quinta-feira, 16 de agosto de 2018

FLAMENGO E CORINTHIANS MEDEM FORÇAS NA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez Flamengo e Corinthians estarão frente a frente. Desta vez, pela Copa do Brasil. As duas equipes que possuem as maiores torcidas do país prometem fazer duas partidas memoráveis. 
O Flamengo passou para semifinal, graças a vitória sobre o Grêmio, no Maracanã lotado. O time que estava pressionado pelos resultados negativos contra o próprio tricolor gaúcho, que venceu com um time reserva pelo Brasileirão, e depois a derrota, em casa para o Cruzeiro na Libertadores.
Ok, nesse tempo houve na última partida a vitória sobre o mesmo Cruzeiro no nacional. Enfim, isso no caso não importava muito, caso houvesse mais uma eliminação e vexame dentro de seus domínios.
O gol relâmpago de Everton Ribeiro decretou a classificação às semifinais. O jogo foi bem estudado, tenso e sem muito trabalho para os goleiros. Pelo resumo dos duelos, classificação justa para a equipe que foi mais competente.
Agora, resta saber como lidar com o dia a dia, elenco e variações técnicas na equipe. Um erro poderá ser fatal nas três competições. E claro, uma regularidade como antes da Copa do Mundo, fará o time alcançar os objetivos traçados. 
Já o Corinthians está muito longe de empolgar. É um time em constante formação e adaptação. Faz o que pode com o que tem. Osmar Loss, de certa maneira faz alguns milagres.
A dependência de algumas peças é nítida no elenco. Cássio, Gabriel, Jadson, Romeiro e Pedrinho(que ontem sentiu no aquecimento) são provas disso. De qualquer maneira, essa camisa deve ser muito respeitada. O Timão sempre consegue suas artimanhas nos momentos que não se imagina. 
A equipe no Brasileirão provavelmente busque até uma das "muitas" vagas para à Libertadores. Esse torneio, aliás, o time precisa vencer o Colo-Colo na volta para seguir sonhando com o título. Dosar o elenco e não perder peças é o principal desafio. 
A vaga veio contra a mesma Chapecoense que o derrotou pelo Brasileirão no último domingo. Vitória de 1x0, gol de Jadson. 
Do outro lado da chave, impossível não citar o Cruzeiro. O time de Mano Menezes foi derrotado pelo Santos por 2x1 de virada e mesmo assim avançou. Sim, quem tem um goleiro frio e experiente às vezes tem tudo. Fábio pegou as três cobranças santistas e enlouqueceu o Mineirão. 
A Raposa segue focada na Copa do Brasil e Libertadores, onde tem ótima vantagem para a partida de volta contra o Flamengo. Até lá três compromissos pelo Brasileirão. Erram aqueles que pensam que o time abrirá mão.
Hoje Palmeiras e Bahia que empataram sem gols na primeira partida buscam a última vaga. Vantagem para os comandados de Felipão. É aguardar para ver.
Até a próxima!! 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

FLAMENGO TEM TUDO PARA AFASTAR O DESGOSTO - Por Rodrigo Curty

E começou a maratona de jogos para o Flamengo. E mesmo que não seja uma exclusividade do atual líder do Brasileirão, o fato é que o planejamento será fundamental para o sucesso. Caso contrário, o mês de agosto poderá ser lembrado como de desgosto e possíveis momentos de "terror" no Mais-Querido do Brasil.
Se no hino se canta " eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo", sair precocemente não seria diferente.
Sim, para muitos rubro-negros, a obrigação é a de ganhar todos os torneios. Claro que isso é algo muito complicado para qualquer equipe, mesmo que recheada de jogadores por posições. O motivo são vários, entre eles, o entrosamento de um time "B", o calendário maluco - responsável por colaborar nas lesões de jogadores importantes e também o fator emocional, não menos importante.
De qualquer maneira, é importante ressaltar que o clube da Gávea montou um belo plantel para suportar suas obrigações no ano e tem reais possibilidades de sucesso. Quando falo em belo elenco, penso na homogeneidade, cada vez mais importante nos clubes que visam chegar aos títulos, como por exemplo, o Corinthians no ano passado.
COMPETIÇÕES
A liderança no Brasileirão está ameaçada e merece atenção especial. O São Paulo foi bem contra os considerados mais "fortes" e tem tudo para alcançar a liderança nas próximas rodadas, considerando os duelos que tem em relação ao Flamengo. É bom se atentar para Atlético MG e Internacional que correm por fora e não têm mais nada para se preocuparem. Outros como Cruzeiro e Palmeiras, saindo de alguma das outras duas competições, tendem a crescer. Haja emoção e coração aos torcedores dessas equipes. Penso que o Flamengo deveria valorizar muito a busca desse título.
Libertadores - A ambição de conquistar à América é uma realidade. Jogos mais duros e sem tempo de recuperação para outras competições. Agora será que vale mesmo a pena se "matar" e abdicar de outros torneios que se vai bem? Quem muito quer, nada tem. Mata-Mata é complicado e muitas das vezes quem vence é o time competente e não o mais forte. Trabalhar o plantel aqui, evitando desgaste físico e emocional é essencial para o sucesso. O Flamengo pode fazer bem isso. 
Já a Copa do Brasil é um título importante, só que sinceramente, repito que ao meu ver, o Brasileirão e a Libertadores, na atual conjuntura do clube, devem ter mais atenção. 
É mais fácil opinar e falar estando de fora. Agora, convenhamos, é claro que fica complicado escolher se esse torneio deve ser muito valorizado. 
É muita pressão e uma eliminação precoce, caso fosse escalado um time considerado misto, seria um problema, assim como se entendessem que a mesma, por exemplo fosse o "campeonato carioca", perto dos outros dois - questionariam o porque da competição de menos peso ter sido tão valorizada, concorda? 
Mas, de volta as vacas magras, o primeiro desafio foi nada mais, nada menos que o atual campeão da Libertadores, o forte e entrosado Grêmio, no qual o seu treinador, Renato Portaluppi tem na mão e sabe mexer muito bem nas variações.
Do outro lado, o bem menos badalado, porém ganhando seu espaço dia após dia estava Maurício Barbieri. 
Foi sem dúvida a melhor partida do ano no Brasil. Duas equipes que valorizam a posse de bola, que sabem jogar pressionadas e que se respeitam. Não houve chutões, pancadaria e jogadas bizarras que estamos acostumados a ver. Vimos sim, uma aula tática e no fim um resultado de 1x1 com sabor de vitória para os cariocas, que buscaram insistentemente o gol de empate e foram bem melhores, sobretudo na etapa final.
Impossível não mencionar a entrada do estreante Vitinho no Flamengo. Mostrou personalidade e não sentiu a pressão. Nem ele e nem o garoto da vez, Lincoln, que empatou a partida. Olho no garoto porque tem muito potencial. 
A partida de volta será no dia 15. Até lá, os compromissos de Brasileirão e Libertadores entram em cena. Sábado, ambos voltam a se encontrar pelo nacional. Será que teremos time misto para ambos? No tricolor com certeza, no Flamengo, talvez quatro ou cinco mudanças, que não mudarão o jeito que Barbieri gosta de ver - um time ofensivo, paciente e envolvente. Faça a sua aposta e que venham mais jogos assim para assistirmos.
Até a próxima!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

