quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A COMPETÊNCIA GREMISTA FAZ A DIFERENÇA - Por Rodrigo Curty

Goal.com
E o Grêmio deu um importante passo para finalmente conquistar o tão sonhado tricampeonato da Libertadores. O tricolor gaúcho recebeu o "enjoado" time argentino do Lanús, em sua arena, e contou do início ao fim com o apoio de mais de 55 mil fanáticos torcedores.
Para quem esperava uma partida com o time da casa mandando, pressionando e dominando as ações, se enganou. Os argentinos não se intimidaram e jogaram com paciência, provocações e poderiam até sair com um resultado melhor, poderiam, afinal não contavam com uma noite inspirada de Marcelo Grohe, que salvou a sua equipe com duas excelentes defesas na primeira etapa - uma após o chute despretensioso do meia Martínez, e depois em uma cabeçada excepcional do zagueiro Braghieri. 
Os comandados de Renato Gaúcho insistiam nas bolas aéreas, erravam passes fáceis, não arriscavam chutes. Na segunda etapa o cenário mudou um pouco com as entradas de Everton, Jael e Cícero, esse o cara do jogo. 
O meia que estava esquecido no São Paulo foi um pedido de Renato. O treinador sabia o que poderia ter de retorno. A experiência, estrela e a determinação fazem a diferença numa partida como essa.
O grito de gol da torcida saiu aos 37', justamente com a "mão" do treinador gremista - Jael cruzou e Cícero venceu o goleiro Andrada. O estádio veio abaixo, era festa em quase toda Rio Grande do Sul. A competência fez a diferença.
E o placar só não foi melhor porque o árbitro chileno Júlio Bascuñan "pipocou ao não marcar pênalti em cima de Jael. Coisas de Libertadores. 
De qualquer maneira, a vitória deve ser bastante comemorada. No dia 29, a promessa é de um caldeirão no estádio La Fortaleza. Lá o Lanús é praticamente imbatível e com certeza fará o que tiver que fazer para conquistar o inédito título. Caso devolva a diferença de um gol, a partida seguirá para a prorrogação, permanecendo, o campeão saíra na decisão de penalidades. 
A semana será tensa, ansiosa para o time brasileiro e de expectativa, esperança e apoio para o time argentino. Tudo indica que será uma guerra daquelas que não nos esqueceremos jamais. 
Faça a sua aposta - teremos o Tri do time brasileiro ou o inédito título do Granate? Certeza mesmo é que aquele que for mais competente, levantará a tão sonhada taça.
Até a próxima!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES - Por Rodrigo Curty

Folha de S.Paulo - Uol
E deu a lógica -  Nessa noite, o Corinthians conquistou o seu sétimo título brasileiro, após vencer de virada o Fluminense por 3x1. A campanha até chegar aos 71 pontos foi impressionante, mesmo com um rendimento bem abaixo no segundo turno, comparado ao feito nas primeiras 19 rodadas, que convenhamos, algo totalmente fora da curva e das expectativas.
O Corinthians provou que um time para ser campeão necessita de planejamento, humildade e muito trabalho. Ora, sejamos sinceros, nem os mais otimistas corintianos poderiam esperar um título brasileiro com tanta facilidade com o que têm no atual elenco. 
Além disso, a falta de caixa, as despesas, processos, atrasos de pagamentos, direitos de imagem, e etc, etc. O Corinthians foi Corinthians. Venceu tudo e todos com sangue, raça e suor.
Alguns fatores fazem um time ser campeão - E o Timão fez bem a sua receita. O clube sabia de suas limitações e confiou em ter um time ao invés de um elenco recheado de nomes estrelares. Sabia que o banco não era tão homogêneo como outrora. Conseguiu mesmo nas adversidades se manter com uma gordura absurda dos adversários. Sim, perdeu jogos improváveis e também venceu quando foi colocado à prova. Demonstrou que merecia ser respeitado. 
Arrisco em dizer que daqui há alguns anos, o campeão da década se lembrará que das conquistas anteriores como os dois brasileiros, Recopa, Paulistão, Libertadores e Mundial, esse é sem dúvida o plantel mais fraco em questão de peso e talvez o mais focado internamente. 
Basta analisar e verá que o time não tinha vaidades. A prova disso foi ver Romero como um dos, se não o "cara" mais importante na conquista ao lado de Cássio e Jô, artilheiro com 18 gols. O atacante, inclusive pode entrar de vez para a história, uma vez que desde 1971, quando iniciou o Campeonato Brasileiro,  jamais o clube teve o artilheiro do torneio.
Parabéns para Fábio Carille que não inventou a roda, pelo contrário, manteve o mesmo estilo de seu mentor Tite - Um time burocrático, tranquilo e que sabia a hora de decidir e de ser competente. Montou uma bela espinha dorsal com defesa sólida, meio-campo marcador e produtivo e o ataque competente. Os números não mentem. Nas 35 rodadas até a conquista foram 21V / 8E / 6D. 48 gols marcados e apenas 24 sofridos.
E a arbitragem também colaborou para o feito? Sejamos sinceros e realistas na frieza da análise. Sim, como também errou e acertou para os adversários. Todos tiveram e ainda terão erros grotescos contra ou a favor. Por isso, vale a competência para que isso não prejudique no objetivo que se traça até o dia 03 de dezembro, término da competição. O Corinthias fez a sua parte e merece ser aplaudido e virar exemplo, principalmente daqueles que acham que um time é campeão apenas com o nome de quem veste a camisa. 
Até a próxima!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

MEDIOCRIDADE ITALIANA - Por Rodrigo Curty

E mais um gigante do futebol mundial não garantiu vaga para à Copa do Mundo na Rússia.  Se os apreciadores do Esporte Bretão já ficaram desanimados por não ter Holanda e Estados Unidos, agora com certeza sentirá bem mais sem a tradicional Itália. 
Era sabido que as Eliminatórias europeias trariam surpresas ou decepções em seu término. O grupo da Itália era o mesmo da Espanha e ambas sobraram, mas como só a primeira garantia a vaga direto à Copa, restou aos italianos disputar à repescagem. Os suecos, por sua vez, pegaram um grupo mais equilibrado com França, que terminou em primeiro e a Holanda, eliminada pelo saldo de gols.
O futebol é competência. Não adianta jogar bem se a bola não entrar. Não adianta reclamar da "covardia" do adversário, se quando essa tem a chance marca seu gol. Assim, a tetracampeão mundial se despediu de forma lamentável para sua apaixonada torcida. O time do lendário, fantástico e exemplo - Gianluigi Buffon não saiu do empate sem gols contra a Suécia, em pleno San Siro, em Milão.
O estádio também chamado de Giuseppe Meazza estava lotado e desde o início apreensivo antes do duelo. No confronto em Estocolmo, o time da casa venceu por 1x0 e jogava pelo empate. É importante que se diga que "As três coroas" fez e bem a lição de casa. Assim como no primeiro confronto, aguentou a pressão até o fim, provou realmente contar com sorte e sim, qualidade defensiva para avançar. 
Ficou claro o nervosismo ofensivo da Azzurra - muitas bolas cruzadas, vontade e pouca objetividade. E olha que poderia ser pior -  O árbitro espanhol Antonio Lahoz cometeu erros bisonhos e deixou de marcar no mínimo uma penalidade para os visitantes. 
É a primeira vez, desde 1958, curiosamente na Copa da Suécia, que a Itália fica fora da maior competição do mundo do futebol. Em 1930, no Uruguai não participou por escolha própria.
Por outro lado, a Suécia retorna a elite do futebol, o que não ocorria desde 2006, na Copa da Alemanha, em que caiu nas oitavas de final. Olho neles, afinal, o futebol pragmático e o de resultados, independente de espetáculo pode voltar a dar suas caras.
Essa é a lista das Seleções garantidas na Rússia: Rússia, Brasil, Irã. Japão, México, Bélgica, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Alemanha, Espanha, Inglaterra, França, Nigéria, Costa Rica, Polônia, Egito,Sérvia, Portugal, Islândia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Panamá, Marracos, Senegal, Croácia, Tunísia, Suécia e Suíça.
Ainda restam algumas vagas, e a minha torcida é para que entrem Dinamarca que encara a Irlanda, Peru que mede forças contra a Nova Zelândia, Austrália que pega Honduras carimbem o passaporte. Todos os primeiros confrontos terminaram em zero a zero. É aguardar para ver o que vai dar.
Até a próxima!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CORINTHIANS MERECE O HEPTA - Por Rodrigo Curty

