segunda-feira, 4 de junho de 2018

OS CONFRONTOS DA LIBERTADORES 2018 - Por Rodrigo Curty

E estão definidos os confrontos das oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2018. Para quem esperava ver grandes clássicos entre brasileiros e argentinos, restou aceitar confrontos domésticos e belas possibilidades a partir das quartas de final.
Vamos aos duelos e suas análises:
Palmeiras x Cerro Porteño: 
Essa será a quinta vez que as equipes medirão forças. Apesar da equipe paraguaia ter se classificado a esta fase como a melhor segunda colocada, ao meu ver deve ficar pelo caminho, perdendo, inclusive, as duas partidas, mesmo com uma possibilidade do time brasileiro chegar em fase conturbada. 
Grêmio x Estudiantes:
O atual campeão da Libertadores pode comemorar. O adversário é tradicional e já levantou a taça em quatro oportunidades. Só que o Estudiantes está bem longe daquele que encarou o tricolor no ano de 83. Hoje está longe de ser um time complicado. Foi apenas o 15ª colocado do campeonato argentino. Resta saber se a camisa pesará como em outras oportunidades, afinal, a Libertadores é outro torneio.
Colo- Colo x Corinthians:
A classificação aqui pode dizer tudo. O Timão pegará o pior time da fase de classificação e deve passar sem muitas dificuldades, mesmo com o possível desmanche da equipe. O time chileno é apenas o 6º colocado em seu país e tem em Valdivia, ex-Palmeiras, a esperança de uma zebra. 
Independiente x Santos:
O maior campeão da competição foi apenas o 6º colocado no campeonato argentino e hoje está fora da próxima Libertadores. Nessa edição surpreendeu o Corinthians e tem um futebol de técnica e velocidade. O Santos, por sua vez, é um time que pode surpreender se jogar sem medo de atacar. Jair Ventura aposta suas fichas para ter menos pressão à frente da equipe, que necessita urgente de um meia de criação. Equilíbrio no duelo.
Flamengo x Cruzeiro:
Atual líder e vice no Brasileirão devem fazer dois grandes duelos. Com o péssimo calendário nacional, resta saber quem terá um melhor elenco para chegar forte no confronto. O time de Mano Menezes leva a melhor sobre o rubro-negro em mata-mata, porém com ele à frente ainda não triunfou. Em seis jogos foram três derrotas e três empates, sendo dois pela final da Copa do Brasil, no qual o time mineiro levou a melhor. Será que a história se repetirá? Duelo equilibrado.
River Plate x Racing:
Um grande clássico argentino. O River é tradicional na competição e o Racing se não perder jogador pode surpreender. No torneio local, ambos decepcionarão e por enquanto, estão fora da edição do torneio em 2019. Terminarão com 45 pontos. O time de Marcelo Galhardo tem uma ligeira vantagem pela experiência da equipe. Só que isso não entra em campo. Duelo equilibrado.
Atlético Nacional (Col) x Atlético Tucumán ( Arg)
O time colombiano está bem longe de ser aquele que surpreendeu à América em 2016. De qualquer maneira sobrou no colombiano e tem uma equipe interessante. Já o time argentino foi o 16º colocado e não deve conseguir avançar. Se bobear perde as duas partidas. 
Boca Juniors x Libertad
O tradicional time argentino, apesar de ter sobrado no argentino, ainda não decolou na temporada como se esperava. Na Libertadores passou na bacia das almas. Com a parada para a Copa pode se ajustar e voltar a ser o time temido que a fanática torcida espera. Merece respeito. Já o time paraguaio entra como franco atirador. Arriscará tudo jogando em casa e se passar me surpreenderá.
Vamos aguardar e ver quem será quem após a Copa do Mundo. Faça a sua aposta e seu prognóstico.
Até a próxima!

terça-feira, 29 de maio de 2018

BRASILEIRÃO OU BRASILEIRINHO - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão 2018 segue bem equilibrado. A diferença do primeiro colocado, o Flamengo para o 10º, o Cruzeiro é de apenas quatro pontos. Essa campanha, em relação a pontos conquistados, só não é pior do que a de 2003, quando o Criciúma também somou nas primeiras sete rodadas os 14 pontos, porém com um saldo de gols pior do que o atual pertencente ao time carioca.
Agora, que diferença faz esse tipo de retrospecto? Bem, ao meu ver, vale apenas para analisar o tipo de campeonato quer se disputa no país. 
Longe de querer comparar com os também "valorizados" torneios europeus, como Espanhol, Francês, Italiano, Alemão, etc. Sinceramente, com exceção da Premier League, esses outros contam somente com duas ou no máximo três equipes disputando até o fim o título. 
Dessa maneira, não seria nenhum erro afirmar que tecnicamente também são campeonatos fracos. A diferença é que os considerados jogos ruins de lá, são melhores do que os nossos aqui, mesmo quando se tem um time com certa grife em campo. 
O Brasileirão é bem fraco tecnicamente. As razões não são poucas para esse ser chamado de Brasileirinho - Basta avaliar a quantidade de passes errados, a falta de oportunidades de gols nas partidas, a escassez de mudanças táticas, erros de arbitragem em excesso e a valorização pelo posse de bola.
Hoje os times se preocupam mais em questionar que perderam por erro disso ou daquilo do que assumir as falhas técnicas. Uma pena que seja assim, a cultura enraizada.
E como se não bastasse tudo isso, a pergunta que sempre fica é porque as equipes mais qualificadas ou de maior poder financeiro não conseguem se sobressair a outras que tiram "leite de pedra"? Ora, imagino que uma das grandes razões é o nosso péssimo calendário.
Por exemplo, o Atlético MG com o elenco que tem e um time relativamente bem montado, tem grandes chances de se dar bem no torneio. O motivo é simples, é o campeonato que lhe resta. 
Já Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro, os considerados favoritos, terão que administrar também a participação na Libertadores e Copa do Brasil. Aqui a grande missão, fazer do elenco um poder de fogo para conseguir ter duas equipes equilibradas. Infelizmente quase nenhum consegue isso, seja por falta de tempo, seja por não implementar no planejamento, quem será quem na temporada. Se o jogador soubesse qual competição jogaria e se o clube colocasse esse grupo para treinar separado, acredite, daria muito certo, independente de quem seria o considerado time A ou B.
E o que vemos? Treinadores "inventando" a roda, trocando jogadores sem nenhuma lógica e os times desentrosados perdendo pontos importantíssimos, que poderão fazer falta no final do ano.  
Vamos aguardar e ver o que vai dar. Até a paralisação para a Copa do Mundo, poderemos ter mudanças na liderança ou certa vantagem sendo construída, após ela, uma quantidade surreal de partidas e a expectativa de quem trabalhará melhor o elenco para seguir vivo nas competições presentes. 
Viva o valorizado e bagunçado calendário brasileiro.
Até a próxima!!