BRASIL PECA PELA COMPETÊNCIA - Por Rodrigo Curty

E o Brasil mais uma vez ficou pelo caminho na Copa do Mundo. O algoz dessa vez foi a seleção da Bélgica. Ganhar ou perder faz parte de qualquer esporte e também na vida, resta saber como lidar com isso.
Os comandados de Tite tiveram um desempenho aquém das expectativas, mesmo que muitos discordem. O time deveria ter sido trocado pelo elenco. As mudanças deveriam ter sido realizadas, independente de suas convicções. 
Hoje é muito fácil criticar, xingar, lamentar a derrota e falar de Tite e seus comandados. Penso que o trabalho deve ser mantido, porém com algumas condições que fizeram falta e que uma hora iríamos vivenciar. É preciso entender que as eliminatórias sul-americanas não podem servir de base para algo maior. O nível é outro e as facilidades muito maiores para chegar à Copa. 
O treinador manteve as suas convicções, suas ideias de longo período porque não viu outra alternativa. Acreditou realmente que no final das contas, os seus "protegidos" e "apostas" dariam conta do recado e calariam as críticas. 
Ora, a insistência em Gabriel Jesus, Paulinho e Willian foram desnecessárias. Repito, o time deveria ser elenco. Roberto Firmino não foi bem hoje, mas poderia sair titular, Douglas Costa poderia entrar antes, assim como Renato Augusto, antes titular e mais experiente que o escolhido Fernandinho. 
É verdade que aos poucos a seleção evoluía e aparentava dar o tão sonhado espetáculo ao seu torcedor. O problema é que o esquema burocrático, o de resultados e paciência se consolida quando se tem a partida no controle. E foi exatamente isso que faltou nas quartas de final. 
Tudo bem que o Brasil poderia antes dos 10' estar na frente com dois gols de vantagem, só que faltou a competência e a sorte que nos acompanhou por tanto tempo. E é sabido que a sorte acompanha os competentes e os que trabalham, e isso nunca faltou.
Então porque não deu certo justamente quando precisávamos? Talvez por acharmos que somos mesmo os melhores, os imbatíveis, os únicos pentacampeões. Talvez por prepotência e falta de compreender que os europeus nos copiaram bem e evoluíram na questão de competitividade e futebol de qualidade, enquanto deixamos de herdar o que eles podem nos ensinar, como as mudanças táticas e frieza, por exemplo. 
Ora, no futebol é preciso respeitar e reconhecer as limitações. O Brasil não teve nenhum tipo de mudança tática, era um time óbvio e de fragilidades nas laterais e fraqueza no meio-campo. Um time que jogou com vontade e determinação sem nenhum tipo de esquema, era tudo na base do jogar na área e ver o que vai dar -  uma hora um pé aparece na frente da bola e empurra para as redes. Para ser campeão é preciso muito mais. 
Ficou nítido que Tite demorou para entender que uma peça fora seria a certeza de algo drástico como foi. Casemiro fez muita falta. Fernandinho sentiu a infelicidade no gol contra e a partir daí errou, marcou errado, não teve apoio do restante da equipe e poderia ter o treinador fazendo a troca. 
E olha que mesmo assim o Brasil se impôs e foi muito superior a "ótima geração belga", que mostrou o suficiente para abrir 2x0 e aguentar a pressão. Provou ser uma equipe em que todos jogam por todos e não apenas para um brilhar. Provou ser uma equipe de esquema tático, mudanças inesperadas como Hazard e Lukaku jogando de pontas com De Bruyne jogando de falso 9. 
Do lado brasileiro faltou uma liderança, um cara que chamasse a partida para si. Calma, falo de Philippe Coutinho e Neymar, que sumiram e foram meros coadjuvantes, enquanto Douglas Costa, que após entrar foi a melhor alternativa para buscar algo na partida. Fez o que os considerados craques deveriam fazer. Outro que tentou foi Marcelo, um lateral/ala. Só que quem brilhou e poderia sair como o melhor do jogo deu azar -  Renato Augusto marcou o gol e teve a chance do empate, antes mesmo de Neymar, no apagar das luzes parar novamente na muralha de nome Courtois.
Agora é levantar a cabeça e reconhecer que a seleção não estava madura para conquistar o Hexa. É repensar nas regalias e nas preocupações extracampo, como as redes sociais, as marcas que investem horrores na figura de A ou B como garoto propaganda. Seleção brasileira é coisa séria e deve ser respeitada e valorizada mais do que qualquer equipe em que um atleta que é convocado atua. É preciso entender isso, como também valorizar aos que no país atuam. 
Longe de comparar com os outros que estão anos luz na nossa frente, no que diz respeito o surgimento e trabalho de base. Basta pensar apenas em Alemanha, França e Inglaterra, que contam com mais de 80% dos convocados atuando nos clubes de seus países. Ok, o Brasil não tem força financeira para manter os que surgem em seus clubes, mas poderia repensar no formato de manter um base também em casa, caso contrário, esqueça comprometimento, identidade e o significado de vestir a camisa mais pesada do futebol mundial.
Força Brasil e que comece o planejamento desde já. Daqui quatro anos nos vemos no Catar.
Até a próxima!!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

BRASIL E BÉLGICA MEDEM FORÇAS NA COPA - Por Rodrigo Curty

E a seleção brasileira finalmente começou a dar sinais de melhora na Copa do Mundo. Depois de ser questionada sobre a obrigação da classificação na fase de grupos, nas oitavas de final com o México pela frente, por mais que alguns torcedores não admitam, existia certa preocupação.
Pois bem, mesmo que o Brasil tenha sofrido no início com uma marcação sobre pressão, falta de poder ofensivo do adversário e com um Philipe Coutinho apagado, mostramos que outros podem aparecer.
Neymar resolveu se soltar mais. Chamou o jogo, evitou cair nas provocações e sim, precisa apenas melhorar nas suas atuações desnecessárias. Longe de entender que as pauladas, pisadas, entre outras coisas tenham que passar desapercebidas, apenas penso que não precisam ser valorizadas como foram. 
O craque da seleção para chegar ao objetivo de ser um dia o melhor do mundo precisa amadurecer. E isso passa por Tite, que ao meu ver, deveria deixar o camisa 10 se defender sozinho, uma vez que de bobo, ele não tem nada e é um cara do bem. A imprensa internacional pega demais no pé do menino Ney, mas porque ele também permite isso.
No campo ele é gênio, basta ver o toque de calcanhar para Willian, este aliás, finalmente resolveu estrear na Copa, antes de empurrar para às redes. Depois na participação da jogada do gol de Roberto Firmino, que provou ser o "coringa" do treinador e um exímio atacante camisa 9. Será que não está na hora de Gabriel Jesus esquentar o banco? E mesmo que digam que não porque ele é fundamental no esquema tático, me perdoe, afinal o atacante do Liverpool faz muito bem essa função por lá e cairia como uma luva.
O placar de 2x0 poderia ter sido melhor se não fosse o esquema burocrático de jogar com o resultado e não para o encantamento. Uma pena e uma esperança na próxima partida.
Bem, digo isso porque basta pensar que a Bélgica, que suou para passar pelo Japão, que vencia por 2x0 e abdicou de "matar" o jogo na reta final, permitindo a espetacular virada por 3x2, tem um time, tem um elenco e o desejo de fazer história. 
É claro que a partida não deve ser fácil e sim bastante estudada e com alternativas. Acredito que para o Brasil será melhor pegar uma seleção que joga e deixa jogar e não como as anteriores que adoram defender e esperar a chamada "bola" do jogo. 
O duelo poderá ser decidido em um detalhe, em uma fatalidade ou até mesmo com placar elástico. Os diabos vermelhos não devem manter o esquema de três zagueiros. Se assim fizer, melhor para o Brasil, que deve saber se aproveitar da marcação no campo adversário e conseguir marcar seus gols. 
Por outro lado, Tite deve montar um time mais cadenciado e com marcações em zona, afinal Hazard, Bruyne e um atacante como Lukaku merecem atenção de todos. E olha que o banco já provou ser forte também. A mudança de esquema tático é variável como a partida. Melhor pra nós que o tic-tac de Roberto Martínez pode nos ajudar ao não ter chutes a todo momento à meta de Alisson.
Faça a sua aposta, a minha é que quem passar deve entender que a Copa seguirá adiante contra duas belas seleções - Uruguai ou França. O hexa é logo ali, só que o caminho pede atenção.
Até a próxima!! 

