segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PALMEIRAS UM AUTÊNTICO CAMPEÃO - Por Rodrigo Curty

Foto: Metro Jornal
E mais uma vez o planejamento fez a diferença para o Palmeiras. o Palestra conquistou nesse domingo o seu título de número 10 em torneios nacionais. É o maior vencedor do Brasil.
Claro que a unificação dos torneios antes dos considerados títulos a partir de 1971 incomoda muita gente, como incomoda quando se fala de mundiais de A ou B, ora, essa discussão nem deve ser levada em consideração. O torcedor de cada agremiação questionada vibra e acredita no que quiser e doa a quem doer.  
O fato é que 2018 será sempre lembrado pelo torcedor palestrino, parmerista e palmeirense como o da recuperação. Após começar o Brasileirão aquém das expectativas e sobretudo com pedidos de saída de jogadores, diretoria e tal, veio à abonança.  
O clube mais uma vez fez bem o seu trabalho extracampo. Vendeu peças importantes como Kenno, Tchê Tchê e Roger Guedes e investiu em outros que deram conta do recado, entre eles o zagueiro Gustavo Goméz e o resgate do iluminado Deyverson, contratado no ano passado. 
Fora outros nomes, o que pesou na conquista foi a do treinador que de rebaixado na história, voltou a ser mito - Felipão deu a sua cara, estilo e jogo e personalidade para fazer o time dar a volta por cima e se tornar o campeão brasileiro. Era o título que lhe faltava.
O título foi merecido, mesmo que o time não jogasse tudo que se esperava. Teve o que mais vale no futebol, além da bola na rede, a competência. 
Felipão usou como ninguém o seu elenco - rodou o time, deu oportunidades par todos, formou duas e às vezes até três times para suportar o calendário. Quase levou  Copa do Brasil e a tão desejada Libertadores.
Nos pontos corridos quem dá espetáculo nem sempre leva. O lembrado é aquele que sabe como jogar dentro e fora de seus domínios. Aquele que não vacila contra os times considerados pequenos, esses sim tiram o título e não os grandes. 
O Palmeiras foi soberano, bateu recordes como se manter invicto a 22 duas partidas, tirou uma diferença de oito pontos quando o torneio voltou após a Copa. Sem dúvida, o time seguirá forte por bastante tempo, uma vez que conta com os cofres cheios e as ambições de quero mais.
O Verdão virou exemplo de gestão e modelo de time vitorioso. De seu Centenário para cá foram dois Brasileiros e uma Copa do Brasil. Tem que ser respeitado. E olha que tudo isso, após quase sentir novamente o gosto da queda à Série B -  O futebol é fantástico.
Resta saber agora o que virá pela frente. Jogadores devem sair e a renovação de Alexandre Mattos é quase uma incógnita. Foi assim quando estava no Cruzeiro campeão. No futebol,  craque deve saber a hora de parar, no caso dele, de seguir em frente para novas conquistas em outras agremiações, será? É aguardar para ver.
Ao torcedor do Palmeiras os parabéns pela conquista. Ano de 2019 já começou e com ele muita grana na mesa e muita cobrança de quero mais - Que vença o melhor.
Até a próxima!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

PALMEIRAS EMPATA E BOCA JRS AVANÇA NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E não foi dessa vez que o Palmeiras pode comemorar a chegada em mais uma final de Libertadores. A missão era mesmo complicada - tirar a vantagem de 2x0 do tradicional Boca Jrs.
Assim como na primeira partida, o time brasileiro não foi intenso durante os 90' e nos acréscimos. Com uma postura mais morna e ao meu ver com uma estratégia equivocada, permitiu os argentinos a jogarem do jeito que gostam, com toques, paciência e objetivo.
É bem verdade que se o VAR não existisse, a história poderia ter sido outra. Um gol antes dos 10' de Bruno Henrique foi bem anulado, afinal Deyverson estava impedido na lance que originou o feito. 
Daí para frente foi uma ducha de água fria. O time de Felipão murchou e viu o Boca em três oportunidades marcar um gol com Ábila, em falha de marcação de Luan. Se a tarefa já era difícil, ficou então, quase impossível.
Para piorar, os palmeirenses reclamaram muito do mesmo sistema não ter sido utilizado no fim da primeira etapa. Um cruzamento e a bola batendo no braço do jogador Pablo Pérez. O árbitro quando tem convicção não é obrigado a consultar o árbitro de vídeo, e esse apenas comunica quem está no comando, algo que julgam ser um erro grave, no qual precisa ser revisto e consertado - e não foi o caso, uma vez que o braço do jogador estava colado em seu corpo, ou seja, não houve intenção temerária. O erro aqui foi o de não marcar o escanteio.
Muito bem, veio a segunda etapa e um novo Palmeiras. Um time disposto a correr atrás do prejuízo e marcar quatro gols e avançar. E olha que quase deu certo - antes dos 20' quatro chances claras e dois gols - Luan e Gustavo Gómez. Lucas Lima e Borja não tiveram a mesma sorte.
Como na máxima do futebol, quem não faz leva, coube ao carrasco do jogo de ida, entrar em campo para marcar aos 24 minutos, um gol semelhante ao feito em Buenos Aires - Benedetto é um nome que o time paulista não desejará ouvir tão cedo.
O jogo seguiu pegado e com chances para os dois lados. No fim, um empate justo e lamentações. 
Ao Palmeiras resta juntar os cacos e manter a boa vantagem de quatro pontos de vantagem na liderança do Brasileirão, além de se recuperar emocionalmente e fisicamente. Ao Boca, se preparar para encarar o maior rival, o bom time do River Plate, em final inédita de dois times da mesma cidade.
O Brasil que teve o maior números de participantes na história da competição ficou no quase e precisa se reinventar para voltar a dominar a América - Nas últimas cinco edições, quatro tropeços e apenas um time brasileiro chegando na final, justamente o Grêmio no ano passado.
Faça a sua aposta! Qual argentino levará a melhor? E que ano que vem, a história seja diferente.
Até a próxima!!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

RIVER PLATE AVANÇA COM AJUDA DO VAR - Por Rodrigo Curty

E a Arena do Grêmio estava preparada para celebrar mais uma vitória e classificação do Tricolor Gaúcho na Copa Libertadores. O problema é que de outro lado estava o tradicional e argentino River Plate.
A derrota do time de Marcelo Gallardo, no Monumental de Nuñez por 1x0 aumentou ainda mais a confiança dos gremistas. E isso só aumentou, após o gol de Leonardo ainda no primeiro tempo.
Se o Grêmio esperava demais o River, o fato é que, esse provou ser uma equipe que sabe como ninguém como jogar esse tipo de competição. Os comandados de Renato Portaluppi estavam bem em campo, mesmo aquém de suas características.
Mesmo sem ter o domínio e pouca posse de bola e saída de jogo, levou poucos sustos quando já vencia. Ninguém esperava o pior.
Bem, é sabido porém, que no futebol, muitas das vezes a máxima de quem não faz leva se faz presente. E o tricolor pagou o preço de esperar muito e não ter sido competente.
E quis o destino que uma das estrelas do time, o atacante Everton falhasse na hora H. Cebolinha como é conhecido, entrou cara a cara com Armani, em lance raro do time brasileiro e perdeu o gol, a bola do jogo. 
Por essa e outras razões a Libertadores é tão desejada e valorizada. Erro como esse sempre deixa uma incerteza no ar - O do time que de aparentemente morto se torna mais vivo do que nunca.
A saída de Paulo Miranda para entrada de Bressan aos 25' ajudou a mudar a história da partida - o zagueiro com menos de 2' em campo já levou um cartão amarelo. Só que o pior estava por vir.
Aos 36', uma falta para os argentinos, erro de marcação e gol de Borré. E olha que o VAR deveria entrar em cena. O gol foi feito com o braço e nem se quer houve revisão. O jogo seguiu e aos 42' veio o castigo - Bressan, em lance infantil abriu o braço no chute de Scocco. 
Quando tudo levava a crer que seria escanteio, surgiu o árbitro de vídeo - alertado pelos responsáveis, o uruguaio Andrés Cunha, que estava bem na partida, seguiu a orientação de rever o lance.
Após silêncio e apreensão dos mais de 53 mil torcedores, Renato e cia, estava decretada a marcação do pênalti - Pity Martínez cobrou bem e calou o estádio, ou melhor, fez a torcida argentina explodir de alegria.
O tempo de acréscimo não foi o suficiente para o time brasileiro manter vivo o sonho do tetra e a ida para a segunda final seguida - pena que foi da maneira que foi. Perder de pé é uma coisa, agora prejudicado porque não há critérios e falta de bom senso de quem é responsável em controlar o VAR é outra.
Ao Grêmio resta agora reclamar, lamentar e esquecer que a eliminação foi por um VAR que passou em sua vida.
Ao River Plate, aguardar o adversário que sai hoje entre Boca Jrs e Palmeiras e sim, esperar que nada como um dia após o outro -  A Conmebol é um perigo e acaba a cada dia com o futebol sul-americano e sua credibilidade.
Vida que segue e força Grêmio.
Até a próxima!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A ESTRELA DE UM CERTO BENEDETTO - Por Rodrigo Curty