sábado, 26 de maio de 2018

13 VEZES REAL MADRID - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma Copa dos Campeões da Europa. A final do maior torneio do mundo poderia ter sido melhor. Real Madrid e Liverpool tinham futebol para isso. Pena para quem esteve em Kiev.
É bem verdade que uma final como essa, qualquer erro seria crucial e dificilmente, ambos jogariam como jogaram até às semifinais. 
Os Reds bem que tentaram. O time de Klopp joga para frente e se preocupa mais em marcar do que levar gols. O time rengue, por sua vez, sabe ser competente e resolver a partida, quando se menos espera. É definitivamente um time copeiro e acostumado à decisões.
Na primeira etapa, o time inglês começou melhor, buscava as ações até que antes dos 25' teve a sua primeira derrota -  o craque do time, o egípcio Salah saiu com lesão no ombro, após um "golpe" de judô do capitão espanhol, Sergio Ramos. Uma pena e uma certeza - o time sem emocional ou que não trabalha com as adversidades, dificilmente consegue vencer.
A prova disso foi que o Real Madrid cresceu na partida e o inglês sentiu o baque. Na segunda etapa isso se concretizou. Logo no início, Isco acertou o travessão. Na sequência o primeiro erro do goleiro dos Reds - Karius, inexplicavelmente saiu errado com as mãos e jogou a bola nos pés de Benzema. Um erro infantil que custaria caro.
O jogo ganhou emoção, após a falha, quando Mané, aos 9' conseguiu empatar e dar esperança na busca do sexto título. Era só esperança, afinal, o time espanhol tem banco e não depende apenas de Cristiano Ronaldo. O "cara" do jogo seria o galês Gareth Bale. 
O primeiro gol, uma pintura, triciclo, meia-bicicleta, bicicleta, enfim, o que você quiser chamar. Essa não deu para o goleiro alemão, e ao meu ver poderia dar para um goleiro que esticasse o braço e com "grife" como, por exemplo, Buffon. 
O Liverpool sentiu o gol e não levou mais porque o Real errava na última bola. Até que aos 37' , num chute despretensioso, Bale arrasou de vez Karius, que falhou novamente. Um dia para esquecer. 
O goleiro chorou copiosamente e é uma pena que a torcida não entenda que é só futebol. E por ser um ser humano, ele também não é imbatível. O mundo da bola dá voltas, resta saber se o arqueiro terá maturidade para voltar as manchetes positivas.
Após a partida quem brilhou nas manchetes foi o português Cristiano Ronaldo, que com 15 gols, levantou mais uma "orelhuda", a sua quinta, sendo quatro com o time merengue. Agora, é aguardar para ver se o ídolo fica ou saí de Madrid na próxima temporada. 
Vale aqui também o registro para os brasileiros Casemiro e Marcelo, que chegaram à quarta conquista em cinco anos no clube. E a tendência é que levantem mais.
Outro que conseguiu dar a volta por cima foi Keylor Navas - De falhas nas fases anteriores, as belas defesas quando exigido na final. O cara é um papão de títulos e espera manter a hegemonia.
Agora que venha a Copa do Mundo e a conformação de assistir o Brasileirão, que está muito longe de ser empolgante.
Até a próxima!








segunda-feira, 14 de maio de 2018

TITE CONVOCA SELEÇÃO PARA BUSCAR O HEPTA - Por Rodrigo Curty

Foto:Jornal Gazeta Online
E acabou o mistério. Tite, o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, definiu nesta tarde os 23 jogadores que disputarão à Copa do Mundo na Rússia.
É bem verdade que nem todos os convocados agradou a geral, e convenhamos, nenhuma convocação teria 100% de aprovação, afinal o Brasil tem 200 milhões de técnicos e todos acham que a sua sempre será a melhor. 
A lista é essa:
Goleiros: Alisson, Ederson e Cássio. 
Laterais: Danilo, Fagner, Marcelo e Filipe Luís. 
Zagueiros: Miranda, Marquinhos, Thiago Silva e Geromel. 
Volantes / Meias: Casemiro, Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Fred, Philippe Coutinho e Willian. 
Atacantes: Neymar, Douglas Costa, Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Taison.
A verdade é que goste ou não, a maioria do país confia nessa convocação. As eliminatórias provaram que o grupo tem sim suas qualidades. É um time maduro, experiente e com muita vontade de vencer. 
Infelizmente, a Seleção Brasileira e não é de hoje, é uma seleção internacional. Desta vez, apenas três jogadores que atuam no país, estarão presentes - Cássio e Fágner, do Corinthians e Geromel do Grêmio. 
Isso talvez, seja uma prova que o nosso campeonato, por mais que queiram provar o contrário é péssimo se comparado aos de fora. E não deveria, porque lá também há uma supervalorização e é sabido, que sem os considerados favoritos, restam equipes medianas para baixo. 
O problema que entendo e a maior diferença daqui para lá, é que há futebol, ruim ou não tecnicamente, não tem essa "chatice" que aqui impera como erros cruciais de arbitragem, reclamações, cai-cai, cera e qualquer lance virando polêmica.
Os times europeus investem nos melhores e os brasileiros se encontram nessa situação. Claro que ao meu ver, jogadores que atuam aqui poderiam representar e bem à amarelinha. Para não se alongar muito, esperava ver pelo menos, um Arthur ou Luan nessa lista.
Tite é o comandante da vez e sabe o que tem em mãos. Tem um grupo que respeita sua filosofia pragmática e de resultados. Jogadores que se limitam a fazer até mais do que sabem para fazer o que é passado -  Jogar pelo placar e não pelo espetáculo. Uma pena já que com um meio e ataque tão qualificado, o que poderia se esperar era o verdadeiro futebol canarinho em campo. Dificilmente veremos isso. E pior, vencendo, o brasileiro achará ,lindo. Pobre nação, pobre futebol.
Antes que me detonem, calma. Sou patriota, porém um romântico do esporte Bretão. Quero e torcerei sempre pela seleção que buscar mostrar um futebol de qualidade e com vontade de vencer, mesmo que isso custe uma classificação. Que o Brasil me cale sendo assim.
Torcerei por quem gostará de ser lembrado pelo belo futebol mostrado e não pelo que venceu se acovardando ou porque teve qualidade e competência em fazer valer "a bola" do jogo.
Quero e espero que os deuses do futebol não falhem em prevalecer as equipes que buscarão o verdadeiro futebol de qualidade, emoção e principalmente que se importarão com os gols. 
Torço por Tite e companhia. São sérios, inteligentes e estão com a faca e o queijo na mão. Resta saber como lidarão com a pressão e forma de atuar contra seleções como a França, Alemanha, Espanha, Inglaterra e até mesmo, e muita atenção nessa que acredito fará uma baita Copa, a Argentina. 
A Copa do Mundo é interessante porque coloca frente a frente seleções que poderiam estar na final. Que faz com que favoritas saiam de forma precoce. Tomara que as melhores sobrevivam e se "matem" apenas nas semifinais. Vamos aguardar.
Antes disso a programação será intensa. Dia 21, na Granja Comary, todos estarão presentes, com exceção de Casemiro, Marcelo e Firmino, que jogam a final da Liga dos Campeões, no dia 26 e se apresentam no dia 28, em Londres, no qual a seleção jogará um amistoso contra a Croácia, no dia 03/06, em Liverpool e depois no dia 10, em Viena contra a Áustria. No mesmo dia embarcam para Sochi, na Rússia e se preparam para a estreia no dia 17 às 15h(horário de Brasília) contra a Suiça em Rostov-on-Don.
Boa sorte aos 23 escolhidos. Que o trabalho seja bem feito e compensado no final. Que sejamos apenas um na Rússia.
Até a próxima!!