quarta-feira, 27 de junho de 2018

BRASIL JOGA PARA O GASTO E AVANÇA AS OITAVAS - Por Rodrigo Curty

E a Seleção Brasileira conseguiu avançar às oitavas de final da Copa do Mundo na Rússia.
A partida contra a Sérvia não foi como se esperava, no que diz respeito ao espetáculo e sim, valeu para ver um Brasil mais equilibrado e objetivo. É bem verdade, que os comandados de Tite poderiam ter sofrido menos sustos, como também, se forçassem um pouco mais a pressão e arriscassem mais os chutes, poderiam vencer com maior facilidade.
É comum vermos a seleção estudando e aguardando seus adversários. Seria incomum se fosse diferente. Tite prefere o jogo mais burocrático, calmo, de posse de bola, do que propriamente usar suas principais armas para resolver logo as partidas.
E olha que o começo foi assustador com a contusão estranha de Marcelo. O lateral saiu com dores lombares e deu sua vaga à Filipe Luís que não comprometeu e até que foi melhor que o titular defensivamente.
O meio-campo buscou tocar mais rapidamente a bola, o que resultou em um Neymar mais produtivo e coletivo, o que convenhamos, o que não pode mudar. A zaga esteve menos afoita, Casemiro jogou muito na marcação e armação. O questionado Paulinho teve maturidade, foi bem na parte defensiva e como elemento surpresa fez o que todos já esperavam desde o início da Copa -  foi dele o gol, após belo passe de Philippe Coutinho.
Daí para frente quem esperava uma tranquilidade brasileira, se surpreendeu com a coragem e o jogo de igual para igual dos sérvios. O segundo tempo poderia até ter uma virada, se não fosse a "sorte" e a falta de competência dos atacantes em empurrar a bola para as redes. 
Como no futebol, quem não faz, leva, e o que vale é a competência e nem sempre o merecimento, o Brasil fez a sua camisa pesar. Thiago Silva, que pouco antes havia salvado de joelho o empate sérvio, marcou de cabeça, após escanteio, subindo mais alto que a "alta" zaga adversária. Era o que precisava, um gol para dar tranquilidade e administração da partida.
A partir daí, de maneira mais leve, Neymar apareceu mais, arriscou jogadas, Coutinho cadenciou e mesmo assim, Willian e Gabriel Jesus deveram o que se esperam deles. Aliás, mesmo que Tite entenda que o time precisa ter uma sequência, penso que está mais do que na hora de usufruir do banco com as entradas de pelo menos dois jogadores - Fernandinho e Firmino, por exemplo. 
A confiança aumenta a cada rodada e agora qualquer erro poderá ser crucial. O mata-mata nem sempre avança a melhor equipe e sim, aquela que se aproveita das chances que têm e que conta com um esquema, no qual o time adversário é estudado. E esse o problema. Apesar de mais fraco tecnicamente, o México de Osório sabe como jogar contra qualquer seleção. É um time sem medo e que joga "descompromissado". Aparentemente será um jogo equilibrado e com jogadas rápidas e de grande emoção.
É aguardar para ver e torcer para passarmos adiante, rumo ao Hexa.
Até a próxima"

sexta-feira, 22 de junho de 2018

BRASIL SOFRE, VENCE E É CRITICADA - Por Rodrigo Curty

E a segunda partida da Seleção Brasileira não foi nada fácil. A Costa Rica entrou com o objetivo de jogar por uma bola e parar a qualquer custo os ataques do Brasil. 
O time para variar deixou a ansiedade tomar conta. Mesmo assim poderia ter saído em vantagem bem antes dos acréscimos, se tivesse um pouco mais de personalidade e confiança. 
O Brasil tinha que ter arriscado mais os chutes de fora da área, porém preferiu tocar pra lá e para cá. Ok, o futebol mundial hoje tem em sua maioria das equipes e seleções, jogando dessa maneira. Um jogo ao meu ver chato e burocrático. É bem verdade que o estilo de jogo prevalece, talvez, quem apresenta uma melhor preparação física, ou seja, uma hora, a presa se cansará e o predador se prevalecerá pela insistência. 
O problema é que a máxima do futebol de "quem não faz leva" ou " a bola pune" mostra as caras quando se menos imagina. Ainda bem que hoje não foi isso que aconteceu, uma vez que o adversário é bem fraco tecnicamente. Teve duas chances para criar algo e errou. Melhor para nós. 
Na primeira etapa a fórmula da Costa Rica, em querer segurar a seleção e não perder o jogo funcionou bem e nossos representantes ficaram devendo. Ora Neymar, ora Coutinho, ora Gabriel Jesus e cia. Já na etapa final, o Brasil definitivamente entrou no jogo e fez prevalecer seu melhor nível técnico. A bola insistiu em não entrar nos primeiros 15' de puro sufoco com Gabriel Jesus carimbando o travessão, Neymar errando chute de fora da área e com Navas sendo o destaque.
O tempo ia passando e o nervosismo tomando conta. Estava nítido que Neymar estava tenso e preocupado em não vencer a partida. Buscou o jogo, foi bem mais solidário e poderia ter sido mais Neymar, antes do primeiro gol, quando saiu em velocidade no mano a mano. Enfim, é fato que nosso camisa 10 sempre será criticado pela exigente torcida brasileira. É verdade também que ele colabora para isso. O lance em que pediu pênalti ficou provado -  poderia seguir na jogada e ter marcado um belo gol. O time sentiu o lance e perdeu a cabeça. O camisa 10 e o 11 levaram cartão amarelo por reclamação. 
O tempo ia passando, os jogadores da Costa Rica catimbando e veio os 6' de acréscimos para fazer justiça. Cruzamento de Marcelo, cabeçada de Firmino pra área, toque de Gabriel Jesus e chute de bico de Coutinho por baixo das pernas de Navas, UFA!! Que alívio. Depois teve chance para Firmino fazer o segundo gol e no apagar das luzes o gol de Neymar, após jogada de Casemiro e passe de Douglas Costa. Era o gol da redenção, do craque da seleção. Neymar precisa melhorar em muitos aspectos, jogar seu brilhante futebol sem ficar reclamando, parar de cair em qualquer lance e ter mais liderança e maturidade.
E claro que Tite tem que ser o grande responsável por essas atitudes. Tem que mostrar que é o cara que manda e que pode sim mudar uma estratégia de jogo, algo que ainda não vi e creio que você também não. Vamos passo a passo.
Por outro lado, o povo brasileiro tem que apoiar mais ao invés de torcer contra ele e alguns outros jogadores. Temos que parar de valorizar só as outras seleções e países. A Copa está aí provando que não tem ninguém sobrando. Podemos fazer nossa parte, que é de ter mais paciência e acreditar que o caminho para o hexa, por mais difícil que possa parecer é possível.
E antes que falem que possa estar em cima do muro, quero acreditar e torcerei por esse grande feito, mas ainda não acredito e aposto em uma seleção surpresa como já disse em outras oportunidades. A minha aposta segue sendo a Bélgica, que pode sim, repetir a Espanha de 2010. É aguardar para ver. Até a próxima!