A segunda semifinal da Copa Libertadores entre Boca Juniors e Palmeiras ficou devendo. É bem verdade que a partida foi bem disputada, principalmente na parte física e, porque o bom árbitro chileno Roberto Tobar, deixou o jogo seguir, de forma mais dinâmica.
A atmosfera do tradicional estádio de La Bombonera também foi algo a ser admirado. Os 50 mil Xeneizes fizeram uma festa a parte.
Bem, de volta ao duelo. Infelizmente foram poucas as emoções de oportunidades de gol. Primeiro tempo sem emoções e com um Boca tentando algo e o Palmeiras aguardando uma oportunidade de armar um contra-ataque e satisfeito com o empate. 
Já na segunda parte, foi uma partida mais veloz, porém com as mesmas estratégias. Cruzamentos sem sucesso do lado argentino e do lado brasileiro, uma expectativa de entender que o toque de bola no chão era a melhor alternativa. Foi assim que conseguiu criar duas boas chances com Dudu e depois Willian. E foi só e pouco pelo que o plantel pode oferecer.
É bem verdade que o time da casa também não levava perigo real de gol. Isso até que o técnico Guilhermo Schelotto resolveu mudar o homem da área. Saiu o nervoso e pesado Ábila e entrou Darío Benedetto. O atacante que não marcava um gol há quase um ano, fez dois em menos de 6' e definitivamente mudou a história da partida.
Aos 35', Felipe Melo, que para mim foi o melhor em campo, junto com Gustavo Gómez fez uma falta desnecessária próximo da entrada da área - Olaza bateu para bela defesa de Wéverton.
Na sequência, no escanteio, o cruzamento passou pela cabeça de Felipe Melo e Benedetto venceu o arqueiro palmeirense. Estádio abaixo e vantagem importante para o jogo de volta.
Antes do término, porém, ainda deu tempo de Felipão continuar com o esquema covarde -  preferiu se fechar mais ao tirar Bruno Henrique para entrada de Antônio Carlos e pagou caro. Novamente Benedetto deu o ar da graça. Aos 42', o atacante fez uma linda jogada sobre o assustado Luan e de fora da área chutou forte sem chance para Weverton.
O resultado de empate até seria justo, só que quis o destino, que a alegria do futebol surgisse para quem de verdade procurou mais a vitória.
O castigo teve lógica - Se o Palmeiras tivesse uma postura mais ofensiva e vontade de vencer, ao invés de ser cautelosa ao extremo, poderia sair vitorioso, e ainda conseguiria a proeza de derrotar os argentinos pela segunda vez fora de casa, algo jamais conseguido por uma equipe, em uma mesma edição e Libertadores.
Agora é aguardar para ver o que vai dar no Allianz Parque. Certo mesmo é afirmar que a postura deverá ser outra e o apoio de sua fanática torcida poderá fazer a diferença.
Nada está perdido e é possível sonhar com pelo menos um 2x0 e decisão nos pênaltis, isso desde que o time jogue e prove que não é à toa que foi a melhor equipe da competição até aqui e também por que segue líder do Brasileirão. 
E claro, se o Felipão entender que deverá ser mais ofensivo e menos pragmático. 
É aguardar para ver. Até a próxima!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

GRÊMIO VENCE RIVER E SE APROXIMA DE MAIS UMA FINAL - Por Rodrigo Curty


E o Grêmio mais uma vez provou a sua força na Taça Libertadores. O tricolor gaúcho foi cirúrgico, frio e calculista contra o belo time do River Plate.

A partida foi como se esperava - um jogo duro, tático e técnico.

O Monumental de Núñez diante de 60 mil torcedores, jamais poderiam esperar uma derrota para o desfalcado time de Renato Portaluppi.

Sim, peças como Everton e Luan fazem falta para qualquer plantel e nessas horas que o grupo mostra a sua força. 

O Grêmio foi sóbrio e levou sustos apenas nos chutes de longa distância, defendido por Marcelo Grohe.

A estratégia de esperar e ser diferente do que estamos acostumados a ver do Grêmio foi fundamental para o sucesso. Usar a estatura para vencer o gigante argentino deu certo. Michel entra para história e prova que o Grêmio é realmente o clube que reacende a carreira de qualquer jogador.

O Tricolor também entra para a história ao fazer o mesmo feito que Vasco e São Paulo fizeram em outros tempos. vencer o confronto na Argentina.
E convenhamos, derrotar o River Plate em sua casa não é tarefa fácil -  O time do ótimo treinador Marcelo Gallardo não perdia lá desde 26 de novembro de 2017. O último a conseguir a proeza foi o Newell's Old Boys(vitória por 3 a 1).

A partida de volta deve te fortes emoções e deve ser bem estudada. Um passo para mais uma final não é certeza de sucesso. 
O fato é que o time já provou ser calejado, frio e forte na hora que se espera. Ao plantel argentino fica a esperança do esquema de três meias e dois atacantes voltar a funcionar.

Faça a sua aposta, a minha é que na pior das hipóteses, o time gaúcho carimbe mais uma vaga na decisão, e quem sabe levante o bicampeonato.

Até a próxima!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

FUTEBOL TAMBÉM É UMA PAIXÃO QUE CEGA - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma rodada do pobre e "chato" Brasileirão. Para variar, as polêmicas, reclamações e aceitação de erros apenas para o clube que se torce se fez presente.
Ora, todo ano é a mesma coisa. Os erros absurdos que se cometem com esse ou aquele clube, mais para um e menos para outro, desde o início, ganham destaques alarmantes quando o fim do certame se aproxima.
É lamentável ter que avaliar quando o nosso time de coração foi mais prejudicado do que beneficiado pela arbitragem, e pior, ver torcedores se apoiando em deduções ou desculpas para explicar, uma possível perda de título.
O fato é que erros acontecem e sempre ocorrerão, seja por entender que realmente têm uma conspiração, seja por erro humano. É uma pena, seja lá qual for o torcedor, insistir que tudo se trata de uma arquitetura porque uma agremiação tem mais ou menos força que o outro ou porque tem ou não a Globo do lado.
Sinceramente, era melhor nem assistir mais ao futebol, aliás, qualquer modalidade esportiva, porque a cada temporada, o que se vê são comentários do tipo: "Estava na cara que esse time seria campeão" e outros blá-blá-blá.
Nessa rodada, por exemplo, o São Paulo mais uma vez teve uma arbitragem ruim e mesmo jogando mal, se viu prejudicado pelo erro de impedimento que resultou em gol, entre outros lances contra o Atlético PR.
O Vasco teve um pênalti a favor no apagar das luzes contra o Sport e não foi assinalado. Derrota que mantém o time em alerta pela sobrevivência.
Já o Palmeiras venceu o Ceará, em arbitragem confusa e ruim do Sr. André Luiz de Freitas Castro. Para piorar as argumentações na súmula para cada cartão foi no mínimo para colocar o árbitro na "geladeira". Atuação lamentável de todo quinteto.
Agora uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa -  Se a entrada de Bruno Henrique  realmente não foi para cartão amarelo, eu não entendo mais nada de futebol. A do Lucas Lima veio, após falta de Moisés e por ele ter deixado o pé na sequência e não por ter feito várias faltas, afinal, ele não cometeu, absurdo. Já a do lateral Mayke pode ter sido exagerada por retardar o jogo, enfim. 
Só penso que achar que tudo isso foi para tirar o trio do duelo contra o Flamengo, é no mínimo um exagero pelo tamanho e capacidade do clube, que deve ser o campeão desse ano.  
Era melhor ver o torcedor palmeirense já prevendo que o time poderá ser prejudicado por ter sido beneficiado na partida de ida, quando viu, entre outros erros, a não expulsão de Felipe Mello. 
O Flamengo venceu o Paraná e também teve que se contentar com dois erros absurdos de impedimento. A se tivesse tropeçado, hoje estaria falando que é para favorecer o time Palestrino.
Entre as verdades, está o fato da nossa arbitragem e preparo de profissionais serem muito ruins. A profissão não é exclusiva, quem apita ou auxilia, vive de outras fontes de renda. Agora sim, as Federações infelizmente colaboram para favorecimentos de A ou B, só que repito, não é exclusividade de uma única agremiação, logo o choro é livre e também trocado pela risada amarelada em outra oportunidade.
Está mais do que na hora dos clubes se juntarem. Chega de criar ambientes de ódio e conspiratórios. O futebol brasileiro está muito chato, cansativo e anos luz de voltar a ser mais respeitado. 
A minha torcida é para que vença o melhor e que o perdedor saiba que o seu benefício ou prejuízo não foi o que determinou a conquista.
Até a próxima!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