quarta-feira, 2 de maio de 2018

A VERDADEIRA CELESTE AZUL - Por Rodrigo Curty

E para muitos, as equipes que irão brilhar na temporada de 2018 no futebol brasileiro são: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro e Grêmio. O quarteto é visto assim, principalmente pelo elenco à disposição e não necessariamente por terem uma equipe, com exceção ao meu ver do tricolor gaúcho, que se mostra mais equilibrado. Fora desses quatro, quem prova não se preocupar com elenco por ter 11 caras que resolvem é o Corinthians, mesmo esse sabendo que em algum momento, sentirá falta de peças de reposição.
Isso é demonstrado e bem usufruído aos poucos aos outros três considerados mais fortes do país. Sim, estes entendem que vale e muito valorizar o que se tem, e assim montarem um ou até dois times que se tornem competitivos. Correm por fora o Atlético MG e o Santos.
Hoje eu vou falar do Cruzeiro, que após o título mineiro desandou no início da Libertadores e Brasileirão, a ponto de alguns pedirem a cabeça de Mano Menezes. O Brasil e suas manias de culparem apenas os treinadores pelos maus resultados.
E verdade seja dita -  a Raposa precisava mesmo provar que tem uma equipe forte, que investiu de forma correta e que está "fechada" com o seu comandante. No Brasileirão a campanha é ruim, apenas um ponto em nove disputados, só que no torneio continental, de eliminado precocemente, um ressurgimento impressionante. 
Nesta quarta-feira, em São Januário, o time mineiro encarou o Vasco, que precisava vencer as duas últimas partidas para chegar a já complicada classificação. Só que o que se viu foi um domínio técnico absurdo dos cruzeirenses. A vitória estava garantida ainda na primeira etapa por três fatores importes - Falta de competência dos comandados de Zé Ricardo, erros da arbitragem e qualidade ofensiva dos mineiros. 
O segundo tempo o Cruzeiro jogou com tranquilidade e mesmo sofrendo ataques perigosos e a falta de sorte do adversário, chegou ao quarto gol, mais uma vez, de maneira irregular, uma vez que Sassá fez falta em Werley, coisas do futebol, que a cada rodada, seja qual for a competição, dá mais atenção aos erros da arbitragem do que aos méritos dos vencedores.
Mesmo assim, o time de Mano Menezes merece aplauso e ser respeitado. A zaga se acertou, o meio-campo se alterna com qualidade e o ataque, bem esse está avassalador, afinal nas duas últimas partidas da Libertadores marcou 11 gols. Isso sem falar no banco que entra e resolve. O time parece estar unido e por isso merece atenção. Cedo para saber e certo de apostarmos.
Até a próxima!

sábado, 21 de abril de 2018

O ADEUS DE UM ÍDOLO - Por Rodrigo Curty

Foto: Pleno.News
E hoje foi um dia de muita alegria e ao mesmo tempo tristeza para o torcedor do Flamengo. Mais um ídolo do clube se despediu dos gramados. Desta vez, o "cara" foi Julio Cesar, o goleiro, camisa 12, que tem com certeza um lugar especial na galeria do rubro-negro.
No clube, o apaixonado torcedor chegou aos nove anos de idade, através do futsal. No campo, iniciou a sua bela trajetória em um Fla x Flu em maio de 1997 e mesmo derrotado, pegou até um pênalti. Ainda imaturo chegou a titularidade apenas no ano de 2001, no qual permaneceu até 2004, com ótimos e maus momentos à frente da meta em 284 partidas. Conquistou os títulos da Copa dos Campeões, Mercosul, quatro estaduais. Sempre mostrou ousadia, liderança e momentos de salvador da pátria contra os rebaixamentos, entre outros grandes momentos.
Fora isso, o emotivo goleiro participou também de três Copas dos Mundo, ajudou e muito a Seleção em títulos, classificações dramáticas e conviveu com o peso de ser considerado culpado ao lado de Felipe Melo, na eliminação em 2010 contra a Holanda nas quartas de final da Copa na África do Sul e depois, sem culpa, participou da maior goleada já sofrida pelo Brasil, contra a Alemanha, no inesquecível 7x1.
Julio Cesar jamais se omitiu, se acovardou. Sempre deu a "cara" nas coletivas, assumia erros e cobrava respeito. Chorava de dor nas derrotas, sentia verdadeiramente a perda. Sempre se portou como homem e mereceu reconhecimentos e momentos marcantes na brilhante carreira como quando defendeu e levantou diversos títulos, entre eles, a Copa dos Campeões da Europa e o Mundial  pela Internazionale de Milão. E antes de ir para o Benfica de Portugal, jogou até no Canadá.
Hoje, a despedida depois de 656 jogos não poderia ter sido melhor - Mais de 52 mil torcedores no Maracanã, vitória por 2x0 sobre o América MG e defesas importantes que deixarão saudades.
Arrisco em dizer que nesse apagar das luzes, quem perdeu esse grande profissional não foi apenas o Flamengo, mas quem realmente ama e entende de futebol. Julio Cesar, na minha opinião, sempre será lembrado como um dos maiores goleiros que o Brasil já teve e por isso, merece o descanso e a curtição ao lado da família.

Boa sorte Julio Cesar e obrigado por tudo que fez para o nosso futebol. 
Até a próxima!


quarta-feira, 18 de abril de 2018

FLAMENGO LONGE DE SER FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez um clube abriu as portas para que a torcida pudesse acompanhar os treinos. Assim como recentemente Corinthians e Palmeiras fizeram, agora quem pode sentir o apoio e a energia positiva no gramado foi o Flamengo.
O rubro-negro, aliás falha nesse quesito. A massa, a verdadeira Nação está fora dos planos para acompanhar o clube aonde quer que ele vá. Sim, o plano de sócio-torcedor não atende a este público carente e apaixonado pelo Mais-Querido do Brasil.
É claro que esse é um fator importante não apenas ao Flamengo, como para outros clubes do país. Falo do fator financeiro, e olha que na Gávea, a cada mês o número de sócios caem, devido aos resultados no campo. O time precisa fazer por onde para manter os altos custos pagos pelo torcedor "elite", principalmente nos ingressos das partidas.
E convenhamos, isso não justifica ser mantido no formato atual - A receita com ingressos é pífia, a presença da torcida pior ainda. Será que não vale ter um estádio lotado com ingressos no máximo a R$30,00, do que manter menos de 10 mil expectadores, pagando um valor entre R$80,00 a R$250,00? 
Se isso não fosse verdade, como explicar que apenas parece dar certo quando o Flamengo joga de forma itinerante pelo Brasil afora? Brasília e o Nordeste, com todo respeito não é a casa do Flamengo. Esse tem que jogar no Rio de Janeiro e respeitar a realidade do Estado ao invés de se comparar com quem lucra e muito com bilheteria - casos de Palmeiras e Corinthians, por exemplo.
É bem verdade que aparentemente, o presidente Eduardo Bandeira de Mello, no quesito financeiro faz uma boa gestão. Saberemos se isso é um fato ou não, após a sua saída do cargo no final do ano. As parcerias parecem saudáveis, só que ao mesmo tempo os custos que o clube administra são altos, entre eles o aluguel do Maracanã e altíssimos salários. 
Dessa forma, então se justifica manter nas arquibancadas apenas o torcedor flamenguista que têm um poder aquisitivo mais alto? Isso não seria preconceito com os "verdadeiros" rubro-negros, aqueles que vendem o almoço para comer a janta? E por que não pensar em ceder um espaço do estádio para que esse também possa estar presente? Ora, isso aumentaria a receita e não elitizaria tanto um clube denominado do povo.
Longe de querer criticar, apenas avalio a falta que faz no estádio "aquele torcedor" que não para um segundo de cantar, seja com o time ganhando ou perdendo. A prova está aí. Ontem o Maracanã esteve lotado, mais de 50 mil torcedores, muitos pela primeira vez e que imploravam por menores preços nos ingressos, que doaram alimentos, como doam o amor e cumplicidade ao clube. 
Assim, insisto, está mais do que na hora da diretoria entender que o Flamengo tem a sua maior força na torcida e não nos investimentos. Que craque, é fato que o clube faz em casa e por isso, não tem essa necessidade e muito menos obrigação de trazer jogadores consagrados em outros clubes, que não conseguem render o esperado e muito menos conseguem ter uma identidade. 
Para chegar ao ponto máximo e voltar a ser respeitado é preciso valorizar isso - veja o rendimento das divisões sub-15, 17, 20 anos - sempre vencem e deixam à disposição uma "molecada" boa de bola, que mal conseguem chegar a divisão profissional, por serem negociados ou pela falta de "patamar".
É sabido que hoje a realidade é essa atual e sim, essa temporada tem tudo para a história ser diferente e positiva. Para isso, penso ser importante resgatar esse elo com o "povão" e fazer disso, a locomotiva para empurrar o elenco que é forte em suas batalhas. Ajudar a fazer medíocres se consagrarem, jogos que parecem impossíveis serem vencidos e de uma vez por todas, fazer valer a mística da camisa rubro-negra.
Repito, o Flamengo está longe disso porque não encontra a sinergia e porque vacila em compras e vendas de jogadores. O caso agora de Everton é uma prova disso. Longe de entender que o clube esteja perdendo um craque, só que perde o "cara" mais importante para o esquema de jogo, e o que se entregava até o final. Que isso sirva de alento aos outros que possam assumir a vaga deixada.
E mais: quem sabe, de uma vez por todas fazer o Flamengo jogar como a massa, mesmo que longe dos estádios, espera e se encanta -  Raça, amor e paixão é o que não só esse, mas também os "elites chamados de nutellas", que pagam a conta esperam nesse Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. 
Faça a sua aposta e até a próxima!!