domingo, 17 de junho de 2018

BRASIL ESTREIA COM EMPATE NA RUSSIA - Por Rodrigo Curty

A Copa da Rússia mal começou e as seleções consideradas favoritas para a grande maioria decepcionaram  até aqui.
O Uruguai venceu no apagar das luzes, a Espanha sucumbiu contra a seleção Cristiano Ronaldo, Messi e sua Argentina desorganizada ficou no empate com a estreante Islândia. A França, graças o VAR venceu a Austrália. Mesmo assim, a pior de todas foi a Alemanha que viu o México fazer 1x0 e conseguiu segurar uma certa pressão.
E o Brasil? Pois é, a minha expectativa era de que a partida contra a Suíça seria amarrada e decidida em detalhes. E foi o que aconteceu. A Seleção Brasileira provou ser realmente burocrática e que definitivamente jogará nessa Copa por resultado e não para encantar.
Bem, basta avaliar os primeiros 25' e ver se tenho ou não razão. Os comandados de Tite dominaram as ações, tocavam bem a bola e conseguiram marcar um golaço à "Lá Brasil " com Philippe Coutinho. 
Depois disso prefiram fazer o toque pra lá e para cá e ficar administrando o tempo forçando as faltas. Neymar que o diga -  O craque brasileiro foi bastante marcado e valorizou demais as faltas sofridas - foram 10 no total e que causou três cartões amarelos aos suíços.
O time europeu é enjoado e joga por pequenas oportunidades. Foi assim, que no início da segunda etapa marcou o seu gol de forma irregular. Sim, houve um empurrão nítido no zagueiro Miranda. Só que sejamos sinceros - esse tipo de lance e até piores ocorrem sempre nas bolas paradas. A experiência de Miranda deveria prevalecer. O zagueiro tinha que cair ou ter levantado os braços para reclamar. Só que nem ele, e nem ninguém na hora fez isso. Fizeram apenas depois de ver o lance no telão. 
Aqui dois pontos: 
1 - Eram sete jogadores brasileiros no lance do gol. Marcação falha, espaços na área e Alisson sem fazer o papel de um arqueiro nesse tipo de jogada -  a pequena área é sempre do goleiro. Ninguém acompanhou Zuber.
2 - O lance foi na frente do árbitro que mesmo convicto que "lances" assim sempre ocorrem, deveria ser auxiliado pelo árbitro de vídeo. O responsável devia estar "dormindo" ou no "banheiro" na hora do gol. A dúvida é -  Então até que ponto vale ter o VAR se ele não for usado nesse tipo de lance? Por que vale para uns, como para França e não para outros como o Brasil?
Após esse lance imaginei que a seleção iria se impor e forçar a saída de bola no campo adversário. Que voltaria a ter o toque de bola e arriscar mais de fora da área. De certa maneira até fez, só que de maneira desorganizada e ansiosa. 
Antes que me cobrem, houve outra polêmica -  o pênalti não marcado em Gabriel Jesus. É claro que ele foi abraçado e tocado embaixo, só que esse se esqueceu que Copa não é Brasileirão. O atacante do Manchester City já deveria saber por jogar na Inglaterra que não basta cair para vibrar e sim saber cair. Ele poderia ter seguido na jogada ou cair para a direção certa. Veja uma das câmeras e verá o salto exagerado para o lado oposto. 
De qualquer maneira o árbitro de vídeo mais uma vez deveria ter sido acionado. Assim ou o pênalti seria marcado ou Jesus seria punido por ludibriar a arbitragem, e que convenhamos não chegou nesse ponto. 
Tite tentou mudar o esquema, só que o banco não permiti isso. O Brasil não possui meias de criação e sempre veremos uma troca seis por meia dúzia. Numa delas, a troca foi boa, Firmino fez mais que Gabriel e quase marcou o gol da vitória. 
Se é o que temos para o momento vamos ter fé e entender que não foi exclusividade da seleção em estrear mal. Amistoso é amistoso e Copa é Copa. 
Não tenho dúvida que o Brasil crescerá na competição, só que para isso, como diz a moda atual " deverá saber sofrer e sentir a dor" ao invés de lamentar e falar dos "ses" que surgem. Um time de qualidade consegue vencer contra tudo e todos e encarar as adversidades e possíveis "ajustes" e "conspirações".
Assim como em qualquer torneio, sempre haverá polêmicas. O VAR deveria ser usado. Agora, será que se em outras Copas, como por exemplo a de 2002, quando fomos os beneficiados da vez contra Turquia e Bélgica já houvesse essa tecnologia e também não fosse usada para mostrar o benefício a nosso favor, estaríamos lamentado hoje?
Infelizmente existem questões políticas por trás de qualquer evento. Um dia da caça e outro do caçador, quando deveria ser um jogo que vença o melhor e que a justiça seja feira, por isso existe essa tecnologia, ainda nova para todos. 
Insisto que está errado não usar a tecnologia, mesmo que seja em excesso. Na dúvida vale a certeza de fazer a coisa certa. 
Enfim, vida que segue porque agora é pensar na Costa Rica. Espero que Tite aproveite esse espaço de tempo para cobrar que daqui para frente a ordem ao nosso camisa 10 seja de manter o toque de bola rápido ao invés de querer avançar na marcação. Foi assim que chegamos ao gol e conseguimos criar boas situações na partida. Os também dribladores Coutinho e Willian, por exemplo, não sofreram como Neymar porque foram mais objetivos. 
Ok, a torcida espera mais do 10 e por isso, ele deve sim ser o protagonista - A questão é que o time tem outros jogadores de qualidade e, por isso deve ser mais coletivo como foi até o gol. 
É claro que a genialidade de um cara como Neymar têm que aparecer quando a partida exige isso. E é fato que contra a Suíça exigiu e ele preferiu buscar as faltas ao tentar ficar em pé. Se tocasse mais a bola, abriria espaços para alguém em melhor condição marcar. Pense nisso e concorde se quiser.
Bola para frente Brasil - o caminho até o hexa exigirá mais controle emocional e cobranças para todos. Que venha a Costa Rica e uma goleada para dar moral e certeza de que entramos na Copa.
Até a próxima!! 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

O FOCO AGORA É A COPA - Por Rodrigo Curty

E após 12 rodadas no Brasileirão, as atenções do torcedor agora é para a disputa de mais uma Copa do Mundo. 
E antes de entrar nessa importante competição, vale alguns registros para a parada das equipes brasileiras.
O Flamengo segue líder com a diferença de quatro pontos para Atlético MG e São Paulo. Os três devem seguir regulares e com possíveis altos e baixos. O Corinthians segue ladeira abaixo, assim como o Fluminense. Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro, precisam melhorar e muito. Se o trio valorizar apenas outras competições como Copa do Brasil e Libertadores, poderão ficar sem nenhuma. Planejamento nessa parada será à alma do negócio e creio que voltarão fortes. Olho neles!
Outro que merece atenção é o Internacional. o Colorado é um time equilibrado, assim como o Sport, quando joga em seus domínios.
O Santos venceu e definitivamente espera ser outro pós-Copa. O mesmos e espera para os desesperados Atlético PR e Bahia, por exemplo. O tricolor venceu e mesmo assim capenga. O rubro-negro precisa de uma renovação urgente na sua parte técnica.
No meio da tabela Vasco, Chapecoense e Botafogo devem oscilar bastante entre a posição de sétimo à 14ª. Vamos aguardar!!
Agora sim, vamos falar da maior competição do mundo da bola que começa hoje na Rússia. 
A expectativa é de que finalmente a Seleção Brasileira conquistar o Hexa. Agora, será que a maioria dos brasileiros estão realmente preocupados com isso?
Eu não sei você, mas pelo menos aqui em São Paulo, eu sinceramente, nos bairros que visitei não vi tanta empolgação do povo. Ainda não me deparei com ruas pintadas, rodas de resenha para falar sobre o evento. Ok, para não dizer que eu não vi nada, o que não somente vi e participei foi da coleção do álbum da Copa, que aliás, perdeu a graça por ter sido completado bem antes da partida inaugural. Coisas de colecionar ansioso.
A Copa do Mundo normalmente apresenta algumas surpresas. Nessa, pode-se dizer que já apresentou com a falta de grandes ou tradicionais seleções como Itália, Holanda e Estados Unidos. 
Por outro lado, as novatas como Islândia e Panamá deverão dar adeus na primeira fase. Essa fase classifica as duas melhores seleções de cada grupo e nem sempre as favoritas passam, assim para não ficar em cima do muro, acredito que, caso venhamos a ter surpresas, essas ocorrerão nos grupos A, com a eliminação da dona da casa, no C com o Peru surpreendendo, no grupo F com certo favoritismo da Alemanha. 
Já nos grupos B, D,E, G devem dar as lógicas, sendo na ordem - Uruguai, Rússia,Espanha, Portugal, França, Dinamarca, Argentina, Croácia, Brasil, Suíça, Alemanha, México, Bélgica e Inglaterra. No grupo H, sinceramente, vejo o mais equilibrado e até alguma seleção passando por saldo.
E o Brasil? O Brasil de Tite é isso que vemos. Um time equilibrado, ao meu ver, pouco vibrante, porém com jogadores que podem resolver qualquer partida, principalmente quando se tem uma oportunidade. 
O fato de não passar aquela confiança de favoritaço, ajuda. O time é obediente taticamente, burocrático e prático. Faz o que deve ser feito para sair vencedor e não encantador. O brasileiro tem a mania de querer lembrar dos que vencem e não dos que dão espetáculo e fazem do país, realmente o país do futebol, o da beleza e alegria nas pernas.
Eu como bom romântico do futebol, ainda preferia e espero ver show. Dribles, toques de bola envolventes, muitas chances de gols, e sei que isso praticamente será impossível. 
Resta saber como a seleção irá se portar e se as chances dos adversários seguirão parando nas defesas de Alisson e na falta de sorte. Amistoso é amistoso e Copa é Copa, que fique claro isso no primeiro segundo que a bola rolar.
Boa sorte à seleção canarinho e até a próxima!! 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