POLÊMICA DO VAR E O HEXACAMPEONATO DO CRUZEIRO - Por Rodrigo Curty

E o Cruzeiro conquistou mais uma Copa do Brasil. O bicampeonato, que resultou na sexta taça foi mais do que merecida. O Corinthians, por sua vez, valorizou essa conquista.
A partida foi eletrizante e teve como grande protagonista a presença do VAR. Sim, o juiz de vídeo mais atrapalhou do que colaborou.
Uma das razões, ao meu ver, foi o fato do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães que no todo teve mais saldo positivo do que negativo, ter deixado de seguir as suas intuições para "ouvir" o que vinha da sala do VAR. Dois lances capitais que poderiam e, de certa maneira mudaram o rumo do jogo. 
Antes das polêmicas é bom que se diga que a raça corintiana não foi mais eficiente que a experiência, competência e técnica cruzeirense, que mais uma vez foi melhor fora de seus domínios. 
No primeiro tempo, a partida já poderia ter sido definida. Bola na trave, defesa de Cássio e erros de pontaria. No fim, 1x0, gol de Robinho com justiça.
A volta da segunda etapa não poderia ser diferente. O Timão que não marcava um gol há quatro partidas teria que virar o jogo e para levar a taça sem as penalidades, vencer pela diferença de dois gols. Foi aí que veio o primeira polêmica - Antes dos 10' um lance interpretativo - Thiago Neves e Ralf disputaram espaço e o volante do time paulista caiu e pediu a penalidade. 
O árbitro nada marcaria estando perto do lance, só que preferiu seguir a recomendação do VAR. Penalidade bem cobrada por Jadson e um turbilhão de alegria de quase 45 mil torcedores presentes na Arena de Itaquera.
O Corinthians seguiu atrás de seu segundo gol e o time de Mano Menezes esperando a chance para liquidar a fatura. A entrada de Pedrinho daria o que falar - a jovem revelação, que havia sido a estrela da classificação às finais contra o Flamengo, quase repete a dose. Após acertar um belo chute de fora da área e estufar as redes de Fábio, viu o VAR mais uma vez entrando em cena - No lance que originou a batida na bola, viram falta de Jadson no zagueiro Dedé - Até penso que foi, mas a convicção do árbitro que estava no lance e que preferiu deixar o jogo seguir e pela "cena" do excelente defensor, jamais  marcaria e o árbitro deveria ter mantido a sua interpretação.
Tudo indica que houve a lei da compensação, e vale lembrar o VAR é controlado também por um Ser Humano, logo deveria ser usado apenas em lances inquestionáveis e não após os interpretados de quem está no apito como foi nas duas formas.  
Enfim, o jogo seguiu, a torcida deu uma esfriada com a anulação do gol e para piorar, teve que se contentar com o belo contra-ataque e gol do cansado, heroico e craque uruguaio Arrascaeta, de cavadinha vencendo o gigante Cássio.
Era aguardar os minutos finais e comemorar a irretocável campanha. Era esperar para vibrar com a proeza - nunca nas edições anteriores, um time venceu o torneio de maneira seguida e muito menos um treinador foi Bi, méritos para o questionado e competente Mano Menezes e seu esquadrão Celeste que sonha alto em 2019.
É aguardar para ver.
Até a próxima!!





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

CORINTHIANS E CRUZEIRO DECIDEM A FINAL DA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

Foto: Globoesporte.com
E chegou o grande dia. Corinthians e Cruzeiro decidem hoje quem será o 30º campeão da Copa do Brasil, torneio que é considerado o segundo mais importante do Brasil.

A Arena Corinthians terá casa cheia para empurrar o Timão na busca do quarto título da competição (1995/2002/2003). Já a Raposa busca seu sexto caneco (1993/1996/2000/2003/2017).

De quebra, o vencedor encherá os cofres com o prêmio no valor de R$50 milhões e já garantirá uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem. 

O confronto deve ser equilibrado, uma vez que no duelo de ida, os mineiros venceram pelo placar magro de 1x0. Desta forma, um empate resolve, assim como vitória por qualquer placar. Aos paulistas resta vencer pela diferença mínima de um gol para levar a decisão para os pênaltis ou por dois gols de diferença para evitar o nervo à flor da pele. 

As duas equipes vivem situações opostas na temporada. O Timão passou por uma transformação no elenco, desde o comando até as peças importantes da temporada passada. 

Para muitos, o fato de chegar a decisão já foi um grande marco. Mesmo reconhecendo ser inferior ao adversário, o fator camisa, vontade e raça que sempre se faz presente nas adversidades, é a esperança.

Já o Cruzeiro manteve a base das últimas temporadas e vê em Mano Menezes a peça chave para fazer o time vencer mais uma Copa do Brasil e amenizar a campanha regular no Brasileirão e eliminação na Taça Libertadores.

O jogo se ganha em campo, aliás, assim se espera. Que vença o melhor e que possamos ter um futebol vistoso e sem covardia física e de postura, afinal, futebol é bola na rede.

A missão de Jair Ventura não é nada fácil. A equipe não marca um gol há quatro partidas e deve continuar sem um camisa 9 de ofício. A verdade é que essa dúvida na escalação deve seguir até próximo do time entrar em campo. Certeza mesmo deve ser o retorno do volante Douglas no lugar de Gabriel e as ausências de Renê Júnior (lesão no joelho esquerdo), Ángelo Araos (suspenso) e Matheus Matias, Rodrigo Figueiredo e Roger (impossibilitados por anteriormente defenderem outras equipes na competição).

Para o Cruzeiro as ausências de Egídio e Sassá podem surtir efeito. Na lateral, Mano Menezes pode surpreender e escalar o volante Lucas Romero, no ataque, Barcos aos poucos volta a ser o atacante perigoso e de gols. 
A maior preocupação mesmo fica no meio. O craque uruguaio Arrascaeta chegará em São Paulo, após 25 anos de viagem. Se jogar, deve ser nos minutos finais.

Faça a sua aposta. Quem leva a taça? No papel, aposto no Cruzeiro, desde que não jogue com o regulamento. De qualquer maneira, nessas horas improváveis, o Corinthians tira força sabe lá da onde.