segunda-feira, 16 de abril de 2018

ARBITRAGEM ROUBA A CENA NO BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E a bola rolou para a primeira rodada do brasileirão. E não é que os erros de arbitragem em duas partidas ganharam mais destaque do que as vitórias de várias equipes?
Vitória e Flamengo, Vasco e Atlético MG que o digam. No Barradão, o trio escalado, inclusive foi "rebaixado" à série B. Erro grotesco na penalidade marcada à favor do time baiano e irregularidade também no segundo gol do rubro-negro carioca.
Em São Januário, uma penalidade máxima no mínimo duvidosa contra o time mineiro. Até quando o torcedor terá que aceitar isso? Erro é normal do ser-humano, o problema é a falta de preparo técnico e a certeza de que a "compensação" um dia virá a favor dos prejudicados. Lamentável.
Queria apenas poder escrever de futebol bem jogado. De equipes dando espetáculos e saindo do comum, dos jogos por resultados, das partidas sem "cera", chutões e reclamações de tudo que é apitado.
O fato é que os árbitros são fracos tecnicamente. Se posicionam mal, não fazem valer o poder do apito, são desrespeitados e conversam, conversam muito com os jogadores. Sofrerão demais, pela falta do árbitro de vídeo. E os clubes que não quiseram a tecnologia a favor, que se preparem para os erros e que não chorem. Acredite não será erro por perseguição e sim por ruindade.   
É claro que teve coisa boa também na rodada. O América MG e o Atlético PR jogaram futebol. Deram espetáculo e animaram quem gosta de ver a bola na rede. O Internacional teve a força no banco para vencer o Bahia.
Hoje a bola rola para mais duas partidas que fecham a primeira rodada. O Palmeiras encara o Botafogo, que promete surpreender. Sinceramente, se o Verdão entrar com um time disposto a ganhar, saí com os três pontos e crava a expectativa de ser um dos postulantes ao título. O alvinegro conta com Alberto Valentim, que conhece bem o elenco paulista e que tem um "nó" na garganta por ter sido dispensado. Bom jogo.
O mesmo não dá para dizer do duelo de tricolores no Morumbi. O São Paulo recebe o Paraná, que deve ser apenas mais um participante na competição e que lutará pela sua permanência na elite. Devemos ter a vitória do time de Diego Aguirre.
Vamos aguardar para ver.
Até a próxima!

sábado, 14 de abril de 2018

BRASILEIRÃO 2018 SERÁ MAIS DO MESMO - Por Rodrigo Curty

E a bola rola hoje para mais uma edição do campeonato brasileiro. E o que se esperar do torneio, que ao meu ver, ainda está bem longe de ser chamado de Brasileirão?
Vai ano e vem ano e sempre a mesma expectativa - Os considerados favoritos nadarão de braçada, enquanto os azarões buscarão pontos importantes para se salvar do rebaixamento.
Ora, o nível técnico dos participantes, sejam eles favoritos ou não é muito semelhante. O principal motivo é a velha mania de querer jogar pelo resultado e não para dar espetáculo. O futebol brasileiro carece e muito de um futebol bonito, envolvente e que justifica o apelido de lugar que se joga o verdadeiro futebol arte. Estamos anos luz disso, afinal, aqui vale mais se preocupar em reclamar de lances polêmicos, do que apresentar um jogo convincente e que faça com que os erros, que acontecerão e muito, se tornem o principal destaque. 
De qualquer forma, vamos ao que interessa. Falar do que podemos esperar dessa temporada. Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Cruzeiro, ao meu ver saem como os favoritos ao título. E não porque jogam o fino da bola, apenas porque já possuem um elenco mais equilibrado e entrosado. 
Se o quarteto souber mesclar o elenco, trabalhar a vaidade e entender o valor das peças à disposição para cada competição, no final do ano, o torcedor irá sorrir. 
Desta maneira, podemos pensar então que o atual campeão brasileiro deva estar nessa lista - Sim, o Corinthians com o seu futebol pragmático e de resultado deve ser respeitado e valorizado, mesmo sem contar com um elenco considerado "forte" e sem as peças importantes do ano passado como Pablo, Guilherme Arana e Jô. As reposições estão aquém do que esse trio fez ano passado, porém o equilíbrio e por já ter um "time" ajudam nessa aposta, apesar que dessa vez, a Libertadores e a Copa do Brasil também serão disputadas.
Já equipes tradicionais como São Paulo, Santos, Atlético MG, Vasco, Fluminense podem surpreender, principalmente jogando em seus domínios.
Outras como Bahia, Atlético PR, Internacional e Botafogo correm por fora, pelo menos por uma vaga na Libertadores.
Percebeu o porque de achar que estou em cima do muro? Teremos muita surpresa na temporada, árbitros prejudicando as equipes, cera, futebol feio e a falta de fair play. Podem anotar e me cobrar se eu estiver errado.
Enquanto isso, a minha torcida é para que chegue logo a Copa, pelo menos para mudar o foco e pensarmos que o mundo não gira em torno do nosso pobre futebol.
Boa sorte aos participantes e até a próxima!

