terça-feira, 12 de março de 2019

ÍCONE EURICO MIRANDA MORRE NO RIO DE JANEIRO - Por Rodrigo Curty

Foto: Edgar Lisboa
E mais um grande ícone do futebol se despediu da Terra. Ame ou odeie, o fato é que não posso deixar passar em branco o que representou Eurico Miranda dentro do Esporte Bretão.
Era sem dúvida nenhuma o cara que mais ou um dos que mais sabia das regras dentro e fora das quatro linhas.
Eurico era um cara que fazia de tudo para que o Vasco não fosse prejudicado. Era e talvez jamais deixará de ser o maior ícone do cruzmaltino. 
O cara que adorava um charuto, polêmicas e que não fazia questão nenhuma de agradar A ou B, teve seus momentos de glória e de vergonhas na sua carreira.
O vascaíno viveu ao seu lado momentos que foram do céu ao inferno. Deseja sempre a sua volta e depois a sua saída urgente do cenário futebolístico.
O dirigente chegou em dois momentos à frente do comando presidencial. No período de 2003 a 2008 e de 2015 a 2017. 
Só que foi como vice-presidente que colocou o clube de coração no topo dos mais fortes do país, ganhando o Campeonato Brasileiro de 1997, a Copa Libertadores em 1998, a Copa João Havelange de 2000 e a Copa Mercosul de 2000.
Foi também com vice-presidente, no caso de patrimônio que começou a sua coleção de polêmicas - quem não se recorda do episódio que desligou a energia elétrica para evitar a cassação do presidente Reinaldo Reis? E os desafetos contra o seu grande rival, o Flamengo, que se não fosse a interferência do então diretor de futebol, evitando a ida do maior ídolo Roberto Dinamite, que estava no Barcelona? 
Também foi protagonista quando levou a renda da partida vencida por 1x0, em 1997 contra o Flamengo para casa por achar que era mais seguro.
Eurico era extrovertido. Brigou com apresentadores, jornalistas e não se preocupava com isso. Como não lembrar da agressão ao repórter que perguntou sobre a derrota para o  Flamengo em 2004.
Ele ainda viveu momentos em que misturou o Vasco com política. Usou o nome do clube para vantagens e mesmo assim era temido a ponto de não ter o mandato cassado.
Foi um dos nomes fortes do Clube dos 13, com direito a lambanças históricas e falta de manutenção do que era combinado com os clubes. 
Ele que tirou Bebeto do Flamengo em 1989. Foi protagonista na final contra o São Caetano com o alambrado de São Januário no chão junto com torcedores. Conseguiu a prorrogação da partida ao invés da perda do título como regia o regulamento pela falta de segurança do clube responsável, enfim, hoje não é para lembrar disso. Nessa conquista vale lembrar por ter sido o cara que peitou a detentora dos direitos de todos os clubes, a Rede Globo ao jogar na camisa com o patrocínio do SBT.
No clube também se desentendeu com Roberto Dinamite, já que foi derrotado nas eleições de 2008. Judiou do ex-camisa 10 que foi execrado pela torcida vascaína na primeira queda do clube à série B em 2009.
Em 2014 voltou a presidência para então jurar o que não cumpriu. Em 2015, o Vasco lutava contra o rebaixamento e caso se consolidasse, o dirigente iria para á Sibéria. O time caiu e ele adoeceu ainda mais.
Mesmo assim, quis retomar a sua condição de presidente em 2017. Eurico era um figura não grata para muitos, tinha atitudes no mínimo indecentes como "ganhar" votos de sócios já falecidos, o que deu a vitória à Julio Brant. Só que o homem era forte e mexeu os pauzinhos para que houvesse um novo round, no qual se aliou à Alexandre Campello, que acabou derrotando Brant. Isso foi em janeiro de 2018, a última grande ação no Vasco. 
Entre a sua maior polêmica foi dizer em uma entrevista a Benjamim Back, da Fox Sports, que um neto ou filho dele nascer flamenguista, já nasceria com câncer. As palavras tem poder.
A quem acredite, de fato, que Eurico foi derrotado mesmo pelo câncer - Ele superou o que teve na bexiga e no pulmão, mas no cérebro foi inevitável. O homem que sempre encarava os fatos de pé, se locomovia em cadeira de rodas. era tratado dentro de sua residência.
Eurico deixará saudades nas rodas da puxada da Casaca. Sem dúvida, o vascaíno jamais deixará de lembrar nos momentos de diversão, festividade e farra do maior nome da turma da Fuzarca.
Eurico que tinha 74 anos deixa quatro filhos.
Até a próxima!


quinta-feira, 7 de março de 2019

A DIFERENÇA ENTRE CHAMPIONS E LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E nem vou entrar no mérito de discutir qual destas competições é a melhor. O fato é que existe gosto para tudo e emoção para todos.
Na minha opinião, a Copa dos Campeões é a melhor competição do mundo pela sua técnica, atmosfera antes das partidas, a seriedade e respeito entre os adversários, e sim, a Libertadores deve ser valorizada por apresentar vitórias improváveis, limitação técnica, organização pífia e adversidades. Por essas e outras questões, faz dela, sem dúvida uma competição especial.
COPA DOS CAMPEÕES
No torneio europeu, dificilmente um time considerado favorito dá adeus precocemente. Dificilmente, mas não impossível. O Real Madrid é a prova disso, após ser eliminada pelo valente e disposto Ajax.
A bola também puniu um favorito nessa rodada - o PSG, mesmo sem Neymar tinha a faca e o queijo na mão contra o tradicional e tricampeão da competição Manchester United, desfalcado de nove jogadores.
Sim, o feitiço voltou contra o feiticeiro. Na primeira partida os franceses estavam bem desfalcados e venceram no Old Trafford por 2x0, sobrando. Desta vez, o que se viu foi um PSG perdendo chances e os Red Devils aproveitando as que criou, com direito a falha incrível de um dos maiores goleiros do mundo - Gianluigi Buffon e pênalti marcado pelo VAR. O placar de 3x1 ainda vai permanecer por um bom período no belo Parc des Princes.
E não podemos deixar de falar da bela vitória do Porto por 3x1, diante de seu torcedor contra a Roma, que pena na Série A italiana e sucumbiu contra o time que teve mais vontade de vencer e competência. Ok, alguns dirão que avançou também graças ao VAR. Agora será que Florenzi achou errada a marcação, após puxar Fernando na área? Creio que não. Parabéns ao único representante português.
LIBERTADORES
Os brasileiros são sempre ao lado dos argentinos, os favoritos a levantar a taça mais cobiçada do continente Sul-americano. 
Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Atlético MG, Cruzeiro, Internacional e Atlético PR terão a missão de colocar o Brasil novamente no topo.
Destes, o Flamengo venceu na altitude de Oruro o San José. Já os dois Atléticos tropeçaram na estreia. O paranaense fora de casa contra o Tolima e o mineiro em pleno Mineirão lotado, com direito a gol irregular do Cerro Porteño. Que falta fez o VAR. 
O Grêmio não passou de um empate em 1 x1 contra o Rosário Central, na Argentina. No Chile, o Internacional com Rafael Sóbis fez 1x0 no Palestino, enquanto o Palmeiras, competente e sem brilho passou pelo arisco e inofensivo Junior Barranquila por 2x0, na Colômbia.

