quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

FLAMENGO E CORINTHIANS ESTREIAM NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E depois de uma estreia com empate do Grêmio e uma derrota do Cruzeiro, hoje será a vez de ver o que acontece com Flamengo e Corinthians na Taça Libertadores.
Goal.com
O Flamengo que está no grupo 4 tem como principal meta, caminhar às oitavas em diante, afinal nas três últimas participações decepcionou e saiu ainda na fase de grupos.
O time dirigido por Paulo Cesar Carpegiani espera render e provar que o planejamento do começo do ano tenha sido proveitoso. O rubro-negro conta com um elenco forte ao meu ver com exceções nas laterais. De qualquer maneira, aparentemente, o time terá um perfil ofensivo, uma vez que o esquema de 4-1-4-1 permite isso.
É importante observar a fragilidade que a equipe têm na marcação, principalmente quando não está com a posse de bola. É bem verdade, por sua vez, que quando a tem, o time é envolvente e deve usufruir do rodízio de posições entre os meias, já que a habilidade de cada um pode ser fundamental para se chegar a vitória.
O adversário merece respeito. Apesar de ir muito, mais muito mal no Clausura, o River Plate é um dos poucos que sabe e adora jogar essa competição. Um fator que colabora para o time jogar sem pressão interna, é a proibição da entrada da torcida do time carioca ao Nilton Santos. Uma pena pelo que se espera do clássico continental.
Vamos ficar de olho em como se comportará Jonas que substitui Cuèllar suspenso e a criação de Diego, Everton, Everton Ribeiro e Paquetá, que terão a missão de abastecer Henrique Dourado e ajudar na marcação. Promessa de jogo equilibrado.
Já pelo grupo 7, o Corinthians encara em Bogotá o time do Millonarios. Curiosamente, hoje compelta 64 anos do primeiro encontro entre as duas equipes. Na ocasião deu o time colombiano. Porém, nos dois últimos confrontos, o time brasileiro levou a melhor. Foi na Libertadores de 2013. 
O Timão entrará confiante e ainda mais motivado, após a vitória no Derby contra o então favorito Palmeiras. O elenco de Carille ainda não passa 100% de confiança e sim, mesmo assim já provou que quando se tem uma equipe focada, concentrada e sabendo de suas limitações é bom o adversário ficar atento.
Hoje o grande desfalque é o meia Rodriguinho, suspenso. As opções para assumir a vaga é grande, resta saber qual a ideia do treinador. Ter alguém que jogue mais pelos cantos ou que ajude na marcação.
Assim como o River Plate, o time colombiano atravessa uma péssima fase em seu torneio local. É bom o Corinthians entender que cada torneio é um torneio. Jogo com cara de empate.
Ambos os duelos ocorrem às 21h45(horário de Brasília). Boa sorte aos brasileiros!!
Até a próxima!


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A FASE DE GRUPOS DA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

Goal.com
E finalmente a espera acabou. Hoje a bola será rolada na primeira rodada da fase de grupos da Libertadores de 2018. A tendência é de termos muito equilíbrio e o fator casa sendo primordial, principalmente para as equipes brasileiras.
Dos sete representantes do Brasil,  apenas o Grêmio e o Cruzeiro entrarão em campo.
O tricolor gaúcho visita os uruguaios do Defensor. Presentes no grupo 1, que também estão o Monagas da Venezuela e o Cerro Porteño (Par), a expectativa é de termos o time de Renato Portaluppi passando sem muitas dificuldades.
O Defensor deve brigar pela segunda vaga com os paraguaios. Hoje o jogo que terá início às 19h15 (horário de Brasília) deve ser tenso, pois os uruguaios atuam bem em casa e prometem pressionar, mesmo atuando no esquema 3-5-2. É um time que pega bastante. Jogo equilibrado.
Já o Cruzieiro terá pela frente às 21h45 (horário de Brasília) o Racing(Arg) e deve ter dificuldades, principalmente por ter que atuar no caldeirão El Cilindro, em Avellaneda.  Em seu estádio, a "Academia" perdeu apenas sete jogos, desde o segundo semestre de 2014. Vale lembrar que ambas as equipes estão no grupo 5 que também conta com o Vasco, que passou pela duas repescagens e o Universidad de Chile. O grupo tem tudo para ser bem equilibrado. Assim ganhar pontos fora de seus domínios será essencial para avançar na competição.
Na temporada, o Racing vem bem, são quatro vitórias seguidas e um ataque avassalador -  11 gols, graças ao quarteto formado por Neri Cardozo, Lisandro López(ex -Internacional), Centurión(ex-São Paulo) e a jovem promessa Lautaro Martínez.  
Por outro lado, o time dirigido por Mano Menezes tem tudo para ter um 2018 brilhante e o objetivo é a Libertadores. Hoje o time levou um baque, o pai do goleiro Fábio faleceu e assim, o bom goleiro Rafael assumirá a meta cruzeirense. Apesar da tristeza, o pensamento é jogar pelo jogador e se manter invicto no ano - Atualmente são sete vitórias e apenas um empate, sendo o ponto forte dos mineiros a defesa, que levou apenas um gol até agora.
Faça a sua aposta. Quem leva a melhor? O melhor ataque ou a melhor defesa? Penso que a Raposa possa voltar com pelo menos um ponto na bagagem, pois o time é bem experiente. É aguardar para ver.
Até a próxima!!





terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A SAFADEZA NÃO É EXCLUSIVA - Por Rodrigo Curty

foto:purepeople/AGNews
E como se não bastasse para um dos lugares mais belos do mundo passar pela velha e conhecida violência, agora, mais uma vez, terá que se contentar com a falta do Maracanã, em uma das semifinais do primeiro turno, a tradicional e empobrecida Taça Guanabara.
Flamengo e Botafogo deveriam jogar no Maracanã, deveriam mais não jogarão. É importante ressaltar que não é de hoje que o estádio se tornou fora de cogitação para os clubes do Rio de Janeiro - Manutenção, aluguel, custos altos dos ingressos, entre outras coisas referentes à péssima administração afastam os clubes de seus torcedores locais, o que é uma pena.
O clássico que está bem aquém das expectativas será jogado em Volta Redonda, no estádio da Cidadania, em pleno sábado de carnaval e não somente pelas questões citadas acima. É muito sério, deveria ter uma atenção mínima, afinal, nesse dia, o Mário Filho será palco para o show de Wesley Safadão, quem diria! 
O estádio que em seus tempos áureos recebeu Frank Sinatra, a banda Kiss, Tina Tunner, Madonna, Paul MacCartney, Ivete Sangalo, entre outros já não justifica ser usado para partidas de futebol e tão pouco apresenta critérios para ser usado. 
Antes que os fãs do cantor me xinguem ou entendam de forma errada a minha crítica, por favor entendam, que tenho certeza que a culpa não é dele e sim da nossa pobre administração, que faz com que a rica cultura brasileira se perca nas suas histórias a cada dia que passa. Deveria ser inadmissível aceitar ter um show no estádio ao invés de o ter como prioridade para o esporte bretão. 
O cenário empobrecido nas quatro linhas não é exclusividade do abandonado Rio de Janeiro, o problema é nacional, principalmente pelos clubes se tornarem de maneira veloz e competitiva uma fábrica de exportação de jogadores para o mundo. 
A safadeza está em outras esferas do país. O futebol, pão e circo por muito tempo e ainda, de certa forma, se faz presente na nação, só que corre o risco de perder a identidade dos mais antigos, que preferem viver de nostalgia e Maracanã lotado antes de se direcionar para o Sambódromo. 
Será o fim do futebol? Claro que não, apenas é bom não se surpreender se a cada ano vermos os estaduais sem nenhum tipo de interesse e apenas obrigação. É aguardar para ver.
Até a próxima!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O CHEIRO AGUARDADO NA GÁVEA - Por Rodrigo Curty