domingo, 8 de abril de 2018

PAULISTÃO, PAULISTA, PAULISTINHA - Por Rodrigo Curty

E felizmente para muitos torcedores, nesse domingo os estaduais deram adeus. Grêmio, Botafogo, Cruzeiro, Bahia, Náutico, Goiás, Atlético PR, Figueirense, Remo, etc e etc, levantaram a taça.
E em São Paulo? Pois é, esse é o assunto de hoje. O campeonato mais rentável do país deu o que falar. A final entre Palmeiras e Corinthians deveria ser lembrada de uma outra maneira, só que não foi bem assim.
Antes de entrarmos na grande decisão, vale o registro de que nenhum dos considerados grandes se "importavam" tanto com o título. Muito pelo contrário, tratavam, como tratam há anos, o torneio como um laboratório, uma vez que o que vale mesmo são os outros torneios da temporada.
Ora, que hipocrisia - se perder, a competição é menosprezada, se vencer, a valorização de uma grande conquista. O fato é que um título regional realmente não tem o mesmo peso de outrora, só que para a história do campeão vale e muito.
Desta maneira, um dos times mais rentáveis do país, o mais repleto de jogadores para cada posição, o que conta com um estádio espetacular, deveria lamentar a derrota, da maneira que foi ao invés de criticar, independente do erro crucial da arbitragem colaborando para o título do Corinthians, como conto a seguir.
A decisão tinha tudo para ser mais interessante. O problema, assim como já visto nas duas semifinais dos quatro grandes foi a covardia apresentada pelas equipes. Todas mais preocupadas em não levar do que marcar os gols.
Ao meu ver, o maior campeão paulista foi o que mais se negou a jogar e o que teve mais méritos - sim, a burocracia e objetividade também merecem aplausos - O time mais uma vez conseguiu o que mais desejava - fazer pelo menos um gol. E nessa final isso veio antes do imaginado, em plena casa do rival.
Longe de criticar ou menosprezar os comandados de Fábio Carille, apenas não gosto da forma que o Corinthians joga, mesmo sendo objetivo. Desde Tite o Timão é assim - um time pragmático e mais preocupado com o resultado do que com o espetáculo. Eu sei que no futebol vale a conquista, independente da maneira. Só que eu sou um romântico que prefere ver um time jogando de maneira intensa e com vontade de fazer quantos gols forem possíveis, mesmo que isso lhe custe a derrota. 
E que fique claro que a conquista teve seus méritos - Mudanças de peças no elenco, vitórias em clássicos e competência quando exigido. Assim como nas semifinais, o alvinegro suportou a pressão e conseguiu levar a definição para a marca da cal. 
Rodriguinho e Cassio mais uma vez foram os grandes protagonistas - Resolveram de forma idêntica contra São Paulo e Palmeiras.
A grande lamentação dessa final foi a lambança do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Aos 26', ele viu penalidade de Ralf em Dudu e após 8' de idas e vindas, consultas com quarto árbitro e sabe Deus com quem mais, voltou atrás e marcou escanteio. 
O povo, independente do time que torce, deveria aplaudir a atitude, afinal, realmente não houve a penalidade. Só que os gritos de "vergonha" também foram válidos, uma vez que no futebol, o árbitro, desde que não tenha ajuda de recursos de TV deve assumir as suas convicções, ou seja, se marcou a penalidade, deveria honrar.
Já era tarde, quis o destino que o restante da partida e os seus longos 10' não acrescentasse em nada na bola e finalizasse o campeonato paulista que poderia ter sido no final um Paulistão e encerrou como paulistinha.
Uma pena para o torcedor, que lembrará talvez mais do erro/acerto, do que a competência e glória de Cassio, calando o Allianz Parque ao pegar as cobranças de Dudu e Lucas Lima e ajudando sua equipe a vencer por 4x3.
Parabéns ao Corinthians pelo Bicampeonato e seu 29º título e minhas lamentações ao Palmeiras que deve provar ao longo da temporada, que se preocupa mais com os títulos graúdos do que com um torneio regional. 
Até a próxima!

quarta-feira, 4 de abril de 2018

O BALANÇO DA RODADA DE QUARTA-FEIRA - Por Rodrigo Curty

E a generosa rolou com gosto nessa quarta-feira pela Copa dos Campeões, Copa do Brasil e Libertadores.
No torneio mais respeitado do mundo, a Roma praticamente deu adeus. O Barcelona conseguiu uma vantagem de 4x1, com direito a dois gols contra e nenhum de Messi. 
Já no duelo dos ingleses, o Liverpool precisou de 31' para vencer o Manchester City por 3x0, fora o show. Mais uma vez Klopp levou vantagem sobre Guardiola. Tudo indica que não será dessa vez que o The Citizens conquistarão a tão sonha orelhuda. Já os Reds seguem firmes na busca do sexto título. Olhos neles!
Pela Copa do Brasil, o Atlético MG massacrou o Ferroviário - CE. Vitória de 4x0 e um futebol cada vez mais interessante que dá a esperança de uma temporada extraordinária.
Na outra partida, o São Paulo mais uma vez tropeçou. Desta vez para o Atlético PR, na Arena da Baixada. O tricolor não conseguiu repetir as boas atuações demonstradas contra o Corinthians. A derrota por 2x1, porém, deixa a vaga à próxima fase aberta, uma vez que tem condições de se superar no Morumbi contra o bom time do Furacão.

E pela Libertadores, o destaque foi o empate sem gols, entre os brasileiros Cruzeiro e Vasco, no Mineirão. O duelo foi equilibrado e mesmo com algumas chances para ambos, a partida ficou devendo. Para quem esperava uma Raposa avassaladora, viu um Cruzmaltino muito bem organizado e jogando de igual para igual. O grupo E tem a liderança de Racing e Universidad de Chile com 4 pontos. Na próxima rodada, para os brasileiros será vencer ou vencer, caso contrário, as chances de saírem precocemente aumentará e muito.
Destaque aos dois treinadores - Mano Menezes, assim como o time foi vaiado no final da partida. O treinador "culpou" a má apresentação por desgaste e reflexo da goleada sofrida pelo rival Atlético MG na primeira final do campeonato mineiro. Zé Ricardo, por sua vez, faz um ótimo trabalho e merece conquistar o campeonato carioca no próximo domingo contra o Botafogo. Nada como um dia após o outro. Vamos aguardar.
Até a próxima!


quinta-feira, 29 de março de 2018

VASCO É O TIME DA VIRADA - Por Rodrigo Curty

E antes de entrarmos na virada sensacional do Vasco sobre o Fluminense, vale um registro para que as equipes cariocas pensem no péssimo regulamento aprovado para essa temporada. O ano que vem terá que ser diferente.
O campeonato teve uma média pífia, para não falar outra coisa de público, interesse e tesão.
Bem, somado a isso, o que falar de que nada valeu a dupla Fla x Flu ter vencido o primeiro e segundo turno respectivamente. Enfim, contra fatos não há argumentos e a dupla Bota x Vasco fez a lição de casa quando precisou e por isso chegam a final, que deve ser bem equilibrada. 
A segunda semifinal do estadual do Rio de Janeiro foi emocionante do início ao fim. Uma partida eletrizante, com belas jogadas e um vira-vira, com direito a um erro do bandeirinha que resultou na sequência da jogada do gol da vitória Cruzmaltina. Pena que o Maracanã não contou com um público digno do clássico e partida apresentada.
O placar de 3x2 foi conquistada com brio, competência e muita coragem. Zé Ricardo é um bom técnico, estudioso e consegue fazer seu limitado time jogar com alternâncias táticas, organizado e com o coração. É um cara equilibrado e com o elenco nas mãos, isso é fundamental para o sucesso e, quem sabe o fazer chegar ao Bi carioca como treinador.
Independente disso, vale também os aplausos para o time das Laranjeiras, que há tempos joga em seu limite técnico e com um Abel Braga que tira "leite de pedra". O tricolor perdeu sete jogadores antes do início da temporada, sete titulares. Problemas financeiros, garotada sendo colocada para provar valor de forma precoce e uma preocupação que deve ser levada em consideração para uma competição longa e equilibrada tecnicamente como o Brasileirão. Sim, a Copa do Brasil já ficou para atrás, na eliminação para o Avaí.
O futebol é curioso e maldoso. Agora dirão que o tricolor é um time fraco e limitado. Se vencesse, diriam que é um time que pode dar certo porque mostra valor com a base. Ora, nada de ficarmos em cima do muro. Vejo um time sim, que com o atual elenco, brigará pela sobrevivência na série A porque faltam jogadores "cascudos", simples assim.
E o Vasco? Penso que mesmo com jogadores mais experientes, o time da Colina também sofrerá, inclusive se levar o título carioca, afinal poderá se iludir em acreditar que o plantel é forte o suficiente para aguentar a Libertadores, Copa do Brasil e o Brasileirão.
Um passo de cada vez. Só o tempo irá dizer isso.
O fato presente é que pela terceira vez em quatro anos, o torcedor carioca assistirá o duelo entre os alvinegros. Vantagem ao meu ver para o Glorioso que chega mais inteiro e não terá a preocupação de jogar nenhuma competição entre as finais. O Vasco no dia 04/04 joga, talvez a permanência na Libertadores contra o Cruzeiro, em pleno Mineirão.
Parabéns ao Vasco e também ao Fluminense pela campanha e que a partir de domingo vença o melhor e de preferência na bola.
Até a próxima!!

