. Só que do lado dos merengues, um certo Cristiano Ronaldo esteve bem a vontade e capitaneou a sua equipe para a virada de 3x1, com direito a um golaço do brasileiro Casemiro. 
Ficou bem claro como o time de Zinedine Zidane trabalha a bola. O time é calmo, calculista e prático. Aperta o adversário quando não tem a posse de bola e erra muito pouco. Resta saber se a quantidade de gols perdidos nas criações fará falta no decorrer da competição. Sim, apesar de respeitar as cores do Napoli, sinceramente não acredito que o maior vencedor do torneio se despeça na Itália.
O mesmo pode-se dizer e até com mais convicção do Bayern de Munique. O time alemão massacrou o inglês do Arsenal. A equipe provou ser bem organizada e homogênea. Joga com frieza e é extremamente objetiva. E olha que o placar de 5x1 com direito a um golaço de Robben e o futebol de primeira qualidade ainda foi pouco pelo apresentado. Foi uma aula de futebol com quase setecentas trocas de passes. O Arsenal dificilmente conseguirá reverter a situação, aliás, se bobear deve perder novamente. É aguardar para ver.
Até a próxima!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

UM PASSEIO LATINO EM PARIS - Por Rodrigo Curty

A Copa dos Campeões promoveu nessa tarde uma das maiores goleadas sofridas pela potência de nome Barcelona. O time catalão segue com um 2017 desastroso. Dificilmente o time que conta com o trio mais valioso e competente do planeta levantará o troféu espanhol. Até aí tudo bem, afinal o que vale para os gigantes são as grandes conquistas, não que o regional de lá não seja, só que comparar com a "Orelhuda" é pedir muito.
O jogo válido pelas oitavas de final foi contra o PSG, isso mesmo, mais uma vez contra os franceses. Desta vez, a história foi completamente diferente. O estádio Parc Des Princes, de Paris estava lindo, eufórico, confiante e conectado com o time em campo. Foi um massacre do início ao fim. 
A data também marcou o aniversário de duas feras da equipe parisiense - Edinson Cavani e Ángel Di Maria. O argentino foi o responsável em abrir o placar, em bela cobrança de falta, sem chance para o goleiro Ter Stengen, que já havia feito milagres minutos antes.
Antes do final da primekira etapa, o jovem Draxler encheu o pé para fazer 2x0. Para quem esperava uma reação na equipe de Luis Henrique na segunda etapa, viu mesmo um predomínio dos comandados do espanhol Unai Emery. Os latinos de paris estavam demais. Dí Maria, após uma jogada que começou com o goleiro Kevin Trapp e levou apenas quatro toques até ele, fez um golaço. O estádio foi abaixo. O Barcelona não vi a cor da bola e parecia um time em formação ou volta de temporada. O argentino deu lugar ao brasileiro Lucas, que foi bem na partida. Só que faltava mesmo era o gol de Cavani. O cara que correu, lutou até o fim, obedeceu como sempre o esquema tático marcou o quarto gol. Daí para frente a diferença poderia ter aumentado e até diminuído com uma bola na trave na cabeçada de Umtiti.
A torcida francesa por mais pessimista que seja, espera finalmente passar das quartas de final contra quem vier. A do Barça, bem, essa espera que a síndrome de ser derrotada por 4x0 todo ano, desde 2015 acabe. Ano passado perdeu para o Liverpool, em partida amistosa. Em 2016 o algoz foi o Athletic Bilbao. Vale ressaltar que o Bayern de Munique aplicou o mesmo placar que o PSG em 2013 e na volta no Camp Nou venceu novamente por 3x0.
Faça a sua aposta. Será que dá para o Barcelona? Se o trio resolver jogar o jogo pegará fogo, só que os latinos dificilmente jogarão mal na partida de volta. Para mim, está decretada a classificação, de forma justa e memorável. Está com cara de quebra de tabu na Copa dos Campeões.
Até a próxima!