E a 33ª rodada do brasileirão foi benéfica para o líder Corinthians. E olha que pela primeira vez no segundo turno, os comandados de Fábio Carille conseguiram vencer duas seguidas.
O futebol é realmente apaixonante, curioso e inexplicável em muitos aspectos. Há cinco rodadas, muitos já questionavam a supremacia corintiana no primeiro turno e até se falava em título do rival Palmeiras. Por fora corria o Santos, totalmente desfigurado internamente e aos trancos e barrancos. 
É triste saber que agora verdadeiramente não teremos nessa reta final, e espero estar enganado, uma emoção em busca do título. O Palmeiras agora caiu na real de que Alberto Valentim é um bom nome, talvez para início de trabalho e não para o mesmo em andamento com tanta cobrança por resultados. Tudo bem, que nas últimas três rodadas, o alviverde se prejudicou pontualmente com à arbitragem em duas. Agora se tivesse tido competência desde o início, esses erros seriam absorvidos como tantos outros de renome que também tiveram erros terríveis contra. 
Os holofotes também não ficaram e muito menos ficará agora em cima do alvinegro, uma vez que além da enorme gordura, a emoção até o término está voltada para a parte do meio à zona de degola. O São Paulo é uma prova disso. Passou de um time que lutava apenas pela sobrevivência para um que pode jogar a próxima Libertadores. 
É uma pena que o brasileirão seja uma competição tão ruim tecnicamente e que suas variações de posições, sobretudo na parte da tabela citada acima, seja tão parelha. Isso engana e prova que os times que fizeram alto investimento falharam e feio no seu planejamento, enquanto alguns endividados e sem nenhuma grande estrela seja valorizado.
E sejamos sinceros, por que inventar a receita se estamos cansados de saber que a que dá certo é aquela que conta com um grupo fechado, homogêneo e sem vaidades? Um treinador que sabe trabalhar um grupo faz milagres. Veja, por exemplo, e de forma curiosa, dois treinadores que tiveram história no Flamengo. Paulo César Carpegiani e Zé Ricardo. O  primeiro, apesar de veterano merece aplausos pelo ótimo trabalho no Bahia. O tricolor sonha e pode sim estar em 2018 no torneio mais importante do continente Sul-americano.
O segundo não aguentou a pressão de lidar com estrelas e cair nas competições de forma precoce, porém faz com o Vasco o inimaginável. A vitória de virada sobre o Peixe, em plena Vila Belmiro dá a certeza que o time pode dar vôos maiores, mesmo com o conturbado futuro de sua presidência.  
Assim, doa a quem doer, o Corinthians merece e será hepta com folga. Longe de ter a mesma homogeneidade e principalmente o banco de reservas de 2015, por exemplo, mas foi burocrático, prático e objetivo. Entrou sabendo do que poderia fazer e se  muita pressão.
E apenas para finalizar, independente de erros de arbitragem, dúvidas sobre os méritos nas vitórias e principalmente a incompetência dos times que poderiam sim fazer da competição algo mais competitivo na parte de cima, desde seu início, é no mínimo desrespeitoso não aceitar que o título vá mesmo para o Parque São Jorge.
E você, ainda dúvida ou questiona essa conquista?
Até a próxima!

domingo, 5 de novembro de 2017

CORINTHIANS PARAGUAIO - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão deu uma bela esquentada em sua reta final. A 32ª rodada começou com o Santos se aproximando do Timão, após vencer bem o Atlético MG por 3x1 e com o Palmeiras almejando uma vitória sobre o alvinegro para diminuir a vantagem para apenas dois pontos.
A pressão sobre o Corinthians era enorme antes do Derby. No sábado a torcida compareceu em massa - mais de 32 mil pessoas fizeram uma festa incrível no treinamento. A ideia era dar um apoio, atenção e melhorar o ambiente. E olha que a atmosfera ajudou.
Nesse domingo, o estádio estava lotado, pena que apenas de corintianos, uma vez que em São Paulo, os clássicos permitem a presença apenas da torcida mandante, lamentável. 
Os presentes viram um primeiro tempo de muita intensidade e com ambas as equipes buscando o gol a qualquer custo. O Corinthians exigiu bela defesa de Fernando Prass, enquanto o ataque palmeirense forçava a saída de bola e arriscava pelos lados do campo sem muita eficiência.
Foi aí que entrou em cena o futebol paraguaio, ou melhor de Romero, o jogador que durante todo o campeonato se colocou como peça fundamental para a liderança de sua equipe. O atacante corre na frente, atrás, marca, chuta e defende. É o chamado jogador "chato". Foi dele o primeiro gol da partida, de forma irregular, afinal estava 90 cm à frente do último homem alviverde.
Ora, isso são erros comuns e todos já tiveram ou terão o mesmo a favor. O problema meu amigo é a situação das equipes no certame. É o tipo de erro que não poderia acontecer nessa altura do torneio. Mal deu tempo de comemorar e Balbuena aumentou a vantagem. Era um barulho ensurdecedor no Itaquerão e quis o destino que o Palmeiras com o zagueiro Mina marcasse e colocasse ainda mais tempero na partida já apimentada. 
Pois é, em um contra-ataque o atacante Jô ganhou de Edu Dracena, e na minha opinião sofreu a falta no início da jogada e cavou a penalidade na continuidade, o que tornou a situação discutível e não equivocada da arbitragem. O artilheiro do torneio com 16 gols bateu bem e fez 3x1.
Veio o segundo tempo e o jogo obviamente diminuiu a intensidade. O Corinthians fazendo o que mais sabe que é se defender e o Palmeiras tentando as bolas alçadas. O Verdão no fim, pelo esforço até merecia uma sorte maior e conseguiu diminuir com um belo gol de Moisés - Poderia ter empatado se o volante Gabriel tivesse sido expulso ao retornar ao gramado sem autorização do árbitro Anderson Daronco. Sim, o jogador entrou em campo por conta própria, o que é um absurdo, afinal não se cumpriu a regra. 
No fim, ainda deu tempo de Deyverson ser expulso, Cássio fazer bela defesa e Roger Guedes errar ao servir errado o que seria o gol de empate. No balanço, independente das polêmicas o placar foi justo porque o Corinthians jogou como se joga quem deseja ser campeão - foi focado, calmo, malandro e ousado.
Ainda restam seis rodadas para o final da competição e segue a dúvida se algum time conseguirá tirar a liderança do Timão ou se o poder "paraguaio" fará novamente a diferença. Faça a sua aposta.
Até a próxima!   

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

LANÚS AVASSALADOR FARÁ FINAL INÉDITA - Por Rodrigo Curty

E os deuses do futebol resolveram entrar em campo mais uma vez. Uma partida memorável e digna de uma Copa Libertadores. Um duelo entre duas equipes argentinas, no qual o impossível provou não existir, quando se joga sem medo, alegria e objetivo.
River Plate e Lanús fizeram, talvez a melhor partida da competição até aqui, e olha que falo de uma semifinal. O Millonario havia vencido o primeiro confronto por 1x0 e acredite, abriu 2x0, em plena La Fortaleza contra o esforçado, bravo e gigante time Granate. 
O jogo teve de tudo, pressão, gols perdidos, provocações e polêmica, claro. O River no final da primeira etapa reclamou uma penalidade, ignorada pelo árbitro colombiano Wilmar Roldán. Até aí ok, afinal a vantagem era estupenda e segue o jogo. Só que pouco antes do intervalo, o matador e ídolo Sand diminuiu e deu esperança a sua torcida.
E o jogo seguiu na segunda etapa bem diferente. O time da casa, logo de cara, novamente com Sand empatou o jogo. Os comandados de Marcelo Gallardo não tiveram força para reagir, aceitaram o golpe e pior, antes dos 20' decretaram o que seria uma de suas piores derrotas. Aos 16' Acosta virou o jogo e aos 19', a utilização do vídeo se fez presente e colaborou para a marcação do penâlti em cima de Pasquini, mesmo após a jogada prosseguir. Contra fatos não há argumentos, então com toda calma e categoria, Alejandro Silva marcou o gol que no final, garantiu a classificação inédita dos Granates à final do torneio.
Engana-se que não houve drama para abrilhantar ainda mais a vitória. O River nos minutos finais da partida mandou uma bola na trave, parou em defesas milagrosas de Andrada e teve que se contentar em reconhecer o ímpeto dos donos da casa. Virou freguês.
Agora o Lanús aguarda pelo vencedor de Grêmio e Barcelona de Guayaquil. No primeiro duelo, no Equador, o tricolor gaúcho venceu por 3x0 e deve pegar esse jogo como exemplo. Arrisco sem medo de ser feliz, que o Grêmio avança vencendo.
Um detalhe importante para o time brasileiro é que por ter tido a melhor campanha da Libertadores, graças também e, de forma correta levar os pontos dos confrontos contra a Chapecoense, por escalação irregular, decidirá em casa o título inédito no dia 29 de novembro.
Faça a sua aposta e até a próxima!!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