PERFUME DO MENGÃO - Por Rodrigo Curty

Foto: Folha Vitória
E a derrota para o Botafogo na semifinal do campeonato carioca já causou estragos ou futuras melhoras no Flamengo. O fato da equipe, mais uma vez, decepcionar a sua imensa torcida, realmente precisava ter uma atitude dos homens de cima. O vice de futebol, o sr Ricardo Lomba havia prometido mudanças, após a eliminação vergonhosa e cumpriu.
Pior para Rodrigo Caetano e Paulo César Carpegiani. E não foi de agora que a direção de futebol estava ameaçada e desgastada. Rodrigo infelizmente não conseguiu ter a mesma competência apresentada em outras equipes, mesmo contratando sempre que cobrado pelo torcedor. Já o treinador de 69 anos, que a princípio viria para assumir o cargo de gestor do futebol, em menos de três meses, deu adeus ao clube que sempre o terá como ídolo. 
Foram apenas 17 partidas e sinceramente, mesmo que conquistasse o título estadual e com todo respeito aos outros do Rio de Janeiro, o que era obrigação pela diferença absurda de investimento, plantel e estrutura, o time mudaria o corpo técnico, uma vez que está nítida a urgente necessidade de se ver uma postura e forma de atuar com a tradição do clube. 
O ano ainda promete muita cobrança e obrigação de um título de peso, nesta que será a última temporada de Eduardo Bandeira de Mello no comando presidencial. O rubro-negro tem pela frente a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil e se tiver um planejamento, um cara que saiba como trabalhar com medalhões e, principalmente liberdade total para não ser obrigado a colocar na equipe, jogadores caros e por ordens de empresários, o cheiro que hoje é ruim pode vir a ser de um perfume que outros gostarão de ter em seus clubes.
Penso que o nome desse responsável atendera por Cuca, antigo desejo. Mesmo que digam que nomes como o de Eduardo Baptista, Dorival Júnior, Oswaldo de Oliveira e outras pérolas que o Flamengo adora trazer para assumir o time possa surpreender os palpiteiros de plantão, nesse aspecto, porque não acreditar que apareça Dunga?
Na direção do futebol, acredito que um ex-jogador assuma. Talvez esse nome seja o de Júnior, será? É aguardar para ver.
O fato é que o trabalho será árduo e sem possibilidades de erros. É bom Geovânio, Everton Ribeiro, Henrique Dourado, Diego e Guerrero(ausente é bem verdade) abrirem os olhos. Digo esses, uma vez que somado o salário do quinteto, pasmem, dá a folha de pagamento do time inteiro do Botafogo. 
Olho no Flamengo e aguardem por melhoras, afinal, o salário está em dia e o retorno, por mais que pareça ainda está longe de um final feliz, é bem real.
Até a próxima!

terça-feira, 27 de março de 2018

PALMEIRAS FISGA O PEIXA E ESTÁ NA FINAL - Por Rodrigo Curty

E o Palmeiras é o primeiro finalista do campeonato paulista 2018. O Verdão eliminou o Santos e agora espera pelo vencedor do confronto entre Corinthians e São Paulo - na primeira partida, no Morumbi, deu São paulo 1x0. Hoje o duelo é na Arena Corinthians.
De volta ao primeiro finalista - As duas partidas foram bem equilibradas. Na primeira, também no Pacaembu, o goleiro alviverde Jaílson foi o principal responsável pela vantagem de 1x0. Ele salvou pelo menos três gols certos do Santos.
Nessa segunda partida, o time de Jair Ventura veio disposto a vencer pelo placar necessário(dois gols de vantagem), e o de Roger para aumentar a vantagem. Então, o que se viu foram os dois times buscando o gol, o que foi ótimo para quem gosta de ver um bom futebol. 
O Palmeiras é sim uma das grandes forças do futebol brasileiro e por isso, carrega a missão de conquistar tudo que tiver pela frente, e sabe que qualquer erro poderá ser crucial na sua temporada. Já o Peixe é uma equipe em formação. Provou que conta com bons talentos a serem lapidados e que uma pressão externa só irá atrapalhar o que pode se colher na frente. 
A partida provou que qualquer um que passasse seria justo. É bem verdade que a campanha do Palmeiras é infinitamente superior - Perdeu apenas três partidas já considerando essa derrota no tempo normal por 2x1. E olha que Roger trabalha e bem o que tem em mãos. E se no futebol nem sempre o melhor vence, o Santos provou ter menos competência quando é exigido. Prova disso foi na hora das cobranças na marca da cal. Estava na cara que um garoto seria considerado o culpado, injusto com o menino Diogo Vitor. 
A classificação palestrina por 5x3 foi justa e com muita competência. De qualquer maneira, na minha opinião, o time ainda tem que melhorar bastante o setor defensivo. As laterais, principalmente a esquerda com Victor Luis é uma avenida. O meio-campo é criativo, pegador e também compacto. Na frente com a volta de Borja, a tendência é que o time encaixe de vez. Elenco e possibilidades de montar um time para cada circunstância, isso o Verdão tem de sobra, resta saber se saberá se aproveitar.
No caso do time da Vila, o trabalho será pesado para trazer confiança. Encarar a Libertadores e o Brasileirão nesse prazo curto é o principal desafio, logo, Jair Ventura terá que resolver os problemas e definir de vez os seus 11 titulares e o melhor padrão de jogo com o "carro" em movimento, além de ter a certeza se a torcida terá ou não a paciência para esperar - Se tiver pode sorrir no final da temporada, pelo menos com uma das vagas para Libertadores garantida. É aguardar para ver. 
Até a próxima!

BRASIL VENCE E ARGENTINA É GOLEADA - Por Rodrigo Curty

E finalmente chegou o dia de Brasil e Alemanha se reencontrarem. O amistoso em Berlim foi bem interessante. De um lado a última campeã do mundo, do outro um time remodelado, vibrante e ainda, mesmo que alguns não concordem, com a necessidade de pequenos ajustes para conquistar a tão sonhada copa na Rússia.
O time de Tite está praticamente definido para o torneio. Os dois amistosos contra os donos da casa e a Seleção Alemã valeram e muito para laboratórios e opções táticas. A vitória por 1x0 foi bastante comemorada e mesmo que não tenha o peso dos 7x1 dos anfitriões, provou que dá sim para jogar de igual para igual, será? Vale ressaltar que o time alemão não esteve com sua força máxima e mesmo assim, se tivesse um pouquinho mais de competência na última bola, provavelmente venceria.
O que vale na verdade é o tipo de trabalho realizado para sempre se manter forte. A base da equipe com muitos talentos é de se aplaudir de pé. Que exemplo a ser seguido. Respeito demais essa Seleção.
O Brasil, por sua vez, infelizmente está longe de ser uma Seleção Brasileira, é uma Seleção Internacional. Pena, bons tempos, aqueles que os craques atuavam em equipes do futebol nacional. A culpa é do capitalismo, das estruturas, entre outras coisas.
De qualquer maneira é o time brasileiro que representará o país na Copa. Equilibrado na parte defensiva, forte e ousado no meio e tecnicamente forte no ataque, Tite precisa melhorar o quesito "laterais". Calma, sem dúvida Dani Alves e Marcelo são as melhores opções, só que ambos dão espaços valiosos para os adversários e erram bolas bobas - Perceba se estou errado. Precisamos de um "cara" e esse pode ser Neymar, que precisa definitivamente jogar como jogou no Barcelona e joga no PSG -  um jogador que vai pra cima, dribla com objetividade, que dá show sem comprometer. O cara diferenciado. Vamos aguardar. Por enquanto, vale a expectativa de mesmo passando perigo, sair com a vitória, pelo fato de ter competência.
E por falar em competência, a Argentina tem sim um elenco forte, só que não tem uma equipe. A goleada histórica de 6x1 sofrida pela Espanha provou isso. Ok, Messi não atuou. A Messi dependência é o grande perigo. Sampaoli terá problema sério se não definir logo um esquema de jogo que foque, pelo menos, na parte defensiva. O time é muito vulnerável, sem poder de reação e pior, sem nenhum entrosamento ou certeza que pode dar alegria ao seu torcedor.
Antes de seguir, vale o registro de como a Espanha está arrumada e com ótimos talentos individuais, entre eles a dupla de Madrid - Isco e Asensio. Olho na Fúria!!
De volta aos hermanos. Ao meu ver, os argentinos podem sim se surpreender. Se em outras Copas a Seleção era considerada uma das favoritas, entrar assim desconfiada pode ser positivo, acredite e espere para ver.
A Copa é um torneio que prova isso. A fase classificatória é essencial, afinal somente duas avançam, a partir daí, vence quem tiver mais elenco, mais planejamento e equilíbrio. Tudo pode acontecer nos cruzamentos inesperados ou que apresentam zebras. A Argentina entra assim e pode ter finalmente a Copa de Lionel Messi, como Maradona teve a sua em 86. 
Até a próxima!!