Até a próxima!!



quinta-feira, 27 de setembro de 2018

FLAMENGO E O SOFRER SEM VENCER - Por Rodrigo Curty

Foto: forums.tibiabr.com
E mais uma vez o Flamengo decepciona o seu fanático torcedor. A eliminação na semifinal para o Corinthians vai muito além da equipe não estar em mais uma decisão.
E não é de hoje que as deficiências técnicas, a falta de padrão tático, a mediocridade e o jogo óbvio mostram as caras.
O Flamengo tinha tudo para vencer o Timão em sua casa. Provar que o primeiro jogo foi um erro de percurso. A diferença técnica, porém não fez presente. A falta de ousadia, garra e vontade deu lugar a máxima do futebol - a da competência.
No Corinthians isso prevaleceu. E é bom que se diga que se no jogo de ida, o alvinegro se apequenou e mesmo assim quase venceu, na volta fez a lição de casa diante de sua torcida e avançou.  
E como sempre, ao clube carioca, restou as desculpas e mais desculpas após o vexame. E muitos insistem em dizer que não sabem a resposta a tantas vergonhas. O fato é que o Flamengo virou há muito tempo um clube que se mostra um modelo de administração e sem nenhuma aptidão a levantar taças.
Tudo bem que a gestão Eduardo Bandeira de Mello colaborou e muito para os vexames. Pé frio, departamento de futebol fraco, planejamento pífio e outros blá-blá-blá. 
Agora vamos analisar friamente e sem paixão: Antes dele, o clube era afundado em dívidas e tão pouco levantava taças de expressão. Desde 2009 não levanta um Brasileirão. Desde 2013 a Copa do Brasil. E nesse período levantou os supervalorizados estaduais e virou manchetes de 'piada" na Libertadores e Copa Sul-Americana e lutou contra rebaixamento. Pior, se acostumou a ser vice, a perder sem sentir a dor da perda. Virou um time acomodado e com o discurso de que "agora é levantar a cabeça" e pensar na frente.
O ano de 2018 tinha tudo para ser o ano da redenção. o ano de que o trabalho que foi feito no triênio traria os sonhados títulos. Só que não. Do discurso e promessas do início da temporada, resta agora, se muito, jogando essa "bolinha", conseguir uma vaga para a próxima Libertadores da América.
O erro de planejamento quando Paulo César Carpegiani, que veio para ser coordenador e virou treinador com a saída de Rueda, já dava sinais do que viria na temporada. 
Como se não bastasse, a derrota nas semifinais do estadual para o Botafogo mostrou novamente a falta de preparo da diretoria, foram apenas 17 jogos no comando e a demissão juntamente com diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano. Lambanças e mais lambanças.
Veio então o estudioso, o bom de grupo Maurício Barbieri. O bom começo fez com que fosse efetivado. O time chegou a ser líder do Brasileirão e sofreu com a parada para a Copa. O erro foi a efetivação do treinador? Ora, sejamos frios e calculistas e sinceros. O treinador tem um futuro pela frente, porém nenhuma experiência para administrar pressão. Não adianta mudar treinador agora e ter a mesma postura nos bastidores. 
Barbieri falhou ao não assumir que o Flamengo era um elenco de mais de 30 jogadores. Tinha que ter trabalhado dois times distintos ao invés de ir todo jogo para o limite de cada um dos 11 escolhidos. Ficou sem opção de mudança tática, inventou posições, foi incoerente, enfim, perdeu o comando e ao meu ver a credibilidade com muitos.
Afinal, como explicar para um jogador que atuará uma partida que na próxima ele volta ao banco? Por que não dar ritmo e incentivo, como por exemplo fez e faz no Palmeiras, o experiente e de grande personalidade Felipão? Lá diziam às más línguas que ele duraria  somente 10 jogos. Só que não, hoje mesmo eliminado tem o grupo na mão porque todos jogam e ainda conta com a possibilidade de levantar um dos torneios que estão em disputa.
Por isso, vejo que o maior erro do Flamengo é o de não ter um "cara", um ex-ídolo ou alguém que faça o grupo sentir na pele o que é vestir essa camisa que perde seu peso a cada "queda" vergonhosa.
E longe de achar que os tempos de porrada na cara, xingamentos e menosprezo resolveria. No radicalismo, a melhor saída talvez, seria colocar os "meninos" que honram desde cedo a camisa rubro-negra. Afastar os ídolos e medalhões que muita das vezes jogam com o nome.
E outra, muito jogador precisa sentir que o conformismo é inadmissível. Precisa sentir a dor aonde mais dói, no bolso. 
Precisa de um responsável para cobrar isso. Dizer que os salários são altos e pagos em dia. Dizer que tudo que se espera é um time que agrida, que "sangre", que jogue no limite, se assim for preciso para conseguir vencer e convencer.  
O torcedor não merece passar por isso e muito menos ter que sempre ouvir o discurso de que o time precisa aprender a sofrer, sentir dor, como se isso fosse certeza de vitória. Está provado que não é isso, afinal, o rubro-negro está mais do que acostumado a sofrer sem vencer. 
É aguardar os próximos capítulos e de uma vez por todas o entendimento de que o clube tem elenco e não tem um time. De que o clube tem investimento e não tem conhecimento de futebol. De que o clube tem estrutura e não cobra como deveria os seus empregados. 
E por fim, de fazer valer a faixa com os dizeres "O Brasileiro é obrigação" que voltará ainda mais forte, ser a luz no fim do túnel.
Até a próxima!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

FLAMENGO E CORINTHIANS MEDEM FORÇAS NA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez Flamengo e Corinthians estarão frente a frente. Desta vez, pela Copa do Brasil. As duas equipes que possuem as maiores torcidas do país prometem fazer duas partidas memoráveis. 
O Flamengo passou para semifinal, graças a vitória sobre o Grêmio, no Maracanã lotado. O time que estava pressionado pelos resultados negativos contra o próprio tricolor gaúcho, que venceu com um time reserva pelo Brasileirão, e depois a derrota, em casa para o Cruzeiro na Libertadores.
Ok, nesse tempo houve na última partida a vitória sobre o mesmo Cruzeiro no nacional. Enfim, isso no caso não importava muito, caso houvesse mais uma eliminação e vexame dentro de seus domínios.
O gol relâmpago de Everton Ribeiro decretou a classificação às semifinais. O jogo foi bem estudado, tenso e sem muito trabalho para os goleiros. Pelo resumo dos duelos, classificação justa para a equipe que foi mais competente.
Agora, resta saber como lidar com o dia a dia, elenco e variações técnicas na equipe. Um erro poderá ser fatal nas três competições. E claro, uma regularidade como antes da Copa do Mundo, fará o time alcançar os objetivos traçados. 
Já o Corinthians está muito longe de empolgar. É um time em constante formação e adaptação. Faz o que pode com o que tem. Osmar Loss, de certa maneira faz alguns milagres.
A dependência de algumas peças é nítida no elenco. Cássio, Gabriel, Jadson, Romeiro e Pedrinho(que ontem sentiu no aquecimento) são provas disso. De qualquer maneira, essa camisa deve ser muito respeitada. O Timão sempre consegue suas artimanhas nos momentos que não se imagina. 
A equipe no Brasileirão provavelmente busque até uma das "muitas" vagas para à Libertadores. Esse torneio, aliás, o time precisa vencer o Colo-Colo na volta para seguir sonhando com o título. Dosar o elenco e não perder peças é o principal desafio. 
A vaga veio contra a mesma Chapecoense que o derrotou pelo Brasileirão no último domingo. Vitória de 1x0, gol de Jadson. 
Do outro lado da chave, impossível não citar o Cruzeiro. O time de Mano Menezes foi derrotado pelo Santos por 2x1 de virada e mesmo assim avançou. Sim, quem tem um goleiro frio e experiente às vezes tem tudo. Fábio pegou as três cobranças santistas e enlouqueceu o Mineirão. 
A Raposa segue focada na Copa do Brasil e Libertadores, onde tem ótima vantagem para a partida de volta contra o Flamengo. Até lá três compromissos pelo Brasileirão. Erram aqueles que pensam que o time abrirá mão.
Hoje Palmeiras e Bahia que empataram sem gols na primeira partida buscam a última vaga. Vantagem para os comandados de Felipão. É aguardar para ver.
Até a próxima!! 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