GRÊMIO, UM TIME COPEIRO - Por Rodrigo Curty

E o Grêmio provou mais uma vez a sua força na Copa Libertadores. Se no Brasileirão, a equipe caiu e muito de produção, no torneio Continental, o que se viu foi uma equipe disposta a resolver logo a sua passagem às finais.
O duelo contra o Barcelona - EQU, em Guayaquil foi mais tranquilo do que se esperava. Sim, essa mesma equipe que tirou do caminho o Palmeiras e o Santos, buscava eliminar mais um brasileiro para chegar a tão sonhada conquista da América. Era primordial vencer em casa ou no mínimo levar uma vantagem, que desse para ser recuperada fora de seus domínios.
Para quem não se lembra da campanha, eu relembro - o time equatoriano atua melhor fora de casa. Agora será praticamente reverter o placar conquistado pelo bicampeão da América.
Os comandados de Renato Gaúcho estiveram ligados os 90' e poderiam até ter vencido pelo placar maior que os 3x0. É bem verdade que Marcelo Grohe fez um grande milagre e a pontaria dos "Los Canarios" esteve muito aquém da expectativa de seu torcedor.
A partida teve como grande destaque o atacante Luan. O artilheiro e grande nome gremista  na temporada foi o autor de dois gols, participou de outros bons lances e provou que recuperou a confiança, justamente no momento que seu clube mais precisa. 
O Grêmio caiu muito de rendimento com sua ausência e a de Pedro Rocha, que foi vendido ao Spartak Moscou. Longe de querer criticar, por exemplo Lucas Barrios que na Libertadores está super bem, mas que a dupla faz falta a torcida tricolor, isso ninguém discorda.
O lateral Edilson também deixou sua marca em uma cobrança de falta, sem chance para o goleiro Banguera, que diga-se de passagem, armou pessimamente sua barreira.
A partida de volta ocorre na próxima quarta-feira. Renato Gaúcho sabe que qualquer deslumbre pode ser fatal. Sua equipe terá que jogar na mesma intensidade, não cair em provocações, uma vez que tudo indica que o esquema dos equatorianos será um futebol  de esquema Kamikaze. Tem tudo para ser eletrizante, afinal, no futebol tudo é possível.
Na outra semifinal, o River Plate bateu pelo placar magro o Lanús. Quem tiver que vir, com todo respeito não será páreo para o tricolor gaúcho, desde que esse definitivamente volte a jogar o futebol que foi referência na temporada. O tri está perto e com ela a mística da camisa sete, que já foi de Renato Gaúcho. Faça a sua aposta e até a próxima!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

QUAL O VERDADEIRO CORINTHIANS - Por Rodrigo Curty

E quem diria? O Corinthians é completamente outro no returno do Brasileirão. Se no primeiro turno, a equipe fez a melhor campanha da história dos pontos corridos, na segunda etapa os números são de equipes que lutam contra o rebaixamento.
Era óbvio, e não apenas para mim e para Renato Gaúcho que o rendimento cairia. Eu cravei antes mesmo da 11ª rodada do campeonato que somente daria para se ter uma ideia de quem seria  o campeão, por volta da 24ª rodada. Na época fui criticado, afinal a diferença era enorme, tudo dava certo para os comandados de Fábio Carille, o time era competente mesmo jogando mal. 
Só que agora o emocional, a pressão, problemas de relacionamento, por mais que queiram esconder e a falta de um banco homogêneo pode fazer toda a diferença. É claro que a diferença de seis pontos, faltando oito rodadas deve ser considerada. 
A equipe mesmo vindo de tropeços, se fizer a lição de casa, ou seja, vencer ao menos as quatro partidas que terá em Itaquera, levantará a taça. Resta saber, porém, qual será o Corinthians que estará em campo nesses duelos que conto a seguir.
Antes dessa relação vale mencionar Palmeiras e Santos, equipes que correm atrás do título, antes considerado impossível. O atual campeão brasileiro demorou para engrenar, mas antes tarde do que nunca. Bastou a saída de Cuca para o time ser um time. Valentim não inventa e tem no papo com o recheado elenco de estrelas, a certeza de que juntos poderão escrever uma história com um feliz feliz. Aparentemente o grupo se uniu, entende  e respeita as opções definidas pelo treinador. É bom não bobear com o time alviverde.
Já o Peixe teve seus percalços na temporada inteira. Os problemas vazados na semana passada, quando pediram a saída de Levir Culpi teve um alento -  O time se uniu e quer bancar o treinador, pelo menos até o final do ano. Mesmo sendo dos três, a equipe que menos se acredita poder levantar a taça, sinceramente é melhor não duvidar.
Restam apenas oito rodadas e as duas próximas serão cruciais e emocionantes. Confira:
Corinthians - Ponte Preta (F); Palmeiras(C);Atlético PR(F); Avai(C); Fluminense(C); Flamengo(F); Atlético MG (C) e Sport (F). 
O Palmeiras encara: Cruzeiro(C); Corinthians(F); Vitória(F); Flamengo(C); Sport(C); Avaí(F); Botafogo (C) e Atlético PR(F).
Já o Santos terá pela frente: São Paulo (F); Atlético MG(C); Vasco (C); Chapecoense (F); Bahia (F); Grêmio (C); Flamengo (F) e Avaí (C).
Reparem que na quarta e quinta partida, Corinthians e Palmeiras jogam em seus domínios e o Santos fora. Haja coração, matemática e mãos fechadas para não deixar os pontos necessários escorrer como areia pelos dedos. Faça a sua aposta.
Até a próxima!

domingo, 22 de outubro de 2017

RUEDA E SEU ESTILO PARREIRA DE SER - Por Rodrigo Curty

Foto: Reprodução SporTV
E mais uma vez o Flamengo ficou a desejar. Longe de menosprezar a vitória do São Paulo por 2x0, mesmo tendo a certeza que esse nem precisou se esforçar muito, pois no duelo de dois tempos distintos, teve apenas mais competência, vontade e situação à seu favor.
O fato aqui não é falar do tricolor que repito não caíra à segundona. A tabela favorece o time do Morumbi e se bobear ainda consegue, de forma inesperada alguma coisa inesperada, uma vez que o Brasileirão é péssimo tecnicamente.
O que discuto é o tal planejamento rubro-negro. Uma equipe repleta de jogadores renomados, caros e com um mínimo de objetividade, vontade, identidade e determinação. Se analisarmos friamente, o mesmo serve para outros dois - Palmeiras e Atlético MG, o primeiro precisou tirar o mal pela raiz. Sim, bastou Cuca ser limado, principalmente pela sua postura histórica de ter três ou quatro jogadores para formar uma panela no elenco para o time ser um time. O sonho do Bi segue vivo porque Valentim não inventa, apenas fala a mesma língua dos que julgam serem donos do clube. Já o Galo pode alcançar a vaga na Libertadores, mesmo errando no decorrer do ano e com problemas internos, por mais que digam o contrário.
Bem, mas de volta ao Flamengo. O culpado pela eliminação na Libertadores, pela má campanha no Brasileirão até então e certeza que tropeçaria na Copa do Brasil foi embora - Zé Ricardo. Hoje na direção do rival Vasco, ironicamente pode ultrapassar o ex-clube no final do certame.
Ok, no momento de sua saída tudo era euforia - Chegou Rueda depois que a queda de braço foi vencida pela torcida contra a diretoria, que diga-se de passagem é mestre em orçamentos e péssimo no quesito futebol, mesmo com um nome respeitado como o de Rodrigo Caetano. O problema aqui foi ceder sem nenhum fundamento. Tapar buraco na era de pontos corridos e calendário apertado não é solução.  
O colombiano teve sim seus méritos no trabalho à frente do Atlético Nacional e sim, poderia até ter assumido o cargo da forma que foi, mas friamente pensando, acredito que a história poderia ter sido outra se pegasse um trabalho desde o início. Os resultados atuais e a possível eliminação da Sul-Americana, fatalmente culminarão com sua saída no fim da temporada.
Os mais novos e estudiosos entenderão. Rueda lembra muito o ex-treinador Carlos Alberto Parreira. O cara é educado, culto, estudioso e tem um medo terrível de perder uma partida. Entra em campo com a vontade de empatar e se possível achar a bola que dará a vitória. Parreira tem um histórico vencedor, desde os tempos que era apenas um preparador físico. Levantou campeonatos brasileiros, Copa do Brasil e uma Copa do Mundo, só que tem na lembrança jogos em que seus comandados jogavam feio e apenas pelo resultado. Foi um dos culpados do fim do futebol arte do Brasil. A partir de sua "era" os treinadores atuais, sobretudo os gaúchos, assumiram que o mais importante é reter a bola do que atacar com toques de bola envolventes e de pressão ofensiva. 
Rueda inventa sem necessidade, talvez e se pudesse afirmar, diria que por imposição dos seus superiores é obrigado a colocar jogadores na equipe titular ou durante a partida para irritação da apaixonada e "diferente de outrora" torcida rubro-negra. Rueda muda um esquema de um jogo para outro sem nenhum fundamento. É nítido que é o homem do presidente - não fala, não briga, se omite em seu terno preto na beira do campo. 
O Flamengo é maior que isso, é um time que historicamente joga com menos qualidade técnica e com muita raça, amor, dedicação e sangue nos olhos. 
É aguardar para ver o que será de Rueda no fim da temporada. Torço verdadeiramente por ele, só que infelizmente não vejo sintonia com o clube, jogadores e torcida. Faça a sua aposta de quem será o próximo homem no comando.
Até a próxima!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