E o ano de 2018 começou bem para o Flamengo. Bem, quase que em 100%, afinal Guerrero ainda segue suspenso, o clube foi punido por duas partidas com portões fechados pela Libertadores, além de uma multa de 300 mil dólares. 
Só que a velha máxima de "craque o Flamengo faz em casa" deu novamente as caras. O time venceu e bem a Copa SP de futebol juniores, com direito a idas e vindas de garotos do elenco para disputar também a Taça Guanabara, a pedido, ao meu ver, de forma correta do técnico Paulo César Carpegiani. 
Essa temporada que será a última na gestão de Eduardo Bandeira de Mello deve ser como sempre foi, de muita pressão por títulos, afinal, mais uma vez o clube entra como um dos favoritos a conquistar tudo na temporada. 
O elenco teve algumas saídas - Muralha, Gabriel, Conca, Márcio Araújo, Matheus Sávio, e Mancuello, e em breve Rafael Vaz, provavelmente para o Fluminense também dará adeus.  Nenhuma delas sentida.
Alguns nomes que retornaram, diga-se de passagem bem, pelo inchaço também devem ser emprestados após o carioca. 
Por outro lado, para quem esperava a chegada de nomes e mais nomes, até agora viram apenas o colombiano Marlos Moreno, o goleiro e ídolo Júlio César e hoje Henrique Dourado chegando.
Sobre isso que quero comentar. Moreno pode ser um jogador interessante para um determinado momento das partidas. Júlio vem para encerrar a carreira e merece o respeito. Gostei da contratação, principalmente pela identidade e por ele ser um cara que deseja o melhor para o clube de coração. De alguma maneira ele será importante.
Já a contratação do último artilheiro do Brasileirão com 18 gols, bem, eu sinceramente preferia ver o jovem Lincoln ganhando mais bagagem e Vizeu podendo sair em grande estilo no meio do ano. Sempre serei a favor de se usar mais a base do que contratar peças caras. Isso sem falar que Paolo Guerrero já estará de volta, se é que ficará na Gávea, pós punição. É muito alta a folha salarial.
Mesmo que me critiquem, afirmando que a Libertadores precisa de gente experiente e blá-blá-blá, o fato é que o valor pelo Ceifador foi altíssimo. A transação do atacante ultrapassa os R$11 milhões, ou seja, é praticamente o valor que Felipe Vizeu foi vendido à Udinese.
É sabido que o futebol é negócio e o mesmo tem muita coisa envolvida e que jamais será de conhecimento de todos. Eu verdadeiramente acredito que Henrique Dourado tenha sucesso, uma vez que o último desacreditado - Hernane Brocador, pelo incrível que pareça deixou saudades. 
O rubro-negro foca na Libertadores, só que não deve abrir mão do Brasileirão e Copa do Brasil. Elenco para isso tem, só que um cheiro de time campeão se faz com "time" e não com inchaço. Dor de cabeça boa para Carpegiani, que sim, terá muito trabalho para encontrar os seus 11 titulares e os três, quatro suplentes imediatos. Vaidade à vista? Sim. Tem como se dar bem? Sim. Só que para isso, deverá ter o grupo na mão e montar dois times, um para cada competição, alternando apenas a espinha dorsal, por exemplo, se eu pudesse montar, faria do Flamengo 2018, as seguintes formações com os possíveis substitutos:
Início da Libertadores: Julio César, Rodinei, Juan, Réver e Trauco. Cuèllar (Rômulo), Arão, Diego e Vinicius Paquetá (Éverton), Vinicius Júnior e Dourado (Vizeu)
Carioca e Brasileirão(caso o time avance na segunda fase da Libertadores):
César, Pará, Rhodolfo, Léo Duarte, Renê, Rômulo, Ronaldo (Jonas que voltou bem do empréstimo), Éverton Ribeiro e Éverton(Paquetá). Marlos Moreno(Geovânio) e Vizeu (Lincoln)
E olha que ainda o clube contará mais para frente com o retorno de Diego Alves, Guerrero, Ederson e Berrío.
Será que o cheiro de título dessa vez sai? É aguardar para ver. 
Até a próxima!




quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A FORÇA DA BASE - Por Rodrigo Curty

E o time do Flamengo estreou no campeonato carioca com uma vitória de 2x0 sobre o Volta Redonda. Melhor do que o resultado foi a certeza de que o clube faz um trabalho bem feito em suas divisões de base.
O técnico Carpegiani provou ser um conhecedor do esporte Bretão e acima de tudo mostrou o velho talento em lidar com a garotada, que diga-se de passagem, atuarão como gente grande e agradaram demais.
É uma pena saber que o Flamengo não será apenas de garotos na temporada. É claro que ter uma equipe com jogadores renomados, calejados é fundamental para na hora "H" chegar ao topo. A questão é que isso não ocorreu nas últimas oportunidades de conquistas, principalmente pela falta de identidade com clube e torcedor. 
A expectativa da torcida é que a velha máxima de "água mole, pedra dura" funcione em 2018. Sinceramente não apenas com o time carioca, isso será possível, pois os clubes que entenderem desde já, que a força para um time se tornar mais homogêneo e planejado começa na base, dificilmente esse será batido, seja pelo entrosamento, seja pela motivação.
O time de garotos que disputarão e conquistaram o sub-17 e que estão nas quartas de final da Copa São Paulo de Juniores merece os aplausos e atenção da torcida rubro-negra. Nomes como o de Thuler, Patrick, Pepê, Jean Lucas e Lucas Silva deve ser bastante ouvido na Gávea e consequentemente entrarem nas investidas internacionais, o que seria uma pena, uma vez que o país não consegue competir com os "ricos" de fora e assim perder suas jóias precocemente como foi com Vinicius Junior e algo me diz, em breve com Lincoln.
Esses dois, aliás estarão em campo na segunda partida contra a Cabofriense, na Arena do Urubu. Juntos com a dupla, devem entrar Rodinei, Renê e Léo Duarte. O planejamento a princípio está sendo bem feito. Os "medalhões" se preparando para os torneios mais parrudos e talvez para jogar os clássicos, como por exemplo, na terceira rodada quando o Flamengo terá o Vasco pela frente - Dificilmente o treinador deixará Juan, Réver, Diego, Everton Ribeiro, etc de fora, assim como o récem-contratado Marlos Moreno. É aguardar para ver. 
Eu gostaria de continuar vendo a maioria de garotos em ação, afinal a força do Flamengo será deverá estar na base.
Até a próxima!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

