domingo, 8 de abril de 2018

PAULISTÃO, PAULISTA, PAULISTINHA - Por Rodrigo Curty

E felizmente para muitos torcedores, nesse domingo os estaduais deram adeus. Grêmio, Botafogo, Cruzeiro, Bahia, Náutico, Goiás, Atlético PR, Figueirense, Remo, etc e etc, levantaram a taça.
E em São Paulo? Pois é, esse é o assunto de hoje. O campeonato mais rentável do país deu o que falar. A final entre Palmeiras e Corinthians deveria ser lembrada de uma outra maneira, só que não foi bem assim.
Antes de entrarmos na grande decisão, vale o registro de que nenhum dos considerados grandes se "importavam" tanto com o título. Muito pelo contrário, tratavam, como tratam há anos, o torneio como um laboratório, uma vez que o que vale mesmo são os outros torneios da temporada.
Ora, que hipocrisia - se perder, a competição é menosprezada, se vencer, a valorização de uma grande conquista. O fato é que um título regional realmente não tem o mesmo peso de outrora, só que para a história do campeão vale e muito.
Desta maneira, um dos times mais rentáveis do país, o mais repleto de jogadores para cada posição, o que conta com um estádio espetacular, deveria lamentar a derrota, da maneira que foi ao invés de criticar, independente do erro crucial da arbitragem colaborando para o título do Corinthians, como conto a seguir.
A decisão tinha tudo para ser mais interessante. O problema, assim como já visto nas duas semifinais dos quatro grandes foi a covardia apresentada pelas equipes. Todas mais preocupadas em não levar do que marcar os gols.
Ao meu ver, o maior campeão paulista foi o que mais se negou a jogar e o que teve mais méritos - sim, a burocracia e objetividade também merecem aplausos - O time mais uma vez conseguiu o que mais desejava - fazer pelo menos um gol. E nessa final isso veio antes do imaginado, em plena casa do rival.
Longe de criticar ou menosprezar os comandados de Fábio Carille, apenas não gosto da forma que o Corinthians joga, mesmo sendo objetivo. Desde Tite o Timão é assim - um time pragmático e mais preocupado com o resultado do que com o espetáculo. Eu sei que no futebol vale a conquista, independente da maneira. Só que eu sou um romântico que prefere ver um time jogando de maneira intensa e com vontade de fazer quantos gols forem possíveis, mesmo que isso lhe custe a derrota. 
E que fique claro que a conquista teve seus méritos - Mudanças de peças no elenco, vitórias em clássicos e competência quando exigido. Assim como nas semifinais, o alvinegro suportou a pressão e conseguiu levar a definição para a marca da cal. 
Rodriguinho e Cassio mais uma vez foram os grandes protagonistas - Resolveram de forma idêntica contra São Paulo e Palmeiras.
A grande lamentação dessa final foi a lambança do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Aos 26', ele viu penalidade de Ralf em Dudu e após 8' de idas e vindas, consultas com quarto árbitro e sabe Deus com quem mais, voltou atrás e marcou escanteio. 
O povo, independente do time que torce, deveria aplaudir a atitude, afinal, realmente não houve a penalidade. Só que os gritos de "vergonha" também foram válidos, uma vez que no futebol, o árbitro, desde que não tenha ajuda de recursos de TV deve assumir as suas convicções, ou seja, se marcou a penalidade, deveria honrar.
Já era tarde, quis o destino que o restante da partida e os seus longos 10' não acrescentasse em nada na bola e finalizasse o campeonato paulista que poderia ter sido no final um Paulistão e encerrou como paulistinha.
Uma pena para o torcedor, que lembrará talvez mais do erro/acerto, do que a competência e glória de Cassio, calando o Allianz Parque ao pegar as cobranças de Dudu e Lucas Lima e ajudando sua equipe a vencer por 4x3.
Parabéns ao Corinthians pelo Bicampeonato e seu 29º título e minhas lamentações ao Palmeiras que deve provar ao longo da temporada, que se preocupa mais com os títulos graúdos do que com um torneio regional. 
Até a próxima!

quarta-feira, 4 de abril de 2018

O BALANÇO DA RODADA DE QUARTA-FEIRA - Por Rodrigo Curty

E a generosa rolou com gosto nessa quarta-feira pela Copa dos Campeões, Copa do Brasil e Libertadores.
No torneio mais respeitado do mundo, a Roma praticamente deu adeus. O Barcelona conseguiu uma vantagem de 4x1, com direito a dois gols contra e nenhum de Messi. 
Já no duelo dos ingleses, o Liverpool precisou de 31' para vencer o Manchester City por 3x0, fora o show. Mais uma vez Klopp levou vantagem sobre Guardiola. Tudo indica que não será dessa vez que o The Citizens conquistarão a tão sonha orelhuda. Já os Reds seguem firmes na busca do sexto título. Olhos neles!
Pela Copa do Brasil, o Atlético MG massacrou o Ferroviário - CE. Vitória de 4x0 e um futebol cada vez mais interessante que dá a esperança de uma temporada extraordinária.
Na outra partida, o São Paulo mais uma vez tropeçou. Desta vez para o Atlético PR, na Arena da Baixada. O tricolor não conseguiu repetir as boas atuações demonstradas contra o Corinthians. A derrota por 2x1, porém, deixa a vaga à próxima fase aberta, uma vez que tem condições de se superar no Morumbi contra o bom time do Furacão.

E pela Libertadores, o destaque foi o empate sem gols, entre os brasileiros Cruzeiro e Vasco, no Mineirão. O duelo foi equilibrado e mesmo com algumas chances para ambos, a partida ficou devendo. Para quem esperava uma Raposa avassaladora, viu um Cruzmaltino muito bem organizado e jogando de igual para igual. O grupo E tem a liderança de Racing e Universidad de Chile com 4 pontos. Na próxima rodada, para os brasileiros será vencer ou vencer, caso contrário, as chances de saírem precocemente aumentará e muito.
Destaque aos dois treinadores - Mano Menezes, assim como o time foi vaiado no final da partida. O treinador "culpou" a má apresentação por desgaste e reflexo da goleada sofrida pelo rival Atlético MG na primeira final do campeonato mineiro. Zé Ricardo, por sua vez, faz um ótimo trabalho e merece conquistar o campeonato carioca no próximo domingo contra o Botafogo. Nada como um dia após o outro. Vamos aguardar.
Até a próxima!