MESMO DESESPERADO, SÃO PAULO NÃO VAI À B - Por Rodrigo Curty

O campeonato brasileiro está em sua fase final. Restam para as equipes que jogaram na noite da última quarta-feira, apenas nove partidas. O momento de várias equipes se equivale. A diferença de pontos do primeiro que cairia hoje, no caso a Ponte Preta (com um jogo a menos) para o 10º colocado, no caso o Fluminense, após a vitória sobre o São Paulo por 3x1 é de apenas seis pontos.
É claro que para os torcedores das equipes que a cada rodada respiram e mal conseguem se manter fora do Z4 é um fator para se preocupar.
O São Paulo, por exemplo não consegue manter a sua regularidade e hoje pode retornar a tenebrosa zona, caso a Macaca vença o Palmeiras, o Vitória o Atlético PR e o Sport o Santos. 
Mesmo assim, com todo respeito aos outros que também brigam pela permanência como Coritiba, Avaí, Atlético GO e equipes acima do tricolor como o tricolor carioca, o baiano, a Chapecoense e os Atléticos MG e PR, ainda acredito que a tabela e o fator casa possa ajudar o time do Morumbi, mesmo atuando no Pacaembu, com exceção à última rodada, quando volta ao Cícero Pompeu de Toledo.
Restam nove partidas e destas, o time comandado pelo técnico Dorival Jr receberá Flamengo e Santos na sequência, Chapecoense, Botafogo e o Bahia. Saíra para encarar Atlético GO, Vasco, Grêmio e o Coritiba. 
Ora, é claro que são confrontos difíceis, uma vez que todos brigam por algo, ou a Libertadores ou pela elite. Além disso tem os confrontos diretos. Só que aí, a camisa deve pesar. Arrisco dizer que o São Paulo some destes 27 pontos restantes, no mínimo 17. Se assim for, com os atuais 34, terminaria com 51 pontos e muito acima do imaginado 46 da sobrevivência. 
Agora alguns fatores devem ser analisados com muita atenção. A questão de levar para dentro do vestiário ou a estigma de que time grande não cai e que os outros não farão à lição de casa é um perigo. Nunca a competição esteve tão parelha da parte intermediária até a degola. 
A cada rodada tudo muda, o que torna impossível fazer prognósticos, ainda mais, quando ocorre o que ninguém imagina, que é a derrota de desesperados jogando em casa. Uma prova disso, por exemplo é o Avaí e o Vitória - o segundo então é um mistério. Vai muito bem contra os favoritos fora de casa e em seus domínios não sabe o que é vencer. 
Podem me cobrar, vejo o São Paulo se salvando não pelo futebol apresentado, o que convenhamos é muito aquém de suas tradições, e sim, pelo fator casa, afinal, mesmo indo mal, consegue tirar da cartola, os gols e consequentemente as viradas inesperadas. As duas próximas partidas seguidas em casa, ou melhor no Pacaembu será determinante para o emocional e sua permanência.
É aguardar para ver. Até a próxima!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A CULPA ERA DE ZÉ RICARDO - Por Rodrigo Curty

Foto:LANCEPress
E mais um a vez o time do Flamengo decepcionou seus torcedores. Longe de não valorizar a vitória do Botafogo de Jair Ventura, o problema é entender porque sempre restam desculpas para os tropeços. A comparação de elenco passa longe. Um time de estrelas contra um considerado de "refugos" e que ao mesmo tempo se estivessem em clubes midiáticos, seriam mais valorizados. O Glorioso, pelo que tem merece respeito e aplauso.
Definitivamente a gestão Bandeira de Mello vai muito bem na parte administrativa, jurídica e planejamento visando o bem do clube, principalmente no quesito cofres, o problema é que segue péssimo para a sala de troféus. É importante que os envolvidos entendam de uma vez por todas que esse clube vive ou que deveria viver mais de títulos. 
A semana era vista com bons olhos pelo fanático torcedor, que diga-se de passagem foi questionado, polemizado de na primeira final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, em pleno Maracanã, de estar calada. Ora, independente de Flamengo, tudo leva a crer que a tendência é de termos nos estádios ou melhor na Arenas, apenas os que são providos de dinheiro ou que, de forma sem muita explicação, guarda aquele "dinheiro" do mês para ver o seu time de coração de perto. E que dinheiro com tantos jogos rolando no mês.
Assim, o "povão", o verdadeiro torcedor que canta os 90', que chora, sorri, empurra e que jamais deixa de estar junto se afasta cada vez mais, seja pelos preços, seja pela violência ou simplesmente pelo péssimo nível técnico e estrutura do nosso futebol.
No caso do Flamengo, o torcedor cansou de ver sua equipe ser considerada uma "potência" e na hora da verdade, ainda deve se contentar com os tropeços. A quem diga que a culpa era de Zé Ricardo e que com Rueda tudo será diferente. Finalmente chegou um "cara" que conhece como fazer a máquina girar para o caminho esperado da glória.
Confesso que vi sim melhoras na equipe, pelo menos no quesito diminuição de espaço, concentração e uso da bola a favor. Por outro lado, a metodologia de jogar com pontas avançados, a falta de jogadas trabalhadas, seja ela no contra-ataque ou nas bolas paradas, a quantidade de jogadores de nome que não conseguem dar "liga", entre outras coisas, ainda irrita e muito a maioria.
Zé Ricardo deixou a herança para Rueda e pode ser pelo fato de ainda não conhecer completamente o grupo, o que é de se entender, pelo pouco tempo e devido tanta competição ao mesmo tempo, o mesmo faz de seu time, um "bando" sem vibração e sem muitas mudanças táticas e técnicas. 
É claro que deve ser bem complicado administrar um elenco tão valioso e repleto de peças que deveria ser titular. Fora isso, o planejamento de quem joga esse ou outro torneio também ajuda na falta de identidade. Parece não haver critério e sim direcionamentos.
O problema é que do jeito que está não pode ficar. É impossível acreditar que não há ninguém que se incomode com a falta de utilização de jogadores como Mancuello e Conca. Nada contra Gabriel e Matheus Sávio, mas arrisco novamente em dizer que não tem critério para que ambos joguem esporadicamente. Tem muita coisa estranha no ar. Aliás, os garotos da base deveriam ser mais utilizados. A identidade do clube está indo para os ares. Senão como você explica o time que perdeu para o Botafogo com nomes como Diego Alves, Rhodolfo, Rômulo, Éverton Ribeiro, Cuellàr, Geovânio, Guerrero, etc tropeçarem da forma que se viu? É inaceitável ver um elenco considerado alternativo e que sem dúvida é um timaço melhor que quase todos da série A, não render o esperado
Ainda penso que o Flamengo para voltar a vencer precisará de uma vez por todas ter "cara, alma e coração" de Flamengo. Pode até ser que não falte raça e vontade, porém falta ousadia, coragem de jogadores potenciais em chamar o jogo, ir para cima do adversário e decidir. Falta aquele chute de fora da área, aquela garra em querer ganhar a qualquer custo. Isso não se vê.
Agora é esperar a continuidade do "tic-tac" impregnado na equipe que joga pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana contra a Chapecoense. Se passar, ainda terá muitas batalhas para levantar um torneio internacional, que cada vez mais mancha a história do clube com tantos fracassos. Será que dá para acreditar? Sinceramente, eu penso que desse jeito que está ainda não, assim não só ela, mas também a Copa do Brasil será perdida e a vaga para Libertadores no ano que vem, se vier, será na preocupante repescagem.  
Faça a sua aposta, de certo mesmo é que doa a quem doer, a torcida rubro-negra estará presente com o time aonde este estiver.
Até a próxima!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