domingo, 12 de fevereiro de 2017

FLA X FLU SEGUEM COM 100% DE APROVEITAMENTO - Por Rodrigo Curty

E a dupla Fla x Flu seguem firmes na Taça Guanabara. Já Botafogo e Vasco ainda não decolaram e passam desconfiança.
O tricolor das Laranjeiras é outro com Abel Braga. O time joga solto, com bons toques de bola e rapidez. O Bangu não viu a cor da bola. Na tarde inspirada, o grande destaque foi  Henrique Dourado. O atacante marcou duas vezes. Gustavo Scarpa e Osvaldo completaram a goleada. Detalhe é que Osvaldo ainda desperdiçou uma penalidade. Líder isolado do grupo C com 12 pontos, o Fluminense agora encara o Volta Redonda, enquanto o lanterna Bangu medirá forças contra o Resende. 
O Vasco perdeu mais uma. O Volta Redonda foi o algoz. Vitória de 1x0 e sonho de classificação. O time comandado por Cristóvão Borges perde muitos gols e por outro lado sofre demais defensivamente. Foram quatro gols em seis partidas. A expectativa da torcida é que os reforços entrosem logo. Wagner, Kelvin e Muriqui podem dar certo, resta saber se terão tempo suficiente. Creio que não há motivos para desespero. Basta vencer a Portuguesa no sábado, em São Januário e garantir a vaga nas semifinais, provavelmente contra o Flamengo.
Por fim, o clássico entre Botafogo e Flamengo poderia ter sido maravilhoso do começo ao fim, só que não foi bem isso que aconteceu. As brigas fora do estádio com direito a morte de um torcedor do alvinegro só faz com que os apaixonados pelo futebol desanimem em ir aos estádios. 
No campo as duas equipes fizeram um bom jogo. O Flamengo foi melhor na primeira etapa. Perdeu oportunidades e não deixou o Glorioso respirar. Saiu na frente com Guerrero e permitiu o empate de Roger em lance curioso do bandeira. Na volta do intervalo o time de Jair Ventura foi muito bem, mesmo com a equipe reserva. Zé Ricardo, por outro lado com um time mais experiente saiu vencedor com o gol de Everton, em sua partida de número 200. A sorte acompanhou o rubro-negro que viu a trave de Alex Muralha ser beijada duas vezes, após lances de Leandro. Classificado, resta saber se será primeiro ou segundo colocado. A decisão ocorre no domingo contra o bom e surpreendente Madureira.

Até a próxima!    

OS GRANDES NO PAULISTÃO - Por Rodrigo Curty

O campeonato paulista está apenas no início e os chamados pequenos já surpreendem os considerados grandes. O trio de ferro merece atenção. É difícil, mas não é impossível alguns dos quatro grandes ficarem de fora da fase seguinte da competição. 
Se na estreia o São Paulo foi surpreendido pelo Audax, nessa rodada foi a vez de Palmeiras e Corinthians. Já o Santos definitivamente é o time a ser batido nos estaduais. 
O timão encarou o Santo André em seu estádio e acredite, perdeu de 2x0. A partida foi horrorosa com direito a Jô perder uma penalidade máxima. Fábio Carille terá dor de cabeça para convencer a torcida de que o tempo fará seu time jogar bem. Jadson que assistiu a derrota de camarote recebeu a camisa 77, em homenagem ao título que tirou o clube de 23 anos da fila. O meia terá uma grande responsabilidade. 

O tricolor que tem o comando de Rogério Ceni, pela primeira vez encarou a Ponte Preta no Morumbi. O estádio estava lotado, parecia uma final na apresentação de Jucilei e Pratto. O placar de 5x2 foi digno de uma gratidão. Só que não foi tão fácil assim. A Macaca saiu na frente e levou a virada em tarde inspirada de Gilberto, que está longe de ser sombra para o recém contratado Lucas Pratto. O São Paulo ainda precisa definir melhor seu esquema tático e equipe considerada titular, mesmo o regional sendo um ótimo laboratório.
Já o Palmeiras decepcionou o seu torcedor que encheu o estádio Novelli Junior, em Jundiaí.O tabu foi mantido. Desde 2005 o Galo não perde para o atual campeão brasileiro, em seus domínios. A vitória de 1x0 foi merecida. O time de Eduardo Baptista esteve perdido em campo e só não perdeu de mais porque Fernando Prass operou milagres. O venezuelano Guerra estreou relativamente bem e demonstrou falta de ritmo. A torcida está preocupada com o rendimento da equipe e espera se recuperar logo, afinal de contas a Libertadores já vai começar.
Por fim, o time de Dorival Junior encarou o Red Bull Brasil no Pacaembu e venceu com um gol polêmico. Fora isso, é bom que se diga que o sufoco foi tremendo na meta de Vladimir. Boas defesas, bolas na trave e erros de arbitragem. O jogo foi eletrizante e com belas jogadas. Lucas Lima foi muito bem e ajudou na vitória. O terceiro gol, o de Kayke ainda dará o que falar. A bola bateu na sua mão e não ultrapassou a linha. O Santos se defende dizendo que o adversário também teve um gol irregular validado. ora, um erro não deve justificar o outro. De qualquer maneira, o time da Vila é o melhor dos grandes até aqui. Agora é aguardar para ver como se saíra no primeiro clássico, quando encara o São Paulo.
Até a próxima!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