CARPEGIANI TEM A ALMA RUBRO-NEGRA - Por Rodrigo Curty

Foto:www.atribuna.com.br
E o ano de 2018 mais uma vez deve ser de expectativa, cobranças e altos e baixos no Flamengo. E isso não será exclusividade, afinal o mesmo ocorrerá com outros grandes do futebol brasileiro. De qualquer maneira, o fato de hoje o rubro-negro ser um dos clubes financeiramente mais saudáveis do país, o resultado esperado é o de títulos e não mais o de "quase" campeão.
O torcedor não aguenta mais as gozações, decepções e erros de planejamento da gestão Eduardo Bandeira de Mello, que apesar de ser excelente no quesito orçamentário, mesmo "torrando" às vezes sem necessidade para dar respostas a Nação, no que diz respeito ao futebol ainda deve e muito, seja pela falta de sorte, pulso ou simplesmente de conhecimento.
O fato é que aparentemente o clube acertará na temporada. No comando técnico, a saída de Rueda, que para muitos foi um alívio e para outros mais um erro e tempo desperdiçado, permitiu que um velho conhecido retornasse à Gávea - Paulo César Carpegiani.
O torcedor mais antigo, aquele de arquibancada, que vendia o almoço para comer à janta, que não parava um segundo sequer de gritar e estava verdadeiramente com o time aonde  esse estivesse, vê com bons olhos. 
Já o torcedor atual, mesmo sendo de outra geração e com tipos de comportamento diferenciado como o de ficar mais preocupado com selfies do que em não ficar rouco, por exemplo, sem dúvida preferiria ver um medalhão no comando da equipe.
Ora, o fato é que mesmo longe de ser um nome de peso, Carpegiani tem o conhecimento, a alma e o desejo de ver o Flamengo voltar a ser respeitado e vitorioso. Em sua primeira passagem, conseguiu o feito que nenhum outro, se quer chegou perto, o de levantar a taça da Libertadores e do Mundial. 
A química pode dar mais certo que a passagem no ano de 2000, no qual durou menos de quatro meses e terminou após a goleada de 5x1 para o rival Vasco e que valeu apenas por ter lançado ao futebol o sensacional Adriano " Imperador". 
Os tempos são outros e para ser campeão, além do planejamento adequado, será necessário uma sinergia e respeito para que cada um faça o seu papel sem interferências. 
Carpegiani é um conhecedor do futebol e mesmo que pareça ultrapassado, com o elenco que terá em mãos, se fizer o "arroz com feijão" pode surpreender bem mais do que conseguiu com o modesto time do Bahia. 
Ainda penso que o treinador será testado no campeonato carioca e em breve seja substituído por um "medalhão" - Cuca deve ser esse nome ao lado de Cuquinha, fazendo com que o treinador gaúcho, assuma  a coordenação técnica. Só o tempo e os resultados irão dizer se estou ou não certo.
E sejamos sinceros, independente do nome à beira do campo, insisto que o planejamento será mais importante que tudo - Basta pegar os exemplos de Palmeiras e Corinthians nos anos anteriores e entender que um time campeão se faz com um "time" e não um "elenco". 
É importante desde já definir quem serão os 11 titulares e os suplentes imediatos, doa a quem doer. E no caso do time carioca, deveria se pensar em um time repleto de garotos mesclado com os que são caros no clube para jogar o carioca e outro para disputar a Libertadores e Brasileirão. 
Ok, vão questionar que assim jamais o Flamengo terá o entrosamento, que na verdade precisa usar os mesmos em tudo que tiver porque ganham para isso. Pelo amor de Deus, é preciso ter inteligência nessa hora e mudar se muito apenas algumas peças. 
Acredito que no carioca dê para usar no máximo quatro titulares e mesmo assim somente nos clássicos. É importante dar "rodagem" ao grupo, caso contrário, acontecerá o que foi visto em 2017, um elenco recheado de peças caras e sem nenhum tipo de ritmo quando tinha a oportunidade de jogar -  Casos de Rhodolfo, Mancuello, Geovânio, Rômulo, etc...
Está mais do que na hora de saber priorizar os torneios e assumir equívocos para não errar mais. Entender o que se tem em mãos ao invés de buscar culpados. Carpegiani pode novamente fazer história, desde que o deixem trabalhar sem vaidades e com liberdade.
É aguardar para ver, qual será o cheiro no final da temporada.
Até a próxima!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

CLUBE ESPERIA JÁ PENSA EM TÓQUIO - Por Rodrigo Curty

E amanhã um tradicional clube paulista dá um passo importante, visando a próxima Olimpíada, a de Tóquio, no Japão. Formar atletas para o Brasil.
Desta forma, ocorrerá a reinauguração do ginásio de Basquete - “Alfonso Renaldo Gallucci” e também será inaugurado o Centro de Lutas do Esperia. O intuito é elevar o padrão e contribuir com a formação de atletas de ponta no país.
O evento deve contar com a presença de autoridades do esporte nacional, além de representantes de outros clubes da capital e dos próprios associados do Esperia. 
Durante a reinauguração, atletas do Clube farão um desfile de modalidades olímpicas e paralímpicas que são praticadas no Esperia, além disso, a equipe de Ginástica Rítmica fará uma apresentação especial. - 
O presidente do clube, Dr.Osmar Monteiro está esperançoso com o passo dado pelo clube: "Para a realização de ambas as obras, utilizamos recursos fornecidos pelo Comitê Brasileiro de Clubes – CBC, que aprovou o projeto de formação esportiva do Clube. Nossa meta tem sido aliar a educação e o esporte para promover a formação de jovens e contribuir com a base esportiva do país e pelos resultados que temos obtido, posso afirmar que temos trilhado um caminho de sucesso”.
Vale a pena conferir essa nova fase do clube e prestigiar as novas instalações - O Centro de Lutas, para ser uma ideia foi adaptado e contemplou serviços como revisão das portas de vidro, instalação de tatame, substituição das telhas de policarbonato e muito mais. Já o Ginásio passou a contar com um piso novo e nova pintura, além de uma reforma na fachada. Ambos os espaços também contaram com reforma do telhado e substituição de telhas. 
Vamos torcer para que os frutos sejam colhidos, e confiar no resultado final como o presidente do clube que deixou claro: “Primamos pela qualidade dos materiais para que nossos atletas disponham de uma infraestrutura totalmente adaptadas às necessidades deles”, diz o presidente.
Até a próxima! 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O FIM DA MÍSTICA RUBRO-NEGRA - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez, o Flamengo perdeu um título dentro do Maracanã. E mais uma vez para um velho conhecido, o Independiente, equipe argentina que fez valer o apelido de "Rey de Copas". O time Rojo jamais perdeu uma decisão Sul-americana.
O placar de 1x1, principalmente da forma que ocorreu, com o time buscando a vitória, em outros momentos com erros infantis, falta de tranquilidade na hora de resolver foi decepcionante, dolorido e inacreditável. Ao mesmo tempo, na frieza da paixão, deixou um alento - O Flamengo precisa mudar drasticamente para voltar ao topo.  
A gestão rubro-negra parece ter pego definitivamente o gosto de decepcionar a sua sua imensa torcida, considerando inclusive "aquela" que diz ser Flamengo e que mancha clube, os verdadeiros torcedores e simpatizantes com suas ações barbáries e de extracampo sem nenhuma necessidade.
O Flamengo, gigante por natureza, jamais precisou de vândalos estourando rojões pelas ruas, brigando com torcedores rivais e aterrorizando adversários em porta de hotel para conquistar títulos - O que se viu na véspera da final foi inadmissível e vergonhoso. Repito, isso não é característica de torcedor rubro-negro. Isso é um prazer de ser mais um marginal à solta e que só ajudou a escancarar de vez, uma triste realidade do atual Rio de Janeiro - Um estado sem comando, abandonado e disponível para qualquer um fazer o que bem entender.
Curiosamente, no futebol a história é a mesma com o clube carioca. A gestão Eduardo Bandeira de Melo é uma vergonha - Mesmo que financeiramente saudável, contando com CT's de primeiro mundo, estruturas fantásticas para que os atletas joguem e se mantenham em alto nível, o mais importante não vem, os sonhados títulos.
Fora isso, para amenizar as vergonhosas campanhas e consequentemente as duras cobranças dos que pagam planos caros para fazer o Flamengo mais forte, sempre aparecem as contratações atrás de contratações. Ora, infelizmente ainda não entenderam que o dinheiro não é sinônimo de títulos. Não se pode comprar tudo. 
A boa gestão sabe planejar, aguenta as pressões, conhece o DNA do clube em que trabalha e principalmente sabe cobrar aqueles que contam com todos os privilégios. A do Flamengo provou em cinco anos que o negócio deles realmente não deveria ser o futebol e sim uma inteligência para salvar empresas do buraco negro.
É verdade que ganhar e perder também faz parte do futebol. É verdade também que o rubro-negro sempre foi um clube que viveu de títulos, muitas das vezes de forma inesperada, vencida na base de suas tradições - raça, amor e paixão dos que vestem o chamado "Manto Sagrado". E olha que essa tradição sempre contou com os "pratas-da-casa", falta de dinheiro em caixa e estrelas. 
O Flamengo insiste em inventar a roda - A perda teve seu lado positivo - a conquista da taça seria um pano de fundo aos problemas sérios que precisam ser resolvidos como manter jogadores renomados e caros. A derrota, por outro lado, traz a esperança de finalmente o clube voltar a contar com peças de identidade como o veterano e cria da Gávea, o excelente e "monstro" Juan, os jovens César, Lucas Paquetá, que foi "gigante" e os ainda "verdes", porém com personalidade Vinícius Júnior e Lincoln.  
O último ano de Bandeira de Melo a frente do clube é um incógnita - Restará saber se terá pulso para mandar uma enorme "barca" embora ou se seguirá frouxo permitindo que o inventado "cheirinho" continue humilhando os torcedores, que acredite não são os que estavam no Maracanã - os que lá estavam são os de melhor poder aquisitivo, os que amam as selfies, "baladas de luxo" e que mal sabem cantar o hino e empurrar o time nos 90'. Poucos são aqueles tradicionais que vendiam o almoço para comer a janta e que passavam fome para vibrar, cantar até ficar rouco e no fim afirmar ter valido a pena porque viu um time de identidade fazer valer cada centavo. 
A mística rubro-negra entre time e torcida parece realmente ter acabado. Se no passado um adversário entrava tremendo com um Maracanã vermelho e preto, há anos e não somente na atual conjuntura, até que provem o contrário, os mesmos rezam para o Flamengo ser o adversário.
Que venha 2018 e com ele mais paixão, fanatismo, nervosismo e por que não os tão esperados títulos?
Até a próxima!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A MÍSTICA DO MARACANÃ - Por Rodrigo Curty