quinta-feira, 29 de março de 2018

VASCO É O TIME DA VIRADA - Por Rodrigo Curty

E antes de entrarmos na virada sensacional do Vasco sobre o Fluminense, vale um registro para que as equipes cariocas pensem no péssimo regulamento aprovado para essa temporada. O ano que vem terá que ser diferente.
O campeonato teve uma média pífia, para não falar outra coisa de público, interesse e tesão.
Bem, somado a isso, o que falar de que nada valeu a dupla Fla x Flu ter vencido o primeiro e segundo turno respectivamente. Enfim, contra fatos não há argumentos e a dupla Bota x Vasco fez a lição de casa quando precisou e por isso chegam a final, que deve ser bem equilibrada. 
A segunda semifinal do estadual do Rio de Janeiro foi emocionante do início ao fim. Uma partida eletrizante, com belas jogadas e um vira-vira, com direito a um erro do bandeirinha que resultou na sequência da jogada do gol da vitória Cruzmaltina. Pena que o Maracanã não contou com um público digno do clássico e partida apresentada.
O placar de 3x2 foi conquistada com brio, competência e muita coragem. Zé Ricardo é um bom técnico, estudioso e consegue fazer seu limitado time jogar com alternâncias táticas, organizado e com o coração. É um cara equilibrado e com o elenco nas mãos, isso é fundamental para o sucesso e, quem sabe o fazer chegar ao Bi carioca como treinador.
Independente disso, vale também os aplausos para o time das Laranjeiras, que há tempos joga em seu limite técnico e com um Abel Braga que tira "leite de pedra". O tricolor perdeu sete jogadores antes do início da temporada, sete titulares. Problemas financeiros, garotada sendo colocada para provar valor de forma precoce e uma preocupação que deve ser levada em consideração para uma competição longa e equilibrada tecnicamente como o Brasileirão. Sim, a Copa do Brasil já ficou para atrás, na eliminação para o Avaí.
O futebol é curioso e maldoso. Agora dirão que o tricolor é um time fraco e limitado. Se vencesse, diriam que é um time que pode dar certo porque mostra valor com a base. Ora, nada de ficarmos em cima do muro. Vejo um time sim, que com o atual elenco, brigará pela sobrevivência na série A porque faltam jogadores "cascudos", simples assim.
E o Vasco? Penso que mesmo com jogadores mais experientes, o time da Colina também sofrerá, inclusive se levar o título carioca, afinal poderá se iludir em acreditar que o plantel é forte o suficiente para aguentar a Libertadores, Copa do Brasil e o Brasileirão.
Um passo de cada vez. Só o tempo irá dizer isso.
O fato presente é que pela terceira vez em quatro anos, o torcedor carioca assistirá o duelo entre os alvinegros. Vantagem ao meu ver para o Glorioso que chega mais inteiro e não terá a preocupação de jogar nenhuma competição entre as finais. O Vasco no dia 04/04 joga, talvez a permanência na Libertadores contra o Cruzeiro, em pleno Mineirão.
Parabéns ao Vasco e também ao Fluminense pela campanha e que a partir de domingo vença o melhor e de preferência na bola.
Até a próxima!!

PERFUME DO MENGÃO - Por Rodrigo Curty

Foto: Folha Vitória
E a derrota para o Botafogo na semifinal do campeonato carioca já causou estragos ou futuras melhoras no Flamengo. O fato da equipe, mais uma vez, decepcionar a sua imensa torcida, realmente precisava ter uma atitude dos homens de cima. O vice de futebol, o sr Ricardo Lomba havia prometido mudanças, após a eliminação vergonhosa e cumpriu.
Pior para Rodrigo Caetano e Paulo César Carpegiani. E não foi de agora que a direção de futebol estava ameaçada e desgastada. Rodrigo infelizmente não conseguiu ter a mesma competência apresentada em outras equipes, mesmo contratando sempre que cobrado pelo torcedor. Já o treinador de 69 anos, que a princípio viria para assumir o cargo de gestor do futebol, em menos de três meses, deu adeus ao clube que sempre o terá como ídolo. 
Foram apenas 17 partidas e sinceramente, mesmo que conquistasse o título estadual e com todo respeito aos outros do Rio de Janeiro, o que era obrigação pela diferença absurda de investimento, plantel e estrutura, o time mudaria o corpo técnico, uma vez que está nítida a urgente necessidade de se ver uma postura e forma de atuar com a tradição do clube. 
O ano ainda promete muita cobrança e obrigação de um título de peso, nesta que será a última temporada de Eduardo Bandeira de Mello no comando presidencial. O rubro-negro tem pela frente a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil e se tiver um planejamento, um cara que saiba como trabalhar com medalhões e, principalmente liberdade total para não ser obrigado a colocar na equipe, jogadores caros e por ordens de empresários, o cheiro que hoje é ruim pode vir a ser de um perfume que outros gostarão de ter em seus clubes.
Penso que o nome desse responsável atendera por Cuca, antigo desejo. Mesmo que digam que nomes como o de Eduardo Baptista, Dorival Júnior, Oswaldo de Oliveira e outras pérolas que o Flamengo adora trazer para assumir o time possa surpreender os palpiteiros de plantão, nesse aspecto, porque não acreditar que apareça Dunga?
Na direção do futebol, acredito que um ex-jogador assuma. Talvez esse nome seja o de Júnior, será? É aguardar para ver.
O fato é que o trabalho será árduo e sem possibilidades de erros. É bom Geovânio, Everton Ribeiro, Henrique Dourado, Diego e Guerrero(ausente é bem verdade) abrirem os olhos. Digo esses, uma vez que somado o salário do quinteto, pasmem, dá a folha de pagamento do time inteiro do Botafogo. 
Olho no Flamengo e aguardem por melhoras, afinal, o salário está em dia e o retorno, por mais que pareça ainda está longe de um final feliz, é bem real.
Até a próxima!

terça-feira, 27 de março de 2018

PALMEIRAS FISGA O PEIXA E ESTÁ NA FINAL - Por Rodrigo Curty

E o Palmeiras é o primeiro finalista do campeonato paulista 2018. O Verdão eliminou o Santos e agora espera pelo vencedor do confronto entre Corinthians e São Paulo - na primeira partida, no Morumbi, deu São paulo 1x0. Hoje o duelo é na Arena Corinthians.
De volta ao primeiro finalista - As duas partidas foram bem equilibradas. Na primeira, também no Pacaembu, o goleiro alviverde Jaílson foi o principal responsável pela vantagem de 1x0. Ele salvou pelo menos três gols certos do Santos.
Nessa segunda partida, o time de Jair Ventura veio disposto a vencer pelo placar necessário(dois gols de vantagem), e o de Roger para aumentar a vantagem. Então, o que se viu foram os dois times buscando o gol, o que foi ótimo para quem gosta de ver um bom futebol. 
O Palmeiras é sim uma das grandes forças do futebol brasileiro e por isso, carrega a missão de conquistar tudo que tiver pela frente, e sabe que qualquer erro poderá ser crucial na sua temporada. Já o Peixe é uma equipe em formação. Provou que conta com bons talentos a serem lapidados e que uma pressão externa só irá atrapalhar o que pode se colher na frente. 
A partida provou que qualquer um que passasse seria justo. É bem verdade que a campanha do Palmeiras é infinitamente superior - Perdeu apenas três partidas já considerando essa derrota no tempo normal por 2x1. E olha que Roger trabalha e bem o que tem em mãos. E se no futebol nem sempre o melhor vence, o Santos provou ter menos competência quando é exigido. Prova disso foi na hora das cobranças na marca da cal. Estava na cara que um garoto seria considerado o culpado, injusto com o menino Diogo Vitor. 
A classificação palestrina por 5x3 foi justa e com muita competência. De qualquer maneira, na minha opinião, o time ainda tem que melhorar bastante o setor defensivo. As laterais, principalmente a esquerda com Victor Luis é uma avenida. O meio-campo é criativo, pegador e também compacto. Na frente com a volta de Borja, a tendência é que o time encaixe de vez. Elenco e possibilidades de montar um time para cada circunstância, isso o Verdão tem de sobra, resta saber se saberá se aproveitar.
No caso do time da Vila, o trabalho será pesado para trazer confiança. Encarar a Libertadores e o Brasileirão nesse prazo curto é o principal desafio, logo, Jair Ventura terá que resolver os problemas e definir de vez os seus 11 titulares e o melhor padrão de jogo com o "carro" em movimento, além de ter a certeza se a torcida terá ou não a paciência para esperar - Se tiver pode sorrir no final da temporada, pelo menos com uma das vagas para Libertadores garantida. É aguardar para ver. 
Até a próxima!