FLAMENGO TEM TUDO PARA AFASTAR O DESGOSTO - Por Rodrigo Curty

E começou a maratona de jogos para o Flamengo. E mesmo que não seja uma exclusividade do atual líder do Brasileirão, o fato é que o planejamento será fundamental para o sucesso. Caso contrário, o mês de agosto poderá ser lembrado como de desgosto e possíveis momentos de "terror" no Mais-Querido do Brasil.
Se no hino se canta " eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo", sair precocemente não seria diferente.
Sim, para muitos rubro-negros, a obrigação é a de ganhar todos os torneios. Claro que isso é algo muito complicado para qualquer equipe, mesmo que recheada de jogadores por posições. O motivo são vários, entre eles, o entrosamento de um time "B", o calendário maluco - responsável por colaborar nas lesões de jogadores importantes e também o fator emocional, não menos importante.
De qualquer maneira, é importante ressaltar que o clube da Gávea montou um belo plantel para suportar suas obrigações no ano e tem reais possibilidades de sucesso. Quando falo em belo elenco, penso na homogeneidade, cada vez mais importante nos clubes que visam chegar aos títulos, como por exemplo, o Corinthians no ano passado.
COMPETIÇÕES
A liderança no Brasileirão está ameaçada e merece atenção especial. O São Paulo foi bem contra os considerados mais "fortes" e tem tudo para alcançar a liderança nas próximas rodadas, considerando os duelos que tem em relação ao Flamengo. É bom se atentar para Atlético MG e Internacional que correm por fora e não têm mais nada para se preocuparem. Outros como Cruzeiro e Palmeiras, saindo de alguma das outras duas competições, tendem a crescer. Haja emoção e coração aos torcedores dessas equipes. Penso que o Flamengo deveria valorizar muito a busca desse título.
Libertadores - A ambição de conquistar à América é uma realidade. Jogos mais duros e sem tempo de recuperação para outras competições. Agora será que vale mesmo a pena se "matar" e abdicar de outros torneios que se vai bem? Quem muito quer, nada tem. Mata-Mata é complicado e muitas das vezes quem vence é o time competente e não o mais forte. Trabalhar o plantel aqui, evitando desgaste físico e emocional é essencial para o sucesso. O Flamengo pode fazer bem isso. 
Já a Copa do Brasil é um título importante, só que sinceramente, repito que ao meu ver, o Brasileirão e a Libertadores, na atual conjuntura do clube, devem ter mais atenção. 
É mais fácil opinar e falar estando de fora. Agora, convenhamos, é claro que fica complicado escolher se esse torneio deve ser muito valorizado. 
É muita pressão e uma eliminação precoce, caso fosse escalado um time considerado misto, seria um problema, assim como se entendessem que a mesma, por exemplo fosse o "campeonato carioca", perto dos outros dois - questionariam o porque da competição de menos peso ter sido tão valorizada, concorda? 
Mas, de volta as vacas magras, o primeiro desafio foi nada mais, nada menos que o atual campeão da Libertadores, o forte e entrosado Grêmio, no qual o seu treinador, Renato Portaluppi tem na mão e sabe mexer muito bem nas variações.
Do outro lado, o bem menos badalado, porém ganhando seu espaço dia após dia estava Maurício Barbieri. 
Foi sem dúvida a melhor partida do ano no Brasil. Duas equipes que valorizam a posse de bola, que sabem jogar pressionadas e que se respeitam. Não houve chutões, pancadaria e jogadas bizarras que estamos acostumados a ver. Vimos sim, uma aula tática e no fim um resultado de 1x1 com sabor de vitória para os cariocas, que buscaram insistentemente o gol de empate e foram bem melhores, sobretudo na etapa final.
Impossível não mencionar a entrada do estreante Vitinho no Flamengo. Mostrou personalidade e não sentiu a pressão. Nem ele e nem o garoto da vez, Lincoln, que empatou a partida. Olho no garoto porque tem muito potencial. 
A partida de volta será no dia 15. Até lá, os compromissos de Brasileirão e Libertadores entram em cena. Sábado, ambos voltam a se encontrar pelo nacional. Será que teremos time misto para ambos? No tricolor com certeza, no Flamengo, talvez quatro ou cinco mudanças, que não mudarão o jeito que Barbieri gosta de ver - um time ofensivo, paciente e envolvente. Faça a sua aposta e que venham mais jogos assim para assistirmos.
Até a próxima!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

BRASIL PECA PELA COMPETÊNCIA - Por Rodrigo Curty

E o Brasil mais uma vez ficou pelo caminho na Copa do Mundo. O algoz dessa vez foi a seleção da Bélgica. Ganhar ou perder faz parte de qualquer esporte e também na vida, resta saber como lidar com isso.
Os comandados de Tite tiveram um desempenho aquém das expectativas, mesmo que muitos discordem. O time deveria ter sido trocado pelo elenco. As mudanças deveriam ter sido realizadas, independente de suas convicções. 
Hoje é muito fácil criticar, xingar, lamentar a derrota e falar de Tite e seus comandados. Penso que o trabalho deve ser mantido, porém com algumas condições que fizeram falta e que uma hora iríamos vivenciar. É preciso entender que as eliminatórias sul-americanas não podem servir de base para algo maior. O nível é outro e as facilidades muito maiores para chegar à Copa. 
O treinador manteve as suas convicções, suas ideias de longo período porque não viu outra alternativa. Acreditou realmente que no final das contas, os seus "protegidos" e "apostas" dariam conta do recado e calariam as críticas. 
Ora, a insistência em Gabriel Jesus, Paulinho e Willian foram desnecessárias. Repito, o time deveria ser elenco. Roberto Firmino não foi bem hoje, mas poderia sair titular, Douglas Costa poderia entrar antes, assim como Renato Augusto, antes titular e mais experiente que o escolhido Fernandinho. 
É verdade que aos poucos a seleção evoluía e aparentava dar o tão sonhado espetáculo ao seu torcedor. O problema é que o esquema burocrático, o de resultados e paciência se consolida quando se tem a partida no controle. E foi exatamente isso que faltou nas quartas de final. 
Tudo bem que o Brasil poderia antes dos 10' estar na frente com dois gols de vantagem, só que faltou a competência e a sorte que nos acompanhou por tanto tempo. E é sabido que a sorte acompanha os competentes e os que trabalham, e isso nunca faltou.
Então porque não deu certo justamente quando precisávamos? Talvez por acharmos que somos mesmo os melhores, os imbatíveis, os únicos pentacampeões. Talvez por prepotência e falta de compreender que os europeus nos copiaram bem e evoluíram na questão de competitividade e futebol de qualidade, enquanto deixamos de herdar o que eles podem nos ensinar, como as mudanças táticas e frieza, por exemplo. 
Ora, no futebol é preciso respeitar e reconhecer as limitações. O Brasil não teve nenhum tipo de mudança tática, era um time óbvio e de fragilidades nas laterais e fraqueza no meio-campo. Um time que jogou com vontade e determinação sem nenhum tipo de esquema, era tudo na base do jogar na área e ver o que vai dar -  uma hora um pé aparece na frente da bola e empurra para as redes. Para ser campeão é preciso muito mais. 
Ficou nítido que Tite demorou para entender que uma peça fora seria a certeza de algo drástico como foi. Casemiro fez muita falta. Fernandinho sentiu a infelicidade no gol contra e a partir daí errou, marcou errado, não teve apoio do restante da equipe e poderia ter o treinador fazendo a troca. 
E olha que mesmo assim o Brasil se impôs e foi muito superior a "ótima geração belga", que mostrou o suficiente para abrir 2x0 e aguentar a pressão. Provou ser uma equipe em que todos jogam por todos e não apenas para um brilhar. Provou ser uma equipe de esquema tático, mudanças inesperadas como Hazard e Lukaku jogando de pontas com De Bruyne jogando de falso 9. 
Do lado brasileiro faltou uma liderança, um cara que chamasse a partida para si. Calma, falo de Philippe Coutinho e Neymar, que sumiram e foram meros coadjuvantes, enquanto Douglas Costa, que após entrar foi a melhor alternativa para buscar algo na partida. Fez o que os considerados craques deveriam fazer. Outro que tentou foi Marcelo, um lateral/ala. Só que quem brilhou e poderia sair como o melhor do jogo deu azar -  Renato Augusto marcou o gol e teve a chance do empate, antes mesmo de Neymar, no apagar das luzes parar novamente na muralha de nome Courtois.
Agora é levantar a cabeça e reconhecer que a seleção não estava madura para conquistar o Hexa. É repensar nas regalias e nas preocupações extracampo, como as redes sociais, as marcas que investem horrores na figura de A ou B como garoto propaganda. Seleção brasileira é coisa séria e deve ser respeitada e valorizada mais do que qualquer equipe em que um atleta que é convocado atua. É preciso entender isso, como também valorizar aos que no país atuam. 
Longe de comparar com os outros que estão anos luz na nossa frente, no que diz respeito o surgimento e trabalho de base. Basta pensar apenas em Alemanha, França e Inglaterra, que contam com mais de 80% dos convocados atuando nos clubes de seus países. Ok, o Brasil não tem força financeira para manter os que surgem em seus clubes, mas poderia repensar no formato de manter um base também em casa, caso contrário, esqueça comprometimento, identidade e o significado de vestir a camisa mais pesada do futebol mundial.
Força Brasil e que comece o planejamento desde já. Daqui quatro anos nos vemos no Catar.
Até a próxima!!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