E o Independiente(Arg) saiu na frente na final da Sul-Americana contra o Flamengo. O Rei das Copas teve o apoio maciço de seu fanático torcedor, antes, durante e depois da partida no estádio Libertadores da América. Esse aliás, um aliado, afinal, em 15 decisões, contando essa, jamais a equipe perdeu em casa - 12 vitórias e três empates.
O rubro-negro carioca teve uma atuação boa, saiu na frente com belo gol do capitão e zagueiro Réver, e só não liquidou a fatura, mesmo antes de levar o gol de empate, porque mais uma vez faltou alguém assumir o jogo, chamar a responsabilidade de chutar sem medo de errar. Isso sem falar da ausência da persistência em pressionar o adversário em seu próprio campo e o desgaste, que poderia ter sido evitado se o time tivesse a competência no Brasileirão. Águas passadas e que não sirva de desculpa, apenas um fato que colaborou.
Ora, longe de ser exclusividade do time carioca em sair na frente e, a partir daí querer jogar por uma bola. E longe de ser apenas o Flamengo que peca pelas jogadas forçadas de maneira equivocada como quem deseja apenas se livrar da bola ou dar passe de efeito. Esse o caso de Everton Ribeiro, meia de qualidade e que ainda deve uma grande exibição no clube - Desta vez, o camisa 7 errou o passe simples, deu o contra-ataque rápido, ao envolvente time argentino que empatou o jogo com o "matador" Gigliotte e incendiou a partida.  
Depois do baque, ambas as equipes erravam muitos passes, e desperdiçavam boas chances, mesmo sem chegar à conclusão. Na segunda etapa o que se viu foi um Flamengo novamente recuado, e sim, bem cansado pelas desgastantes viagens nas últimas semanas - às vezes é melhor seguir "quente" no jogo do que esfriar para voltar. O time sentiu e sem criação, desorganizado e com os "velhos" erros bobos de marcação e espaços cedidos para ser atacado, sofreu a virada. Foi assim que saiu o segundo gol, aliás de rara felicidade de Meza, sem chance para César.
Foi aí então que Rueda resolveu tirar um de seus meias inoperantes - Diego foi o escolhido, assim como Paquetá. A missão de tentar buscar o empate ficou para Everton, recuperado de lesão e nitidamente sem ritmo de jogo e o veloz Vinicius Junior. O garoto teve personalidade para incendiar a defesa do Independiente e só não contou com a sorte e a presença de maturidade para olhar o jogo. Teve momentos que poderia ter tocado atrás e preferiu os cruzamentos equivocados, que diga-se de passagem é uma das armas do Flamengo que precisa urgentemente acabar. Com o que tem em mãos, o time precisa definitivamente tocar a bola no chão e com rapidez.
Até certo ponto, quando fez isso com Everton e Vizeu quase empatou. O primeiro sofreu falta na entrada da área e sem perigo na cobrança de Cuéllar, o segundo não estava em uma boa noite e perdeu duas boas chances. 
O torcedor tem que ter calma, pois essa falta de competência tende a dar certo no Maracanã, que lotado, incentivando e tendo a paciência junto com a equipe em campo, ajudará e muito pela sua mística para o título tão sonhado, almejado pela péssima temporada finalmente ser alcançado. Hoje o 2x1 foi um placar que dá a certeza de ser tirado - isso ficou provado quando o rubro-negro se impôs. 
A razão é simples - o time argentino, assim como o brasileiro permite jogar e dá muitos espaços. Resta aguardar para ver se a pontaria, à aparição de um jogador que chame o jogo e tenha vontade de decidir também surja na hora "h".
O tempo será primordial para uma melhora técnica e física - Rueda vai de Paquetá ou Everton? Everton Ribeiro e Diego saem como titulares e finalmente Vinicius Junior começará? Rodinei e Pará ou Trauco mantido? Tem muita coisa para o treinador colombiano pensar, e como todos gostam de ser treinadores, eu decidiria assim a minha equipe: César, Rodinei, Juan, Réver, Everton ou Pará, Cuèllar, Arão, Diego e Paquetá ou Mancuello e no ataque Felipe Vizeu e Everton ou Vinicius Junior. 
Vamos aguardar e ver se o histórico dia 13/12 traga novamente sorte ao Mengão. 
Até a próxima!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ADEUS BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais um campeonato brasileiro, série A. Foram 38 rodadas de muita emoção, lambanças, surpresas e decepções.
O campeão foi o Corinthians com nove pontos de diferença para o segundo colocado Palmeiras. E o Timão entrou na competição como um azarão, principalmente por não ter no elenco, o que o time palestrino, Flamengo e Atlético MG, por exemplo tinham no papel. Por outro lado, mais uma vez ficou provado que um clube para ser o campeão deve ter um ótimo planejamento, união e principalmente ser um time e não um conglomerado de atletas, que muitas das vezes jogam apenas com o nome.
Santos e Grêmio fecharam o G4.
O torneio ficou aquém das expectativas no que diz respeito a técnica. Só que em emoção, sobrou até a última rodada. Quem imaginava que o Botafogo perdesse a vaga à Libertadores, dependendo apenas de suas forças em casa? E a Chapecoense se reconstruindo de maneira fantástica?  
Na parte da degola, em segundos, tivemos alternâncias de quem iria para à série B em 2018. Ora Vitória, ora Coritiba, ora Sport, ora Avaí. No fim literalmente, o principal protagonista desse maravilhoso esporte - o GOL definiu os últimos rebaixados Coxa Branca e Avaí para alívio do rubro-negro pernambucano e baiano. E olha que diferente de outros anos, apenas 43 pontos foram suficiente para se salvar em 16º colocado.
Já para os que buscavam uma vaga na Libertadores, o coração também trabalhou bem. Com a brecha de termos a possibilidade de nove equipes participantes, quem sorriu no fim além da Chape foram o Flamengo, o Vasco e o Atlético MG - calma lá, esse, desde que o rubro-negro carioca levante a taça da Copa Sul-Americana.  
Por pouco, quem diria o São Paulo não seria essa equipe a sonhar com a última vaga. Aqui a prova de que o campeonato é muito equilibrado. Um time que há quatro rodadas lutava para não cair, chegando à glória. Na atual conjuntura da competição, provavelmente teremos até a última rodada um time que lutava para não cair, jogando um torneio internacional. Esse o caso do Sport que vai para a Sul-Americana, caso o Flamengo seja o campeão da competição nesse ano.
Então pense comigo, um torneio com 20 equipes, provavelmente no fim, apenas cinco ficarão tristes de verdade, desde que tenhamos sempre uma equipe brasileira levantando as taças internacionais. Nesse ano, os que lamentaram foram: Vitória, Coritiba, Avaí, Ponte Preta e Atlético GO.  
Em 2018 com a Copa do Mundo pedindo passagem, o calendário apertado, haja emoção e novas surpresas. Faça desde já a sua aposta e até a próxima!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