FLAMENGO É LÍDER E CONVENCE - Por Rodrigo Curty

Foto: Flaagora.com
E o Brasileirão está apenas no início. Até aqui foram 11 rodadas e com certeza muita coisa deve mudar até o término do torneio em dezembro. 
Só que nesse momento extraordinário do Flamengo, o torcedor rubro-negro acredita que a tendência é que o time evolua ainda mais a cada rodada e torce para não ter que se rebelar  tão cedo de forma negativa.
A empolgação é válida. Depois de ser eliminado precocemente do campeonato carioca, não convencer em algumas partidas da fase de grupos da Libertadores e ver um nome que jamais imaginou que poderia dar certo, tudo mudou.
O fato é que o Flamengo com Maurício Barbieri é outro. É mais coletivo, vibrante, tem mais toque de bola com objetividade e dá entender que o grupo está mais unido, homogêneo e confiante. Conta com lideranças em todas as partes do campo - Diego Alves, Cuèllar, Diego e Everton Ribeiro.
É claro que os mais críticos e exigentes dirão que o Flamengo ainda não foi testado. Que o time só pegou equipes mais fracas e que ainda não teve uma prova de fogo concreta e blá, blá, blá. Ora, de certa maneira, as equipes enfrentadas nessa trajetória brilhante do interino que até aqui em 16 jogos, conseguiu 10 vitórias , cinco empates e apenas uma derrota não foram os considerados mais fortes, só que ao mesmo tempo teve Internacional, Atlético MG, River Plate, Corinthians e Fluminense. E todos tiveram as mesmas "pedreiras" e "molezas", por isso, ele e a campanha do time da Gávea deve ser valorizado.
A parada para a Copa do Mundo poderá ser crucial para o clube. Apesar do ritmo intenso de jogos, os desfalques importantes a cada rodada, a motivação e apoio da massa rubro-negra, continuar era preciso. O time está encaixado e concentrado.
A exclusividade não será apenas do atual líder do certame, depois da partida contra o Palmeiras, na quarta-feira, a volta, principalmente no mês de agosto será determinante para a permanência de Barbieri e a consolidação do rubro-negro nas competições.
O Flamengo terá pela frente adversários respeitados como São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Santos, Sport, Botafogo e Atlético PR. Tudo entre Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Serão nove partidas de tirar o fôlego.  
O plantel será testado de vez e deverá sem muito bem trabalhado. O planejamento deve ser feito de maneira minuciosa para evitar falha de percurso. É preciso se reforçar nas laterais e pelo menos dois homens de frente, sendo um que faça as arrancadas e jogadas hoje realizadas por Vinicius Junior que deve se despedir mesmo em julho. Esse nome ao meu ver não seria de Marlos, Geovânio e Berrio que retorna de longo período de recuperação. Henrique Dourado é uma incógnita e Vizeu estará na Itália -  Lincoln será esse cara? É novo e tem talento, precisará apenas não ter etapas queimadas. 
Barbieri e sua comissão técnica  terão bastante trabalho. A vaidade terá que ser controlada e a humildade mantida. Em breve, Réver e Juan estarão à disposição e resta saber se voltam a titularidade ou se estes entenderão e respeitarão o momento brilhante da zaga atual, que conta apenas com o garoto Léo Duarte como único a não sair. Rhodolfo até se lesionar novamente fez uma bela dupla, e o garoto Thuler mostrou personalidade e quer sim ser titular também. 
É aguardar para ver até quando dura essa alegria em vermelho e preto e se a maturidade, de fato existe para os desafios futuros. Eu acredito, e você?
Até a próxima!!

segunda-feira, 4 de junho de 2018

OS CONFRONTOS DA LIBERTADORES 2018 - Por Rodrigo Curty

E estão definidos os confrontos das oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2018. Para quem esperava ver grandes clássicos entre brasileiros e argentinos, restou aceitar confrontos domésticos e belas possibilidades a partir das quartas de final.
Vamos aos duelos e suas análises:
Palmeiras x Cerro Porteño: 
Essa será a quinta vez que as equipes medirão forças. Apesar da equipe paraguaia ter se classificado a esta fase como a melhor segunda colocada, ao meu ver deve ficar pelo caminho, perdendo, inclusive, as duas partidas, mesmo com uma possibilidade do time brasileiro chegar em fase conturbada. 
Grêmio x Estudiantes:
O atual campeão da Libertadores pode comemorar. O adversário é tradicional e já levantou a taça em quatro oportunidades. Só que o Estudiantes está bem longe daquele que encarou o tricolor no ano de 83. Hoje está longe de ser um time complicado. Foi apenas o 15ª colocado do campeonato argentino. Resta saber se a camisa pesará como em outras oportunidades, afinal, a Libertadores é outro torneio.
Colo- Colo x Corinthians:
A classificação aqui pode dizer tudo. O Timão pegará o pior time da fase de classificação e deve passar sem muitas dificuldades, mesmo com o possível desmanche da equipe. O time chileno é apenas o 6º colocado em seu país e tem em Valdivia, ex-Palmeiras, a esperança de uma zebra. 
Independiente x Santos:
O maior campeão da competição foi apenas o 6º colocado no campeonato argentino e hoje está fora da próxima Libertadores. Nessa edição surpreendeu o Corinthians e tem um futebol de técnica e velocidade. O Santos, por sua vez, é um time que pode surpreender se jogar sem medo de atacar. Jair Ventura aposta suas fichas para ter menos pressão à frente da equipe, que necessita urgente de um meia de criação. Equilíbrio no duelo.
Flamengo x Cruzeiro:
Atual líder e vice no Brasileirão devem fazer dois grandes duelos. Com o péssimo calendário nacional, resta saber quem terá um melhor elenco para chegar forte no confronto. O time de Mano Menezes leva a melhor sobre o rubro-negro em mata-mata, porém com ele à frente ainda não triunfou. Em seis jogos foram três derrotas e três empates, sendo dois pela final da Copa do Brasil, no qual o time mineiro levou a melhor. Será que a história se repetirá? Duelo equilibrado.
River Plate x Racing:
Um grande clássico argentino. O River é tradicional na competição e o Racing se não perder jogador pode surpreender. No torneio local, ambos decepcionarão e por enquanto, estão fora da edição do torneio em 2019. Terminarão com 45 pontos. O time de Marcelo Galhardo tem uma ligeira vantagem pela experiência da equipe. Só que isso não entra em campo. Duelo equilibrado.
Atlético Nacional (Col) x Atlético Tucumán ( Arg)
O time colombiano está bem longe de ser aquele que surpreendeu à América em 2016. De qualquer maneira sobrou no colombiano e tem uma equipe interessante. Já o time argentino foi o 16º colocado e não deve conseguir avançar. Se bobear perde as duas partidas. 
Boca Juniors x Libertad
O tradicional time argentino, apesar de ter sobrado no argentino, ainda não decolou na temporada como se esperava. Na Libertadores passou na bacia das almas. Com a parada para a Copa pode se ajustar e voltar a ser o time temido que a fanática torcida espera. Merece respeito. Já o time paraguaio entra como franco atirador. Arriscará tudo jogando em casa e se passar me surpreenderá.
Vamos aguardar e ver quem será quem após a Copa do Mundo. Faça a sua aposta e seu prognóstico.
Até a próxima!