BRASIL VENCE E ARGENTINA É GOLEADA - Por Rodrigo Curty

E finalmente chegou o dia de Brasil e Alemanha se reencontrarem. O amistoso em Berlim foi bem interessante. De um lado a última campeã do mundo, do outro um time remodelado, vibrante e ainda, mesmo que alguns não concordem, com a necessidade de pequenos ajustes para conquistar a tão sonhada copa na Rússia.
O time de Tite está praticamente definido para o torneio. Os dois amistosos contra os donos da casa e a Seleção Alemã valeram e muito para laboratórios e opções táticas. A vitória por 1x0 foi bastante comemorada e mesmo que não tenha o peso dos 7x1 dos anfitriões, provou que dá sim para jogar de igual para igual, será? Vale ressaltar que o time alemão não esteve com sua força máxima e mesmo assim, se tivesse um pouquinho mais de competência na última bola, provavelmente venceria.
O que vale na verdade é o tipo de trabalho realizado para sempre se manter forte. A base da equipe com muitos talentos é de se aplaudir de pé. Que exemplo a ser seguido. Respeito demais essa Seleção.
O Brasil, por sua vez, infelizmente está longe de ser uma Seleção Brasileira, é uma Seleção Internacional. Pena, bons tempos, aqueles que os craques atuavam em equipes do futebol nacional. A culpa é do capitalismo, das estruturas, entre outras coisas.
De qualquer maneira é o time brasileiro que representará o país na Copa. Equilibrado na parte defensiva, forte e ousado no meio e tecnicamente forte no ataque, Tite precisa melhorar o quesito "laterais". Calma, sem dúvida Dani Alves e Marcelo são as melhores opções, só que ambos dão espaços valiosos para os adversários e erram bolas bobas - Perceba se estou errado. Precisamos de um "cara" e esse pode ser Neymar, que precisa definitivamente jogar como jogou no Barcelona e joga no PSG -  um jogador que vai pra cima, dribla com objetividade, que dá show sem comprometer. O cara diferenciado. Vamos aguardar. Por enquanto, vale a expectativa de mesmo passando perigo, sair com a vitória, pelo fato de ter competência.
E por falar em competência, a Argentina tem sim um elenco forte, só que não tem uma equipe. A goleada histórica de 6x1 sofrida pela Espanha provou isso. Ok, Messi não atuou. A Messi dependência é o grande perigo. Sampaoli terá problema sério se não definir logo um esquema de jogo que foque, pelo menos, na parte defensiva. O time é muito vulnerável, sem poder de reação e pior, sem nenhum entrosamento ou certeza que pode dar alegria ao seu torcedor.
Antes de seguir, vale o registro de como a Espanha está arrumada e com ótimos talentos individuais, entre eles a dupla de Madrid - Isco e Asensio. Olho na Fúria!!
De volta aos hermanos. Ao meu ver, os argentinos podem sim se surpreender. Se em outras Copas a Seleção era considerada uma das favoritas, entrar assim desconfiada pode ser positivo, acredite e espere para ver.
A Copa é um torneio que prova isso. A fase classificatória é essencial, afinal somente duas avançam, a partir daí, vence quem tiver mais elenco, mais planejamento e equilíbrio. Tudo pode acontecer nos cruzamentos inesperados ou que apresentam zebras. A Argentina entra assim e pode ter finalmente a Copa de Lionel Messi, como Maradona teve a sua em 86. 
Até a próxima!!

sexta-feira, 16 de março de 2018

DEFINIDA AS QUARTAS DE FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES - Por Rodrigo Curty

FOTO: RTP
Os confrontos das quartas de final da Liga dos Campeões foram definidos na manhã desta sexta-feira na cidade de Nyon, na Suíça.
A cada fase que passa aumenta a emoção, decepções com favoritos ficando pelo caminho e surpresas seguindo firmes.
A Espanha tem três equipes vivas e livres de duelo nessa fase, ou seja, o trio pode seguir vivo até às semifinais. Os dois italianos terão pedreira pela frente e relativamente darão adeus nessa fase. Já a dupla inglesa sobrevivente se enfrentará, restando então, apenas uma para seguir na busca da orelhuda. Já o único representante alemão, o Bayern de Munique, merece ser respeitado.
Anote aí os confrontos e a minha análise para cada duelo.
Datas de ida e volta: 03/04 e 11/04
Sevilla x Bayern de Munique
Apesar da equipe espanhola ser bem organizada, principalmente defensivamente, valente e sem medo de entrar para matar ou morrer, encarar o atual momento do time alemão não será igual ao que foi contra o Manchester United. Acredito em duas vitórias do Bayern por ter um estilo de jogo bem ofensivo, de variações e claro, por ser bem experiente.
Juventus x Real Madrid
Quis o destino que a reedição da última decisão do torneio viesse à tona nessa fase. O time italiano está engasgado até hoje com o massacre de 4x1 e vem confiante, após eliminar o Tottenham, em plena Inglaterra. O problema é que o a Velha Senhora disputa e bem o Di Calcio, Copa da Itália e a Liga, enquanto os merengues estão voltados apenas para a Liga e contam com a mística da camisa e de Cristiano Ronaldo, que tem uma relação especial com o torneio.
O meu palpite é para dois jogos bem equilibrados, porém com o time espanhol tendo ligeira vantagem.
Datas de ida e volta: 04/04 e 10/04 
Barcelona x Roma
Um duelo bem interessante e com a Roma sendo a zebra. Com todo respeito ao time da capital italiana que conta com a ótima fase do goleiro Alisson e com bons nomes como os de De Rossi, Perotti e do "matador" Dzeko, penso que a equipe catalã pela excepcional temporada que faz e com Leonel Messi voando como nos velhos tempos, dificilmente ficará pelo caminho. O Barça é um time experiente, veloz e envolvente e com certeza fará de tudo para liquidar a vaga já na partida de ida, quando joga no Camp Nou. 
Liverpool x Manchester City
Aqui um duelo que vai parar o mundo. De um lado estará o treinador Jürgen Klopp, do outro o extraordinário Pep Guardiola. O líder da Premier League com muita folga sabe que a ambição maior é conquistar a Liga dos Campeões, e para isso o retrospecto do treinador espanhol terá que melhorar, afinal, desde que chegaram para comandar os times ingleses, o treinador alemão leva vantagem - 4 confrontos, sendo 2V,1E e 1D. Na carreira geral, Klopp foi o comandante que mais venceu Guardiola (5 vitórias). Fora isso, o Liverpool foi o responsável pela quebra da invencibilidade do City de 22 jogos. Agora a história é outra e vejo uma ligeira vantagem para Pep, principalmente por jogar a segunda partida em seus domínios. É aguardar para ver.
Faça a sua aposta e até a próxima!!

quarta-feira, 14 de março de 2018

O DESPERTAR DO GIGANTE FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

Foto: Jornal de Brasília
A Libertadores da América é um sonho de muitos e não poderia ser diferente para o Flamengo. O rubro-negro que nas suas últimas participações colecionou tropeços, vergonhas e desconfianças, principalmente de sua apaixonada e imensa torcida, finalmente conseguiu demonstrar que nessa edição a história poderá ser outra.
Calma lá, é verdade que estamos bem no começo do torneio e após levar um gol do Emelec, tudo levava a crer que o time retornaria ao Rio de Janeiro com mais uma derrota na mala. 
Esse tal pesadelo uma hora tinha que acabar e veio da maneira que o flamenguista mais admira, através de garra, luta, concentração e coragem de fazer o Flamengo ter a "camisa" também no quesito internacional.
O jogo com domínio dos comandados de Paulo César Carpegiani era um presságio de que a mística negativa terminaria. Um primeiro tempo mais envolvente, dono da situação e novamente com erro da arbitragem, que assim como foi com o River Plate, na primeira partida, preferiu ignorar um pênalti claro no começo da partida.
Paciência, Libertadores é um torneio diferenciado e esses erros não podem fazer falta. Foi aí que as chances foram criadas e desperdiçadas por Henrique Dourado, que esteve longe do que se espera de um centroavante e uma outra ótima chance com o zagueiro Rhodolfo. Intervalo, um 0x0 com aplausos e confiança.
Na segunda etapa o valorizado, renovado e até então invicto no ano, time equatoriano se impôs mais e conseguiu abrir o placar com um erro de marcação e frieza de Angulo. O estádio era só festa. Era, porque no fim, quem fez a festa foi o garoto Vinicius Junior que entrou na vaga de Everton Ribeiro e mostrou personalidade e coragem para encarar seus marcadores. 
O primeiro lance, o menino de 17 anos se empolgou e isolou a bola. Ouviu vaias e reclamações de muitos pelo Brasil afora, só que depois se redimiu e com qualidade. Marcou os dois gols da virada em lances individuais. No primeiro gol, após receber passe do apagado Paquetá que esteve longe do que foi nas últimas atuações, passou por dentro da marcação e bateu de esquerda, um belo gol. Sete minutos depois, foi a vez de cair para a direita, tabelar com Diego, que talvez tenha feito a sua melhor partida com a camisa do Flamengo e de esquerda, estufar as redes. O garoto foi comemorar de forma marrenta, de óculos e tudo. O cara podia fazer isso e com certeza Madrid aplaudiu e vibrou junto. 
A vitória de 2x1 foi maiúscula porque o rubro-negro em todo momento após levar o gol, buscou a reação e perdeu chances inacreditáveis como a de Henrique Dourado, sozinho na pequena área. O time mostrou que o elenco é forte e com um pouco mais de calma, vibração e coragem para arriscar mais os chutes, o ano pode ser surpreendente positivamente.
É aguardar para ver como Carpegiani administrará o grupo. O caminho ao meu ver está sendo bem conduzido, pois o treinador deixa claro quem joga e quem sai, além de fazer a tal meritocracia prevalecer.
Parabéns ao Flamengo, agora líder do grupo 4, com 4 pontos e até a próxima!!