BRASIL E BÉLGICA MEDEM FORÇAS NA COPA - Por Rodrigo Curty

E a seleção brasileira finalmente começou a dar sinais de melhora na Copa do Mundo. Depois de ser questionada sobre a obrigação da classificação na fase de grupos, nas oitavas de final com o México pela frente, por mais que alguns torcedores não admitam, existia certa preocupação.
Pois bem, mesmo que o Brasil tenha sofrido no início com uma marcação sobre pressão, falta de poder ofensivo do adversário e com um Philipe Coutinho apagado, mostramos que outros podem aparecer.
Neymar resolveu se soltar mais. Chamou o jogo, evitou cair nas provocações e sim, precisa apenas melhorar nas suas atuações desnecessárias. Longe de entender que as pauladas, pisadas, entre outras coisas tenham que passar desapercebidas, apenas penso que não precisam ser valorizadas como foram. 
O craque da seleção para chegar ao objetivo de ser um dia o melhor do mundo precisa amadurecer. E isso passa por Tite, que ao meu ver, deveria deixar o camisa 10 se defender sozinho, uma vez que de bobo, ele não tem nada e é um cara do bem. A imprensa internacional pega demais no pé do menino Ney, mas porque ele também permite isso.
No campo ele é gênio, basta ver o toque de calcanhar para Willian, este aliás, finalmente resolveu estrear na Copa, antes de empurrar para às redes. Depois na participação da jogada do gol de Roberto Firmino, que provou ser o "coringa" do treinador e um exímio atacante camisa 9. Será que não está na hora de Gabriel Jesus esquentar o banco? E mesmo que digam que não porque ele é fundamental no esquema tático, me perdoe, afinal o atacante do Liverpool faz muito bem essa função por lá e cairia como uma luva.
O placar de 2x0 poderia ter sido melhor se não fosse o esquema burocrático de jogar com o resultado e não para o encantamento. Uma pena e uma esperança na próxima partida.
Bem, digo isso porque basta pensar que a Bélgica, que suou para passar pelo Japão, que vencia por 2x0 e abdicou de "matar" o jogo na reta final, permitindo a espetacular virada por 3x2, tem um time, tem um elenco e o desejo de fazer história. 
É claro que a partida não deve ser fácil e sim bastante estudada e com alternativas. Acredito que para o Brasil será melhor pegar uma seleção que joga e deixa jogar e não como as anteriores que adoram defender e esperar a chamada "bola" do jogo. 
O duelo poderá ser decidido em um detalhe, em uma fatalidade ou até mesmo com placar elástico. Os diabos vermelhos não devem manter o esquema de três zagueiros. Se assim fizer, melhor para o Brasil, que deve saber se aproveitar da marcação no campo adversário e conseguir marcar seus gols. 
Por outro lado, Tite deve montar um time mais cadenciado e com marcações em zona, afinal Hazard, Bruyne e um atacante como Lukaku merecem atenção de todos. E olha que o banco já provou ser forte também. A mudança de esquema tático é variável como a partida. Melhor pra nós que o tic-tac de Roberto Martínez pode nos ajudar ao não ter chutes a todo momento à meta de Alisson.
Faça a sua aposta, a minha é que quem passar deve entender que a Copa seguirá adiante contra duas belas seleções - Uruguai ou França. O hexa é logo ali, só que o caminho pede atenção.
Até a próxima!! 

quarta-feira, 27 de junho de 2018

BRASIL JOGA PARA O GASTO E AVANÇA AS OITAVAS - Por Rodrigo Curty

E a Seleção Brasileira conseguiu avançar às oitavas de final da Copa do Mundo na Rússia.
A partida contra a Sérvia não foi como se esperava, no que diz respeito ao espetáculo e sim, valeu para ver um Brasil mais equilibrado e objetivo. É bem verdade, que os comandados de Tite poderiam ter sofrido menos sustos, como também, se forçassem um pouco mais a pressão e arriscassem mais os chutes, poderiam vencer com maior facilidade.
É comum vermos a seleção estudando e aguardando seus adversários. Seria incomum se fosse diferente. Tite prefere o jogo mais burocrático, calmo, de posse de bola, do que propriamente usar suas principais armas para resolver logo as partidas.
E olha que o começo foi assustador com a contusão estranha de Marcelo. O lateral saiu com dores lombares e deu sua vaga à Filipe Luís que não comprometeu e até que foi melhor que o titular defensivamente.
O meio-campo buscou tocar mais rapidamente a bola, o que resultou em um Neymar mais produtivo e coletivo, o que convenhamos, o que não pode mudar. A zaga esteve menos afoita, Casemiro jogou muito na marcação e armação. O questionado Paulinho teve maturidade, foi bem na parte defensiva e como elemento surpresa fez o que todos já esperavam desde o início da Copa -  foi dele o gol, após belo passe de Philippe Coutinho.
Daí para frente quem esperava uma tranquilidade brasileira, se surpreendeu com a coragem e o jogo de igual para igual dos sérvios. O segundo tempo poderia até ter uma virada, se não fosse a "sorte" e a falta de competência dos atacantes em empurrar a bola para as redes. 
Como no futebol, quem não faz, leva, e o que vale é a competência e nem sempre o merecimento, o Brasil fez a sua camisa pesar. Thiago Silva, que pouco antes havia salvado de joelho o empate sérvio, marcou de cabeça, após escanteio, subindo mais alto que a "alta" zaga adversária. Era o que precisava, um gol para dar tranquilidade e administração da partida.
A partir daí, de maneira mais leve, Neymar apareceu mais, arriscou jogadas, Coutinho cadenciou e mesmo assim, Willian e Gabriel Jesus deveram o que se esperam deles. Aliás, mesmo que Tite entenda que o time precisa ter uma sequência, penso que está mais do que na hora de usufruir do banco com as entradas de pelo menos dois jogadores - Fernandinho e Firmino, por exemplo. 
A confiança aumenta a cada rodada e agora qualquer erro poderá ser crucial. O mata-mata nem sempre avança a melhor equipe e sim, aquela que se aproveita das chances que têm e que conta com um esquema, no qual o time adversário é estudado. E esse o problema. Apesar de mais fraco tecnicamente, o México de Osório sabe como jogar contra qualquer seleção. É um time sem medo e que joga "descompromissado". Aparentemente será um jogo equilibrado e com jogadas rápidas e de grande emoção.
É aguardar para ver e torcer para passarmos adiante, rumo ao Hexa.
Até a próxima"