Hoje será a vez do Cruzeiro entrar em campo contra os argentinos do Huracán. Jogo equilibrado.
As chances de termos pelo menos três brasileiros avançando até às quartas é enorme, basta saber planejar e fazer a lição de casa, a de vencer em seus domínios. 
Faça a sua aposta e até a próxima!!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

SÃO PAULO TROPEÇA NA ESTREIA DA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E muitos são-paulinos aguardavam a estreia do São Paulo na fase que antecede os confrontos de grupo na Libertadores. A ansiedade era grande em ver o tricampeão da competição, finalmente voltar a brilhar.
O duelo não poderia ser melhor, uma equipe argentina, no caso o fraco tecnicamente e apenas 12º colocado em seu país, Talleres. Só que não foi bem assim.
Ora, não é de hoje que sabemos que à Libertadores é um outro tipo de torneio e que essa de time pior ou melhor tecnicamente não diz nada, após o apito do árbitro. E isso sem falar que é um equipe argentina, o que mexe ainda mais com o emocional.
O São Paulo, mesmo que ainda, ao meu ver, desorganizado e sem um modelo certo de jogo nas mãos do promissor André Jardine, pela camisa e tradição que tem, deveria ter feito bem mais do que demonstrado.
O estádio Mário Kempes, em Córdoba não teve um segundo sequer de silêncio da torcida local, aliás, comum na cultura desse país. E olha que o primeiro tempo o tricolor foi mais ousado em campo e teve certa facilidade para se impor. Poderia ter saído para o intervalo na frente.
Bem, como na máxima do futebol, quem não faz leva, prevaleceu a competência da equipe que busca uma oportunidade de entrar na fase de grupos, após longos 17 anos. 
O São Paulo simplesmente não retornou. Um time sem tesão, vibração, ritmo e acertos. Parecia se conformar com um empate, mesmo correndo riscos. E quando se corre riscos com uma marcação ruim, dá no que dá. 
O time escancarou de vez suas limitações, principalmente defensivamente.É verdade que Pablo poderia ter marcado, se tivesse um pouco mais de sorte ao chutar a bola na trave. Seria o empate e seria injusto. A coisa piorou após a expulsão de Hudson.
Assim, os dois gols de fora da área (Juan Ramírez  e Poccetino) decretaram a vitória por 2x0 e de quebra pode causar problemas na equipe paulista nesse início de temporada, caso não consiga reverter o placar, na próxima quarta-feira, no Morumbi, que estará abarrotado e confiante, apesar dos pesares.
Em caso de eliminação, provavelmente haverá cabeças rolando. E sinceramente, o ano poderia ter começado diferente, tanto na gestão como no planejamento. O São Paulo é muito maior do que os que o comandam ou deveriam comandar. 
Jogadores da base poderiam ser a melhor alternativa ao invés de manutenção de jogadores "problemáticos" e sem ambiente. 
Muitos no grupo parecem desinteressados e sem vontade de seguir a política de trabalho pensada por Jardine, que tem a "molecada" na mão.
Raí e companhia precisam levantar a moral da equipe. Verdadeiramente, acredito que a equipe avance a próxima fase e consequentemente, entre na fase de grupos do torneio que sempre foi e será a ambição da torcida tricolor. Faça a sua aposta.
É aguardar para ver. Até a próxima!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O CHEIRINHO VAI ACABAR - Por Rodrigo Curty

E por um bom tempo o torcedor do Flamengo sofre com as provocações das torcidas adversárias. A gestão de Eduardo Bandeira de Mello, no que diz respeito a títulos foi uma decepção, porém no quesito administração, foi fantástica.
O rubro-negro saldou suas dívidas e virou referência e desejo de muitos jogadores. Os seis anos, porém não podem ser "detonados" na gestão de Rodolfo Landim e companhia, que não medirá esforços para fazer o clube voltar a levantar taças.
O dinheiro deve ser bem investido, a moeda de troca jamais deve ser a garotada e os pés deverão estar sempre no chão, mesmo que a síndrome do "cheirinho" se faça presente. 
O que se vê nesse início de ano é o Flamengo abrindo os cofres sem dó. Abel Braga, Rodrigo Caio, Arrascaeta, Gabriel Barbosa e outros que devem aparecer em breve é uma prova disso.
O cuidado que se deve ter é de entender que o atual elenco é muito competente e o que falta é apenas fazer com que vire um time. Um grupo forte, planejado e com uma filosofia de trabalho para cada competição.
As contratações pontuais ao meu ver deveriam ser nas laterais, principalmente na direita, um jogador de defesa e um para jogar pelas pontas e não jogadores pra o meio e ataque.
De qualquer maneira, impossível achar um torcedor flamenguista insatisfeito com as contratações, mesmo esse tendo no histórico verdadeiras decepções com nomes "medalhões" no elenco.
A chance dessa mística acabar nessa temporada é enorme. O mais otimista acredita até em conquista de todos os torneios possíveis. Estadual, Copa do Brasil, Brasileirão, Copa Libertadores e o Mundial de Clubes. Será? Eu arrisco dizer que pelo menos três conquistas virão.
Ora, apenas o tempo irá dizer. Abel Braga é experiente e já deixou claro o desejo de ter dois times e meio para trabalhar, ou seja, haverá o tão esperado rodízio e giro de elenco. Desta maneira, todos jogarão e se sentirão mais felizes, e quem sabe sem vaidade, apesar das diferenças de salário. Quem não quer ser valorizado e campeão no clube de maior torcida do país?
É claro que vencer tudo é uma missão quase impossível. Só que o nível técnico da equipe em relação as outras é enorme. Hoje apenas o Palmeiras tem poder de fogo para bater de frente. Claro que Grêmio, Cruzeiro e outros clubes, mesmo que hoje enfraquecidos no papel devem ser respeitados.
O futebol já provou que nem sempre o melhor no papel leva e sim aquele que consegue um time homogêneo e sem estrelas. O Flamengo terá que provar que está forte no papel e na prática. Que está preparado para finalmente liberar o cheiro da conquista. 
O primeiro título pode ser conquistado nesse sábado pelo torneio da Flórida. É aguardar para ver.
Faça a sua aposta e até a próxima!


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PALMEIRAS UM AUTÊNTICO CAMPEÃO - Por Rodrigo Curty