BRASIL VIVO NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

O Brasil está muito perto de contar com mais dois clubes na fase de grupos da Libertadores da América. Botafogo e Atlético PR conseguiram avançar a terceira fase de forma dramática. 
O primeiro foi desrespeitado no Chile. A pressão, o pré-jogo e as afirmações dos que cobrem o time do Colo-Colo fazem parte do torneio, só que a dignidade, honra e história do clube brasileiro deveriam ser preservados.
De qualquer maneira, quem não gosta de vencer nas adversidades? O Glorioso mesmo nervoso, errando demais e jogando taticamente errado, foi parado nas defesas de Villar e mesmo assim sorriu no final. 
Se a superstição de que" tem coisas que só acontecem com o clube carioca" veio à tona logo no início com o gol contra do zagueiro Emerson, a máxima de quem não faz leva também se fez presente do lado chileno, que diga-se de passagem amargurou a sua sexta eliminação na história do torneio como mandante. E que bela jogada do time de Jair Ventura até o rebote e gol de Rodrigo Pimpão. Valeu dancinha, provocações e grito que estava preso na garganta. 
Agora o Botafogo aguardar pelo seu próximo adversário para entrar de vez na competição. Quem será? Independiente del Valle ou Olímpia? Apesar da vitória dos equatorianos na primeira partida por 1x0, aposto na tradição do tricampeão paraguaio. Aguardar para ver.
Na Colômbia outra guerra entre Millonarios e Atlético PR. O time da casa, ao meu ver melhor tecnicamente contou com um estádio barulhento e uma atmosfera que conspirava tudo ao seu favor. Só que do outro lado estava um time com jogadores experientes e sabendo jogar pelo resultado conquistado em casa(1x0). Sabia que antes de matar a partida, poderia também levar um gol e decidir nas penalidades, mesmo que essa jamais tenha sido a intenção. O time de Paulo Autuori até os 30' dominou as ações e poderia sair na frente.
Bem, não foi o que aconteceu. Se Weverton quando acionado foi bem e só não conseguiu e sinceramente não vejo quem conseguiria evitar o golaço marcado pelo volante John Duque, o nervosismo e ansiedade colombiano em tentar o segundo gol ficou para uma outra oportunidade. A decisão foi para as penalidades.
Nas cobranças o time brasileiro sobrou. Jonathan, Grafite, Carlos Alberto e Felipe Gedoz acertaram suas cobranças, enquanto do lado adversário, apenas Del Valle e Cadavid marcaram. Já Franco consagrou Weverton e Nuñez acertou a trave. Final o honroso 4x2 e expectativa de quem será o próximo adversário. Saberemos após o duelo entre Universitário(Per) e Deportivo Capiatá(Par). Na primeira partida a vitória foi dos peruanos por 3x1, fora de casa. Teoricamente deve avançar.
Até a próxima!
 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

CARIOCAS E GAÚCHOS NA PRIMEIRA LIGA - Por Rodrigo Curty

E a bola rolou para mais uma rodada da Copa da Primeira Liga. Em campo a rivalidade entre cariocas e gaúchos se fez presente. É bom que se diga, se o torneio para muitos não passa de uma oportunidade para as equipes ganharem padrão, planejar melhor para temporada e observar possíveis peças a serem utilizadas em um plano B, para o torcedor dos envolvidos vale sim um título importante, afinal, querendo ou não, a tendência é de que a Liga ganhe cada vez mais forças daqui para frente com ou sem aval total da CBF. 
No campo, o que vimos foi um duelo entre o Internacional com o Fluminense e o Flamengo contra o Grêmio. No primeiro jogo, o Colorado que ainda amarga a queda à série B ainda não empolga a sua fanática torcida. O time precisa definitivamente se encaixar para crescer nos torneios. É bem verdade que a vitória de 1x0 sobre os reservas tricolores, sim, Abel levou ao campo apenas três de seus considerados titulares não deve ter muito peso. 
O importante, ao meu ver é o Internacional aproveitando as oportunidades que terá na temporada para encarar os times da série A de igual para igual. Precisa ganhar moral e confiança para retornar com certa folga à elite no ano que vem. Eu imagino que isso venha ocorrer, porém toda a calma é pouca. Já o Fluminense surpreende, mesmo que a maioria, assim como eu, entenda que o campeonato regional não deve ser levado como parâmetro de sucesso nos torneios mais parrudos. De qualquer maneira ter um cara no comando que conhece bem o grupo ajuda e muito a acreditar em voos maiores. Com a vitória o Internacional assumiu a liderança do grupo A com seis pontos. Os cariocas seguem em segundo com três pontos. 