BRASIL CONHECE OS ADVERSÁRIOS DA COPA - Por Rodrigo Curty

Foto: Berimbau em Foco
E nesta sexta-feira, a FIFA realizou o sorteio para à próxima Copa do Mundo. A anfitriã, estreará no dia 14/07/2018 pelo grupo A contra a Arábia Saudita. Depois encara Egito e fecha a primeira fase contra o Uruguai.
Já o Brasil caiu no grupo E, e terá pela frente a Suíça, Costa Rica e por fim a Sérvia.
O país que deseja ser campeão não deve escolher seus adversários, assim, independente do grupo que cada cabeça-de-chave caiu, o planejamento deve ser muito bem feito para evitar as sempre inesperadas surpresas.
A Seleção Brasileira é extremamente outra nas mãos do técnico Tite. O treinador sabe que não terá jogo fácil e que precisará de muito foco, união e respeito entre os selecionáveis. É fato que a delegação está praticamente definida e isso ajuda, afinal o elenco está mais entrosado.
Hoje eu não farei uma análise de cada grupo, prefiro apenas falar o que se esperar do Brasil na Copa. E prometo que mais para frente, faço a minha projeção, combinado?
Sinceramente, essa pode ser finalmente a grande chance de vermos o hexa se tornar uma realidade e de forma brilhante. Pelos prognósticos, fatalmente poderemos ter México, Bélgica, França, Argentina e Alemanha pela frente. Ia ser sensacional para uma Copa que terá as ausências de Holanda, Itália e Estados Unidos.
O planejamento começa desde já. Ficar em Sochi não será problema, mesmo tendo que se deslocar para os primeiros confrontos, na ordem - Rostov, São Petersburgo e Moscou. Após o dia 27/07, a gente vê o que será determinado de localização. 
Para se chegar ao tão sonhado título será preciso muita humildade. Sair dos holofotes, esse um grande adversário. Festas e regalias durante o torneio não pode acontecer. O brasileiro gosta de deslumbrar quando cresce. Se a lição já foi aprendida, com certeza os pés ficarão no chão. Um passo de cada vez, falar pouco e fazer mais. Evitar provocações, riscos de cartões para não sair de partidas importantes, enfim. 
A minha grande tristeza será ver o Brasil sendo campeão sem um time de jogadores que atuam no país. É uma Seleção estrangeira, queiram ou não. Mesmo com as desculpas de que os melhores atuam na Europa, a identidade pode ser crucial. Ganhar dessa forma, apenas fará com que cada vez mais não tenhamos os melhores jogadores em atividade em nosso solos e sim uma safra de jovens talentos, que surgem a cada dia nos subs 15, 17 e 20, buscando o caminho internacional. Uma pena e também a realidade dos que aqui estão - o de preferir ver a Seleção ser campeã, custe o que custar.
Caminhamos assim, e quem sabe um dia, mesmo distante, possamos vibrar com a Seleção Canarinho, proveniente dos times do país.
Até a próxima!

FLAMENGO COMO DEVE SER FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

E o Flamengo conseguiu o que muitos não imaginavam. O rubro-negro venceu o bom time do Junior Barranquilla, em pleno estádio Metropolitano, na Colômbia. 
A equipe que vive momentos conturbados, de incertezas para o futuro e com uma temporada para ser esquecida, viajou com dúvidas de quem defenderia à meta na semifinal. Seria novamente Muralha, que já gastou todas as chances possíveis de fazer história positiva ou o prata-da-casa sem ritmo César? 
Ainda bem que para o bem de todos, a escolha de Rueda foi pelo jovem de 25 anos, que de esquecido, virou o personagem da partida. Nem os mais otimistas torcedores do Flamengo, esperavam tanta alegria e noite espetacular de um profissional que estava dois anos inativo e que no havia sido tirado da lista de inscritos da competição e retornou às pressas.
Ora, essas coisas que acontecem no futebol são inesquecíveis. César fez milagres, se impôs, provou que sabe o que é vestir esse pesado manto sagrado. Mostrou personalidade no primeiro lance de perigo - aquela bola, que se entra, desmorona todo emocional da equipe. Como um passe de mágica, esse peso foi para o time adversário, que sentiu jogar em casa e a responsabilidade de ter que fazer um único gol contra um time anos luz mais tradicional. Chutavam de tudo que era jeito, a fim de testar o "garoto esquecido". Tudo era em vão, e quando a bola ia na direção certa, César fazia o seu papel para o mundo ver, entender que de uma vez por todas, quando se tem preparo emocional, alegria, concentração e coragem, se chega longe. 
O Flamengo jogou com inteligência, aguentava a pressão e na segunda etapa conseguiu com seu outro "menino" dar início a conquista da vaga. Felipe Vizeu, o substituto de Guerrero, arrancou do meio-campo até a entrada da área, para com classe tocar por debaixo das pernas de Viera e calar o estádio.
Daí para frente o jogo ficou nervoso, a pressão aumentou com César sentindo câimbras e mesmo assim pedindo para permanecer em campo -  ele parecia já imaginar o que o destino reservava - Fez duas ótimas defesas e brilhou eternamente aos 43', quando encarou o craque deles, o veloz Chará, que da marca do pênalti viu uma verdadeira muralha rubro-negra saltar para o canto esquerdo e espalmar o que seria um gol para dar esperança aos colombianos. 
Para fechar com chave de ouro, novamente Vizeu, depois de bela jogada de Rodinei, estufou as redes, decretou a passagem às finais e a certeza de que craque o Flamengo faz em casa.
A história prova isso, o Flamengo não nasceu e nem vive para ter craques ou jogadores consagrados em outras equipes. O Flamengo vive e deve seguir com o que tem de melhor, com as suas crias, as suas pratas, afinal, são esses que na hora "h" não fogem, não se escondem e que assumem o compromisso de ter no fim o lugar ao sol.  
Agora é esperara e ver se essa diretoria que ganha 10 no quesito saúde financeira e para não ser radical ganha nota 6 em planejamento, aprenda de uma vez por todas e use essa semifinal como lição. O Mais-Querido merece um final de 2017 feliz e com o título internacional que não vem desde 1999. 
Que venha o Independiente, da Argentina. Que seja devolvida a perda do título em 1995 e que seja novamente um 13/12 inesquecível na Gávea.
Assim quem sabe 2018 definitivamente será o da ressurreição do Flamengo. O Flamengo que a torcida gosta de ver - o de raça, amor, paixão, identidade e títulos e mais títulos.
Até a próxima!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