Foto: Metro Jornal
E mais uma vez o planejamento fez a diferença para o Palmeiras. o Palestra conquistou nesse domingo o seu título de número 10 em torneios nacionais. É o maior vencedor do Brasil.
Claro que a unificação dos torneios antes dos considerados títulos a partir de 1971 incomoda muita gente, como incomoda quando se fala de mundiais de A ou B, ora, essa discussão nem deve ser levada em consideração. O torcedor de cada agremiação questionada vibra e acredita no que quiser e doa a quem doer.  
O fato é que 2018 será sempre lembrado pelo torcedor palestrino, parmerista e palmeirense como o da recuperação. Após começar o Brasileirão aquém das expectativas e sobretudo com pedidos de saída de jogadores, diretoria e tal, veio à abonança.  
O clube mais uma vez fez bem o seu trabalho extracampo. Vendeu peças importantes como Kenno, Tchê Tchê e Roger Guedes e investiu em outros que deram conta do recado, entre eles o zagueiro Gustavo Goméz e o resgate do iluminado Deyverson, contratado no ano passado. 
Fora outros nomes, o que pesou na conquista foi a do treinador que de rebaixado na história, voltou a ser mito - Felipão deu a sua cara, estilo e jogo e personalidade para fazer o time dar a volta por cima e se tornar o campeão brasileiro. Era o título que lhe faltava.
O título foi merecido, mesmo que o time não jogasse tudo que se esperava. Teve o que mais vale no futebol, além da bola na rede, a competência. 
Felipão usou como ninguém o seu elenco - rodou o time, deu oportunidades par todos, formou duas e às vezes até três times para suportar o calendário. Quase levou  Copa do Brasil e a tão desejada Libertadores.
Nos pontos corridos quem dá espetáculo nem sempre leva. O lembrado é aquele que sabe como jogar dentro e fora de seus domínios. Aquele que não vacila contra os times considerados pequenos, esses sim tiram o título e não os grandes. 
O Palmeiras foi soberano, bateu recordes como se manter invicto a 22 duas partidas, tirou uma diferença de oito pontos quando o torneio voltou após a Copa. Sem dúvida, o time seguirá forte por bastante tempo, uma vez que conta com os cofres cheios e as ambições de quero mais.
O Verdão virou exemplo de gestão e modelo de time vitorioso. De seu Centenário para cá foram dois Brasileiros e uma Copa do Brasil. Tem que ser respeitado. E olha que tudo isso, após quase sentir novamente o gosto da queda à Série B -  O futebol é fantástico.
Resta saber agora o que virá pela frente. Jogadores devem sair e a renovação de Alexandre Mattos é quase uma incógnita. Foi assim quando estava no Cruzeiro campeão. No futebol,  craque deve saber a hora de parar, no caso dele, de seguir em frente para novas conquistas em outras agremiações, será? É aguardar para ver.
Ao torcedor do Palmeiras os parabéns pela conquista. Ano de 2019 já começou e com ele muita grana na mesa e muita cobrança de quero mais - Que vença o melhor.
Até a próxima!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

PALMEIRAS EMPATA E BOCA JRS AVANÇA NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E não foi dessa vez que o Palmeiras pode comemorar a chegada em mais uma final de Libertadores. A missão era mesmo complicada - tirar a vantagem de 2x0 do tradicional Boca Jrs.
Assim como na primeira partida, o time brasileiro não foi intenso durante os 90' e nos acréscimos. Com uma postura mais morna e ao meu ver com uma estratégia equivocada, permitiu os argentinos a jogarem do jeito que gostam, com toques, paciência e objetivo.
É bem verdade que se o VAR não existisse, a história poderia ter sido outra. Um gol antes dos 10' de Bruno Henrique foi bem anulado, afinal Deyverson estava impedido na lance que originou o feito. 
Daí para frente foi uma ducha de água fria. O time de Felipão murchou e viu o Boca em três oportunidades marcar um gol com Ábila, em falha de marcação de Luan. Se a tarefa já era difícil, ficou então, quase impossível.
Para piorar, os palmeirenses reclamaram muito do mesmo sistema não ter sido utilizado no fim da primeira etapa. Um cruzamento e a bola batendo no braço do jogador Pablo Pérez. O árbitro quando tem convicção não é obrigado a consultar o árbitro de vídeo, e esse apenas comunica quem está no comando, algo que julgam ser um erro grave, no qual precisa ser revisto e consertado - e não foi o caso, uma vez que o braço do jogador estava colado em seu corpo, ou seja, não houve intenção temerária. O erro aqui foi o de não marcar o escanteio.
Muito bem, veio a segunda etapa e um novo Palmeiras. Um time disposto a correr atrás do prejuízo e marcar quatro gols e avançar. E olha que quase deu certo - antes dos 20' quatro chances claras e dois gols - Luan e Gustavo Gómez. Lucas Lima e Borja não tiveram a mesma sorte.
Como na máxima do futebol, quem não faz leva, coube ao carrasco do jogo de ida, entrar em campo para marcar aos 24 minutos, um gol semelhante ao feito em Buenos Aires - Benedetto é um nome que o time paulista não desejará ouvir tão cedo.
O jogo seguiu pegado e com chances para os dois lados. No fim, um empate justo e lamentações. 
Ao Palmeiras resta juntar os cacos e manter a boa vantagem de quatro pontos de vantagem na liderança do Brasileirão, além de se recuperar emocionalmente e fisicamente. Ao Boca, se preparar para encarar o maior rival, o bom time do River Plate, em final inédita de dois times da mesma cidade.
O Brasil que teve o maior números de participantes na história da competição ficou no quase e precisa se reinventar para voltar a dominar a América - Nas últimas cinco edições, quatro tropeços e apenas um time brasileiro chegando na final, justamente o Grêmio no ano passado.
Faça a sua aposta! Qual argentino levará a melhor? E que ano que vem, a história seja diferente.
Até a próxima!!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

RIVER PLATE AVANÇA COM AJUDA DO VAR - Por Rodrigo Curty

E a Arena do Grêmio estava preparada para celebrar mais uma vitória e classificação do Tricolor Gaúcho na Copa Libertadores. O problema é que de outro lado estava o tradicional e argentino River Plate.
A derrota do time de Marcelo Gallardo, no Monumental de Nuñez por 1x0 aumentou ainda mais a confiança dos gremistas. E isso só aumentou, após o gol de Leonardo ainda no primeiro tempo.
Se o Grêmio esperava demais o River, o fato é que, esse provou ser uma equipe que sabe como ninguém como jogar esse tipo de competição. Os comandados de Renato Portaluppi estavam bem em campo, mesmo aquém de suas características.
Mesmo sem ter o domínio e pouca posse de bola e saída de jogo, levou poucos sustos quando já vencia. Ninguém esperava o pior.
Bem, é sabido porém, que no futebol, muitas das vezes a máxima de quem não faz leva se faz presente. E o tricolor pagou o preço de esperar muito e não ter sido competente.
E quis o destino que uma das estrelas do time, o atacante Everton falhasse na hora H. Cebolinha como é conhecido, entrou cara a cara com Armani, em lance raro do time brasileiro e perdeu o gol, a bola do jogo. 
Por essa e outras razões a Libertadores é tão desejada e valorizada. Erro como esse sempre deixa uma incerteza no ar - O do time que de aparentemente morto se torna mais vivo do que nunca.
A saída de Paulo Miranda para entrada de Bressan aos 25' ajudou a mudar a história da partida - o zagueiro com menos de 2' em campo já levou um cartão amarelo. Só que o pior estava por vir.
Aos 36', uma falta para os argentinos, erro de marcação e gol de Borré. E olha que o VAR deveria entrar em cena. O gol foi feito com o braço e nem se quer houve revisão. O jogo seguiu e aos 42' veio o castigo - Bressan, em lance infantil abriu o braço no chute de Scocco. 
Quando tudo levava a crer que seria escanteio, surgiu o árbitro de vídeo - alertado pelos responsáveis, o uruguaio Andrés Cunha, que estava bem na partida, seguiu a orientação de rever o lance.
Após silêncio e apreensão dos mais de 53 mil torcedores, Renato e cia, estava decretada a marcação do pênalti - Pity Martínez cobrou bem e calou o estádio, ou melhor, fez a torcida argentina explodir de alegria.
O tempo de acréscimo não foi o suficiente para o time brasileiro manter vivo o sonho do tetra e a ida para a segunda final seguida - pena que foi da maneira que foi. Perder de pé é uma coisa, agora prejudicado porque não há critérios e falta de bom senso de quem é responsável em controlar o VAR é outra.
Ao Grêmio resta agora reclamar, lamentar e esquecer que a eliminação foi por um VAR que passou em sua vida.
Ao River Plate, aguardar o adversário que sai hoje entre Boca Jrs e Palmeiras e sim, esperar que nada como um dia após o outro -  A Conmebol é um perigo e acaba a cada dia com o futebol sul-americano e sua credibilidade.
Vida que segue e força Grêmio.
Até a próxima!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A ESTRELA DE UM CERTO BENEDETTO - Por Rodrigo Curty