terça-feira, 13 de março de 2018

A FRAGILIDADE VASCAÍNA - Por Rodrigo Curty

Crédito: Scoopnest.com
E o Vasco não estreou nada bem na fase de grupos da Libertadores. Se nas fases preliminares, o time Cruzmaltino conseguiu se classificar, mostrando inclusive, poder de recuperação, o que se viu na derrota de 1x0 para à Universidad de Chile foi uma equipe nervosa, sem variações táticas e principalmente sem poder de fogo. 
Era sabido que o elenco de Zé Ricardo sofreria na temporada. E mesmo que digam que o resultado foi adverso porque oito jogadores estavam com virose, principalmente Wagner que saiu durante a partida por se sentir mal e com febre, isso não pode servir de desculpa.
São Januário deveria ser o "caldeirão" e não um lugar para o time chileno se sentir confortável e jogando como se deve jogar uma Libertadores fora de casa, ou seja, esperando o erro do adversário, jogando no nervosismo e se aproveitando de chances criadas. Fora isso, estudou muito bem o esquema do time carioca, o de poder pelas laterais, prova disso é que Yago Pikachu é o artilheiro da equipe na competição com três gols.
E como quem não faz leva, após a melhor chance de gol do Vasco, na cabeçada de Rildo, defesa de Herrera e falta de atenção de Riascos, veio o castigo. Em um erro primário de marcação Araos recebeu a bola na cobrança de lateral, tirou o zagueiro Paulão e chutou para ao meu ver também falha do ótimo Martín Silva para comemorar.
Se a meta de Zé Ricardo para se classificar é a de somar 11 pontos, a tarefa se complica com a derrota em casa. As duas próximas partidas serão fora contra equipes melhores ajustadas e com elencos mais homogêneos e de opções táticas - Primeiro o Cruzeiro, no Mineirão, depois o Racing no El Cilindro. Haja coração ao torcedor vascaíno e sentimento de que o "time da virada" possa ressurgir quando se menos espera.
A Libertadores já provou em muitas vezes que o time que avança é o que se planeja e tem coragem para buscar vitórias fora de seus domínios. E o principal, esse time nem sempre é o que tem o melhor elenco, e sim o que joga com brio, inteligência e se aproveita de chances criadas. 
É aguardar para ver o que acontece no grupo 5 que é realmente equilibrado e pedreira para os brasileiros. 
Até a próxima

sexta-feira, 9 de março de 2018

O PROBLEMA DO TRICOLOR VAI ALÉM DE TREINADOR - Por Rodrigo Curty

São Paulo Blog
E a corda mais uma vez estourou do lado mais fraco no São Paulo. Dorival Junior foi demitido do comando, após a derrota para o Palmeiras por 2x0. E olha que não é exclusividade do tricolor, sempre tomar esse tipo de atitude.
O problema é que nem sempre esse é o maior dos problemas. Trocar de comando, muita das vezes, apenas abafa situações bem mais complexas que deveriam ser vistas e tratadas de outras formas. A torcida do time da fé sofre a cada ano com os resultados, a falta de vitórias brilhantes, soberania em clássicos e vexames atrás de vexames. 
Dorival foi a bola da vez e sinceramente já era mais do que esperado e é um dos menos culpados, enfim. O fato é que acabou a relação, uma vez que o time já oscilava e jogava sem muita convicção. Era muito na base do seja o que der e vier. O treinador ao meu ver somente ficou no comando por mais tempo do que o previsto, talvez por gratidão ao feito na reta final do ano passado, no qual o clube sofreu quase até as últimas rodadas do Brasileirão para não jogar a segundona.
O torcedor esperava mais da direção são-paulina, que é sim deficiente, amadora e que pensa em outras coisas que não fazer o clube voltar a ser respeitado. E olha que a direção tem gente de respeito e nome dentro do clube. Então como explicar Raí, Ricardo Rocha e Lugano sem dar resultados? O principal problema é o presidente Leco, que assim como os últimos presidentes fizeram um planejamento terrível e problemático.
O caminho é árduo para esse time que definitivamente não rende o esperado, seja porque as peças não são bem encaixadas, seja pelo erros primários. O ambiente não ajuda. Podem até provar o contrário, só que é difícil achar que o elenco é unido e que jogadores como Diego Souza e Nenê para não falar outros se contentem com a reserva. Isso sem falar em Cueva que parece desgastado, desanimado e pensando apenas em se despedir após a Copa do Mundo.
Uma mudança de comando até pode colaborar no início, motivar, ajustar posicionamento e encantar. A questão é quem seria esse nome? Querem alguém de pulso forte porque julgavam Dorival Junior fraco nesse quesito. Ficou muito claro que o campeonato paulista foi usado como laboratório e agora com a equipe classificada, a sequência, Copa do Brasil e o início do Brasileirão, o objetivo será não trocar pneu com carro em movimentado. 
Raí já afirmou que André Jardine, que estava no sub-20 estará à frente do time, mesmo que interinamente e depois assumirá o cargo de auxiliar na comissão técnica. 
Um dos nomes cogitados é o de Diego Aguirre. O treinador é pavio curto e sério, logo não aceitará boicotes e falta de profissionalismo. Pode ser uma boa aposta se souber mesclar a base de garotos que precisam de blindagem para não serem queimados precocemente.
Essa deveria ser para mim a principal missão só que pela situação atual, o que vejo é um discurso do "se está com medo por que veio". 
O novo comandante precisará de muita sorte e paciência para dar certo. E para isso, deverá torcer para a diretoria "amadora" não se envolver no planejamento. 
É aguardar para ver.
Até a próxima!