sexta-feira, 22 de junho de 2018

BRASIL SOFRE, VENCE E É CRITICADA - Por Rodrigo Curty

E a segunda partida da Seleção Brasileira não foi nada fácil. A Costa Rica entrou com o objetivo de jogar por uma bola e parar a qualquer custo os ataques do Brasil. 
O time para variar deixou a ansiedade tomar conta. Mesmo assim poderia ter saído em vantagem bem antes dos acréscimos, se tivesse um pouco mais de personalidade e confiança. 
O Brasil tinha que ter arriscado mais os chutes de fora da área, porém preferiu tocar pra lá e para cá. Ok, o futebol mundial hoje tem em sua maioria das equipes e seleções, jogando dessa maneira. Um jogo ao meu ver chato e burocrático. É bem verdade que o estilo de jogo prevalece, talvez, quem apresenta uma melhor preparação física, ou seja, uma hora, a presa se cansará e o predador se prevalecerá pela insistência. 
O problema é que a máxima do futebol de "quem não faz leva" ou " a bola pune" mostra as caras quando se menos imagina. Ainda bem que hoje não foi isso que aconteceu, uma vez que o adversário é bem fraco tecnicamente. Teve duas chances para criar algo e errou. Melhor para nós. 
Na primeira etapa a fórmula da Costa Rica, em querer segurar a seleção e não perder o jogo funcionou bem e nossos representantes ficaram devendo. Ora Neymar, ora Coutinho, ora Gabriel Jesus e cia. Já na etapa final, o Brasil definitivamente entrou no jogo e fez prevalecer seu melhor nível técnico. A bola insistiu em não entrar nos primeiros 15' de puro sufoco com Gabriel Jesus carimbando o travessão, Neymar errando chute de fora da área e com Navas sendo o destaque.
O tempo ia passando e o nervosismo tomando conta. Estava nítido que Neymar estava tenso e preocupado em não vencer a partida. Buscou o jogo, foi bem mais solidário e poderia ter sido mais Neymar, antes do primeiro gol, quando saiu em velocidade no mano a mano. Enfim, é fato que nosso camisa 10 sempre será criticado pela exigente torcida brasileira. É verdade também que ele colabora para isso. O lance em que pediu pênalti ficou provado -  poderia seguir na jogada e ter marcado um belo gol. O time sentiu o lance e perdeu a cabeça. O camisa 10 e o 11 levaram cartão amarelo por reclamação. 
O tempo ia passando, os jogadores da Costa Rica catimbando e veio os 6' de acréscimos para fazer justiça. Cruzamento de Marcelo, cabeçada de Firmino pra área, toque de Gabriel Jesus e chute de bico de Coutinho por baixo das pernas de Navas, UFA!! Que alívio. Depois teve chance para Firmino fazer o segundo gol e no apagar das luzes o gol de Neymar, após jogada de Casemiro e passe de Douglas Costa. Era o gol da redenção, do craque da seleção. Neymar precisa melhorar em muitos aspectos, jogar seu brilhante futebol sem ficar reclamando, parar de cair em qualquer lance e ter mais liderança e maturidade.
E claro que Tite tem que ser o grande responsável por essas atitudes. Tem que mostrar que é o cara que manda e que pode sim mudar uma estratégia de jogo, algo que ainda não vi e creio que você também não. Vamos passo a passo.
Por outro lado, o povo brasileiro tem que apoiar mais ao invés de torcer contra ele e alguns outros jogadores. Temos que parar de valorizar só as outras seleções e países. A Copa está aí provando que não tem ninguém sobrando. Podemos fazer nossa parte, que é de ter mais paciência e acreditar que o caminho para o hexa, por mais difícil que possa parecer é possível.
E antes que falem que possa estar em cima do muro, quero acreditar e torcerei por esse grande feito, mas ainda não acredito e aposto em uma seleção surpresa como já disse em outras oportunidades. A minha aposta segue sendo a Bélgica, que pode sim, repetir a Espanha de 2010. É aguardar para ver. Até a próxima!


domingo, 17 de junho de 2018

BRASIL ESTREIA COM EMPATE NA RUSSIA - Por Rodrigo Curty

A Copa da Rússia mal começou e as seleções consideradas favoritas para a grande maioria decepcionaram  até aqui.
O Uruguai venceu no apagar das luzes, a Espanha sucumbiu contra a seleção Cristiano Ronaldo, Messi e sua Argentina desorganizada ficou no empate com a estreante Islândia. A França, graças o VAR venceu a Austrália. Mesmo assim, a pior de todas foi a Alemanha que viu o México fazer 1x0 e conseguiu segurar uma certa pressão.
E o Brasil? Pois é, a minha expectativa era de que a partida contra a Suíça seria amarrada e decidida em detalhes. E foi o que aconteceu. A Seleção Brasileira provou ser realmente burocrática e que definitivamente jogará nessa Copa por resultado e não para encantar.
Bem, basta avaliar os primeiros 25' e ver se tenho ou não razão. Os comandados de Tite dominaram as ações, tocavam bem a bola e conseguiram marcar um golaço à "Lá Brasil " com Philippe Coutinho. 
Depois disso prefiram fazer o toque pra lá e para cá e ficar administrando o tempo forçando as faltas. Neymar que o diga -  O craque brasileiro foi bastante marcado e valorizou demais as faltas sofridas - foram 10 no total e que causou três cartões amarelos aos suíços.
O time europeu é enjoado e joga por pequenas oportunidades. Foi assim, que no início da segunda etapa marcou o seu gol de forma irregular. Sim, houve um empurrão nítido no zagueiro Miranda. Só que sejamos sinceros - esse tipo de lance e até piores ocorrem sempre nas bolas paradas. A experiência de Miranda deveria prevalecer. O zagueiro tinha que cair ou ter levantado os braços para reclamar. Só que nem ele, e nem ninguém na hora fez isso. Fizeram apenas depois de ver o lance no telão. 
Aqui dois pontos: 
1 - Eram sete jogadores brasileiros no lance do gol. Marcação falha, espaços na área e Alisson sem fazer o papel de um arqueiro nesse tipo de jogada -  a pequena área é sempre do goleiro. Ninguém acompanhou Zuber.
2 - O lance foi na frente do árbitro que mesmo convicto que "lances" assim sempre ocorrem, deveria ser auxiliado pelo árbitro de vídeo. O responsável devia estar "dormindo" ou no "banheiro" na hora do gol. A dúvida é -  Então até que ponto vale ter o VAR se ele não for usado nesse tipo de lance? Por que vale para uns, como para França e não para outros como o Brasil?
Após esse lance imaginei que a seleção iria se impor e forçar a saída de bola no campo adversário. Que voltaria a ter o toque de bola e arriscar mais de fora da área. De certa maneira até fez, só que de maneira desorganizada e ansiosa. 
Antes que me cobrem, houve outra polêmica -  o pênalti não marcado em Gabriel Jesus. É claro que ele foi abraçado e tocado embaixo, só que esse se esqueceu que Copa não é Brasileirão. O atacante do Manchester City já deveria saber por jogar na Inglaterra que não basta cair para vibrar e sim saber cair. Ele poderia ter seguido na jogada ou cair para a direção certa. Veja uma das câmeras e verá o salto exagerado para o lado oposto. 
De qualquer maneira o árbitro de vídeo mais uma vez deveria ter sido acionado. Assim ou o pênalti seria marcado ou Jesus seria punido por ludibriar a arbitragem, e que convenhamos não chegou nesse ponto. 
Tite tentou mudar o esquema, só que o banco não permiti isso. O Brasil não possui meias de criação e sempre veremos uma troca seis por meia dúzia. Numa delas, a troca foi boa, Firmino fez mais que Gabriel e quase marcou o gol da vitória. 
Se é o que temos para o momento vamos ter fé e entender que não foi exclusividade da seleção em estrear mal. Amistoso é amistoso e Copa é Copa. 
Não tenho dúvida que o Brasil crescerá na competição, só que para isso, como diz a moda atual " deverá saber sofrer e sentir a dor" ao invés de lamentar e falar dos "ses" que surgem. Um time de qualidade consegue vencer contra tudo e todos e encarar as adversidades e possíveis "ajustes" e "conspirações".
Assim como em qualquer torneio, sempre haverá polêmicas. O VAR deveria ser usado. Agora, será que se em outras Copas, como por exemplo a de 2002, quando fomos os beneficiados da vez contra Turquia e Bélgica já houvesse essa tecnologia e também não fosse usada para mostrar o benefício a nosso favor, estaríamos lamentado hoje?
Infelizmente existem questões políticas por trás de qualquer evento. Um dia da caça e outro do caçador, quando deveria ser um jogo que vença o melhor e que a justiça seja feira, por isso existe essa tecnologia, ainda nova para todos. 
Insisto que está errado não usar a tecnologia, mesmo que seja em excesso. Na dúvida vale a certeza de fazer a coisa certa. 
Enfim, vida que segue porque agora é pensar na Costa Rica. Espero que Tite aproveite esse espaço de tempo para cobrar que daqui para frente a ordem ao nosso camisa 10 seja de manter o toque de bola rápido ao invés de querer avançar na marcação. Foi assim que chegamos ao gol e conseguimos criar boas situações na partida. Os também dribladores Coutinho e Willian, por exemplo, não sofreram como Neymar porque foram mais objetivos. 
Ok, a torcida espera mais do 10 e por isso, ele deve sim ser o protagonista - A questão é que o time tem outros jogadores de qualidade e, por isso deve ser mais coletivo como foi até o gol. 
É claro que a genialidade de um cara como Neymar têm que aparecer quando a partida exige isso. E é fato que contra a Suíça exigiu e ele preferiu buscar as faltas ao tentar ficar em pé. Se tocasse mais a bola, abriria espaços para alguém em melhor condição marcar. Pense nisso e concorde se quiser.
Bola para frente Brasil - o caminho até o hexa exigirá mais controle emocional e cobranças para todos. Que venha a Costa Rica e uma goleada para dar moral e certeza de que entramos na Copa.
Até a próxima!! 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