A segunda semifinal da Copa Libertadores entre Boca Juniors e Palmeiras ficou devendo. É bem verdade que a partida foi bem disputada, principalmente na parte física e, porque o bom árbitro chileno Roberto Tobar, deixou o jogo seguir, de forma mais dinâmica.
A atmosfera do tradicional estádio de La Bombonera também foi algo a ser admirado. Os 50 mil Xeneizes fizeram uma festa a parte.
Bem, de volta ao duelo. Infelizmente foram poucas as emoções de oportunidades de gol. Primeiro tempo sem emoções e com um Boca tentando algo e o Palmeiras aguardando uma oportunidade de armar um contra-ataque e satisfeito com o empate. 
Já na segunda parte, foi uma partida mais veloz, porém com as mesmas estratégias. Cruzamentos sem sucesso do lado argentino e do lado brasileiro, uma expectativa de entender que o toque de bola no chão era a melhor alternativa. Foi assim que conseguiu criar duas boas chances com Dudu e depois Willian. E foi só e pouco pelo que o plantel pode oferecer.
É bem verdade que o time da casa também não levava perigo real de gol. Isso até que o técnico Guilhermo Schelotto resolveu mudar o homem da área. Saiu o nervoso e pesado Ábila e entrou Darío Benedetto. O atacante que não marcava um gol há quase um ano, fez dois em menos de 6' e definitivamente mudou a história da partida.
Aos 35', Felipe Melo, que para mim foi o melhor em campo, junto com Gustavo Gómez fez uma falta desnecessária próximo da entrada da área - Olaza bateu para bela defesa de Wéverton.
Na sequência, no escanteio, o cruzamento passou pela cabeça de Felipe Melo e Benedetto venceu o arqueiro palmeirense. Estádio abaixo e vantagem importante para o jogo de volta.
Antes do término, porém, ainda deu tempo de Felipão continuar com o esquema covarde -  preferiu se fechar mais ao tirar Bruno Henrique para entrada de Antônio Carlos e pagou caro. Novamente Benedetto deu o ar da graça. Aos 42', o atacante fez uma linda jogada sobre o assustado Luan e de fora da área chutou forte sem chance para Weverton.
O resultado de empate até seria justo, só que quis o destino, que a alegria do futebol surgisse para quem de verdade procurou mais a vitória.
O castigo teve lógica - Se o Palmeiras tivesse uma postura mais ofensiva e vontade de vencer, ao invés de ser cautelosa ao extremo, poderia sair vitorioso, e ainda conseguiria a proeza de derrotar os argentinos pela segunda vez fora de casa, algo jamais conseguido por uma equipe, em uma mesma edição e Libertadores.
Agora é aguardar para ver o que vai dar no Allianz Parque. Certo mesmo é afirmar que a postura deverá ser outra e o apoio de sua fanática torcida poderá fazer a diferença.
Nada está perdido e é possível sonhar com pelo menos um 2x0 e decisão nos pênaltis, isso desde que o time jogue e prove que não é à toa que foi a melhor equipe da competição até aqui e também por que segue líder do Brasileirão. 
E claro, se o Felipão entender que deverá ser mais ofensivo e menos pragmático. 
É aguardar para ver. Até a próxima!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

GRÊMIO VENCE RIVER E SE APROXIMA DE MAIS UMA FINAL - Por Rodrigo Curty


E o Grêmio mais uma vez provou a sua força na Taça Libertadores. O tricolor gaúcho foi cirúrgico, frio e calculista contra o belo time do River Plate.

A partida foi como se esperava - um jogo duro, tático e técnico.

O Monumental de Núñez diante de 60 mil torcedores, jamais poderiam esperar uma derrota para o desfalcado time de Renato Portaluppi.

Sim, peças como Everton e Luan fazem falta para qualquer plantel e nessas horas que o grupo mostra a sua força. 

O Grêmio foi sóbrio e levou sustos apenas nos chutes de longa distância, defendido por Marcelo Grohe.

A estratégia de esperar e ser diferente do que estamos acostumados a ver do Grêmio foi fundamental para o sucesso. Usar a estatura para vencer o gigante argentino deu certo. Michel entra para história e prova que o Grêmio é realmente o clube que reacende a carreira de qualquer jogador.

O Tricolor também entra para a história ao fazer o mesmo feito que Vasco e São Paulo fizeram em outros tempos. vencer o confronto na Argentina.
E convenhamos, derrotar o River Plate em sua casa não é tarefa fácil -  O time do ótimo treinador Marcelo Gallardo não perdia lá desde 26 de novembro de 2017. O último a conseguir a proeza foi o Newell's Old Boys(vitória por 3 a 1).

A partida de volta deve te fortes emoções e deve ser bem estudada. Um passo para mais uma final não é certeza de sucesso. 
O fato é que o time já provou ser calejado, frio e forte na hora que se espera. Ao plantel argentino fica a esperança do esquema de três meias e dois atacantes voltar a funcionar.

Faça a sua aposta, a minha é que na pior das hipóteses, o time gaúcho carimbe mais uma vaga na decisão, e quem sabe levante o bicampeonato.