ERGUER OU NÃO A MURALHA - Por Rodrigo Curty

E amanhã será o dia da primeira final da Copa do Brasil. Flamengo e Cruzeiro decidem quem garantirá a primeira vaga para à próxima Libertadores.
O Maracanã será o palco da primeira batalha e estará lotado de uma massa rubro-negra empurrando, torcendo e na expectativa de um resultado positivo. Do outro lado, aproximadamente cinco mil cruzeirenses torcerão por um bom resultado para a volta no dia 27/09, no Mineirão.
Como se não bastasse os ingredientes favoráveis para uma bela decisão, visto que o time carioca eliminou equipes como Santos e Botafogo e a equipe mineira tirou do caminho São Paulo, Palmeiras e Grêmio, resta a dúvida, de quem sentirá mais falta dos jogadores impossibilitados de entrar em campo.
Reinaldo Rueda não pode contar com Diego Alves, Éverton Ribeiro e Geovânio. Nessa primeira partida também não terá Guerrero suspenso e Felipe Vizeu machucado. Do lado de Mano Menezes, o principal desfalque será o atacante Sassá. Coisas do belo regulamento brasileiro. Quem perde é o espetáculo.
De qualquer maneira, ambas as equipes contam com bons jogadores que têm tudo para abrilhantar à decisão. Esse é o típico duelo que um erro poderá ser fatal. Quem joga em casa deve ir para frente com tudo ou deve esperar? O visitante deve esperar ou tentar usar o fator torcida contra ao seu favor? Enfim, é importante lembrar que no caso do Cruzeiro, um gol fora de casa pode valer muito. No Flamengo, o controle emocional e a busca pelo placar positivo, seja ele qual for também.
E por falar em fator emocional, essa parada no calendário amenizou, porém não apagou o passado e momento ruim que vive o goleiro Alex Muralha. Essa uma dor de cabeça para Rueda. O que deve fazer o treinador? Erguer a Muralha ou mantê-la sob cuidados? Difícil a decisão, mesmo que digam que o grupo está unido pelo companheiro. Que todos jogarão, independente de quem assuma o gol. No caso do protagonista, penso que, por mais que tenha maturidade, tenha assimilado as críticas feitas pelo tabloide Extra e não se assuste com a torcida sem paciência, o certo, talvez fosse pedir para que Thiago assumisse o gol. Só que você no lugar dele, como profissional, faria isso? Ora, em muitos casos, nesse momento é que se mostra o nosso valor. 
A questão é que praticamente podemos afirmar que a cabeça de Alex não deve estar boa. A insegurança é nítida e mais forte que a experiência. Imagine você, se Rueda decidir por ele amanhã, e sinceramente, arrisco dizer que assim será, a torcida ao ver seu nome na escalação, provavelmente terá vontade de vaiar, xingar e só não fará porque não é burra a esse ponto. Do lado dos comandados de Mano, a certeza será a confiança em arriscar ainda mais em busca do gol e se aproveitar do emocional do arqueiro. 
Faça a sua aposta. Se Muralha jogar, poderá escrever um capítulo positivo se reinar no gol. Se falhar, dificilmente voltará a vestir a camisa rubro-negra. Que tensão rodeando essa decisão. Vale ressaltar que Rueda sabe o que faz. Mesmo com pouco tempo à frente do Flamengo, conhece o que tem em mãos. Fora isso, ele tem o seu padrão de jogo definido. O de toque de bola, espaços longos entre os jogadores, composições táticas e uma força defensiva, que seja lá qual for o goleiro, a bola pode nem chegar como foi contra o Botafogo, mesmo sendo a Raposa um belo time ofensivamente. 
É aguardar para ver! Até a próxima!

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

FALTOU LIGA AO FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

O Flamengo está eliminado da Primeira Liga. Apesar do torneio ainda não empolgar muito os clubes e as torcidas, no fundo nenhum participante gostaria de ficar de fora, afinal, conta com uma boa premiação ao campeão e, no caso do Flamengo, era importante para fazer o elenco "girar".
Muito bem, longe de questionar ou criticar a estratégia do técnico Reinaldo Rueda contra a equipe do Paraná. O treinador optou poupar as principais peças do clube para a final da Copa do Brasil. A decisão ao meu ver foi correta.
O lado positivo foi ver garotos da base sendo testados como Léo Duarte, Klebinho e Thuler. A zaga foi diferente e não comprometeu, as laterais teve a improvisação de Gabriel, que também não teve culpa. Já do meio para frente, um elenco de respeito, mesmo com alguns questionamentos: Rômulo, Márcio Araújo, Éverton Ribeiro e Geovânio. No ataque Vinicius Junior e Felipe Vizeu.
No papel tinha tudo para o rubro-negro avançar. O problema foi a falta de ritmo de algumas peças, a falta de objetividade e coragem para definir as jogadas, além da nítida preguiça, semelhante ao início de temporada. 
Para piorar, o time saiu na frente com o gol de Éverton Ribeiro, em bela cobrança de pênalti. O time mal conseguiu saborear, uma vez que Alex Muralha falhou feio na falta de Renatinho. O jogo foi se arrastando e Rueda ainda tentou algo novo com as entradas de Conca, quase no final e de Lucas Paquetá, que substituiu Vizeu lesionado no joelho, de forma que preocupa para à decisão contra o Cruzeiro.
O time apostava nas descidas de VJ, que ontem ficou devendo como Geovânio. Faltou a concentração ao garoto e entusiasmo ao já rodado camisa 23. Ambos estavam displicentes. Foi assim, inclusive que Vinicius e Paquetá perderam as cobranças alternadas. De qualquer maneira, a torcida espera que ambos sejam cobrados e ao mesmo tempo preservados. 
Agora Alex Muralha, bem, a torcida não aguenta mais as chances dadas à ele e esperam que Tiago possa ser o goleiro nas finais. Esse será um problemão para o treinador resolver.
A eliminação deve trazer poucas consequências à Rueda, porém com uma certa dor de cabeça. Ele terá que trabalhar a possível "briga de egos" do elenco que via nessa competição, uma ótima chance de mostrar valor e que infelizmente não deu "liga". 
Assim, agora resta saber se o time alternativo será usado também na Copa Sul-americana ou se os considerados titulares terão que ter fôlego para a sequência das competições.
É aguardar para ver.
Até a próxima!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