O FOCO AGORA É A COPA - Por Rodrigo Curty

E após 12 rodadas no Brasileirão, as atenções do torcedor agora é para a disputa de mais uma Copa do Mundo. 
E antes de entrar nessa importante competição, vale alguns registros para a parada das equipes brasileiras.
O Flamengo segue líder com a diferença de quatro pontos para Atlético MG e São Paulo. Os três devem seguir regulares e com possíveis altos e baixos. O Corinthians segue ladeira abaixo, assim como o Fluminense. Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro, precisam melhorar e muito. Se o trio valorizar apenas outras competições como Copa do Brasil e Libertadores, poderão ficar sem nenhuma. Planejamento nessa parada será à alma do negócio e creio que voltarão fortes. Olho neles!
Outro que merece atenção é o Internacional. o Colorado é um time equilibrado, assim como o Sport, quando joga em seus domínios.
O Santos venceu e definitivamente espera ser outro pós-Copa. O mesmos e espera para os desesperados Atlético PR e Bahia, por exemplo. O tricolor venceu e mesmo assim capenga. O rubro-negro precisa de uma renovação urgente na sua parte técnica.
No meio da tabela Vasco, Chapecoense e Botafogo devem oscilar bastante entre a posição de sétimo à 14ª. Vamos aguardar!!
Agora sim, vamos falar da maior competição do mundo da bola que começa hoje na Rússia. 
A expectativa é de que finalmente a Seleção Brasileira conquistar o Hexa. Agora, será que a maioria dos brasileiros estão realmente preocupados com isso?
Eu não sei você, mas pelo menos aqui em São Paulo, eu sinceramente, nos bairros que visitei não vi tanta empolgação do povo. Ainda não me deparei com ruas pintadas, rodas de resenha para falar sobre o evento. Ok, para não dizer que eu não vi nada, o que não somente vi e participei foi da coleção do álbum da Copa, que aliás, perdeu a graça por ter sido completado bem antes da partida inaugural. Coisas de colecionar ansioso.
A Copa do Mundo normalmente apresenta algumas surpresas. Nessa, pode-se dizer que já apresentou com a falta de grandes ou tradicionais seleções como Itália, Holanda e Estados Unidos. 
Por outro lado, as novatas como Islândia e Panamá deverão dar adeus na primeira fase. Essa fase classifica as duas melhores seleções de cada grupo e nem sempre as favoritas passam, assim para não ficar em cima do muro, acredito que, caso venhamos a ter surpresas, essas ocorrerão nos grupos A, com a eliminação da dona da casa, no C com o Peru surpreendendo, no grupo F com certo favoritismo da Alemanha. 
Já nos grupos B, D,E, G devem dar as lógicas, sendo na ordem - Uruguai, Rússia,Espanha, Portugal, França, Dinamarca, Argentina, Croácia, Brasil, Suíça, Alemanha, México, Bélgica e Inglaterra. No grupo H, sinceramente, vejo o mais equilibrado e até alguma seleção passando por saldo.
E o Brasil? O Brasil de Tite é isso que vemos. Um time equilibrado, ao meu ver, pouco vibrante, porém com jogadores que podem resolver qualquer partida, principalmente quando se tem uma oportunidade. 
O fato de não passar aquela confiança de favoritaço, ajuda. O time é obediente taticamente, burocrático e prático. Faz o que deve ser feito para sair vencedor e não encantador. O brasileiro tem a mania de querer lembrar dos que vencem e não dos que dão espetáculo e fazem do país, realmente o país do futebol, o da beleza e alegria nas pernas.
Eu como bom romântico do futebol, ainda preferia e espero ver show. Dribles, toques de bola envolventes, muitas chances de gols, e sei que isso praticamente será impossível. 
Resta saber como a seleção irá se portar e se as chances dos adversários seguirão parando nas defesas de Alisson e na falta de sorte. Amistoso é amistoso e Copa é Copa, que fique claro isso no primeiro segundo que a bola rolar.
Boa sorte à seleção canarinho e até a próxima!! 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

FLAMENGO É LÍDER E CONVENCE - Por Rodrigo Curty

Foto: Flaagora.com
E o Brasileirão está apenas no início. Até aqui foram 11 rodadas e com certeza muita coisa deve mudar até o término do torneio em dezembro. 
Só que nesse momento extraordinário do Flamengo, o torcedor rubro-negro acredita que a tendência é que o time evolua ainda mais a cada rodada e torce para não ter que se rebelar  tão cedo de forma negativa.
A empolgação é válida. Depois de ser eliminado precocemente do campeonato carioca, não convencer em algumas partidas da fase de grupos da Libertadores e ver um nome que jamais imaginou que poderia dar certo, tudo mudou.
O fato é que o Flamengo com Maurício Barbieri é outro. É mais coletivo, vibrante, tem mais toque de bola com objetividade e dá entender que o grupo está mais unido, homogêneo e confiante. Conta com lideranças em todas as partes do campo - Diego Alves, Cuèllar, Diego e Everton Ribeiro.
É claro que os mais críticos e exigentes dirão que o Flamengo ainda não foi testado. Que o time só pegou equipes mais fracas e que ainda não teve uma prova de fogo concreta e blá, blá, blá. Ora, de certa maneira, as equipes enfrentadas nessa trajetória brilhante do interino que até aqui em 16 jogos, conseguiu 10 vitórias , cinco empates e apenas uma derrota não foram os considerados mais fortes, só que ao mesmo tempo teve Internacional, Atlético MG, River Plate, Corinthians e Fluminense. E todos tiveram as mesmas "pedreiras" e "molezas", por isso, ele e a campanha do time da Gávea deve ser valorizado.
A parada para a Copa do Mundo poderá ser crucial para o clube. Apesar do ritmo intenso de jogos, os desfalques importantes a cada rodada, a motivação e apoio da massa rubro-negra, continuar era preciso. O time está encaixado e concentrado.
A exclusividade não será apenas do atual líder do certame, depois da partida contra o Palmeiras, na quarta-feira, a volta, principalmente no mês de agosto será determinante para a permanência de Barbieri e a consolidação do rubro-negro nas competições.
O Flamengo terá pela frente adversários respeitados como São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Santos, Sport, Botafogo e Atlético PR. Tudo entre Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Serão nove partidas de tirar o fôlego.  
O plantel será testado de vez e deverá sem muito bem trabalhado. O planejamento deve ser feito de maneira minuciosa para evitar falha de percurso. É preciso se reforçar nas laterais e pelo menos dois homens de frente, sendo um que faça as arrancadas e jogadas hoje realizadas por Vinicius Junior que deve se despedir mesmo em julho. Esse nome ao meu ver não seria de Marlos, Geovânio e Berrio que retorna de longo período de recuperação. Henrique Dourado é uma incógnita e Vizeu estará na Itália -  Lincoln será esse cara? É novo e tem talento, precisará apenas não ter etapas queimadas. 
Barbieri e sua comissão técnica  terão bastante trabalho. A vaidade terá que ser controlada e a humildade mantida. Em breve, Réver e Juan estarão à disposição e resta saber se voltam a titularidade ou se estes entenderão e respeitarão o momento brilhante da zaga atual, que conta apenas com o garoto Léo Duarte como único a não sair. Rhodolfo até se lesionar novamente fez uma bela dupla, e o garoto Thuler mostrou personalidade e quer sim ser titular também. 
É aguardar para ver até quando dura essa alegria em vermelho e preto e se a maturidade, de fato existe para os desafios futuros. Eu acredito, e você?
Até a próxima!!