Até a próxima!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

FUTEBOL TAMBÉM É UMA PAIXÃO QUE CEGA - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma rodada do pobre e "chato" Brasileirão. Para variar, as polêmicas, reclamações e aceitação de erros apenas para o clube que se torce se fez presente.
Ora, todo ano é a mesma coisa. Os erros absurdos que se cometem com esse ou aquele clube, mais para um e menos para outro, desde o início, ganham destaques alarmantes quando o fim do certame se aproxima.
É lamentável ter que avaliar quando o nosso time de coração foi mais prejudicado do que beneficiado pela arbitragem, e pior, ver torcedores se apoiando em deduções ou desculpas para explicar, uma possível perda de título.
O fato é que erros acontecem e sempre ocorrerão, seja por entender que realmente têm uma conspiração, seja por erro humano. É uma pena, seja lá qual for o torcedor, insistir que tudo se trata de uma arquitetura porque uma agremiação tem mais ou menos força que o outro ou porque tem ou não a Globo do lado.
Sinceramente, era melhor nem assistir mais ao futebol, aliás, qualquer modalidade esportiva, porque a cada temporada, o que se vê são comentários do tipo: "Estava na cara que esse time seria campeão" e outros blá-blá-blá.
Nessa rodada, por exemplo, o São Paulo mais uma vez teve uma arbitragem ruim e mesmo jogando mal, se viu prejudicado pelo erro de impedimento que resultou em gol, entre outros lances contra o Atlético PR.
O Vasco teve um pênalti a favor no apagar das luzes contra o Sport e não foi assinalado. Derrota que mantém o time em alerta pela sobrevivência.
Já o Palmeiras venceu o Ceará, em arbitragem confusa e ruim do Sr. André Luiz de Freitas Castro. Para piorar as argumentações na súmula para cada cartão foi no mínimo para colocar o árbitro na "geladeira". Atuação lamentável de todo quinteto.
Agora uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa -  Se a entrada de Bruno Henrique  realmente não foi para cartão amarelo, eu não entendo mais nada de futebol. A do Lucas Lima veio, após falta de Moisés e por ele ter deixado o pé na sequência e não por ter feito várias faltas, afinal, ele não cometeu, absurdo. Já a do lateral Mayke pode ter sido exagerada por retardar o jogo, enfim. 
Só penso que achar que tudo isso foi para tirar o trio do duelo contra o Flamengo, é no mínimo um exagero pelo tamanho e capacidade do clube, que deve ser o campeão desse ano.  
Era melhor ver o torcedor palmeirense já prevendo que o time poderá ser prejudicado por ter sido beneficiado na partida de ida, quando viu, entre outros erros, a não expulsão de Felipe Mello. 
O Flamengo venceu o Paraná e também teve que se contentar com dois erros absurdos de impedimento. A se tivesse tropeçado, hoje estaria falando que é para favorecer o time Palestrino.
Entre as verdades, está o fato da nossa arbitragem e preparo de profissionais serem muito ruins. A profissão não é exclusiva, quem apita ou auxilia, vive de outras fontes de renda. Agora sim, as Federações infelizmente colaboram para favorecimentos de A ou B, só que repito, não é exclusividade de uma única agremiação, logo o choro é livre e também trocado pela risada amarelada em outra oportunidade.
Está mais do que na hora dos clubes se juntarem. Chega de criar ambientes de ódio e conspiratórios. O futebol brasileiro está muito chato, cansativo e anos luz de voltar a ser mais respeitado. 
A minha torcida é para que vença o melhor e que o perdedor saiba que o seu benefício ou prejuízo não foi o que determinou a conquista.
Até a próxima!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

POLÊMICA DO VAR E O HEXACAMPEONATO DO CRUZEIRO - Por Rodrigo Curty

E o Cruzeiro conquistou mais uma Copa do Brasil. O bicampeonato, que resultou na sexta taça foi mais do que merecida. O Corinthians, por sua vez, valorizou essa conquista.
A partida foi eletrizante e teve como grande protagonista a presença do VAR. Sim, o juiz de vídeo mais atrapalhou do que colaborou.
Uma das razões, ao meu ver, foi o fato do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães que no todo teve mais saldo positivo do que negativo, ter deixado de seguir as suas intuições para "ouvir" o que vinha da sala do VAR. Dois lances capitais que poderiam e, de certa maneira mudaram o rumo do jogo. 
Antes das polêmicas é bom que se diga que a raça corintiana não foi mais eficiente que a experiência, competência e técnica cruzeirense, que mais uma vez foi melhor fora de seus domínios. 
No primeiro tempo, a partida já poderia ter sido definida. Bola na trave, defesa de Cássio e erros de pontaria. No fim, 1x0, gol de Robinho com justiça.
A volta da segunda etapa não poderia ser diferente. O Timão que não marcava um gol há quatro partidas teria que virar o jogo e para levar a taça sem as penalidades, vencer pela diferença de dois gols. Foi aí que veio o primeira polêmica - Antes dos 10' um lance interpretativo - Thiago Neves e Ralf disputaram espaço e o volante do time paulista caiu e pediu a penalidade. 
O árbitro nada marcaria estando perto do lance, só que preferiu seguir a recomendação do VAR. Penalidade bem cobrada por Jadson e um turbilhão de alegria de quase 45 mil torcedores presentes na Arena de Itaquera.
O Corinthians seguiu atrás de seu segundo gol e o time de Mano Menezes esperando a chance para liquidar a fatura. A entrada de Pedrinho daria o que falar - a jovem revelação, que havia sido a estrela da classificação às finais contra o Flamengo, quase repete a dose. Após acertar um belo chute de fora da área e estufar as redes de Fábio, viu o VAR mais uma vez entrando em cena - No lance que originou a batida na bola, viram falta de Jadson no zagueiro Dedé - Até penso que foi, mas a convicção do árbitro que estava no lance e que preferiu deixar o jogo seguir e pela "cena" do excelente defensor, jamais  marcaria e o árbitro deveria ter mantido a sua interpretação.
Tudo indica que houve a lei da compensação, e vale lembrar o VAR é controlado também por um Ser Humano, logo deveria ser usado apenas em lances inquestionáveis e não após os interpretados de quem está no apito como foi nas duas formas.  
Enfim, o jogo seguiu, a torcida deu uma esfriada com a anulação do gol e para piorar, teve que se contentar com o belo contra-ataque e gol do cansado, heroico e craque uruguaio Arrascaeta, de cavadinha vencendo o gigante Cássio.
Era aguardar os minutos finais e comemorar a irretocável campanha. Era esperar para vibrar com a proeza - nunca nas edições anteriores, um time venceu o torneio de maneira seguida e muito menos um treinador foi Bi, méritos para o questionado e competente Mano Menezes e seu esquadrão Celeste que sonha alto em 2019.
É aguardar para ver.
Até a próxima!!





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

CORINTHIANS E CRUZEIRO DECIDEM A FINAL DA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

Foto: Globoesporte.com
E chegou o grande dia. Corinthians e Cruzeiro decidem hoje quem será o 30º campeão da Copa do Brasil, torneio que é considerado o segundo mais importante do Brasil.

A Arena Corinthians terá casa cheia para empurrar o Timão na busca do quarto título da competição (1995/2002/2003). Já a Raposa busca seu sexto caneco (1993/1996/2000/2003/2017).

De quebra, o vencedor encherá os cofres com o prêmio no valor de R$50 milhões e já garantirá uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem. 

O confronto deve ser equilibrado, uma vez que no duelo de ida, os mineiros venceram pelo placar magro de 1x0. Desta forma, um empate resolve, assim como vitória por qualquer placar. Aos paulistas resta vencer pela diferença mínima de um gol para levar a decisão para os pênaltis ou por dois gols de diferença para evitar o nervo à flor da pele. 

As duas equipes vivem situações opostas na temporada. O Timão passou por uma transformação no elenco, desde o comando até as peças importantes da temporada passada. 

Para muitos, o fato de chegar a decisão já foi um grande marco. Mesmo reconhecendo ser inferior ao adversário, o fator camisa, vontade e raça que sempre se faz presente nas adversidades, é a esperança.

Já o Cruzeiro manteve a base das últimas temporadas e vê em Mano Menezes a peça chave para fazer o time vencer mais uma Copa do Brasil e amenizar a campanha regular no Brasileirão e eliminação na Taça Libertadores.

O jogo se ganha em campo, aliás, assim se espera. Que vença o melhor e que possamos ter um futebol vistoso e sem covardia física e de postura, afinal, futebol é bola na rede.

A missão de Jair Ventura não é nada fácil. A equipe não marca um gol há quatro partidas e deve continuar sem um camisa 9 de ofício. A verdade é que essa dúvida na escalação deve seguir até próximo do time entrar em campo. Certeza mesmo deve ser o retorno do volante Douglas no lugar de Gabriel e as ausências de Renê Júnior (lesão no joelho esquerdo), Ángelo Araos (suspenso) e Matheus Matias, Rodrigo Figueiredo e Roger (impossibilitados por anteriormente defenderem outras equipes na competição).