terça-feira, 29 de maio de 2018

BRASILEIRÃO OU BRASILEIRINHO - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão 2018 segue bem equilibrado. A diferença do primeiro colocado, o Flamengo para o 10º, o Cruzeiro é de apenas quatro pontos. Essa campanha, em relação a pontos conquistados, só não é pior do que a de 2003, quando o Criciúma também somou nas primeiras sete rodadas os 14 pontos, porém com um saldo de gols pior do que o atual pertencente ao time carioca.
Agora, que diferença faz esse tipo de retrospecto? Bem, ao meu ver, vale apenas para analisar o tipo de campeonato quer se disputa no país. 
Longe de querer comparar com os também "valorizados" torneios europeus, como Espanhol, Francês, Italiano, Alemão, etc. Sinceramente, com exceção da Premier League, esses outros contam somente com duas ou no máximo três equipes disputando até o fim o título. 
Dessa maneira, não seria nenhum erro afirmar que tecnicamente também são campeonatos fracos. A diferença é que os considerados jogos ruins de lá, são melhores do que os nossos aqui, mesmo quando se tem um time com certa grife em campo. 
O Brasileirão é bem fraco tecnicamente. As razões não são poucas para esse ser chamado de Brasileirinho - Basta avaliar a quantidade de passes errados, a falta de oportunidades de gols nas partidas, a escassez de mudanças táticas, erros de arbitragem em excesso e a valorização pelo posse de bola.
Hoje os times se preocupam mais em questionar que perderam por erro disso ou daquilo do que assumir as falhas técnicas. Uma pena que seja assim, a cultura enraizada.
E como se não bastasse tudo isso, a pergunta que sempre fica é porque as equipes mais qualificadas ou de maior poder financeiro não conseguem se sobressair a outras que tiram "leite de pedra"? Ora, imagino que uma das grandes razões é o nosso péssimo calendário.
Por exemplo, o Atlético MG com o elenco que tem e um time relativamente bem montado, tem grandes chances de se dar bem no torneio. O motivo é simples, é o campeonato que lhe resta. 
Já Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro, os considerados favoritos, terão que administrar também a participação na Libertadores e Copa do Brasil. Aqui a grande missão, fazer do elenco um poder de fogo para conseguir ter duas equipes equilibradas. Infelizmente quase nenhum consegue isso, seja por falta de tempo, seja por não implementar no planejamento, quem será quem na temporada. Se o jogador soubesse qual competição jogaria e se o clube colocasse esse grupo para treinar separado, acredite, daria muito certo, independente de quem seria o considerado time A ou B.
E o que vemos? Treinadores "inventando" a roda, trocando jogadores sem nenhuma lógica e os times desentrosados perdendo pontos importantíssimos, que poderão fazer falta no final do ano.  
Vamos aguardar e ver o que vai dar. Até a paralisação para a Copa do Mundo, poderemos ter mudanças na liderança ou certa vantagem sendo construída, após ela, uma quantidade surreal de partidas e a expectativa de quem trabalhará melhor o elenco para seguir vivo nas competições presentes. 
Viva o valorizado e bagunçado calendário brasileiro.
Até a próxima!!

sábado, 26 de maio de 2018

13 VEZES REAL MADRID - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma Copa dos Campeões da Europa. A final do maior torneio do mundo poderia ter sido melhor. Real Madrid e Liverpool tinham futebol para isso. Pena para quem esteve em Kiev.
É bem verdade que uma final como essa, qualquer erro seria crucial e dificilmente, ambos jogariam como jogaram até às semifinais. 
Os Reds bem que tentaram. O time de Klopp joga para frente e se preocupa mais em marcar do que levar gols. O time rengue, por sua vez, sabe ser competente e resolver a partida, quando se menos espera. É definitivamente um time copeiro e acostumado à decisões.
Na primeira etapa, o time inglês começou melhor, buscava as ações até que antes dos 25' teve a sua primeira derrota -  o craque do time, o egípcio Salah saiu com lesão no ombro, após um "golpe" de judô do capitão espanhol, Sergio Ramos. Uma pena e uma certeza - o time sem emocional ou que não trabalha com as adversidades, dificilmente consegue vencer.
A prova disso foi que o Real Madrid cresceu na partida e o inglês sentiu o baque. Na segunda etapa isso se concretizou. Logo no início, Isco acertou o travessão. Na sequência o primeiro erro do goleiro dos Reds - Karius, inexplicavelmente saiu errado com as mãos e jogou a bola nos pés de Benzema. Um erro infantil que custaria caro.
O jogo ganhou emoção, após a falha, quando Mané, aos 9' conseguiu empatar e dar esperança na busca do sexto título. Era só esperança, afinal, o time espanhol tem banco e não depende apenas de Cristiano Ronaldo. O "cara" do jogo seria o galês Gareth Bale. 
O primeiro gol, uma pintura, triciclo, meia-bicicleta, bicicleta, enfim, o que você quiser chamar. Essa não deu para o goleiro alemão, e ao meu ver poderia dar para um goleiro que esticasse o braço e com "grife" como, por exemplo, Buffon. 
O Liverpool sentiu o gol e não levou mais porque o Real errava na última bola. Até que aos 37' , num chute despretensioso, Bale arrasou de vez Karius, que falhou novamente. Um dia para esquecer. 
O goleiro chorou copiosamente e é uma pena que a torcida não entenda que é só futebol. E por ser um ser humano, ele também não é imbatível. O mundo da bola dá voltas, resta saber se o arqueiro terá maturidade para voltar as manchetes positivas.
Após a partida quem brilhou nas manchetes foi o português Cristiano Ronaldo, que com 15 gols, levantou mais uma "orelhuda", a sua quinta, sendo quatro com o time merengue. Agora, é aguardar para ver se o ídolo fica ou saí de Madrid na próxima temporada. 
Vale aqui também o registro para os brasileiros Casemiro e Marcelo, que chegaram à quarta conquista em cinco anos no clube. E a tendência é que levantem mais.
Outro que conseguiu dar a volta por cima foi Keylor Navas - De falhas nas fases anteriores, as belas defesas quando exigido na final. O cara é um papão de títulos e espera manter a hegemonia.
Agora que venha a Copa do Mundo e a conformação de assistir o Brasileirão, que está muito longe de ser empolgante.
Até a próxima!








segunda-feira, 14 de maio de 2018

TITE CONVOCA SELEÇÃO PARA BUSCAR O HEPTA - Por Rodrigo Curty

Foto:Jornal Gazeta Online
E acabou o mistério. Tite, o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, definiu nesta tarde os 23 jogadores que disputarão à Copa do Mundo na Rússia.
É bem verdade que nem todos os convocados agradou a geral, e convenhamos, nenhuma convocação teria 100% de aprovação, afinal o Brasil tem 200 milhões de técnicos e todos acham que a sua sempre será a melhor. 
A lista é essa:
Goleiros: Alisson, Ederson e Cássio. 
Laterais: Danilo, Fagner, Marcelo e Filipe Luís. 
Zagueiros: Miranda, Marquinhos, Thiago Silva e Geromel. 
Volantes / Meias: Casemiro, Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Fred, Philippe Coutinho e Willian. 
Atacantes: Neymar, Douglas Costa, Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Taison.
A verdade é que goste ou não, a maioria do país confia nessa convocação. As eliminatórias provaram que o grupo tem sim suas qualidades. É um time maduro, experiente e com muita vontade de vencer. 
Infelizmente, a Seleção Brasileira e não é de hoje, é uma seleção internacional. Desta vez, apenas três jogadores que atuam no país, estarão presentes - Cássio e Fágner, do Corinthians e Geromel do Grêmio. 
Isso talvez, seja uma prova que o nosso campeonato, por mais que queiram provar o contrário é péssimo se comparado aos de fora. E não deveria, porque lá também há uma supervalorização e é sabido, que sem os considerados favoritos, restam equipes medianas para baixo. 
O problema que entendo e a maior diferença daqui para lá, é que há futebol, ruim ou não tecnicamente, não tem essa "chatice" que aqui impera como erros cruciais de arbitragem, reclamações, cai-cai, cera e qualquer lance virando polêmica.
Os times europeus investem nos melhores e os brasileiros se encontram nessa situação. Claro que ao meu ver, jogadores que atuam aqui poderiam representar e bem à amarelinha. Para não se alongar muito, esperava ver pelo menos, um Arthur ou Luan nessa lista.
Tite é o comandante da vez e sabe o que tem em mãos. Tem um grupo que respeita sua filosofia pragmática e de resultados. Jogadores que se limitam a fazer até mais do que sabem para fazer o que é passado -  Jogar pelo placar e não pelo espetáculo. Uma pena já que com um meio e ataque tão qualificado, o que poderia se esperar era o verdadeiro futebol canarinho em campo. Dificilmente veremos isso. E pior, vencendo, o brasileiro achará ,lindo. Pobre nação, pobre futebol.
Antes que me detonem, calma. Sou patriota, porém um romântico do esporte Bretão. Quero e torcerei sempre pela seleção que buscar mostrar um futebol de qualidade e com vontade de vencer, mesmo que isso custe uma classificação. Que o Brasil me cale sendo assim.
Torcerei por quem gostará de ser lembrado pelo belo futebol mostrado e não pelo que venceu se acovardando ou porque teve qualidade e competência em fazer valer "a bola" do jogo.
Quero e espero que os deuses do futebol não falhem em prevalecer as equipes que buscarão o verdadeiro futebol de qualidade, emoção e principalmente que se importarão com os gols. 
Torço por Tite e companhia. São sérios, inteligentes e estão com a faca e o queijo na mão. Resta saber como lidarão com a pressão e forma de atuar contra seleções como a França, Alemanha, Espanha, Inglaterra e até mesmo, e muita atenção nessa que acredito fará uma baita Copa, a Argentina. 
A Copa do Mundo é interessante porque coloca frente a frente seleções que poderiam estar na final. Que faz com que favoritas saiam de forma precoce. Tomara que as melhores sobrevivam e se "matem" apenas nas semifinais. Vamos aguardar.
Antes disso a programação será intensa. Dia 21, na Granja Comary, todos estarão presentes, com exceção de Casemiro, Marcelo e Firmino, que jogam a final da Liga dos Campeões, no dia 26 e se apresentam no dia 28, em Londres, no qual a seleção jogará um amistoso contra a Croácia, no dia 03/06, em Liverpool e depois no dia 10, em Viena contra a Áustria. No mesmo dia embarcam para Sochi, na Rússia e se preparam para a estreia no dia 17 às 15h(horário de Brasília) contra a Suiça em Rostov-on-Don.
Boa sorte aos 23 escolhidos. Que o trabalho seja bem feito e compensado no final. Que sejamos apenas um na Rússia.
Até a próxima!!