quinta-feira, 1 de março de 2018

PALMEIRAS E SANTOS EM BUSCA DA VITÓRIA - Por Rodrigo Curty

Conmebol
E a Libertadores de 2018 ainda não teve uma vitória dos representantes brasileiros, bem, pelo menos na fase de grupos.
O Flamengo fez uma partida "estranha" contra o River Plate(Arg). Sem torcida não tem graça, vibração, alegria e motivação. Bem, independente de no campo o rubro-negro ter jogado praticamente apenas o segundo tempo, o empate, mesmo com um gol irregular dos argentinos, teve sabor de derrota. O torcedor já está preocupado com mais uma eliminação precoce. Eu penso que deve ter calma, uma vez que o grupo é equilibrado e outros mandantes também perderão pontos. Vamos aguardar.
O Corinthians fez uma partida sem muita emoção e por pouco ainda não saiu vencedor. O empate na Colômbia contra o Millonarios deve ser comemorada.
Pois bem, hoje as atenções se voltam para as estreias de Palmeiras e Santos. A dupla paulista espera vencer e dar um novo olhar ao futebol brasileiro.
O Verdão já esqueceu a derrota para o Corinthians e entra com o objetivo de provar que o planejamento de 2018 é realmente visando a conquista da América
O adversário merece atenção especial - o Junior Barranquilla vem de duas fases na pré-Libertadores. Eliminou a dupla paraguaia do Olímpia e Guaraní e sonha alto.
Do lado Palestrino, o técnico Roger Machado não divulgou a lista dos titulares e deve sim fazer mudança para a equipe que atuou no derby. Moisés pode ser a novidade no meio, pelo menos por alguns minutos. O time deve ser bastante ofensivo e ao meu ver não poderia ser diferente, afinal, a zaga ainda não inspira confiança. Jogo bem equilibrado e com cara de muitos gols. É aguardar para ver o que dá a partir das 21h30 (horário de Brasília) nesse início de grupo 8
E o Santos? Pois é, o Peixe não é para muitos uma equipe com chances de surpreender na competição. Eu já penso que algumas peças podem fazer a diferença. O time da Vila Belmiro tem a espinha dorsal interessante - Vanderlei - Renato - Gabriel(Gabigol). O time de Jair Ventura melhorou seu rendimento no Paulista e se transformou em um time bastante competente ofensivamente e com uma defesa sólida que não leva gols há três partidas.
A estreia no grupo 6, ocorre hoje às 19h15(horário de Brasília) contra o Real Garcilaso(Peru). Penso que o maior adversário será a temida altitude de 3.400m de Cusco. Assim, o time brasleiro deve voltar com os três pontos na bagagem.
Bons jogos a todos e boa sorte aos times brasileiros.
Até a próxima!!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

FLAMENGO E CORINTHIANS ESTREIAM NA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E depois de uma estreia com empate do Grêmio e uma derrota do Cruzeiro, hoje será a vez de ver o que acontece com Flamengo e Corinthians na Taça Libertadores.
Goal.com
O Flamengo que está no grupo 4 tem como principal meta, caminhar às oitavas em diante, afinal nas três últimas participações decepcionou e saiu ainda na fase de grupos.
O time dirigido por Paulo Cesar Carpegiani espera render e provar que o planejamento do começo do ano tenha sido proveitoso. O rubro-negro conta com um elenco forte ao meu ver com exceções nas laterais. De qualquer maneira, aparentemente, o time terá um perfil ofensivo, uma vez que o esquema de 4-1-4-1 permite isso.
É importante observar a fragilidade que a equipe têm na marcação, principalmente quando não está com a posse de bola. É bem verdade, por sua vez, que quando a tem, o time é envolvente e deve usufruir do rodízio de posições entre os meias, já que a habilidade de cada um pode ser fundamental para se chegar a vitória.
O adversário merece respeito. Apesar de ir muito, mais muito mal no Clausura, o River Plate é um dos poucos que sabe e adora jogar essa competição. Um fator que colabora para o time jogar sem pressão interna, é a proibição da entrada da torcida do time carioca ao Nilton Santos. Uma pena pelo que se espera do clássico continental.
Vamos ficar de olho em como se comportará Jonas que substitui Cuèllar suspenso e a criação de Diego, Everton, Everton Ribeiro e Paquetá, que terão a missão de abastecer Henrique Dourado e ajudar na marcação. Promessa de jogo equilibrado.
Já pelo grupo 7, o Corinthians encara em Bogotá o time do Millonarios. Curiosamente, hoje compelta 64 anos do primeiro encontro entre as duas equipes. Na ocasião deu o time colombiano. Porém, nos dois últimos confrontos, o time brasileiro levou a melhor. Foi na Libertadores de 2013. 
O Timão entrará confiante e ainda mais motivado, após a vitória no Derby contra o então favorito Palmeiras. O elenco de Carille ainda não passa 100% de confiança e sim, mesmo assim já provou que quando se tem uma equipe focada, concentrada e sabendo de suas limitações é bom o adversário ficar atento.
Hoje o grande desfalque é o meia Rodriguinho, suspenso. As opções para assumir a vaga é grande, resta saber qual a ideia do treinador. Ter alguém que jogue mais pelos cantos ou que ajude na marcação.
Assim como o River Plate, o time colombiano atravessa uma péssima fase em seu torneio local. É bom o Corinthians entender que cada torneio é um torneio. Jogo com cara de empate.
Ambos os duelos ocorrem às 21h45(horário de Brasília). Boa sorte aos brasileiros!!
Até a próxima!


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A FASE DE GRUPOS DA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

Goal.com
E finalmente a espera acabou. Hoje a bola será rolada na primeira rodada da fase de grupos da Libertadores de 2018. A tendência é de termos muito equilíbrio e o fator casa sendo primordial, principalmente para as equipes brasileiras.
Dos sete representantes do Brasil,  apenas o Grêmio e o Cruzeiro entrarão em campo.
O tricolor gaúcho visita os uruguaios do Defensor. Presentes no grupo 1, que também estão o Monagas da Venezuela e o Cerro Porteño (Par), a expectativa é de termos o time de Renato Portaluppi passando sem muitas dificuldades.
O Defensor deve brigar pela segunda vaga com os paraguaios. Hoje o jogo que terá início às 19h15 (horário de Brasília) deve ser tenso, pois os uruguaios atuam bem em casa e prometem pressionar, mesmo atuando no esquema 3-5-2. É um time que pega bastante. Jogo equilibrado.
Já o Cruzieiro terá pela frente às 21h45 (horário de Brasília) o Racing(Arg) e deve ter dificuldades, principalmente por ter que atuar no caldeirão El Cilindro, em Avellaneda.  Em seu estádio, a "Academia" perdeu apenas sete jogos, desde o segundo semestre de 2014. Vale lembrar que ambas as equipes estão no grupo 5 que também conta com o Vasco, que passou pela duas repescagens e o Universidad de Chile. O grupo tem tudo para ser bem equilibrado. Assim ganhar pontos fora de seus domínios será essencial para avançar na competição.
Na temporada, o Racing vem bem, são quatro vitórias seguidas e um ataque avassalador -  11 gols, graças ao quarteto formado por Neri Cardozo, Lisandro López(ex -Internacional), Centurión(ex-São Paulo) e a jovem promessa Lautaro Martínez.  
Por outro lado, o time dirigido por Mano Menezes tem tudo para ter um 2018 brilhante e o objetivo é a Libertadores. Hoje o time levou um baque, o pai do goleiro Fábio faleceu e assim, o bom goleiro Rafael assumirá a meta cruzeirense. Apesar da tristeza, o pensamento é jogar pelo jogador e se manter invicto no ano - Atualmente são sete vitórias e apenas um empate, sendo o ponto forte dos mineiros a defesa, que levou apenas um gol até agora.
Faça a sua aposta. Quem leva a melhor? O melhor ataque ou a melhor defesa? Penso que a Raposa possa voltar com pelo menos um ponto na bagagem, pois o time é bem experiente. É aguardar para ver.
Até a próxima!!





terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A SAFADEZA NÃO É EXCLUSIVA - Por Rodrigo Curty

foto:purepeople/AGNews
E como se não bastasse para um dos lugares mais belos do mundo passar pela velha e conhecida violência, agora, mais uma vez, terá que se contentar com a falta do Maracanã, em uma das semifinais do primeiro turno, a tradicional e empobrecida Taça Guanabara.
Flamengo e Botafogo deveriam jogar no Maracanã, deveriam mais não jogarão. É importante ressaltar que não é de hoje que o estádio se tornou fora de cogitação para os clubes do Rio de Janeiro - Manutenção, aluguel, custos altos dos ingressos, entre outras coisas referentes à péssima administração afastam os clubes de seus torcedores locais, o que é uma pena.
O clássico que está bem aquém das expectativas será jogado em Volta Redonda, no estádio da Cidadania, em pleno sábado de carnaval e não somente pelas questões citadas acima. É muito sério, deveria ter uma atenção mínima, afinal, nesse dia, o Mário Filho será palco para o show de Wesley Safadão, quem diria! 
O estádio que em seus tempos áureos recebeu Frank Sinatra, a banda Kiss, Tina Tunner, Madonna, Paul MacCartney, Ivete Sangalo, entre outros já não justifica ser usado para partidas de futebol e tão pouco apresenta critérios para ser usado. 
Antes que os fãs do cantor me xinguem ou entendam de forma errada a minha crítica, por favor entendam, que tenho certeza que a culpa não é dele e sim da nossa pobre administração, que faz com que a rica cultura brasileira se perca nas suas histórias a cada dia que passa. Deveria ser inadmissível aceitar ter um show no estádio ao invés de o ter como prioridade para o esporte bretão. 
O cenário empobrecido nas quatro linhas não é exclusividade do abandonado Rio de Janeiro, o problema é nacional, principalmente pelos clubes se tornarem de maneira veloz e competitiva uma fábrica de exportação de jogadores para o mundo. 
A safadeza está em outras esferas do país. O futebol, pão e circo por muito tempo e ainda, de certa forma, se faz presente na nação, só que corre o risco de perder a identidade dos mais antigos, que preferem viver de nostalgia e Maracanã lotado antes de se direcionar para o Sambódromo. 
Será o fim do futebol? Claro que não, apenas é bom não se surpreender se a cada ano vermos os estaduais sem nenhum tipo de interesse e apenas obrigação. É aguardar para ver.
Até a próxima!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O CHEIRO AGUARDADO NA GÁVEA - Por Rodrigo Curty

E o ano de 2018 começou bem para o Flamengo. Bem, quase que em 100%, afinal Guerrero ainda segue suspenso, o clube foi punido por duas partidas com portões fechados pela Libertadores, além de uma multa de 300 mil dólares. 
Só que a velha máxima de "craque o Flamengo faz em casa" deu novamente as caras. O time venceu e bem a Copa SP de futebol juniores, com direito a idas e vindas de garotos do elenco para disputar também a Taça Guanabara, a pedido, ao meu ver, de forma correta do técnico Paulo César Carpegiani. 
Essa temporada que será a última na gestão de Eduardo Bandeira de Mello deve ser como sempre foi, de muita pressão por títulos, afinal, mais uma vez o clube entra como um dos favoritos a conquistar tudo na temporada. 
O elenco teve algumas saídas - Muralha, Gabriel, Conca, Márcio Araújo, Matheus Sávio, e Mancuello, e em breve Rafael Vaz, provavelmente para o Fluminense também dará adeus.  Nenhuma delas sentida.
Alguns nomes que retornaram, diga-se de passagem bem, pelo inchaço também devem ser emprestados após o carioca. 
Por outro lado, para quem esperava a chegada de nomes e mais nomes, até agora viram apenas o colombiano Marlos Moreno, o goleiro e ídolo Júlio César e hoje Henrique Dourado chegando.
Sobre isso que quero comentar. Moreno pode ser um jogador interessante para um determinado momento das partidas. Júlio vem para encerrar a carreira e merece o respeito. Gostei da contratação, principalmente pela identidade e por ele ser um cara que deseja o melhor para o clube de coração. De alguma maneira ele será importante.
Já a contratação do último artilheiro do Brasileirão com 18 gols, bem, eu sinceramente preferia ver o jovem Lincoln ganhando mais bagagem e Vizeu podendo sair em grande estilo no meio do ano. Sempre serei a favor de se usar mais a base do que contratar peças caras. Isso sem falar que Paolo Guerrero já estará de volta, se é que ficará na Gávea, pós punição. É muito alta a folha salarial.
Mesmo que me critiquem, afirmando que a Libertadores precisa de gente experiente e blá-blá-blá, o fato é que o valor pelo Ceifador foi altíssimo. A transação do atacante ultrapassa os R$11 milhões, ou seja, é praticamente o valor que Felipe Vizeu foi vendido à Udinese.
É sabido que o futebol é negócio e o mesmo tem muita coisa envolvida e que jamais será de conhecimento de todos. Eu verdadeiramente acredito que Henrique Dourado tenha sucesso, uma vez que o último desacreditado - Hernane Brocador, pelo incrível que pareça deixou saudades. 
O rubro-negro foca na Libertadores, só que não deve abrir mão do Brasileirão e Copa do Brasil. Elenco para isso tem, só que um cheiro de time campeão se faz com "time" e não com inchaço. Dor de cabeça boa para Carpegiani, que sim, terá muito trabalho para encontrar os seus 11 titulares e os três, quatro suplentes imediatos. Vaidade à vista? Sim. Tem como se dar bem? Sim. Só que para isso, deverá ter o grupo na mão e montar dois times, um para cada competição, alternando apenas a espinha dorsal, por exemplo, se eu pudesse montar, faria do Flamengo 2018, as seguintes formações com os possíveis substitutos:
Início da Libertadores: Julio César, Rodinei, Juan, Réver e Trauco. Cuèllar (Rômulo), Arão, Diego e Vinicius Paquetá (Éverton), Vinicius Júnior e Dourado (Vizeu)
Carioca e Brasileirão(caso o time avance na segunda fase da Libertadores):
César, Pará, Rhodolfo, Léo Duarte, Renê, Rômulo, Ronaldo (Jonas que voltou bem do empréstimo), Éverton Ribeiro e Éverton(Paquetá). Marlos Moreno(Geovânio) e Vizeu (Lincoln)
E olha que ainda o clube contará mais para frente com o retorno de Diego Alves, Guerrero, Ederson e Berrío.
Será que o cheiro de título dessa vez sai? É aguardar para ver. 
Até a próxima!




quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A FORÇA DA BASE - Por Rodrigo Curty

E o time do Flamengo estreou no campeonato carioca com uma vitória de 2x0 sobre o Volta Redonda. Melhor do que o resultado foi a certeza de que o clube faz um trabalho bem feito em suas divisões de base.
O técnico Carpegiani provou ser um conhecedor do esporte Bretão e acima de tudo mostrou o velho talento em lidar com a garotada, que diga-se de passagem, atuarão como gente grande e agradaram demais.
É uma pena saber que o Flamengo não será apenas de garotos na temporada. É claro que ter uma equipe com jogadores renomados, calejados é fundamental para na hora "H" chegar ao topo. A questão é que isso não ocorreu nas últimas oportunidades de conquistas, principalmente pela falta de identidade com clube e torcedor. 
A expectativa da torcida é que a velha máxima de "água mole, pedra dura" funcione em 2018. Sinceramente não apenas com o time carioca, isso será possível, pois os clubes que entenderem desde já, que a força para um time se tornar mais homogêneo e planejado começa na base, dificilmente esse será batido, seja pelo entrosamento, seja pela motivação.
O time de garotos que disputarão e conquistaram o sub-17 e que estão nas quartas de final da Copa São Paulo de Juniores merece os aplausos e atenção da torcida rubro-negra. Nomes como o de Thuler, Patrick, Pepê, Jean Lucas e Lucas Silva deve ser bastante ouvido na Gávea e consequentemente entrarem nas investidas internacionais, o que seria uma pena, uma vez que o país não consegue competir com os "ricos" de fora e assim perder suas jóias precocemente como foi com Vinicius Junior e algo me diz, em breve com Lincoln.
Esses dois, aliás estarão em campo na segunda partida contra a Cabofriense, na Arena do Urubu. Juntos com a dupla, devem entrar Rodinei, Renê e Léo Duarte. O planejamento a princípio está sendo bem feito. Os "medalhões" se preparando para os torneios mais parrudos e talvez para jogar os clássicos, como por exemplo, na terceira rodada quando o Flamengo terá o Vasco pela frente - Dificilmente o treinador deixará Juan, Réver, Diego, Everton Ribeiro, etc de fora, assim como o récem-contratado Marlos Moreno. É aguardar para ver. 
Eu gostaria de continuar vendo a maioria de garotos em ação, afinal a força do Flamengo será deverá estar na base.
Até a próxima!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