Para o Cruzeiro as ausências de Egídio e Sassá podem surtir efeito. Na lateral, Mano Menezes pode surpreender e escalar o volante Lucas Romero, no ataque, Barcos aos poucos volta a ser o atacante perigoso e de gols. 
A maior preocupação mesmo fica no meio. O craque uruguaio Arrascaeta chegará em São Paulo, após 25 anos de viagem. Se jogar, deve ser nos minutos finais.

Faça a sua aposta. Quem leva a taça? No papel, aposto no Cruzeiro, desde que não jogue com o regulamento. De qualquer maneira, nessas horas improváveis, o Corinthians tira força sabe lá da onde.

Até a próxima!!



quinta-feira, 27 de setembro de 2018

FLAMENGO E O SOFRER SEM VENCER - Por Rodrigo Curty

Foto: forums.tibiabr.com
E mais uma vez o Flamengo decepciona o seu fanático torcedor. A eliminação na semifinal para o Corinthians vai muito além da equipe não estar em mais uma decisão.
E não é de hoje que as deficiências técnicas, a falta de padrão tático, a mediocridade e o jogo óbvio mostram as caras.
O Flamengo tinha tudo para vencer o Timão em sua casa. Provar que o primeiro jogo foi um erro de percurso. A diferença técnica, porém não fez presente. A falta de ousadia, garra e vontade deu lugar a máxima do futebol - a da competência.
No Corinthians isso prevaleceu. E é bom que se diga que se no jogo de ida, o alvinegro se apequenou e mesmo assim quase venceu, na volta fez a lição de casa diante de sua torcida e avançou.  
E como sempre, ao clube carioca, restou as desculpas e mais desculpas após o vexame. E muitos insistem em dizer que não sabem a resposta a tantas vergonhas. O fato é que o Flamengo virou há muito tempo um clube que se mostra um modelo de administração e sem nenhuma aptidão a levantar taças.
Tudo bem que a gestão Eduardo Bandeira de Mello colaborou e muito para os vexames. Pé frio, departamento de futebol fraco, planejamento pífio e outros blá-blá-blá. 
Agora vamos analisar friamente e sem paixão: Antes dele, o clube era afundado em dívidas e tão pouco levantava taças de expressão. Desde 2009 não levanta um Brasileirão. Desde 2013 a Copa do Brasil. E nesse período levantou os supervalorizados estaduais e virou manchetes de 'piada" na Libertadores e Copa Sul-Americana e lutou contra rebaixamento. Pior, se acostumou a ser vice, a perder sem sentir a dor da perda. Virou um time acomodado e com o discurso de que "agora é levantar a cabeça" e pensar na frente.
O ano de 2018 tinha tudo para ser o ano da redenção. o ano de que o trabalho que foi feito no triênio traria os sonhados títulos. Só que não. Do discurso e promessas do início da temporada, resta agora, se muito, jogando essa "bolinha", conseguir uma vaga para a próxima Libertadores da América.
O erro de planejamento quando Paulo César Carpegiani, que veio para ser coordenador e virou treinador com a saída de Rueda, já dava sinais do que viria na temporada. 
Como se não bastasse, a derrota nas semifinais do estadual para o Botafogo mostrou novamente a falta de preparo da diretoria, foram apenas 17 jogos no comando e a demissão juntamente com diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano. Lambanças e mais lambanças.
Veio então o estudioso, o bom de grupo Maurício Barbieri. O bom começo fez com que fosse efetivado. O time chegou a ser líder do Brasileirão e sofreu com a parada para a Copa. O erro foi a efetivação do treinador? Ora, sejamos frios e calculistas e sinceros. O treinador tem um futuro pela frente, porém nenhuma experiência para administrar pressão. Não adianta mudar treinador agora e ter a mesma postura nos bastidores. 
Barbieri falhou ao não assumir que o Flamengo era um elenco de mais de 30 jogadores. Tinha que ter trabalhado dois times distintos ao invés de ir todo jogo para o limite de cada um dos 11 escolhidos. Ficou sem opção de mudança tática, inventou posições, foi incoerente, enfim, perdeu o comando e ao meu ver a credibilidade com muitos.
Afinal, como explicar para um jogador que atuará uma partida que na próxima ele volta ao banco? Por que não dar ritmo e incentivo, como por exemplo fez e faz no Palmeiras, o experiente e de grande personalidade Felipão? Lá diziam às más línguas que ele duraria  somente 10 jogos. Só que não, hoje mesmo eliminado tem o grupo na mão porque todos jogam e ainda conta com a possibilidade de levantar um dos torneios que estão em disputa.
Por isso, vejo que o maior erro do Flamengo é o de não ter um "cara", um ex-ídolo ou alguém que faça o grupo sentir na pele o que é vestir essa camisa que perde seu peso a cada "queda" vergonhosa.
E longe de achar que os tempos de porrada na cara, xingamentos e menosprezo resolveria. No radicalismo, a melhor saída talvez, seria colocar os "meninos" que honram desde cedo a camisa rubro-negra. Afastar os ídolos e medalhões que muita das vezes jogam com o nome.
E outra, muito jogador precisa sentir que o conformismo é inadmissível. Precisa sentir a dor aonde mais dói, no bolso. 
Precisa de um responsável para cobrar isso. Dizer que os salários são altos e pagos em dia. Dizer que tudo que se espera é um time que agrida, que "sangre", que jogue no limite, se assim for preciso para conseguir vencer e convencer.  
O torcedor não merece passar por isso e muito menos ter que sempre ouvir o discurso de que o time precisa aprender a sofrer, sentir dor, como se isso fosse certeza de vitória. Está provado que não é isso, afinal, o rubro-negro está mais do que acostumado a sofrer sem vencer. 
É aguardar os próximos capítulos e de uma vez por todas o entendimento de que o clube tem elenco e não tem um time. De que o clube tem investimento e não tem conhecimento de futebol. De que o clube tem estrutura e não cobra como deveria os seus empregados. 
E por fim, de fazer valer a faixa com os dizeres "O Brasileiro é obrigação" que voltará ainda mais forte, ser a luz no fim do túnel.
Até a próxima!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