GRÊMIO GRANDE DO SUL - Por Rodrigo

foto: EL País
E mais uma vez o Rio Grande do Sul está colorido em sua maioria de azul, preto e branco. O tricolor gaúcho levantou mais uma taça Libertadores. A geração gremista deu conta do recado ao lado de jogadores considerados "refugos" em outros clubes. Isso sem falar que o comandante Renato Gaúcho, era visto apenas como um ídolo que tentaria a sorte de levantar títulos. 
Ora, o treinador provou que quem sabe realmente sabe e não precisa reinventar-se. Campeão da mesma competição em 83, no qual foi protagonista, inclusive na final do Mundial contra o Hamburgo-Ale, o ex-jogador mereceu e muito a conquista.
Renato bancou jovens como Maicon, Ramiro, Arthur, Luan, entre outros que jogaram a temporada com destaques que também vieram da base como o goleiro Marcelo Grohe e o meia-atacante Everton. E olha que devemos nos lembrar que Pedro Rocha também fez parte desse grupo e infelizmente teve que sair antes para o mundo internacional. Coisas do nosso futebol, que deve levar pelo menos dois dessa lista acima embora, se tudo correr bem, apenas no final do Mundial de clubes. Seria uma pena.
A noite foi eletrizante para o torcedor gremista. O Lanús buscava sua primeira taça na competição, estava com o apoio de seu torcedor e confiante, principalmente depois de eliminar o River Plate de maneira excepcional. 
O problema para os argentinos foi encarar um time copeiro e a fim de jogo. O primeiro tempo foi impecável, talvez um dos melhores de um time brasileiro no torneio. O tricolor foi soberano, calmo, estudioso e competente. Abriu 2x0 sem muito esforço e com erros dos zagueiros adversários, sim, em final, a atenção e a luta pela bola deve ser intensa. Melhor para o tricolor, que no primeiro gol, teve Fernandinho, quem diria, que saiu do meio-campo em velocidade até soltar a bomba da entrada da área e fuzilar Andrada. Depois o craque da Libertadores, o melhor jogador brasileiro em atividade no país, Luan fez uma pintura. Driblou os marcadores e com um toque embaixo da bola enlouqueceu sua fanática torcida presente no La Fortaleza. Era festa dos pampas na Argentina. 
Na segunda etapa como já era de se esperar, os comandados de Renato se defenderam, chamaram o Lanús e mesmo assim suportaram uma leve pressão, mesmo depois do pênalti infantil de Jailson, convertido pelo ídolo deles, o experiente José Sand.
O gol não passou de um susto, ainda teve tempo de Arthur sair machucado, Ramiro ser expulso e Luan perder o que seria o terceiro gol, após belo passe de Fernandinho.
Hoje o maior do sul é tri e no pôster estará os nomes de Bressan, Cortez, Jael, Cícero, Léo Moura e tantos outros questionados e capitaneados pelo não só cara de estrela, mas de grande conhecimento, competência e ainda mais ídolo Renato Gaúcho.
Parabéns Grêmio. E que as outras equipes entendam de uma vez por todas que um campeão se faz com respeito aos garotos, aos profissionais questionados e com um time e não apenas com nome no elenco. Que tudo é possível quando se honra a camisa que se veste, com raça, vontade e sem medo de ser feliz. Um título Tri-Legal. 


terça-feira, 28 de novembro de 2017

INDEPENDIENTE VENCE E ESTÁ NA FINAL - Por Rodrigo Curty

O cenário antes da partida válida pela semifinal entre Independiente e Libertad era de um estádio Avellaneda totalmente eletrizado, avermelhado, confiante e ansioso. E foi assim, durante e depois da partida, que ainda contou com mais um ingrediente, o grito de festa e comemoração pela classificação da tradicional equipe argentina.

O "Rojo" ou " Rei De Copas", como queira, não tomou conhecimento dos paraguaios. O Libertad havia vencido o primeiro duelo por 1x0, jogava pelo empate e até tomou a iniciativa, só que a pressão e dois lances capitais, culminaram para a sua eliminação na Copa Sul-Americana.
O jogo se resolveu na primeira etapa, e que bela partida. Ambos a fim de resolver logo, de chegar a final e longe de serem covardes. O time da casa aos 17' abriu o placar de pênalti - Barco sofreu a penalidade e depois cobrou com perfeição. O estádio foi abaixo e se contagiou ainda mais, após dois minutos, quando Gigliotti marcou o que seria o seu primeiro gol na noite.
Quem esperava um Libertad descontrolado se enganou - A bola parada que é o forte da equipe deu resultado na sequência com Cardozo Lucena aos 24'. O jogo ficou lá e cá até e aos 30', novamente Gigliotti, de carrinho deixava a vaga garantida à final 
Na segunda etapa o jogo seguiu com menos intensidade e mesmo assim teve alguns lances de perigo, principalmente contra o gol de Campaña. Os paraguaios perderam duas chances incríveis de empatar nos minutos finais. 
Valeu a valentia, a garra, só que no fim, prevaleceu a competência dos argentinos que agora esperam por Junior Barranquilla (col) ou Flamengo. No primeiro, o time carioca venceu por 2x1 e joga pelo empate. Confronto em aberto e bem complicado para os brasileiros. É aguardar para ver.
Até a próxima!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