Já em Brasília, o rival Colorado, o Grêmio, que também jogou com um time misto perdeu do Flamengo na estreia das duas equipes. O rubro-negro está literalmente "voando" em campo. Foi avassalador, principalmente no primeiro tempo, marcando em cima, alternando as jogadas pelos lados do campo e acima de tudo mostrando o que Zé Ricardo deseja do time - um grupo unido e todos jogando para todos. 
Trauco, o lateral esquerdo provou estar totalmente adaptado e cada vez melhor na marcação, um de seus defeitos. A jogada do primeiro gol, saiu dos pés de Diego, o melhor em campo, principalmente por estar livre para jogar em todas as partes e por ter cobertura de William Arão e Rômulo quando algo dá errado. O meia tocou para Trauco que com um toque inteligente, deixou Everton se consagrar com uma bomba. 
O tricolor gaúcho bem que poderia empatar a partida até a metade da segunda etapa, mas foi parado pelo goleiro Muralha em duas ocasiões de Bolaños. Como quem não faz leva, quis o destino que mais um estreante da Gávea, jogando contra o Grêmio(antes quatro estreantes também conseguiram a proeza) fizesse o gol - Orlando Berrío, que entrou meio perdido e errando, provou que é pé quente e oportunista. Pegou o rebote do goleiro Bruno Grassi, após a cabeçada de Guerrero e, também de cabeça colocou a bola nas redes e saiu para a torcida que já o tem como ídolo. 

Apesar da derrota, vejo o time de Renato Gaúcho bem interessante também no banco de reservas, basta acertar o setor defensivo. A Libertadores é o foco de ambas as equipes. O que não pode é perder a confiança da torcida, assim a Liga deve ser levada a sério. O Flamengo lidera o grupo B com três pontos. Vamos aguardar os próximos capítulos! Até a próxima!

A NOVA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

E a bola vai rolar hoje para mais uma edição da Copa do Brasil. O torneio que é amado por muitos pelo fato de ser no formato mata-mata e não de pontos corridos terá o seu campeão conhecido no mês de outubro e não mais no final do ano como na edição passada conquistada pelo Grêmio, o maior papão com cinco títulos.
A competição que há algum tempo mudou sua fórmula de disputa e, de certa forma acabou com a possibilidade do time de menor expressão se sobressair sobre o considerado gigante, agora deve ser mais equilibrada.
O motivo é simples -  Para chegar na final com praticamente dois meses de diferença, as duas primeiras fases terão apenas uma partida, ou seja, não há possibilidade de reverter o placar. Assim os grandes jogarão fora de casa e por dois resultados - vitória ou empate. A zebra gosta de aparecer na Copa do Brasil e hoje para espantar esse fantasma, Corinthians, Sport, Ponte Preta, Vitória e Coritiba devem fazer a lição de casa.
O Timão terá pela frente a Caldense. Poços de Caldas está em festa e esperançosa, mesmo sabendo da inferioridade técnica de sua equipe. O mesmo serve para o Moto Club do Maranhão que receberá amanhã o São Paulo, único dos considerados grandes que ainda não levantou a taça. Quem também quer espantar a zebra é o Vasco que encara também amanhã o Santos -AP. Deve passar sem dificuldades. O Vitória da Conquista(Ba) receberá o Coxa, enquanto a Ponte Preta visitará Campinense(PB). Por fim, o rubro-negro baiano medirá forças contra a Luziânia(GO) e o Sport joga a classificação contra CSA(AL)
Quem avançar precisa se atentar. Empatar pode ser uma péssima ideia. Sim, na segunda fase o empate levará a decisão para a marca da cal.
Já da terceira fase em diante a tendência é o torneio pegar fogo, afinal o já conhecido gol marcado na casa do adversário volta à tona e permanecerá até a finalíssima, quando sairá de cena. Além disso é nessa hora da competição que os clubes que estarão na Libertadores da América, mais os cinco times classificados a partir da Copa do Brasil, Atlético-GO (campeão da Série B), Santa Cruz (campeão da Copa do Nordeste) e Paysandu (campeão da Copa Verde) completam os 16 clubes.
Conheça o regulamento:
Confira o sistema de disputa da Copa do Brasil 2017:
Primeira Fase: 80 clubes - empate classifica o visitante - melhor posição no ranking da CBF.
Segunda Fase: 40 clubes - empate leva decisão para os pênaltis.
Terceira Fase: 20 clubes - dois jogos; empate em saldo e número de gols marcados fora de casa leva decisão para os pênaltis.
Quarta Fase: 10 clubes - dois jogos; empate em saldo e número de gols marcados fora de casa leva decisão para os pênaltis.
Oitavas: 5 clubes (da Quarta Fase) + 8 representantes da Libertadores (Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético-MG, Grêmio, Botafogo, Atlético-PR e Chapecoense) + Campeão da Copa do Nordeste 2016 (Santa Cruz) + Campeão da Copa Verde 2016 (Paysandu) + Campeão da Série B 2016 (Atlético-GO) - dois jogos; empate em saldo e número de gols marcados fora de casa leva decisão para os pênaltis.
Quartas e Semifinais - dois jogos; empate em saldo e número de gols marcados fora de casa leva decisão para os pênaltis.
Final - dois jogos; não existe peso maior no gol fora de casa; empate no saldo leva decisão para os pênaltis.
Boa sorte a todos e até a próxima!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O MONSTRO DA NFL TEM NOME - Por Rodrigo Curty