sexta-feira, 16 de março de 2018

DEFINIDA AS QUARTAS DE FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES - Por Rodrigo Curty

FOTO: RTP
Os confrontos das quartas de final da Liga dos Campeões foram definidos na manhã desta sexta-feira na cidade de Nyon, na Suíça.
A cada fase que passa aumenta a emoção, decepções com favoritos ficando pelo caminho e surpresas seguindo firmes.
A Espanha tem três equipes vivas e livres de duelo nessa fase, ou seja, o trio pode seguir vivo até às semifinais. Os dois italianos terão pedreira pela frente e relativamente darão adeus nessa fase. Já a dupla inglesa sobrevivente se enfrentará, restando então, apenas uma para seguir na busca da orelhuda. Já o único representante alemão, o Bayern de Munique, merece ser respeitado.
Anote aí os confrontos e a minha análise para cada duelo.
Datas de ida e volta: 03/04 e 11/04
Sevilla x Bayern de Munique
Apesar da equipe espanhola ser bem organizada, principalmente defensivamente, valente e sem medo de entrar para matar ou morrer, encarar o atual momento do time alemão não será igual ao que foi contra o Manchester United. Acredito em duas vitórias do Bayern por ter um estilo de jogo bem ofensivo, de variações e claro, por ser bem experiente.
Juventus x Real Madrid
Quis o destino que a reedição da última decisão do torneio viesse à tona nessa fase. O time italiano está engasgado até hoje com o massacre de 4x1 e vem confiante, após eliminar o Tottenham, em plena Inglaterra. O problema é que o a Velha Senhora disputa e bem o Di Calcio, Copa da Itália e a Liga, enquanto os merengues estão voltados apenas para a Liga e contam com a mística da camisa e de Cristiano Ronaldo, que tem uma relação especial com o torneio.
O meu palpite é para dois jogos bem equilibrados, porém com o time espanhol tendo ligeira vantagem.
Datas de ida e volta: 04/04 e 10/04 
Barcelona x Roma
Um duelo bem interessante e com a Roma sendo a zebra. Com todo respeito ao time da capital italiana que conta com a ótima fase do goleiro Alisson e com bons nomes como os de De Rossi, Perotti e do "matador" Dzeko, penso que a equipe catalã pela excepcional temporada que faz e com Leonel Messi voando como nos velhos tempos, dificilmente ficará pelo caminho. O Barça é um time experiente, veloz e envolvente e com certeza fará de tudo para liquidar a vaga já na partida de ida, quando joga no Camp Nou. 
Liverpool x Manchester City
Aqui um duelo que vai parar o mundo. De um lado estará o treinador Jürgen Klopp, do outro o extraordinário Pep Guardiola. O líder da Premier League com muita folga sabe que a ambição maior é conquistar a Liga dos Campeões, e para isso o retrospecto do treinador espanhol terá que melhorar, afinal, desde que chegaram para comandar os times ingleses, o treinador alemão leva vantagem - 4 confrontos, sendo 2V,1E e 1D. Na carreira geral, Klopp foi o comandante que mais venceu Guardiola (5 vitórias). Fora isso, o Liverpool foi o responsável pela quebra da invencibilidade do City de 22 jogos. Agora a história é outra e vejo uma ligeira vantagem para Pep, principalmente por jogar a segunda partida em seus domínios. É aguardar para ver.
Faça a sua aposta e até a próxima!!

quarta-feira, 14 de março de 2018

O DESPERTAR DO GIGANTE FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

Foto: Jornal de Brasília
A Libertadores da América é um sonho de muitos e não poderia ser diferente para o Flamengo. O rubro-negro que nas suas últimas participações colecionou tropeços, vergonhas e desconfianças, principalmente de sua apaixonada e imensa torcida, finalmente conseguiu demonstrar que nessa edição a história poderá ser outra.
Calma lá, é verdade que estamos bem no começo do torneio e após levar um gol do Emelec, tudo levava a crer que o time retornaria ao Rio de Janeiro com mais uma derrota na mala. 
Esse tal pesadelo uma hora tinha que acabar e veio da maneira que o flamenguista mais admira, através de garra, luta, concentração e coragem de fazer o Flamengo ter a "camisa" também no quesito internacional.
O jogo com domínio dos comandados de Paulo César Carpegiani era um presságio de que a mística negativa terminaria. Um primeiro tempo mais envolvente, dono da situação e novamente com erro da arbitragem, que assim como foi com o River Plate, na primeira partida, preferiu ignorar um pênalti claro no começo da partida.
Paciência, Libertadores é um torneio diferenciado e esses erros não podem fazer falta. Foi aí que as chances foram criadas e desperdiçadas por Henrique Dourado, que esteve longe do que se espera de um centroavante e uma outra ótima chance com o zagueiro Rhodolfo. Intervalo, um 0x0 com aplausos e confiança.
Na segunda etapa o valorizado, renovado e até então invicto no ano, time equatoriano se impôs mais e conseguiu abrir o placar com um erro de marcação e frieza de Angulo. O estádio era só festa. Era, porque no fim, quem fez a festa foi o garoto Vinicius Junior que entrou na vaga de Everton Ribeiro e mostrou personalidade e coragem para encarar seus marcadores. 
O primeiro lance, o menino de 17 anos se empolgou e isolou a bola. Ouviu vaias e reclamações de muitos pelo Brasil afora, só que depois se redimiu e com qualidade. Marcou os dois gols da virada em lances individuais. No primeiro gol, após receber passe do apagado Paquetá que esteve longe do que foi nas últimas atuações, passou por dentro da marcação e bateu de esquerda, um belo gol. Sete minutos depois, foi a vez de cair para a direita, tabelar com Diego, que talvez tenha feito a sua melhor partida com a camisa do Flamengo e de esquerda, estufar as redes. O garoto foi comemorar de forma marrenta, de óculos e tudo. O cara podia fazer isso e com certeza Madrid aplaudiu e vibrou junto. 
A vitória de 2x1 foi maiúscula porque o rubro-negro em todo momento após levar o gol, buscou a reação e perdeu chances inacreditáveis como a de Henrique Dourado, sozinho na pequena área. O time mostrou que o elenco é forte e com um pouco mais de calma, vibração e coragem para arriscar mais os chutes, o ano pode ser surpreendente positivamente.
É aguardar para ver como Carpegiani administrará o grupo. O caminho ao meu ver está sendo bem conduzido, pois o treinador deixa claro quem joga e quem sai, além de fazer a tal meritocracia prevalecer.
Parabéns ao Flamengo, agora líder do grupo 4, com 4 pontos e até a próxima!!