FLAMENGO E CORINTHIANS MEDEM FORÇAS NA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez Flamengo e Corinthians estarão frente a frente. Desta vez, pela Copa do Brasil. As duas equipes que possuem as maiores torcidas do país prometem fazer duas partidas memoráveis. 
O Flamengo passou para semifinal, graças a vitória sobre o Grêmio, no Maracanã lotado. O time que estava pressionado pelos resultados negativos contra o próprio tricolor gaúcho, que venceu com um time reserva pelo Brasileirão, e depois a derrota, em casa para o Cruzeiro na Libertadores.
Ok, nesse tempo houve na última partida a vitória sobre o mesmo Cruzeiro no nacional. Enfim, isso no caso não importava muito, caso houvesse mais uma eliminação e vexame dentro de seus domínios.
O gol relâmpago de Everton Ribeiro decretou a classificação às semifinais. O jogo foi bem estudado, tenso e sem muito trabalho para os goleiros. Pelo resumo dos duelos, classificação justa para a equipe que foi mais competente.
Agora, resta saber como lidar com o dia a dia, elenco e variações técnicas na equipe. Um erro poderá ser fatal nas três competições. E claro, uma regularidade como antes da Copa do Mundo, fará o time alcançar os objetivos traçados. 
Já o Corinthians está muito longe de empolgar. É um time em constante formação e adaptação. Faz o que pode com o que tem. Osmar Loss, de certa maneira faz alguns milagres.
A dependência de algumas peças é nítida no elenco. Cássio, Gabriel, Jadson, Romeiro e Pedrinho(que ontem sentiu no aquecimento) são provas disso. De qualquer maneira, essa camisa deve ser muito respeitada. O Timão sempre consegue suas artimanhas nos momentos que não se imagina. 
A equipe no Brasileirão provavelmente busque até uma das "muitas" vagas para à Libertadores. Esse torneio, aliás, o time precisa vencer o Colo-Colo na volta para seguir sonhando com o título. Dosar o elenco e não perder peças é o principal desafio. 
A vaga veio contra a mesma Chapecoense que o derrotou pelo Brasileirão no último domingo. Vitória de 1x0, gol de Jadson. 
Do outro lado da chave, impossível não citar o Cruzeiro. O time de Mano Menezes foi derrotado pelo Santos por 2x1 de virada e mesmo assim avançou. Sim, quem tem um goleiro frio e experiente às vezes tem tudo. Fábio pegou as três cobranças santistas e enlouqueceu o Mineirão. 
A Raposa segue focada na Copa do Brasil e Libertadores, onde tem ótima vantagem para a partida de volta contra o Flamengo. Até lá três compromissos pelo Brasileirão. Erram aqueles que pensam que o time abrirá mão.
Hoje Palmeiras e Bahia que empataram sem gols na primeira partida buscam a última vaga. Vantagem para os comandados de Felipão. É aguardar para ver.
Até a próxima!! 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

FLAMENGO TEM TUDO PARA AFASTAR O DESGOSTO - Por Rodrigo Curty

E começou a maratona de jogos para o Flamengo. E mesmo que não seja uma exclusividade do atual líder do Brasileirão, o fato é que o planejamento será fundamental para o sucesso. Caso contrário, o mês de agosto poderá ser lembrado como de desgosto e possíveis momentos de "terror" no Mais-Querido do Brasil.
Se no hino se canta " eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo", sair precocemente não seria diferente.
Sim, para muitos rubro-negros, a obrigação é a de ganhar todos os torneios. Claro que isso é algo muito complicado para qualquer equipe, mesmo que recheada de jogadores por posições. O motivo são vários, entre eles, o entrosamento de um time "B", o calendário maluco - responsável por colaborar nas lesões de jogadores importantes e também o fator emocional, não menos importante.
De qualquer maneira, é importante ressaltar que o clube da Gávea montou um belo plantel para suportar suas obrigações no ano e tem reais possibilidades de sucesso. Quando falo em belo elenco, penso na homogeneidade, cada vez mais importante nos clubes que visam chegar aos títulos, como por exemplo, o Corinthians no ano passado.
COMPETIÇÕES
A liderança no Brasileirão está ameaçada e merece atenção especial. O São Paulo foi bem contra os considerados mais "fortes" e tem tudo para alcançar a liderança nas próximas rodadas, considerando os duelos que tem em relação ao Flamengo. É bom se atentar para Atlético MG e Internacional que correm por fora e não têm mais nada para se preocuparem. Outros como Cruzeiro e Palmeiras, saindo de alguma das outras duas competições, tendem a crescer. Haja emoção e coração aos torcedores dessas equipes. Penso que o Flamengo deveria valorizar muito a busca desse título.
Libertadores - A ambição de conquistar à América é uma realidade. Jogos mais duros e sem tempo de recuperação para outras competições. Agora será que vale mesmo a pena se "matar" e abdicar de outros torneios que se vai bem? Quem muito quer, nada tem. Mata-Mata é complicado e muitas das vezes quem vence é o time competente e não o mais forte. Trabalhar o plantel aqui, evitando desgaste físico e emocional é essencial para o sucesso. O Flamengo pode fazer bem isso. 
Já a Copa do Brasil é um título importante, só que sinceramente, repito que ao meu ver, o Brasileirão e a Libertadores, na atual conjuntura do clube, devem ter mais atenção. 
É mais fácil opinar e falar estando de fora. Agora, convenhamos, é claro que fica complicado escolher se esse torneio deve ser muito valorizado. 
É muita pressão e uma eliminação precoce, caso fosse escalado um time considerado misto, seria um problema, assim como se entendessem que a mesma, por exemplo fosse o "campeonato carioca", perto dos outros dois - questionariam o porque da competição de menos peso ter sido tão valorizada, concorda? 
Mas, de volta as vacas magras, o primeiro desafio foi nada mais, nada menos que o atual campeão da Libertadores, o forte e entrosado Grêmio, no qual o seu treinador, Renato Portaluppi tem na mão e sabe mexer muito bem nas variações.
Do outro lado, o bem menos badalado, porém ganhando seu espaço dia após dia estava Maurício Barbieri. 
Foi sem dúvida a melhor partida do ano no Brasil. Duas equipes que valorizam a posse de bola, que sabem jogar pressionadas e que se respeitam. Não houve chutões, pancadaria e jogadas bizarras que estamos acostumados a ver. Vimos sim, uma aula tática e no fim um resultado de 1x1 com sabor de vitória para os cariocas, que buscaram insistentemente o gol de empate e foram bem melhores, sobretudo na etapa final.
Impossível não mencionar a entrada do estreante Vitinho no Flamengo. Mostrou personalidade e não sentiu a pressão. Nem ele e nem o garoto da vez, Lincoln, que empatou a partida. Olho no garoto porque tem muito potencial. 
A partida de volta será no dia 15. Até lá, os compromissos de Brasileirão e Libertadores entram em cena. Sábado, ambos voltam a se encontrar pelo nacional. Será que teremos time misto para ambos? No tricolor com certeza, no Flamengo, talvez quatro ou cinco mudanças, que não mudarão o jeito que Barbieri gosta de ver - um time ofensivo, paciente e envolvente. Faça a sua aposta e que venham mais jogos assim para assistirmos.
Até a próxima!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