CARPEGIANI TEM A ALMA RUBRO-NEGRA - Por Rodrigo Curty

Foto:www.atribuna.com.br
E o ano de 2018 mais uma vez deve ser de expectativa, cobranças e altos e baixos no Flamengo. E isso não será exclusividade, afinal o mesmo ocorrerá com outros grandes do futebol brasileiro. De qualquer maneira, o fato de hoje o rubro-negro ser um dos clubes financeiramente mais saudáveis do país, o resultado esperado é o de títulos e não mais o de "quase" campeão.
O torcedor não aguenta mais as gozações, decepções e erros de planejamento da gestão Eduardo Bandeira de Mello, que apesar de ser excelente no quesito orçamentário, mesmo "torrando" às vezes sem necessidade para dar respostas a Nação, no que diz respeito ao futebol ainda deve e muito, seja pela falta de sorte, pulso ou simplesmente de conhecimento.
O fato é que aparentemente o clube acertará na temporada. No comando técnico, a saída de Rueda, que para muitos foi um alívio e para outros mais um erro e tempo desperdiçado, permitiu que um velho conhecido retornasse à Gávea - Paulo César Carpegiani.
O torcedor mais antigo, aquele de arquibancada, que vendia o almoço para comer à janta, que não parava um segundo sequer de gritar e estava verdadeiramente com o time aonde  esse estivesse, vê com bons olhos. 
Já o torcedor atual, mesmo sendo de outra geração e com tipos de comportamento diferenciado como o de ficar mais preocupado com selfies do que em não ficar rouco, por exemplo, sem dúvida preferiria ver um medalhão no comando da equipe.
Ora, o fato é que mesmo longe de ser um nome de peso, Carpegiani tem o conhecimento, a alma e o desejo de ver o Flamengo voltar a ser respeitado e vitorioso. Em sua primeira passagem, conseguiu o feito que nenhum outro, se quer chegou perto, o de levantar a taça da Libertadores e do Mundial. 
A química pode dar mais certo que a passagem no ano de 2000, no qual durou menos de quatro meses e terminou após a goleada de 5x1 para o rival Vasco e que valeu apenas por ter lançado ao futebol o sensacional Adriano " Imperador". 
Os tempos são outros e para ser campeão, além do planejamento adequado, será necessário uma sinergia e respeito para que cada um faça o seu papel sem interferências. 
Carpegiani é um conhecedor do futebol e mesmo que pareça ultrapassado, com o elenco que terá em mãos, se fizer o "arroz com feijão" pode surpreender bem mais do que conseguiu com o modesto time do Bahia. 
Ainda penso que o treinador será testado no campeonato carioca e em breve seja substituído por um "medalhão" - Cuca deve ser esse nome ao lado de Cuquinha, fazendo com que o treinador gaúcho, assuma  a coordenação técnica. Só o tempo e os resultados irão dizer se estou ou não certo.
E sejamos sinceros, independente do nome à beira do campo, insisto que o planejamento será mais importante que tudo - Basta pegar os exemplos de Palmeiras e Corinthians nos anos anteriores e entender que um time campeão se faz com um "time" e não um "elenco". 
É importante desde já definir quem serão os 11 titulares e os suplentes imediatos, doa a quem doer. E no caso do time carioca, deveria se pensar em um time repleto de garotos mesclado com os que são caros no clube para jogar o carioca e outro para disputar a Libertadores e Brasileirão. 
Ok, vão questionar que assim jamais o Flamengo terá o entrosamento, que na verdade precisa usar os mesmos em tudo que tiver porque ganham para isso. Pelo amor de Deus, é preciso ter inteligência nessa hora e mudar se muito apenas algumas peças. 
Acredito que no carioca dê para usar no máximo quatro titulares e mesmo assim somente nos clássicos. É importante dar "rodagem" ao grupo, caso contrário, acontecerá o que foi visto em 2017, um elenco recheado de peças caras e sem nenhum tipo de ritmo quando tinha a oportunidade de jogar -  Casos de Rhodolfo, Mancuello, Geovânio, Rômulo, etc...
Está mais do que na hora de saber priorizar os torneios e assumir equívocos para não errar mais. Entender o que se tem em mãos ao invés de buscar culpados. Carpegiani pode novamente fazer história, desde que o deixem trabalhar sem vaidades e com liberdade.
É aguardar para ver, qual será o cheiro no final da temporada.
Até a próxima!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