RUEDA INVENTA A RODA - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez a Copa do Brasil será decidida entre Flamengo e Cruzeiro. Os dois times eliminaram Botafogo e Grêmio, respectivamente. Mano Menezes viu seu time ser mais competente, após vencer por 1x0 no tempo normal e avançar nas cobranças de penalidade máxima. Parabéns à Raposa.
Já o Flamengo, queiram ou não é outro nas mãos de Reinaldo Rueda. O treinador colombiano faz da equipe o que Zé Ricardo com um elenco menos qualificado conseguiu em 2016, ou seja, um time  bem defensivamente e ofensivamente.
É muito cedo para afirmar que o rubro-negro terá sucesso, afinal sem trocadilhos, Rueda troca a roda do carro em movimento. Errar nessa fase atual não é permitido. O elenco precisa de uma vez por todas entender que é forte e que precisa dar conta do recado.
A classificação hoje deve ser muito comemorada. O Botafogo é um time que ao meu ver joga um futebol interessante e objetivo. Espera por erros do adversário, joga com paciência e tem comando técnico. A questão é que Rueda conhece e muito o futebol. Em pouquíssimo tempo transformou o Flamengo em uma equipe competitiva e acima de tudo segura. O time não leva mais aqueles gols bobos nas costas dos laterais. O meio-campo e ataque está mais "longe", valoriza os passes com objetivos e se recompõe quando é necessário. Não existe afobação dos jogadores e cada um sabe exatamente a sua função. 
A grande missão de Rueda, além de conquistar títulos é encontrar a formação ideal sem que isso cause rumores, vaidades e divisões no plantel. O Flamengo vence com os onze em campo e o que se vê é os que ficam de opção vibrarem juntos. E olha que infelizmente Diego Alves, Rhodolfo, Éverton Ribeiro e Geovânio não podem jogar à Copa do Brasil. 
Desta maneira, quem não gostaria de ter um banco opções como essas na temporada? Trauco, Rômulo, Vinicius Júnior, Mancuello, Paquetá, Vizeu e até mesmo Conca quem nem no banco fica devem ser respeitados. Outros antes titulares também, como Márcio Araújo, Rafael Vaz, Renê, e por aí vai. todos têm o respeito do comandante, resta saber se voltarão a jogar tão cedo.
Hoje ficou claro o time de formação que Rueda implantará, inclusive no Brasileirão, exceção ao meu ver no gol. A zaga sem dúvida nenhuma deve ser Juan e mais um - Prefiro ao lado de Rhodolfo. As laterais com a improvisação de Pará na esquerda, nos dá uma impressão que o peruano Trauco foi "queimado" pela atuação contra o Atlético MG. O setor de meio finalmente voltou a render o esperado pela torcida - Cuèllar e Arão com Diego na armação e recomposição. O trio na frente com Berrío, Guerrero e Éverton tem velocidade e opções de troca de posições. 
O título é questão de tempo, assim como a tão sonhada alegria que o torcedor rubro-negro merece. Olho no Flamengo porque está "cheirando" uma ponta de "inveja" com o que  esse "gringo" causará à classe dos treinadores brasileiros.
A final da Copa do Brasil não há favoritismo. Será dois grandes duelos. Equipes experientes que contam com comandantes vitoriosos e que estão ansiosos por títulos. Infelizmente somente um será o vencedor. 
Faça a sua aposta e até a próxima!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

POBRE BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma rodada do Brasileirão e aparentemente tudo se manteve como esperado. O Corinthians, apesar de sofrer a primeira derrota na competição, após 21 rodadas, segue bem folgado na liderança. A diferença para o Grêmio é de sete pontos e pode chegar a dez, uma vez que o Timão faz um jogo adiado contra a Chapecoense.
O torneio de pontos corridos é considerado o mais justo. Sim, todos se enfrentam em turno e returno. O problema é que pelo nível técnico do nosso futebol o formato faz com que falte cada vez mais empolgação, jogos vibrantes e equipes que levem cada jogo como uma decisão.
Ora, basta ver os times que antes do início eram os mais badalados - Palmeiras, Flamengo e Atlético MG para não citar mais nenhum. Com exceção do Galo que não investiu nem perto da dupla que conta hoje com cofres recheados, pensar que uma vaga na Libertadores está de bom tamanho é no mínimo um fracasso de planejamento.
O Palmeiras investiu milhões em busca da tão sonhada Libertadores. No fim, saiu não só dessa competição como também da Copa do Brasil e o Paulista. A diretoria trouxe Cuca e nem assim o time entra ou pior, parece entrar nos eixos. O rubro-negro não fica atrás em decepções só que ainda pode amenizar os investimentos. Apesar de eliminado ainda na primeira fase da Libertadores, no Brasileiro fazer uma campanha regular, o clube ainda sonha com a conquista da Copa do Brasil e Sul-Americana. A tarefa não será nada fácil, mesmo com o bom técnico Reinaldo Rueda aos poucos encontrando a melhor formação e estilo de jogo. Só que no mata-mata o time tem tradição.
E longe de menosprezar ou tirar o mérito de times como Corinthians, Santos, Cruzeiro, Atlético PR, Botafogo. Essas equipes mostram um futebol regular e de muito talento tático e algumas delas podem cair pela tabela. 
O líder, apesar de ter um elenco considerado o mais fraco é o que faz o melhor papel. Prova que o futebol é feito de planejamento, união, respeito ao que é pedido pelo treinador e principalmente e infelizmente pela burocracia que dá certo. O Timão joga um futebol pragmático e burocrático, e daí? O importante em pontos corridos é ganhar pontos e ser campeão, mesmo que no final das contas, o torcedor avalie a forma como a conquista se deu e entenda que Romero foi essencial no esquema.
É de valorizar os talentos individuais, e sim, também lamentar que o nosso futebol se contente em ver Jô, Henrique Dourado e Lucca sendo os principais artilheiros, enquanto o São Paulo segue a sua luta contra o rebaixamento depositando todas as fichas no bom jogador, porém reserva na China, Hernanes. Se contentar com tantos talentos à disposição de Cuca e Rueda, por exemplo e ao mesmo tempo ver um futebol sem alma, brio e beleza.
O calendário é outro grande problema, apesar de ter melhorado em comparação aos últimos anos. O time que conta com um grande elenco pode suportar todas as competições, o problema é que nem sempre esses fazem do elenco um time de onze jogadores. Caso novamente do Palmeiras que tinha tudo para ter um time certo para cada competição e não conseguiu sequer, jogar com um mesmo time por certa sequência. 
Por isso, a grande atração nesse returno será pela briga de quem sobrevive na elite em 2018. A mídia gosta de valorizar o que tem na tela, ou seja, hoje fazem drama com o São Paulo, Vasco e Atlético MG. Eu sinceramente entendo que o trio sofrerá para não cair à série B. E digo mais, o Botafogo, hoje décimo lugar com 28 pontos também corre riscos. A parte intermediária para baixo é o que anima a competição, apesar de jogos fracos, de equipes amedrontadas com medo de atacar. Podem me cobrar, saberemos ao certo quem deixará de permanecer na série A, somente na 35ª rodada e olhe lá. Até lá será um sobe e desce de equipes trocando de posições. Casos de Vasco, Ponte Preta, Coritiba, Bahia e até mesmo o Galo. Resta saber desses, quem terá força para fazer valer pelo menos a lição de casa que é de vencer sobre seus domínios, esse um quesito importante, vide o que ocorre com o Cruzmaltino. O time caiu nas tabelas, principalmente após perder o mando de campo, por culpa de seus "torcedores". Já Atlético GO e Avaí fazem uma força danada para retornarem à segundona.
Faça a sua aposta e aproveite o nosso pobre futebol.
Até a próxima!