MURALHA ESTÁ PSICOLOGICAMENTE ABALADO - Por Rodrigo Curty

Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo
E mais uma vez o Flamengo teve em Muralha a sua manchete. O goleiro falhou feio na derrota de virada por 2x1 contra o Santos. No primeiro gol santista, quis fazer o que não sabe, driblar o experiente atacante Ricardo Oliveira. Já no segundo, "comeu" um frango no chute de Arthur Gomes. A "cabeça" de Alex realmente não anda nada boa. Tudo dá errado.
É sabido que todo jogador profissional tem seus dias de glória e "aqueles" para serem esquecidos. O pior de tudo é que todo profissional que entende que pode ser o titular sonha e aproveita ao máximo quando a chance aparece - Faz de tudo para dar aquela "boa" dor de cabeça ao treinador.
Aí o X da questão, Muralha não só consegue dar a "terrível" dor de cabeça para Rueda como para os mais de 40 milhões de rubro-negros. Na final da Copa do Brasil, assim que falhou, entrou Thiago, esse "errou" na primeira final e para piorar, se contundiu. Logo na finalíssima lá estava ele, Muralha, e com ele, a expectativa de dar a volta por cima. O resto da história já conhecemos. Inseguro, nervoso, sem condições técnicas e se equivocando na estratégia das penalidades. Coisas do futebol.
Ali, ao meu ver, se injusto ou não, se profissional ou não, era a hora do Flamengo, que investiu tanto na trágica temporada, buscar um goleiro, e olha que não precisava ser nenhum arqueiro sensacional. Bastaria um que pudesse ser suplente em jogos de peso. 
Como se não bastasse a péssima temporada, os jogos perdidos por erros bizarros, Diego Alves, logo agora que melhorava a cada jogo, se acostumava  novamente com o futebol brasileiro se lesionou. Conseguir a classificação contra o Junior Barranquilla, na Colômbia, mesmo jogando pelo empate será uma missão desafiadora, sobretudo com o que Rueda decidirá para ser o camisa 1 - Muralha ou César? O primeiro deveria pedir para ser dispensado ou ser tratado como ser humano que é - um terapia poderia ser interessante. É nítido que o psicológico está muito abalado. Seria importante preservar seus familiares, amigos, e todos aqueles que torcem pela sua recuperação. 
O goleiro não é má pessoa, apenas está descontrolado e sem confiança. A melhor coisa a se fazer era dar férias para que se tratasse e procurasse novos ares. Já o segundo não atua há quase dois anos e mesmo assim tem como algo positivo ser um garoto formado na base, esses que sem dúvida nenhuma dão aquele "sangue" que o torcedor gosta de ver, principalmente nas adversidades. Basta ver quando joga Juan, Paquetá, Vizeu, Vinicius Júnior e agora Lincoln. A qualidade técnica não prevalece, ok, e sim, por outro lado sobra em atitude e determinação, o gosto de vestir o manto-sagrado e fazer história.
Ainda tenho dúvidas se a equipe passará às finais da Copa Sul-Americana e muito menos se vencerá o desesperado Vitória na última rodada do Brasileirão. A Libertadores é logo ali, e o caminho segue árduo para o Mais-Querido.
Vamos aguardar o desfecho desse capítulo. Até a próxima!


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

DRAMA RUBRO-NEGRO - Por Rodrigo Curty


Apita o árbitro, é fim de jogo no Maracanã. Depois de uma partida bem nervosa, gols perdidos, tristeza, aplausos, vaias e desconfiança, no fim das contas para o Flamengo a vitória de 2x1 de virada contra o bom time colombiano do Junior Barranquilla, em partida válida pelo primeiro duelo da semifinal da Copa Sul-Americana deve ser bastante comemorada. 
O rubro-negro entrou focado em campo com surpresas na escalação. Mancuello fez às vezes de Everton, que diga-se de passagem, fez muita falta no setor. Ok, quando o Flamengo joga com os pontas abertos, fica um time óbvio, porém consegue abrir uma defesa tão compactada e tão bem na marcação como esse adversário, que ao meu ver é a melhor equipe das quatro que buscam o título.
O fato é que no futebol a competência sempre será fundamental. Não importa ver um time chutar 20 vezes contra a outra que chutou menos e perder. Tem que ter frieza, concentração e fazer logo o resultado. O Flamengo tentou isso e mereceu aos trancos e barrancos, como nos velhos tempos de que o torcedor não esperava mais nada de positivo, inclusive com direito a um golaço de Felipe Vizeu, jogador com holofotes em cima, por causa das desavenças com Rhodolfo na última partida. Coisas do futebol. Sim, o que menos se espera acontecesse também de forma negativa - o goleiro Diego Alves teve uma fratura na clavícula e com isso, mais uma vez, apareceu Muralha para desespero da Nação. 
O apoio não faltou, só que os gritos com o nome do goleiro ao meu ver entusiasmou demais. Quando a estigma é forte não há reza que dê certo. Com menos de 1' em campo, veio o gol dos colombianos. Vamos combinar que a falha foi geral do setor defensivo e não apenas do goleiro que permitiu que a bola passasse sobre seus braços.
Deve ter vindo na cabeça de Muralha, o período de 57 dias da perda do título da Copa do Brasil, onde foi execrado por não ter pego nenhuma penalidade cruzeirense e ainda por cima o fez perder a confiança. Ali, talvez fosse o momento para negociar com outro clube.
Bem, não foi o que ocorreu, talvez porque, assim a diretoria deixaria escancarado que falhou nas contrações e planejamento para a temporada. Só que agora? O que deve ser feito pela cúpula rubro-negra? O regulamento da competição permite contratar um goleiro em caso de lesão. Valeria a pena fazê-lo ou correr novamente o risco de bancar o goleiro?
Eu penso quem duas coisas: A primeira é o que imagino - O ambiente está conturbado, cabeças vão rolar após a temporada, aconteça o que acontecer. A gestão sofrerá graves consequências da torcida. O time por mais que diga estar unido, ainda gera dúvidas. Falta química, tranquilidade e confiança. Mesmo assim deveria ter essa união e todos jogando por todos até a última gora de sangue. Fazer o jogo do ano.
Por outro lado, vem a necessidade absurda de triunfar. Fazer valer o que foi planejado, certo ou errado. O Flamengo é e sempre será maior do que quem o serve. Esquecer as vaidades e correr riscos pode ser interessante na atual conjuntura - Trazer um goleiro, desde que experiente para tapar essa lacuna na partida de volta e posteriormente ter a chance de levantar a taça pode ser válido, desde que haja consentimento de todos, principalmente de Muralha, que está emocionalmente abalado e que entrará, caso seja o titular muito preocupado em não errar. Nessa noite ele errou e quase comprometeu novamente. Corre o risco de acabar de forma lamentável a sua carreira. De entrar negativamente para a história do clube. Agora seria fantástico ele conseguir o improvável, calar todos e retomar a sua auto-estima. 
Haja coração para o já sofrido torcedor do Flamengo. Que dúvida cruel. Vale queimar um novo garoto? Isso também seria muito ruim. Pena o Thiago está em recuperação e Gabriel precisar de mais rodagem para a tal missão. O jogo na Colômbia será uma pedreira, seja lá quem for o goleiro. O fato é, se o time experiente fazer valer o que se espera dele, mesmo tomando gol, no final quem sabe não garante a vaga na decisão? O problema é que isso não parece ser o que veremos. O cenário hoje é de um massacre com Muralha no gol. Agora como rubro-negro fanático, o que se espera é a vitória na adversidade, o cala-boca quando se menos espera, o despertar de um gigante, será? É aguardar para ver o que rola até 5ªfeira que vem, e após o apito final. Boa sorte Mengão, aonde e como estiver, estarei.   
Até a próxima! 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A COMPETÊNCIA GREMISTA FAZ A DIFERENÇA - Por Rodrigo Curty