CLUBE ESPERIA JÁ PENSA EM TÓQUIO - Por Rodrigo Curty

E amanhã um tradicional clube paulista dá um passo importante, visando a próxima Olimpíada, a de Tóquio, no Japão. Formar atletas para o Brasil.
Desta forma, ocorrerá a reinauguração do ginásio de Basquete - “Alfonso Renaldo Gallucci” e também será inaugurado o Centro de Lutas do Esperia. O intuito é elevar o padrão e contribuir com a formação de atletas de ponta no país.
O evento deve contar com a presença de autoridades do esporte nacional, além de representantes de outros clubes da capital e dos próprios associados do Esperia. 
Durante a reinauguração, atletas do Clube farão um desfile de modalidades olímpicas e paralímpicas que são praticadas no Esperia, além disso, a equipe de Ginástica Rítmica fará uma apresentação especial. - 
O presidente do clube, Dr.Osmar Monteiro está esperançoso com o passo dado pelo clube: "Para a realização de ambas as obras, utilizamos recursos fornecidos pelo Comitê Brasileiro de Clubes – CBC, que aprovou o projeto de formação esportiva do Clube. Nossa meta tem sido aliar a educação e o esporte para promover a formação de jovens e contribuir com a base esportiva do país e pelos resultados que temos obtido, posso afirmar que temos trilhado um caminho de sucesso”.
Vale a pena conferir essa nova fase do clube e prestigiar as novas instalações - O Centro de Lutas, para ser uma ideia foi adaptado e contemplou serviços como revisão das portas de vidro, instalação de tatame, substituição das telhas de policarbonato e muito mais. Já o Ginásio passou a contar com um piso novo e nova pintura, além de uma reforma na fachada. Ambos os espaços também contaram com reforma do telhado e substituição de telhas. 
Vamos torcer para que os frutos sejam colhidos, e confiar no resultado final como o presidente do clube que deixou claro: “Primamos pela qualidade dos materiais para que nossos atletas disponham de uma infraestrutura totalmente adaptadas às necessidades deles”, diz o presidente.
Até a próxima! 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O FIM DA MÍSTICA RUBRO-NEGRA - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez, o Flamengo perdeu um título dentro do Maracanã. E mais uma vez para um velho conhecido, o Independiente, equipe argentina que fez valer o apelido de "Rey de Copas". O time Rojo jamais perdeu uma decisão Sul-americana.
O placar de 1x1, principalmente da forma que ocorreu, com o time buscando a vitória, em outros momentos com erros infantis, falta de tranquilidade na hora de resolver foi decepcionante, dolorido e inacreditável. Ao mesmo tempo, na frieza da paixão, deixou um alento - O Flamengo precisa mudar drasticamente para voltar ao topo.  
A gestão rubro-negra parece ter pego definitivamente o gosto de decepcionar a sua sua imensa torcida, considerando inclusive "aquela" que diz ser Flamengo e que mancha clube, os verdadeiros torcedores e simpatizantes com suas ações barbáries e de extracampo sem nenhuma necessidade.
O Flamengo, gigante por natureza, jamais precisou de vândalos estourando rojões pelas ruas, brigando com torcedores rivais e aterrorizando adversários em porta de hotel para conquistar títulos - O que se viu na véspera da final foi inadmissível e vergonhoso. Repito, isso não é característica de torcedor rubro-negro. Isso é um prazer de ser mais um marginal à solta e que só ajudou a escancarar de vez, uma triste realidade do atual Rio de Janeiro - Um estado sem comando, abandonado e disponível para qualquer um fazer o que bem entender.
Curiosamente, no futebol a história é a mesma com o clube carioca. A gestão Eduardo Bandeira de Melo é uma vergonha - Mesmo que financeiramente saudável, contando com CT's de primeiro mundo, estruturas fantásticas para que os atletas joguem e se mantenham em alto nível, o mais importante não vem, os sonhados títulos.
Fora isso, para amenizar as vergonhosas campanhas e consequentemente as duras cobranças dos que pagam planos caros para fazer o Flamengo mais forte, sempre aparecem as contratações atrás de contratações. Ora, infelizmente ainda não entenderam que o dinheiro não é sinônimo de títulos. Não se pode comprar tudo. 
A boa gestão sabe planejar, aguenta as pressões, conhece o DNA do clube em que trabalha e principalmente sabe cobrar aqueles que contam com todos os privilégios. A do Flamengo provou em cinco anos que o negócio deles realmente não deveria ser o futebol e sim uma inteligência para salvar empresas do buraco negro.
É verdade que ganhar e perder também faz parte do futebol. É verdade também que o rubro-negro sempre foi um clube que viveu de títulos, muitas das vezes de forma inesperada, vencida na base de suas tradições - raça, amor e paixão dos que vestem o chamado "Manto Sagrado". E olha que essa tradição sempre contou com os "pratas-da-casa", falta de dinheiro em caixa e estrelas. 
O Flamengo insiste em inventar a roda - A perda teve seu lado positivo - a conquista da taça seria um pano de fundo aos problemas sérios que precisam ser resolvidos como manter jogadores renomados e caros. A derrota, por outro lado, traz a esperança de finalmente o clube voltar a contar com peças de identidade como o veterano e cria da Gávea, o excelente e "monstro" Juan, os jovens César, Lucas Paquetá, que foi "gigante" e os ainda "verdes", porém com personalidade Vinícius Júnior e Lincoln.  
O último ano de Bandeira de Melo a frente do clube é um incógnita - Restará saber se terá pulso para mandar uma enorme "barca" embora ou se seguirá frouxo permitindo que o inventado "cheirinho" continue humilhando os torcedores, que acredite não são os que estavam no Maracanã - os que lá estavam são os de melhor poder aquisitivo, os que amam as selfies, "baladas de luxo" e que mal sabem cantar o hino e empurrar o time nos 90'. Poucos são aqueles tradicionais que vendiam o almoço para comer a janta e que passavam fome para vibrar, cantar até ficar rouco e no fim afirmar ter valido a pena porque viu um time de identidade fazer valer cada centavo. 
A mística rubro-negra entre time e torcida parece realmente ter acabado. Se no passado um adversário entrava tremendo com um Maracanã vermelho e preto, há anos e não somente na atual conjuntura, até que provem o contrário, os mesmos rezam para o Flamengo ser o adversário.
Que venha 2018 e com ele mais paixão, fanatismo, nervosismo e por que não os tão esperados títulos?
Até a próxima!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A MÍSTICA DO MARACANÃ - Por Rodrigo Curty

E o Independiente(Arg) saiu na frente na final da Sul-Americana contra o Flamengo. O Rei das Copas teve o apoio maciço de seu fanático torcedor, antes, durante e depois da partida no estádio Libertadores da América. Esse aliás, um aliado, afinal, em 15 decisões, contando essa, jamais a equipe perdeu em casa - 12 vitórias e três empates.
O rubro-negro carioca teve uma atuação boa, saiu na frente com belo gol do capitão e zagueiro Réver, e só não liquidou a fatura, mesmo antes de levar o gol de empate, porque mais uma vez faltou alguém assumir o jogo, chamar a responsabilidade de chutar sem medo de errar. Isso sem falar da ausência da persistência em pressionar o adversário em seu próprio campo e o desgaste, que poderia ter sido evitado se o time tivesse a competência no Brasileirão. Águas passadas e que não sirva de desculpa, apenas um fato que colaborou.
Ora, longe de ser exclusividade do time carioca em sair na frente e, a partir daí querer jogar por uma bola. E longe de ser apenas o Flamengo que peca pelas jogadas forçadas de maneira equivocada como quem deseja apenas se livrar da bola ou dar passe de efeito. Esse o caso de Everton Ribeiro, meia de qualidade e que ainda deve uma grande exibição no clube - Desta vez, o camisa 7 errou o passe simples, deu o contra-ataque rápido, ao envolvente time argentino que empatou o jogo com o "matador" Gigliotte e incendiou a partida.  
Depois do baque, ambas as equipes erravam muitos passes, e desperdiçavam boas chances, mesmo sem chegar à conclusão. Na segunda etapa o que se viu foi um Flamengo novamente recuado, e sim, bem cansado pelas desgastantes viagens nas últimas semanas - às vezes é melhor seguir "quente" no jogo do que esfriar para voltar. O time sentiu e sem criação, desorganizado e com os "velhos" erros bobos de marcação e espaços cedidos para ser atacado, sofreu a virada. Foi assim que saiu o segundo gol, aliás de rara felicidade de Meza, sem chance para César.
Foi aí então que Rueda resolveu tirar um de seus meias inoperantes - Diego foi o escolhido, assim como Paquetá. A missão de tentar buscar o empate ficou para Everton, recuperado de lesão e nitidamente sem ritmo de jogo e o veloz Vinicius Junior. O garoto teve personalidade para incendiar a defesa do Independiente e só não contou com a sorte e a presença de maturidade para olhar o jogo. Teve momentos que poderia ter tocado atrás e preferiu os cruzamentos equivocados, que diga-se de passagem é uma das armas do Flamengo que precisa urgentemente acabar. Com o que tem em mãos, o time precisa definitivamente tocar a bola no chão e com rapidez.
Até certo ponto, quando fez isso com Everton e Vizeu quase empatou. O primeiro sofreu falta na entrada da área e sem perigo na cobrança de Cuéllar, o segundo não estava em uma boa noite e perdeu duas boas chances. 
O torcedor tem que ter calma, pois essa falta de competência tende a dar certo no Maracanã, que lotado, incentivando e tendo a paciência junto com a equipe em campo, ajudará e muito pela sua mística para o título tão sonhado, almejado pela péssima temporada finalmente ser alcançado. Hoje o 2x1 foi um placar que dá a certeza de ser tirado - isso ficou provado quando o rubro-negro se impôs. 
A razão é simples - o time argentino, assim como o brasileiro permite jogar e dá muitos espaços. Resta aguardar para ver se a pontaria, à aparição de um jogador que chame o jogo e tenha vontade de decidir também surja na hora "h".
O tempo será primordial para uma melhora técnica e física - Rueda vai de Paquetá ou Everton? Everton Ribeiro e Diego saem como titulares e finalmente Vinicius Junior começará? Rodinei e Pará ou Trauco mantido? Tem muita coisa para o treinador colombiano pensar, e como todos gostam de ser treinadores, eu decidiria assim a minha equipe: César, Rodinei, Juan, Réver, Everton ou Pará, Cuèllar, Arão, Diego e Paquetá ou Mancuello e no ataque Felipe Vizeu e Everton ou Vinicius Junior. 
Vamos aguardar e ver se o histórico dia 13/12 traga novamente sorte ao Mengão. 
Até a próxima!