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

GALO AO CHEIRO VERDE - Por Rodrigo Curty

E o Brasil decepcionou mais uma vez na Copa Libertadores. Exceção ao Grêmio, que mesmo levando um susto no início para os argentinos do Godoy Cruz, virou a partida para 2x1, com gols para variar de Pedro Rocha. 
A noite poderia ser melhor para os brasileiros, só que o fantasma do "favoritismo" deu às caras. Depois da eliminação precoce do badalado Flamengo, desta vez, quem viu a "casa cair" foram outras duas agremiações tidas como as favoritas a ganharem tudo na temporada.
Pois é, quem poderia esperar que o Atlético MG fosse eliminado pelo frágil Jorge Wilstermann, da Bolívia, em pleno Mineirão? E para quem não se lembra, o time foi o primeiro na pontuação geral, ou seja, de nada valeu.
O fato é que o Galo foi cozinhado bem antes da partida. O clima, a falta de motivação, comando, sintonia time-torcida não existe há tempos na Cidade do Galo. Prova disso é o time, que no papel sem dúvida conta com um dos melhores do país, porém na prática ainda deve muito, afinal o que se viu foi uma falta de objetividade no duelo. Um gol bastava para tentar a sorte nas penalidades. Um vexame inesquecível para os atleticanos.
A ordem do presidente Daniel Nepomuceno é que o seu clube garanta vaga na Libertadores do ano que vem. Será que com Rogério Micale e sem possibilidades de reforços de peso, isso é possível? Claro que sim, basta entrar nos eixos e ter vergonha na cara. Vamos aguardar e esperar para ver se o Galo definitivamente sai da panela para não continuar sendo cozido.
Já O Palmeiras fracassou contra o "enjoado"time do Barcelona de Guayaquil, em plena Allianz Arena. O estádio estava pronto para a festa da classificação. O time de Cuca, para variar errou demais na hora da conclusão. Correu, correu, correu, levou sustos e não cansava de levantar bolas na área. 
Longe de querer criticar a escalação da equipe, uma vez que quem é responsável por isso é o treinador. De qualquer maneira, penso que Cuca se equivocou, respeitou demais e acreditava que sem um meia, um atacante de área, utilização de jogadores "cascudos" e apenas forçar a pressão na base de toques rápidos e chuveirinhos, chegaria a vitória com a diferença mínima de dois gols.  
O Palmeiras provou ser uma equipe normal, sem brilho e um verdadeiro "bando" sem identidade, sem um líder, sem um cara que chama o jogo e resolve. Mesmo em má fase, o jogo era para Borja, Michel Bastos ou Zé Roberto. Pelo menos um entrou e deu conta do recado. O "homem" da confiança de Cuca, Moisés que aos cinco minutos da segunda etapa fez o gol que trouxe a esperança da classificação.
Então pergunto: Se o jogador estivesse desde o início em campo, o time resolvia a partida? Mesmo sem condições, não era melhor arriscar desde cedo e depois se necessário o substituir para manter o placar necessário? O "se" não entra em campo, mas a chance era grande.
Daí para frente o que se viu foi uma correria desenfreada. Os espaços de sobra para o time equatoriano jogar, a trave salvando e um erro da arbitragem ao não marcar um pênalti claro para o visitante. Viu-se também o belo chute de Keno no travessão e por fim, o apito final para a dramática, lírica e patética decisão na marca da cal.
E se para muitos esse tipo de decisão é loteria, eu prefiro acreditar em competência. Infelizmente um time tem que sair derrotado. O nervosismo e a ansiedade se fizeram presentes nas cobranças de Bruno Henrique (bom que se diga que o goleiro Banguera se adiantou muito) e na derradeira do lateral-esquerdo Egídio fechando em 4x5.

Fim de um sonho, de um planejamento e de investimentos catastróficos. Início de uma cobrança por melhores dias, permanência ou saída de jogadores. Resta o Brasileirão, e convenhamos, esse "cheirinho verde" está bem longe de ser sentido no final do ano.
Até a próxima!
 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER - Por Rodrigo Curty

coluna do Flamengo
O assunto de hoje não é livro e nem cinema. Trata-se de futebol, que não deixa de ser uma arte e tão pouco, em sua atual conjuntura de vendas mirabolantes e jogos tecnicamente fracos possa ser comparado ao clássico do tcheco Milan Kundera.
Para quem não conhece a obra, uma pequena descrição para entender o que vem a seguir. O livro conta com enredos erótico-amorosos e se passa em um tempo politicamente opressivo. Traz uma reflexão da existência humana como um enigma que resiste à decifração. Mostra a escolhas e situações do acaso de seus protagonistas, que remete o peso insustentável que guia a vida e o reconhecimento da opressão, de forma que consiga suavizá-la
O romance tem muito a ver com a situação atual ou de alguns anos do Flamengo. Começando pela política do clube e longe de criticar a forma com Eduardo Bandeira de Mello e seus respectivos gestores conduzem o clube, principalmente no quesito financeiro.
Sem sombra de dúvida, o que se viu do Flamengo "no papel" no ano passado para esse é completamente diferente. A receita que entra e sai é absurdamente maior, assim como os nomes para vestir o manto rubro-negro.
Esse ao meu ver foi um dos principais aspectos que culminaram na demissão de Zé Ricardo. Se no ano passado, o comandante teve um rendimento extraordinário, mesmo caindo inexplicavelmente na reta final da competição, pelo menos via dentro do campo, um time com raça, entrega e sintonia entre os escalados e reservas. 
Nessa temporada, o peso ambicioso de conquistar a Libertadores e o Brasileirão naufragaram com os que chegaram para somar e sem nenhum planejamento, afinal toda semana era um ou outro que se juntava aos presentes.
A primeira queda, ainda na fase de grupos ajudou na sequência ruim, sobretudo emocional. A falta de competência, poder de reação, jogo bem definido, alternâncias táticas, confiança e união colabora para a diferença gritante de 18 pontos para o líder Corinthians.
O título nacional é uma ilusão e por que não entender que uma das vagas à Libertadores também? O time atual do Flamengo não tem nenhuma identidade com o clube, as tradições e só se fala em dinheiro, sócios-torcedores e trabalhar, trabalhar e trabalhar para mudar uma situação que não parece ter cura.
Assim a culpa maior vem sobre o treinador, claro. A mudança de comando sempre é válida se houver um desgaste e falta de pulso. A derrota por 2x0 para o Vitória, na Ilha do Urubu, estádio esse que veio com a ideia de ser um caldeirão, se transformou no inferno astral e a certeza da falta de comando de Zé Ricardo.
O treinador entrou com um estilo de jogo e uma escalação completamente diferente do que vinha fazendo. Entregou de vez os pontos e jogou para sorte a sua permanência. Acreditava como tantos rubro-negros que o elenco desse calibre rendesse se jogasse solto e sem medo de perder. Tinha tudo para dar certo se não fossem os mesmos erros dos jogos anteriores. Laterais que viram avenidas, zagueiros lentos e um meio que toca, toca, toca e não arrisca chutes, que insiste em chuveirinhos, não ousa em jogadas individuais e que não têm confiança.
Hoje o Flamengo busca entender a opressão de seus apaixonados torcedores. Tenta juntar os cacos, buscar a cura para amenizar a crise escancarada. Tenta recuperar o prestígio, a confiança dos que pagam altos valores pelo ingressos, dos que se associam, dos que não darão paz ao presidente e diretor de futebol Rodrigo Caetano e que desejam ainda as "cabeças" de Muralha, Rafael Vaz, Márcio Araújo, Gabriel, e por aí vai.
A tendência, se vierem os resultados é de um acordo de paz, principalmente porque um dos que desejavam a saída partiu - Zé Ricardo com seus 62,6% de aproveitamento nos longos 432 dias no comando e no currículo, a conquista do carioca desse ano e suas 47 vitórias, 25 empates e apenas 17 derrotas.
A ferida precisa ser estancada logo, independente de quem venha à assumir. Dizem que deve ser um nome de peso, um cara de pulso, que vibre e faça o time vibrar. Outros acreditam em nomes conhecidos, paizões e de identidade com o clube. Por fim, os mais pessimistas, pensam em soluções caseiras ou "inventadas" por essa diretoria que faz muito bem a conexão com empresários,e que nos faz lembrar de gestões como a de Kléber Leite. Sim, muitos jogadores e nada de resultados no campo.
Faça a sua aposta, alguns nomes como Carpegianni, Dunga, Jorginho, Oswaldo de Oliveira, Ricardo Gomes, Roger Carvalho e até de Reinaldo Rueda ventilam, mas quem assume mesmo, pelo menos até o jogo de quarta-feira contra o Palestino é o Sr. Jayme de Almeida.
Força ao Flamengo e pés no chão. O Brasileirão é ilusório, mas a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana é uma realidade, antes mesmo da obrigação.
Até a próxima!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