BRASIL PECA PELA COMPETÊNCIA - Por Rodrigo Curty

E o Brasil mais uma vez ficou pelo caminho na Copa do Mundo. O algoz dessa vez foi a seleção da Bélgica. Ganhar ou perder faz parte de qualquer esporte e também na vida, resta saber como lidar com isso.
Os comandados de Tite tiveram um desempenho aquém das expectativas, mesmo que muitos discordem. O time deveria ter sido trocado pelo elenco. As mudanças deveriam ter sido realizadas, independente de suas convicções. 
Hoje é muito fácil criticar, xingar, lamentar a derrota e falar de Tite e seus comandados. Penso que o trabalho deve ser mantido, porém com algumas condições que fizeram falta e que uma hora iríamos vivenciar. É preciso entender que as eliminatórias sul-americanas não podem servir de base para algo maior. O nível é outro e as facilidades muito maiores para chegar à Copa. 
O treinador manteve as suas convicções, suas ideias de longo período porque não viu outra alternativa. Acreditou realmente que no final das contas, os seus "protegidos" e "apostas" dariam conta do recado e calariam as críticas. 
Ora, a insistência em Gabriel Jesus, Paulinho e Willian foram desnecessárias. Repito, o time deveria ser elenco. Roberto Firmino não foi bem hoje, mas poderia sair titular, Douglas Costa poderia entrar antes, assim como Renato Augusto, antes titular e mais experiente que o escolhido Fernandinho. 
É verdade que aos poucos a seleção evoluía e aparentava dar o tão sonhado espetáculo ao seu torcedor. O problema é que o esquema burocrático, o de resultados e paciência se consolida quando se tem a partida no controle. E foi exatamente isso que faltou nas quartas de final. 
Tudo bem que o Brasil poderia antes dos 10' estar na frente com dois gols de vantagem, só que faltou a competência e a sorte que nos acompanhou por tanto tempo. E é sabido que a sorte acompanha os competentes e os que trabalham, e isso nunca faltou.
Então porque não deu certo justamente quando precisávamos? Talvez por acharmos que somos mesmo os melhores, os imbatíveis, os únicos pentacampeões. Talvez por prepotência e falta de compreender que os europeus nos copiaram bem e evoluíram na questão de competitividade e futebol de qualidade, enquanto deixamos de herdar o que eles podem nos ensinar, como as mudanças táticas e frieza, por exemplo. 
Ora, no futebol é preciso respeitar e reconhecer as limitações. O Brasil não teve nenhum tipo de mudança tática, era um time óbvio e de fragilidades nas laterais e fraqueza no meio-campo. Um time que jogou com vontade e determinação sem nenhum tipo de esquema, era tudo na base do jogar na área e ver o que vai dar -  uma hora um pé aparece na frente da bola e empurra para as redes. Para ser campeão é preciso muito mais. 
Ficou nítido que Tite demorou para entender que uma peça fora seria a certeza de algo drástico como foi. Casemiro fez muita falta. Fernandinho sentiu a infelicidade no gol contra e a partir daí errou, marcou errado, não teve apoio do restante da equipe e poderia ter o treinador fazendo a troca. 
E olha que mesmo assim o Brasil se impôs e foi muito superior a "ótima geração belga", que mostrou o suficiente para abrir 2x0 e aguentar a pressão. Provou ser uma equipe em que todos jogam por todos e não apenas para um brilhar. Provou ser uma equipe de esquema tático, mudanças inesperadas como Hazard e Lukaku jogando de pontas com De Bruyne jogando de falso 9. 
Do lado brasileiro faltou uma liderança, um cara que chamasse a partida para si. Calma, falo de Philippe Coutinho e Neymar, que sumiram e foram meros coadjuvantes, enquanto Douglas Costa, que após entrar foi a melhor alternativa para buscar algo na partida. Fez o que os considerados craques deveriam fazer. Outro que tentou foi Marcelo, um lateral/ala. Só que quem brilhou e poderia sair como o melhor do jogo deu azar -  Renato Augusto marcou o gol e teve a chance do empate, antes mesmo de Neymar, no apagar das luzes parar novamente na muralha de nome Courtois.
Agora é levantar a cabeça e reconhecer que a seleção não estava madura para conquistar o Hexa. É repensar nas regalias e nas preocupações extracampo, como as redes sociais, as marcas que investem horrores na figura de A ou B como garoto propaganda. Seleção brasileira é coisa séria e deve ser respeitada e valorizada mais do que qualquer equipe em que um atleta que é convocado atua. É preciso entender isso, como também valorizar aos que no país atuam. 
Longe de comparar com os outros que estão anos luz na nossa frente, no que diz respeito o surgimento e trabalho de base. Basta pensar apenas em Alemanha, França e Inglaterra, que contam com mais de 80% dos convocados atuando nos clubes de seus países. Ok, o Brasil não tem força financeira para manter os que surgem em seus clubes, mas poderia repensar no formato de manter um base também em casa, caso contrário, esqueça comprometimento, identidade e o significado de vestir a camisa mais pesada do futebol mundial.
Força Brasil e que comece o planejamento desde já. Daqui quatro anos nos vemos no Catar.
Até a próxima!!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

BRASIL E BÉLGICA MEDEM FORÇAS NA COPA - Por Rodrigo Curty

E a seleção brasileira finalmente começou a dar sinais de melhora na Copa do Mundo. Depois de ser questionada sobre a obrigação da classificação na fase de grupos, nas oitavas de final com o México pela frente, por mais que alguns torcedores não admitam, existia certa preocupação.
Pois bem, mesmo que o Brasil tenha sofrido no início com uma marcação sobre pressão, falta de poder ofensivo do adversário e com um Philipe Coutinho apagado, mostramos que outros podem aparecer.
Neymar resolveu se soltar mais. Chamou o jogo, evitou cair nas provocações e sim, precisa apenas melhorar nas suas atuações desnecessárias. Longe de entender que as pauladas, pisadas, entre outras coisas tenham que passar desapercebidas, apenas penso que não precisam ser valorizadas como foram. 
O craque da seleção para chegar ao objetivo de ser um dia o melhor do mundo precisa amadurecer. E isso passa por Tite, que ao meu ver, deveria deixar o camisa 10 se defender sozinho, uma vez que de bobo, ele não tem nada e é um cara do bem. A imprensa internacional pega demais no pé do menino Ney, mas porque ele também permite isso.
No campo ele é gênio, basta ver o toque de calcanhar para Willian, este aliás, finalmente resolveu estrear na Copa, antes de empurrar para às redes. Depois na participação da jogada do gol de Roberto Firmino, que provou ser o "coringa" do treinador e um exímio atacante camisa 9. Será que não está na hora de Gabriel Jesus esquentar o banco? E mesmo que digam que não porque ele é fundamental no esquema tático, me perdoe, afinal o atacante do Liverpool faz muito bem essa função por lá e cairia como uma luva.
O placar de 2x0 poderia ter sido melhor se não fosse o esquema burocrático de jogar com o resultado e não para o encantamento. Uma pena e uma esperança na próxima partida.
Bem, digo isso porque basta pensar que a Bélgica, que suou para passar pelo Japão, que vencia por 2x0 e abdicou de "matar" o jogo na reta final, permitindo a espetacular virada por 3x2, tem um time, tem um elenco e o desejo de fazer história. 
É claro que a partida não deve ser fácil e sim bastante estudada e com alternativas. Acredito que para o Brasil será melhor pegar uma seleção que joga e deixa jogar e não como as anteriores que adoram defender e esperar a chamada "bola" do jogo. 
O duelo poderá ser decidido em um detalhe, em uma fatalidade ou até mesmo com placar elástico. Os diabos vermelhos não devem manter o esquema de três zagueiros. Se assim fizer, melhor para o Brasil, que deve saber se aproveitar da marcação no campo adversário e conseguir marcar seus gols. 
Por outro lado, Tite deve montar um time mais cadenciado e com marcações em zona, afinal Hazard, Bruyne e um atacante como Lukaku merecem atenção de todos. E olha que o banco já provou ser forte também. A mudança de esquema tático é variável como a partida. Melhor pra nós que o tic-tac de Roberto Martínez pode nos ajudar ao não ter chutes a todo momento à meta de Alisson.
Faça a sua aposta, a minha é que quem passar deve entender que a Copa seguirá adiante contra duas belas seleções - Uruguai ou França. O hexa é logo ali, só que o caminho pede atenção.
Até a próxima!!