quarta-feira, 2 de maio de 2018

A VERDADEIRA CELESTE AZUL - Por Rodrigo Curty

E para muitos, as equipes que irão brilhar na temporada de 2018 no futebol brasileiro são: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro e Grêmio. O quarteto é visto assim, principalmente pelo elenco à disposição e não necessariamente por terem uma equipe, com exceção ao meu ver do tricolor gaúcho, que se mostra mais equilibrado. Fora desses quatro, quem prova não se preocupar com elenco por ter 11 caras que resolvem é o Corinthians, mesmo esse sabendo que em algum momento, sentirá falta de peças de reposição.
Isso é demonstrado e bem usufruído aos poucos aos outros três considerados mais fortes do país. Sim, estes entendem que vale e muito valorizar o que se tem, e assim montarem um ou até dois times que se tornem competitivos. Correm por fora o Atlético MG e o Santos.
Hoje eu vou falar do Cruzeiro, que após o título mineiro desandou no início da Libertadores e Brasileirão, a ponto de alguns pedirem a cabeça de Mano Menezes. O Brasil e suas manias de culparem apenas os treinadores pelos maus resultados.
E verdade seja dita -  a Raposa precisava mesmo provar que tem uma equipe forte, que investiu de forma correta e que está "fechada" com o seu comandante. No Brasileirão a campanha é ruim, apenas um ponto em nove disputados, só que no torneio continental, de eliminado precocemente, um ressurgimento impressionante. 
Nesta quarta-feira, em São Januário, o time mineiro encarou o Vasco, que precisava vencer as duas últimas partidas para chegar a já complicada classificação. Só que o que se viu foi um domínio técnico absurdo dos cruzeirenses. A vitória estava garantida ainda na primeira etapa por três fatores importes - Falta de competência dos comandados de Zé Ricardo, erros da arbitragem e qualidade ofensiva dos mineiros. 
O segundo tempo o Cruzeiro jogou com tranquilidade e mesmo sofrendo ataques perigosos e a falta de sorte do adversário, chegou ao quarto gol, mais uma vez, de maneira irregular, uma vez que Sassá fez falta em Werley, coisas do futebol, que a cada rodada, seja qual for a competição, dá mais atenção aos erros da arbitragem do que aos méritos dos vencedores.
Mesmo assim, o time de Mano Menezes merece aplauso e ser respeitado. A zaga se acertou, o meio-campo se alterna com qualidade e o ataque, bem esse está avassalador, afinal nas duas últimas partidas da Libertadores marcou 11 gols. Isso sem falar no banco que entra e resolve. O time parece estar unido e por isso merece atenção. Cedo para saber e certo de apostarmos.
Até a próxima!

sábado, 21 de abril de 2018

O ADEUS DE UM ÍDOLO - Por Rodrigo Curty

Foto: Pleno.News
E hoje foi um dia de muita alegria e ao mesmo tempo tristeza para o torcedor do Flamengo. Mais um ídolo do clube se despediu dos gramados. Desta vez, o "cara" foi Julio Cesar, o goleiro, camisa 12, que tem com certeza um lugar especial na galeria do rubro-negro.
No clube, o apaixonado torcedor chegou aos nove anos de idade, através do futsal. No campo, iniciou a sua bela trajetória em um Fla x Flu em maio de 1997 e mesmo derrotado, pegou até um pênalti. Ainda imaturo chegou a titularidade apenas no ano de 2001, no qual permaneceu até 2004, com ótimos e maus momentos à frente da meta em 284 partidas. Conquistou os títulos da Copa dos Campeões, Mercosul, quatro estaduais. Sempre mostrou ousadia, liderança e momentos de salvador da pátria contra os rebaixamentos, entre outros grandes momentos.
Fora isso, o emotivo goleiro participou também de três Copas dos Mundo, ajudou e muito a Seleção em títulos, classificações dramáticas e conviveu com o peso de ser considerado culpado ao lado de Felipe Melo, na eliminação em 2010 contra a Holanda nas quartas de final da Copa na África do Sul e depois, sem culpa, participou da maior goleada já sofrida pelo Brasil, contra a Alemanha, no inesquecível 7x1.
Julio Cesar jamais se omitiu, se acovardou. Sempre deu a "cara" nas coletivas, assumia erros e cobrava respeito. Chorava de dor nas derrotas, sentia verdadeiramente a perda. Sempre se portou como homem e mereceu reconhecimentos e momentos marcantes na brilhante carreira como quando defendeu e levantou diversos títulos, entre eles, a Copa dos Campeões da Europa e o Mundial  pela Internazionale de Milão. E antes de ir para o Benfica de Portugal, jogou até no Canadá.
Hoje, a despedida depois de 656 jogos não poderia ter sido melhor - Mais de 52 mil torcedores no Maracanã, vitória por 2x0 sobre o América MG e defesas importantes que deixarão saudades.
Arrisco em dizer que nesse apagar das luzes, quem perdeu esse grande profissional não foi apenas o Flamengo, mas quem realmente ama e entende de futebol. Julio Cesar, na minha opinião, sempre será lembrado como um dos maiores goleiros que o Brasil já teve e por isso, merece o descanso e a curtição ao lado da família.

Boa sorte Julio Cesar e obrigado por tudo que fez para o nosso futebol. 
Até a próxima!