foto: Veja
E olha que nem sempre ser chamado de monstro é algo negativo. Se hoje você pudesse ser Tom Brady e recebesse esse apelido ficaria bravo ou chateado? Creio que não.

Calma lá, eu também prefiro chamar aqueles que realmente fazem por onde de lendas ou fenômenos. E com o fantástico e, sim o quarterback “monstro” do New England Patriots não poderia ser diferente.

O Superbowl 51 jamais será esquecido pelo camisa 12, sua legião de fãs e também pelos seus adversários. O camisa 12 entrou mais uma vez na história da NFL, a liga de futebol americana. O “cara” conseguiu a proeza de estabelecer a maior marca de jardas em uma decisão nos 51 anos da competição (466 jardas) e, de quebra foi escolhido pela quarta vez na carreira como o MVP da finalíssima contra o valente e surpreendente Atlanta Falcons. A façanha valeu um recorde. Sim, ele superou a maior lenda até então, Joe Montana.

Alguns mais insanos podem não concordar e ainda acharem que Brady é apenas mais um “queridinho” privilegiado, midiático e famoso pelo seu rosto e casamento com a maior modelo de todas, a brasileira Gisele Bündchen.

Ora, mesmo que você não seja um grande conhecedor desse maravilhoso esporte e me coloco nessa, como sendo apenas um apreciador e com desejo de conhecer cada vez mais, terá que concordar que o craque aparece na hora que precisa e melhor, não faz isso sozinho e sim em equipe.

Os Falcons capitaneado pelo então MVP da temporada – Matt Ryan abriram surpreendentes 25 pontos de vantagem. A derrota para muitos parecia iminente, só parecia, afinal quem tem Brady, tem praticamente tudo na hora “H”.

O camisa 12 não começou bem a partida. Sofreu sacks inimagináveis, se equivocou em alguns momentos e fez de sua equipe uma presa fácil de ser batida. Parecia que o cenário não mudaria.

Mas como em qualquer esporte, o jogo só termina quando acaba, qualquer erro pode ser crucial. O intervalo o placar era de 21 a 3. Na volta subiu para impressionante 28 a 3. Os Patriots não acertavam uma jogada. Era a hora de Brady entrar no jogo, passar confiança para sua equipe e provar que é o “maior de todos”.

O inacreditável começava a acontecer. Faltando seis minutos, a diferença caiu para apenas oito pontos e faltando apenas 51 segundos para o fim, a derradeira. Brady iniciou uma campanha de 91 jardas até o touchdown de James White e viu Amedola converter mais dois pontos, igualando o placar em 28 a 28 e levando a partida para à prorrogação.

Daí já era tarde para os Falcons assimilarem o golpe. O astro dos Patriots “sobrou”. Não errava mais, estava leve e junto com a torcida que apoiou desde o início viu James White, com um touchdown de corrida colocar o nome dessa grande equipe no hall do esporte. Final, vitória de 34 a 28 e muitas lágrimas dos apaixonados pelo esporte.

Parabéns New England e até a próxima temporada que se inicia em setembro.