terça-feira, 13 de março de 2018

A FRAGILIDADE VASCAÍNA - Por Rodrigo Curty

Crédito: Scoopnest.com
E o Vasco não estreou nada bem na fase de grupos da Libertadores. Se nas fases preliminares, o time Cruzmaltino conseguiu se classificar, mostrando inclusive, poder de recuperação, o que se viu na derrota de 1x0 para à Universidad de Chile foi uma equipe nervosa, sem variações táticas e principalmente sem poder de fogo. 
Era sabido que o elenco de Zé Ricardo sofreria na temporada. E mesmo que digam que o resultado foi adverso porque oito jogadores estavam com virose, principalmente Wagner que saiu durante a partida por se sentir mal e com febre, isso não pode servir de desculpa.
São Januário deveria ser o "caldeirão" e não um lugar para o time chileno se sentir confortável e jogando como se deve jogar uma Libertadores fora de casa, ou seja, esperando o erro do adversário, jogando no nervosismo e se aproveitando de chances criadas. Fora isso, estudou muito bem o esquema do time carioca, o de poder pelas laterais, prova disso é que Yago Pikachu é o artilheiro da equipe na competição com três gols.
E como quem não faz leva, após a melhor chance de gol do Vasco, na cabeçada de Rildo, defesa de Herrera e falta de atenção de Riascos, veio o castigo. Em um erro primário de marcação Araos recebeu a bola na cobrança de lateral, tirou o zagueiro Paulão e chutou para ao meu ver também falha do ótimo Martín Silva para comemorar.
Se a meta de Zé Ricardo para se classificar é a de somar 11 pontos, a tarefa se complica com a derrota em casa. As duas próximas partidas serão fora contra equipes melhores ajustadas e com elencos mais homogêneos e de opções táticas - Primeiro o Cruzeiro, no Mineirão, depois o Racing no El Cilindro. Haja coração ao torcedor vascaíno e sentimento de que o "time da virada" possa ressurgir quando se menos espera.
A Libertadores já provou em muitas vezes que o time que avança é o que se planeja e tem coragem para buscar vitórias fora de seus domínios. E o principal, esse time nem sempre é o que tem o melhor elenco, e sim o que joga com brio, inteligência e se aproveita de chances criadas. 
É aguardar para ver o que acontece no grupo 5 que é realmente equilibrado e pedreira para os brasileiros. 
Até a próxima

sexta-feira, 9 de março de 2018

O PROBLEMA DO TRICOLOR VAI ALÉM DE TREINADOR - Por Rodrigo Curty

São Paulo Blog
E a corda mais uma vez estourou do lado mais fraco no São Paulo. Dorival Junior foi demitido do comando, após a derrota para o Palmeiras por 2x0. E olha que não é exclusividade do tricolor, sempre tomar esse tipo de atitude.
O problema é que nem sempre esse é o maior dos problemas. Trocar de comando, muita das vezes, apenas abafa situações bem mais complexas que deveriam ser vistas e tratadas de outras formas. A torcida do time da fé sofre a cada ano com os resultados, a falta de vitórias brilhantes, soberania em clássicos e vexames atrás de vexames. 
Dorival foi a bola da vez e sinceramente já era mais do que esperado e é um dos menos culpados, enfim. O fato é que acabou a relação, uma vez que o time já oscilava e jogava sem muita convicção. Era muito na base do seja o que der e vier. O treinador ao meu ver somente ficou no comando por mais tempo do que o previsto, talvez por gratidão ao feito na reta final do ano passado, no qual o clube sofreu quase até as últimas rodadas do Brasileirão para não jogar a segundona.
O torcedor esperava mais da direção são-paulina, que é sim deficiente, amadora e que pensa em outras coisas que não fazer o clube voltar a ser respeitado. E olha que a direção tem gente de respeito e nome dentro do clube. Então como explicar Raí, Ricardo Rocha e Lugano sem dar resultados? O principal problema é o presidente Leco, que assim como os últimos presidentes fizeram um planejamento terrível e problemático.
O caminho é árduo para esse time que definitivamente não rende o esperado, seja porque as peças não são bem encaixadas, seja pelo erros primários. O ambiente não ajuda. Podem até provar o contrário, só que é difícil achar que o elenco é unido e que jogadores como Diego Souza e Nenê para não falar outros se contentem com a reserva. Isso sem falar em Cueva que parece desgastado, desanimado e pensando apenas em se despedir após a Copa do Mundo.
Uma mudança de comando até pode colaborar no início, motivar, ajustar posicionamento e encantar. A questão é quem seria esse nome? Querem alguém de pulso forte porque julgavam Dorival Junior fraco nesse quesito. Ficou muito claro que o campeonato paulista foi usado como laboratório e agora com a equipe classificada, a sequência, Copa do Brasil e o início do Brasileirão, o objetivo será não trocar pneu com carro em movimentado. 
Raí já afirmou que André Jardine, que estava no sub-20 estará à frente do time, mesmo que interinamente e depois assumirá o cargo de auxiliar na comissão técnica. 
Um dos nomes cogitados é o de Diego Aguirre. O treinador é pavio curto e sério, logo não aceitará boicotes e falta de profissionalismo. Pode ser uma boa aposta se souber mesclar a base de garotos que precisam de blindagem para não serem queimados precocemente.
Essa deveria ser para mim a principal missão só que pela situação atual, o que vejo é um discurso do "se está com medo por que veio". 
O novo comandante precisará de muita sorte e paciência para dar certo. E para isso, deverá torcer para a diretoria "amadora" não se envolver no planejamento. 
É aguardar para ver.
Até a próxima!

quinta-feira, 1 de março de 2018

PALMEIRAS E SANTOS EM BUSCA DA VITÓRIA - Por Rodrigo Curty

Conmebol
E a Libertadores de 2018 ainda não teve uma vitória dos representantes brasileiros, bem, pelo menos na fase de grupos.
O Flamengo fez uma partida "estranha" contra o River Plate(Arg). Sem torcida não tem graça, vibração, alegria e motivação. Bem, independente de no campo o rubro-negro ter jogado praticamente apenas o segundo tempo, o empate, mesmo com um gol irregular dos argentinos, teve sabor de derrota. O torcedor já está preocupado com mais uma eliminação precoce. Eu penso que deve ter calma, uma vez que o grupo é equilibrado e outros mandantes também perderão pontos. Vamos aguardar.
O Corinthians fez uma partida sem muita emoção e por pouco ainda não saiu vencedor. O empate na Colômbia contra o Millonarios deve ser comemorada.
Pois bem, hoje as atenções se voltam para as estreias de Palmeiras e Santos. A dupla paulista espera vencer e dar um novo olhar ao futebol brasileiro.
O Verdão já esqueceu a derrota para o Corinthians e entra com o objetivo de provar que o planejamento de 2018 é realmente visando a conquista da América
O adversário merece atenção especial - o Junior Barranquilla vem de duas fases na pré-Libertadores. Eliminou a dupla paraguaia do Olímpia e Guaraní e sonha alto.
Do lado Palestrino, o técnico Roger Machado não divulgou a lista dos titulares e deve sim fazer mudança para a equipe que atuou no derby. Moisés pode ser a novidade no meio, pelo menos por alguns minutos. O time deve ser bastante ofensivo e ao meu ver não poderia ser diferente, afinal, a zaga ainda não inspira confiança. Jogo bem equilibrado e com cara de muitos gols. É aguardar para ver o que dá a partir das 21h30 (horário de Brasília) nesse início de grupo 8
E o Santos? Pois é, o Peixe não é para muitos uma equipe com chances de surpreender na competição. Eu já penso que algumas peças podem fazer a diferença. O time da Vila Belmiro tem a espinha dorsal interessante - Vanderlei - Renato - Gabriel(Gabigol). O time de Jair Ventura melhorou seu rendimento no Paulista e se transformou em um time bastante competente ofensivamente e com uma defesa sólida que não leva gols há três partidas.
A estreia no grupo 6, ocorre hoje às 19h15(horário de Brasília) contra o Real Garcilaso(Peru). Penso que o maior adversário será a temida altitude de 3.400m de Cusco. Assim, o time brasleiro deve voltar com os três pontos na bagagem.
Bons jogos a todos e boa sorte aos times brasileiros.
Até a próxima!!