CORINTHIANS É LÍDER PELA COMPETÊNCIA - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão chegou a sua rodada de número 18 e o Corinthians ainda segue invicto. Dessa vez a vítima foi o Galo, em pleno Mineirão. Vitória por 2x0 com Jô voando e em uma fase espetacular na carreira.
A marca impressionante pode ainda ser histórica. Para se ter uma ideia em 2003, o Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo no comando e capitaneado pelo meia Alex chegou aos 100 pontos, sendo que no 1º turno terminou com 47 pontos. Na época o torneio contava com 24 clubes, assim é impossível não valorizar os atuais 44 pontos da equipe de Fábio Carille com menos partidas.
Se no início da temporada, a "quarta força" paulista aparentava ser apenas mais um coadjuvante, a cada rodada cala os críticos, não pelo futebol apresentado, e sim pela sua competência e frieza para vencer as partidas.
Quando falo de futebol apresentado, quero deixar claro que estou longe de valorizar o estilo de jogo, uma vez que sinceramente não me agrada, pois gosto de ver equipes ofensivas, jogando sem medo, mesmo que isso custe a vitória. É assim que acontece com equipes mais fortes no papel como Flamengo e Atlético MG, por exemplo. O Palmeiras, que também não escapa desse quesito deve ser lembrado porque é o melhor das últimas dez rodadas. O time de Cuca aos poucos se reencontra com o bom futebol ou melhor com a melhor forma burocrática de vencer as partidas. Em pontos corridos é o que vale.
De qualquer maneira, o Corinthians merece respeito. O time joga um futebol pragmático, inteligente e acima de tudo com muita personalidade. Não é à toa que hoje já conta com a melhor campanha na "era" dos pontos corridos. Um aproveitamento de 81,5% (13V e 5E). Fora isso, mesmo quando "peca", mantém a longa margem de distância dos que correm atrás. Grêmio e Santos com uma diferença de oito e dez respectivamente devem crescer ainda mais e jogam um futebol que o público gosta de ver. Isso não é certeza de conquistas, mas de lembranças mais positivas para os amantes do esporte Bretão.
É bem verdade que ainda teremos um segundo turno inteiro pela frente. Serão mais 19 rodadas e muita coisa pode acontecer. O fato é que por ser tão forte em casa, dificilmente o Timão fica sem essa taça no final do ano. O motivo é simples. A equipe venceu jogando fora equipes como Vitória, Vasco, Grêmio, Palmeiras, Fluminense e Atlético MG. Essas que dificilmente são batidas em casa. 
Vamos aguardar para ver o que acontece, enquanto isso, o elenco questionado e considerado sem banco segue a sua jornada e merece a liderança. Faça a sua aposta e até a próxima!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

FUTEBOL CHATO OU JUSTO - Por Rodrigo Curty

O futebol brasileiro está muito enjoado. Como se já não bastasse o nível técnico ser tão ruim, a falta de preparação adequada para os profissionais, sobretudo da arbitragem, polêmicas desnecessárias e muita, mais muita hipocrisia têm cada vez mais destaques.
Os erros sempre existirão porque o esporte é feito de seres humanos. Errar e acertar faz parte de qualquer coisa na vida ou pelo menos deveria ser assim. O que dói é ver o time que torcemos ser o prejudicado da vez, uma vez que quando é beneficiado, simplesmente entendemos que o azar é do outro. 
O curioso que os dois lances mais polêmicos no intervalo de quatro dias envolveu o Flamengo. O rubro-negro na quarta-feira, pela Copa do Brasil teve uma penalidade marcada a favor do Santos e depois tirada, uma vez que o quarto árbitro informou ao árbitro principal, no caso Leandro Vuaden, de que não houve a penalidade. O que deveria ser aplaudido virou revolta e pior, o repórter da Globo Eric Faria foi acusado de ter sido o responsável em informar o fato "real" e ainda foi ameaçado de morte. Já o clube carioca foi acusado de ser ajudado pela Globo.
Muito bem, domingo chegou e com ele o clássico das multidões entre Corinthians e Flamengo. O jogo foi de um time por tempo. O Timão, líder absoluto do certame antes de marcar o seu gol, havia feito com o mesmo Jô, um legítimo e que de forma bisonha, lamentável, ridícula e catastrófica foi anulado pelo assistente Pablo Almeida da Costa.  
O jogo seguiu e o time da casa que vencia por 1x0, levou na etapa final um tremendo sufoco e acabou sofrendo o empate e só não foi derrotado porque esse ainda não era o dia. 
Na coletiva, veio o que se esperava. Pouco assunto da partida e apenas perguntas sobre o erro grotesco de Pablo. Fábio Carille, técnico corintiano estava revoltado com o erro e tem razão. O presidente do clube Roberto de Andrade também foi outro que reclamou e muito. E é bom que se diga que ambos reconheceram também que o Corinthians já foi beneficiado de forma equivocada na competição. 
Longe de achar que é bonito termos um dia de caça e outro do caçador e muito menos achar que afastar os péssimos árbitros fará a diferença. É preciso uma preparação séria, profissional e rodiziar os trios que ao invés de entrosamentos, seguem fazendo lambanças. Basta analisarmos que muitos dos erros ocorrem do mesmo trio. 
A imprensa também ajuda e muito nas polêmicas. Ontem por exemplo, houve quem questionasse aos jogadores do Corinthians se esse erro não foi de má fé para equilibrar o campeonato. Ora, isso é o cúmulo do ridículo. Todos foram e muitos ainda serão "ajudados" e "prejudicados" na competição.
Enquanto não houver educação nas quatro linhas, hombridade, fair play dos próprios atletas, essas polêmicas seguirão sendo mais manchetes do que os lances que valem ser comentados.
Por isso, sou sim a favor da tecnologia igual ocorre no vôlei, no tênis e no basquete, por exemplo. Na dúvida, vale a pena pedir o desafio. Fazer o que é certo. Mesmo que Carille e tantos outros entendam que isso fará do futebol algo chato, eu pergunto: É melhor correr esse risco de ter um futebol mais justo no quesito arbitragem ou se acostumar com essas bizarrices que vemos rodada a rodada no Brasileirão?
Pense, enquanto isso a bola continua rolando sem brilho e com espetáculos pobres, de conceitos de posse de bola sendo mais valorizado que a falta de gols, de equipes que perdem chutando o triplo, dobro dos que têm a competência de vencer com apenas dois, três chutes por partida. E viva o eterno 7x1.
Até a próxima!
 



quarta-feira, 26 de julho de 2017

FLAMENGO PERDE E AVANÇA - Por Rodrigo Curty

A Copa do Brasil já conheceu o primeiro duelo das semifinais de 2017. Flamengo e Botafogo farão o clássico regional na competição. 
O Botafogo derrotou o Atlético MG por 3x0 e manteve a hegemonia no duelo, afinal eliminou o Galo nas últimas oportunidades em que estiveram frente a frente no torneio (2007, 2008 e 2013). O Glorioso joga um belo futebol e é cirúrgico. Jair Ventura é um excelente comandante.
Já o rubro-negro encarou o Santos na Vila Belmiro. A partida eletrizante. O Peixe precisava vencer por pelo menos 2x0 para tentar avançar e o Flamengo buscava um gol para ter aumentar ainda mais a sua vantagem. E foi o que aconteceu - Berrío abriu o placar. Daí para frente a equipe de Levir Culpi buscava o resultado de 4x1. E não é que quase conseguiu? Pois é. Bruno Henrique empatou com um golaço, depois poderia virar a partida, após "sofrer" pênalti de Réver. Calma lá, Leandro Vuaden marcou e depois com a ajuda do quarto árbitro, que viu o certo, o desvio apenas na bola, voltou atrás. A polêmica foi desnecessária e convenhamos não seria tão apimentada se a segunda etapa fosse diferente. O Flamengo com Guerrero fez 2x1 com menos de um minuto. Era preciso mais três gols e lá foi o Santos. Com falhas grotescas de Rafael Vaz e Muralha marcou dois gols com Copete e Victor Ferraz em apenas um minuto e, ainda no fim com Copete novamente chegou aos 4x2. 
A Vila Belmiro viu uma partida e virada memorável de sua equipe. Agora polemizar que houve colaboração de jornalista, no caso Eric Faria para à não marcação da penalidade é no mínimo covarde. Penso que jornalista deve fazer apenas o seu papel, ou seja cobrir o evento e quando for perguntado pela emissora opinar. Jamais deve se envolver em decisões ou abrir a "boca" para falar o que viu, ele não é torcedor e sim um profissional.  Agora, também chegar ao ponto de ser ameaçado e acusado de ter interferido no resultado é lastimável. 
A questão que fica é que se o Flamengo que também teve um gol mal anulado na primeira etapa, estivesse vencendo ou perdendo de 2x1, dificilmente valorizariam o fato. Por isso deveríamos ter dois aspectos para se pensar - A ajuda da tecnologia de uma vez por todas para coibir a falta de fair play, malandragem e erros grotescos. E o pulso do árbitro em seguir com sua convicção, mesmo que absurda, ou seja, marcou o pênalti mesmo que equivocadamente, sustente a decisão.
Os dois times seguem firmes no G4 do Brasileirão. Contam com dois elencos interessantes e precisam entender que sempre estarão vivenciando erros e acertos da arbitragem, infelizmente isso não é exclusividade de ninguém, o que não pode é buscar coisas que não existem. 
Parabéns ao Flamengo, que avançou e que tem em Zé Ricardo uma incógnita. Prefiro acreditar que o treinador escale certos nomes para que os mesmos tenham mercado e saiam do clube e não por opções táticas. Vamos aguardar os próximos capítulos.
Até a próxima!