Goal.com
E o Grêmio deu um importante passo para finalmente conquistar o tão sonhado tricampeonato da Libertadores. O tricolor gaúcho recebeu o "enjoado" time argentino do Lanús, em sua arena, e contou do início ao fim com o apoio de mais de 55 mil fanáticos torcedores.
Para quem esperava uma partida com o time da casa mandando, pressionando e dominando as ações, se enganou. Os argentinos não se intimidaram e jogaram com paciência, provocações e poderiam até sair com um resultado melhor, poderiam, afinal não contavam com uma noite inspirada de Marcelo Grohe, que salvou a sua equipe com duas excelentes defesas na primeira etapa - uma após o chute despretensioso do meia Martínez, e depois em uma cabeçada excepcional do zagueiro Braghieri. 
Os comandados de Renato Gaúcho insistiam nas bolas aéreas, erravam passes fáceis, não arriscavam chutes. Na segunda etapa o cenário mudou um pouco com as entradas de Everton, Jael e Cícero, esse o cara do jogo. 
O meia que estava esquecido no São Paulo foi um pedido de Renato. O treinador sabia o que poderia ter de retorno. A experiência, estrela e a determinação fazem a diferença numa partida como essa.
O grito de gol da torcida saiu aos 37', justamente com a "mão" do treinador gremista - Jael cruzou e Cícero venceu o goleiro Andrada. O estádio veio abaixo, era festa em quase toda Rio Grande do Sul. A competência fez a diferença.
E o placar só não foi melhor porque o árbitro chileno Júlio Bascuñan "pipocou ao não marcar pênalti em cima de Jael. Coisas de Libertadores. 
De qualquer maneira, a vitória deve ser bastante comemorada. No dia 29, a promessa é de um caldeirão no estádio La Fortaleza. Lá o Lanús é praticamente imbatível e com certeza fará o que tiver que fazer para conquistar o inédito título. Caso devolva a diferença de um gol, a partida seguirá para a prorrogação, permanecendo, o campeão saíra na decisão de penalidades. 
A semana será tensa, ansiosa para o time brasileiro e de expectativa, esperança e apoio para o time argentino. Tudo indica que será uma guerra daquelas que não nos esqueceremos jamais. 
Faça a sua aposta - teremos o Tri do time brasileiro ou o inédito título do Granate? Certeza mesmo é que aquele que for mais competente, levantará a tão sonhada taça.
Até a próxima!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES - Por Rodrigo Curty

Folha de S.Paulo - Uol
E deu a lógica -  Nessa noite, o Corinthians conquistou o seu sétimo título brasileiro, após vencer de virada o Fluminense por 3x1. A campanha até chegar aos 71 pontos foi impressionante, mesmo com um rendimento bem abaixo no segundo turno, comparado ao feito nas primeiras 19 rodadas, que convenhamos, algo totalmente fora da curva e das expectativas.
O Corinthians provou que um time para ser campeão necessita de planejamento, humildade e muito trabalho. Ora, sejamos sinceros, nem os mais otimistas corintianos poderiam esperar um título brasileiro com tanta facilidade com o que têm no atual elenco. 
Além disso, a falta de caixa, as despesas, processos, atrasos de pagamentos, direitos de imagem, e etc, etc. O Corinthians foi Corinthians. Venceu tudo e todos com sangue, raça e suor.
Alguns fatores fazem um time ser campeão - E o Timão fez bem a sua receita. O clube sabia de suas limitações e confiou em ter um time ao invés de um elenco recheado de nomes estrelares. Sabia que o banco não era tão homogêneo como outrora. Conseguiu mesmo nas adversidades se manter com uma gordura absurda dos adversários. Sim, perdeu jogos improváveis e também venceu quando foi colocado à prova. Demonstrou que merecia ser respeitado. 
Arrisco em dizer que daqui há alguns anos, o campeão da década se lembrará que das conquistas anteriores como os dois brasileiros, Recopa, Paulistão, Libertadores e Mundial, esse é sem dúvida o plantel mais fraco em questão de peso e talvez o mais focado internamente. 
Basta analisar e verá que o time não tinha vaidades. A prova disso foi ver Romero como um dos, se não o "cara" mais importante na conquista ao lado de Cássio e Jô, artilheiro com 18 gols. O atacante, inclusive pode entrar de vez para a história, uma vez que desde 1971, quando iniciou o Campeonato Brasileiro,  jamais o clube teve o artilheiro do torneio.
Parabéns para Fábio Carille que não inventou a roda, pelo contrário, manteve o mesmo estilo de seu mentor Tite - Um time burocrático, tranquilo e que sabia a hora de decidir e de ser competente. Montou uma bela espinha dorsal com defesa sólida, meio-campo marcador e produtivo e o ataque competente. Os números não mentem. Nas 35 rodadas até a conquista foram 21V / 8E / 6D. 48 gols marcados e apenas 24 sofridos.
E a arbitragem também colaborou para o feito? Sejamos sinceros e realistas na frieza da análise. Sim, como também errou e acertou para os adversários. Todos tiveram e ainda terão erros grotescos contra ou a favor. Por isso, vale a competência para que isso não prejudique no objetivo que se traça até o dia 03 de dezembro, término da competição. O Corinthias fez a sua parte e merece ser aplaudido e virar exemplo, principalmente daqueles que acham que um time é campeão apenas com o nome de quem veste a camisa. 
Até a próxima!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

MEDIOCRIDADE ITALIANA - Por Rodrigo Curty

E mais um gigante do futebol mundial não garantiu vaga para à Copa do Mundo na Rússia.  Se os apreciadores do Esporte Bretão já ficaram desanimados por não ter Holanda e Estados Unidos, agora com certeza sentirá bem mais sem a tradicional Itália. 
Era sabido que as Eliminatórias europeias trariam surpresas ou decepções em seu término. O grupo da Itália era o mesmo da Espanha e ambas sobraram, mas como só a primeira garantia a vaga direto à Copa, restou aos italianos disputar à repescagem. Os suecos, por sua vez, pegaram um grupo mais equilibrado com França, que terminou em primeiro e a Holanda, eliminada pelo saldo de gols.
O futebol é competência. Não adianta jogar bem se a bola não entrar. Não adianta reclamar da "covardia" do adversário, se quando essa tem a chance marca seu gol. Assim, a tetracampeão mundial se despediu de forma lamentável para sua apaixonada torcida. O time do lendário, fantástico e exemplo - Gianluigi Buffon não saiu do empate sem gols contra a Suécia, em pleno San Siro, em Milão.
O estádio também chamado de Giuseppe Meazza estava lotado e desde o início apreensivo antes do duelo. No confronto em Estocolmo, o time da casa venceu por 1x0 e jogava pelo empate. É importante que se diga que "As três coroas" fez e bem a lição de casa. Assim como no primeiro confronto, aguentou a pressão até o fim, provou realmente contar com sorte e sim, qualidade defensiva para avançar. 
Ficou claro o nervosismo ofensivo da Azzurra - muitas bolas cruzadas, vontade e pouca objetividade. E olha que poderia ser pior -  O árbitro espanhol Antonio Lahoz cometeu erros bisonhos e deixou de marcar no mínimo uma penalidade para os visitantes. 
É a primeira vez, desde 1958, curiosamente na Copa da Suécia, que a Itália fica fora da maior competição do mundo do futebol. Em 1930, no Uruguai não participou por escolha própria.
Por outro lado, a Suécia retorna a elite do futebol, o que não ocorria desde 2006, na Copa da Alemanha, em que caiu nas oitavas de final. Olho neles, afinal, o futebol pragmático e o de resultados, independente de espetáculo pode voltar a dar suas caras.
Essa é a lista das Seleções garantidas na Rússia: Rússia, Brasil, Irã. Japão, México, Bélgica, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Alemanha, Espanha, Inglaterra, França, Nigéria, Costa Rica, Polônia, Egito,Sérvia, Portugal, Islândia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Panamá, Marracos, Senegal, Croácia, Tunísia, Suécia e Suíça.
Ainda restam algumas vagas, e a minha torcida é para que entrem Dinamarca que encara a Irlanda, Peru que mede forças contra a Nova Zelândia, Austrália que pega Honduras carimbem o passaporte. Todos os primeiros confrontos terminaram em zero a zero. É aguardar para ver o que vai dar.
Até a próxima!