quarta-feira, 18 de abril de 2018

FLAMENGO LONGE DE SER FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez um clube abriu as portas para que a torcida pudesse acompanhar os treinos. Assim como recentemente Corinthians e Palmeiras fizeram, agora quem pode sentir o apoio e a energia positiva no gramado foi o Flamengo.
O rubro-negro, aliás falha nesse quesito. A massa, a verdadeira Nação está fora dos planos para acompanhar o clube aonde quer que ele vá. Sim, o plano de sócio-torcedor não atende a este público carente e apaixonado pelo Mais-Querido do Brasil.
É claro que esse é um fator importante não apenas ao Flamengo, como para outros clubes do país. Falo do fator financeiro, e olha que na Gávea, a cada mês o número de sócios caem, devido aos resultados no campo. O time precisa fazer por onde para manter os altos custos pagos pelo torcedor "elite", principalmente nos ingressos das partidas.
E convenhamos, isso não justifica ser mantido no formato atual - A receita com ingressos é pífia, a presença da torcida pior ainda. Será que não vale ter um estádio lotado com ingressos no máximo a R$30,00, do que manter menos de 10 mil expectadores, pagando um valor entre R$80,00 a R$250,00? 
Se isso não fosse verdade, como explicar que apenas parece dar certo quando o Flamengo joga de forma itinerante pelo Brasil afora? Brasília e o Nordeste, com todo respeito não é a casa do Flamengo. Esse tem que jogar no Rio de Janeiro e respeitar a realidade do Estado ao invés de se comparar com quem lucra e muito com bilheteria - casos de Palmeiras e Corinthians, por exemplo.
É bem verdade que aparentemente, o presidente Eduardo Bandeira de Mello, no quesito financeiro faz uma boa gestão. Saberemos se isso é um fato ou não, após a sua saída do cargo no final do ano. As parcerias parecem saudáveis, só que ao mesmo tempo os custos que o clube administra são altos, entre eles o aluguel do Maracanã e altíssimos salários. 
Dessa forma, então se justifica manter nas arquibancadas apenas o torcedor flamenguista que têm um poder aquisitivo mais alto? Isso não seria preconceito com os "verdadeiros" rubro-negros, aqueles que vendem o almoço para comer a janta? E por que não pensar em ceder um espaço do estádio para que esse também possa estar presente? Ora, isso aumentaria a receita e não elitizaria tanto um clube denominado do povo.
Longe de querer criticar, apenas avalio a falta que faz no estádio "aquele torcedor" que não para um segundo de cantar, seja com o time ganhando ou perdendo. A prova está aí. Ontem o Maracanã esteve lotado, mais de 50 mil torcedores, muitos pela primeira vez e que imploravam por menores preços nos ingressos, que doaram alimentos, como doam o amor e cumplicidade ao clube. 
Assim, insisto, está mais do que na hora da diretoria entender que o Flamengo tem a sua maior força na torcida e não nos investimentos. Que craque, é fato que o clube faz em casa e por isso, não tem essa necessidade e muito menos obrigação de trazer jogadores consagrados em outros clubes, que não conseguem render o esperado e muito menos conseguem ter uma identidade. 
Para chegar ao ponto máximo e voltar a ser respeitado é preciso valorizar isso - veja o rendimento das divisões sub-15, 17, 20 anos - sempre vencem e deixam à disposição uma "molecada" boa de bola, que mal conseguem chegar a divisão profissional, por serem negociados ou pela falta de "patamar".
É sabido que hoje a realidade é essa atual e sim, essa temporada tem tudo para a história ser diferente e positiva. Para isso, penso ser importante resgatar esse elo com o "povão" e fazer disso, a locomotiva para empurrar o elenco que é forte em suas batalhas. Ajudar a fazer medíocres se consagrarem, jogos que parecem impossíveis serem vencidos e de uma vez por todas, fazer valer a mística da camisa rubro-negra.
Repito, o Flamengo está longe disso porque não encontra a sinergia e porque vacila em compras e vendas de jogadores. O caso agora de Everton é uma prova disso. Longe de entender que o clube esteja perdendo um craque, só que perde o "cara" mais importante para o esquema de jogo, e o que se entregava até o final. Que isso sirva de alento aos outros que possam assumir a vaga deixada.
E mais: quem sabe, de uma vez por todas fazer o Flamengo jogar como a massa, mesmo que longe dos estádios, espera e se encanta -  Raça, amor e paixão é o que não só esse, mas também os "elites chamados de nutellas", que pagam a conta esperam nesse Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. 
Faça a sua aposta e até a próxima!!


segunda-feira, 16 de abril de 2018

ARBITRAGEM ROUBA A CENA NO BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E a bola rolou para a primeira rodada do brasileirão. E não é que os erros de arbitragem em duas partidas ganharam mais destaque do que as vitórias de várias equipes?
Vitória e Flamengo, Vasco e Atlético MG que o digam. No Barradão, o trio escalado, inclusive foi "rebaixado" à série B. Erro grotesco na penalidade marcada à favor do time baiano e irregularidade também no segundo gol do rubro-negro carioca.
Em São Januário, uma penalidade máxima no mínimo duvidosa contra o time mineiro. Até quando o torcedor terá que aceitar isso? Erro é normal do ser-humano, o problema é a falta de preparo técnico e a certeza de que a "compensação" um dia virá a favor dos prejudicados. Lamentável.
Queria apenas poder escrever de futebol bem jogado. De equipes dando espetáculos e saindo do comum, dos jogos por resultados, das partidas sem "cera", chutões e reclamações de tudo que é apitado.
O fato é que os árbitros são fracos tecnicamente. Se posicionam mal, não fazem valer o poder do apito, são desrespeitados e conversam, conversam muito com os jogadores. Sofrerão demais, pela falta do árbitro de vídeo. E os clubes que não quiseram a tecnologia a favor, que se preparem para os erros e que não chorem. Acredite não será erro por perseguição e sim por ruindade.   
É claro que teve coisa boa também na rodada. O América MG e o Atlético PR jogaram futebol. Deram espetáculo e animaram quem gosta de ver a bola na rede. O Internacional teve a força no banco para vencer o Bahia.
Hoje a bola rola para mais duas partidas que fecham a primeira rodada. O Palmeiras encara o Botafogo, que promete surpreender. Sinceramente, se o Verdão entrar com um time disposto a ganhar, saí com os três pontos e crava a expectativa de ser um dos postulantes ao título. O alvinegro conta com Alberto Valentim, que conhece bem o elenco paulista e que tem um "nó" na garganta por ter sido dispensado. Bom jogo.
O mesmo não dá para dizer do duelo de tricolores no Morumbi. O São Paulo recebe o Paraná, que deve ser apenas mais um participante na competição e que lutará pela sua permanência na elite. Devemos ter a vitória do time de Diego Aguirre.
Vamos aguardar para ver.
Até a próxima!

sábado, 14 de abril de 2018

BRASILEIRÃO 2018 SERÁ MAIS DO MESMO - Por Rodrigo Curty

E a bola rola hoje para mais uma edição do campeonato brasileiro. E o que se esperar do torneio, que ao meu ver, ainda está bem longe de ser chamado de Brasileirão?
Vai ano e vem ano e sempre a mesma expectativa - Os considerados favoritos nadarão de braçada, enquanto os azarões buscarão pontos importantes para se salvar do rebaixamento.
Ora, o nível técnico dos participantes, sejam eles favoritos ou não é muito semelhante. O principal motivo é a velha mania de querer jogar pelo resultado e não para dar espetáculo. O futebol brasileiro carece e muito de um futebol bonito, envolvente e que justifica o apelido de lugar que se joga o verdadeiro futebol arte. Estamos anos luz disso, afinal, aqui vale mais se preocupar em reclamar de lances polêmicos, do que apresentar um jogo convincente e que faça com que os erros, que acontecerão e muito, se tornem o principal destaque. 
De qualquer forma, vamos ao que interessa. Falar do que podemos esperar dessa temporada. Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Cruzeiro, ao meu ver saem como os favoritos ao título. E não porque jogam o fino da bola, apenas porque já possuem um elenco mais equilibrado e entrosado. 
Se o quarteto souber mesclar o elenco, trabalhar a vaidade e entender o valor das peças à disposição para cada competição, no final do ano, o torcedor irá sorrir. 
Desta maneira, podemos pensar então que o atual campeão brasileiro deva estar nessa lista - Sim, o Corinthians com o seu futebol pragmático e de resultado deve ser respeitado e valorizado, mesmo sem contar com um elenco considerado "forte" e sem as peças importantes do ano passado como Pablo, Guilherme Arana e Jô. As reposições estão aquém do que esse trio fez ano passado, porém o equilíbrio e por já ter um "time" ajudam nessa aposta, apesar que dessa vez, a Libertadores e a Copa do Brasil também serão disputadas.
Já equipes tradicionais como São Paulo, Santos, Atlético MG, Vasco, Fluminense podem surpreender, principalmente jogando em seus domínios.
Outras como Bahia, Atlético PR, Internacional e Botafogo correm por fora, pelo menos por uma vaga na Libertadores.
Percebeu o porque de achar que estou em cima do muro? Teremos muita surpresa na temporada, árbitros prejudicando as equipes, cera, futebol feio e a falta de fair play. Podem anotar e me cobrar se eu estiver errado.
Enquanto isso, a minha torcida é para que chegue logo a Copa, pelo menos para mudar o foco e pensarmos que o mundo não gira em torno do nosso pobre futebol.
Boa sorte aos participantes e até a próxima!